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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - UFLA
FUNDAÇÃO DE APOIO AO ENSINO E EXTENSÃO - FAEPE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"
DISCIPLINA DE METOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Questão 5. "Para que o trabalho educativo de professores e alunos tenham êxito exigem-se organização e estrutura física das escolas, recursos materiais e humanos e condições docentes e discentes".
Essa questão é importante, visto que as milhares de escolas espalhadas por esses rincões do Brasil; não são atendidas por um programa decente que feche na sua estrutura os problemas nelas existentes.
Muitas vezes o problema não é de ordem física ou estrutural, mas sim humanitária e melhor capacitação do professor na área da educação; para que os alunos possam aproveitar mais o processo de ensino, sentindo-se valorizado e parte integrante dessa estrutura.
Os professores de ensino fundamental e médio, de modo geral, passam por um processo de formação pedagógica, desenvolvido no âmbito do curso normal ou de licenciatura. Nestes, os professores cursam, entre outras, as disciplinas: Psicologia da Educação, Didática e Prática do Ensino, que têm por objetivo capacitá-los para o desempenho e êxito de atividades docentes.
O mesmo não ocorre com os professores de nível superior. Ainda que possuindo títulos como os de Mestre ou de Doutor, os professores que lecionam nos cursos universitários, na maioria dos casos, não passaram por qualquer processo sistemático de formação pedagógica. 
O que concretiza seu poder ou "autoridade" como professor para usá-lo como instrumento de controle e pressão para com os alunos, a chamada: "Atenção, isto vai cair na prova". Essa participação distorcida do professor ocorre num primeiro momento, no segundo em um nível mais profundo e cruel ocorre como processo de discriminação social: para "selecionar" os alunos que tem "capacidade".
O problema mais crucial está no lado do professor, inabilitado formal e politicamente para exercer sua função, não por culpa, mas por ser vítima de um processo adestrador defasado e apenas reprodutivo.
Alega-se , como justificativa a esta situação, que o professor universitário, por lidar com adultos, não necessita tanto da formação didática quanto os professores de ensino médio e fundamental, que lidam principalmente com crianças e adolescentes. De acordo com este raciocínio, o mais importante para o desempenho do professor universitário é o domínio dos conhecimentos referentes à matéria que leciona, aliado, sempre que possível, à prática profissional. Seus alunos, por serem adultos e por terem interesses sobretudo profissionais, estariam suficientemente motivados para a aprendizagem e não apresentariam problemas de disciplina como em outros níveis de ensino.
Diante deste fato, durante muito tempo foram aceitos estes discursos, sobretudo em decorrência do caráter elitista do ensino superior, observado no Brasil desde a constituição dos primeiros cursos.
Com todos estes fatores, aliados a uma visão mais crítica do ensino, conduzem à identificação da necessidade de o professor universitário dotar-se de conhecimentos e habilidades de natureza pedagógica.
Muitos professores universitários reconhecem a necessidade da formação pedagógica. Também as autoridades educacionais. Tanto é que os cursos de especialização, conhecidos também como pós-graduação lato sensu, incluem obrigatoriamente disciplina de formação pedagógica. E em algumas instituições de ensino universitário, já se nota a presença de assessores pedagógicos para auxiliar os professores em relação ao planejamento e condução das atividades docentes.
Boa parte da responsabilidade acerca da desvalorização da preparação pedagógica dos professores, deve-se à própria universidade, que nem sempre valoriza o professor no desempenho de suas funções docentes.
O prestígio de uma universidade é medido por seus cursos de pós-graduação e pelas pesquisas que promove. O professor, por sua vez, tende a ser valorizado por sua titulação e por seus trabalhos científicos. Seu mérito enquanto professor não é avaliado.
A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio-nal - LDB ( Lei nº 9.394/96 ) não contribui para que se altere essa situação, pois em seu art. 65 estabelece:
"A formação do docente, exceto para a educação superior, incluirá a prática de ensino de, no mínimo, trezentas e sessenta horas."
Todavia, à medida que se analisa detidamente o problema do magistério de nível superior, fica evidente a necessidade da formação pedagógica dos professores. Formação esta que enfatize não apenas os métodos de ensino, mas também a incorporação de conceitos acerca do papel do professor em relação ao universitário, à faculdade e à própria sociedade.
Outra questão importante é em relação aos requisitos pessoais. A determinação para desempenhar uma função é feita mediante os procedimentos técnicos conhecidos como análise e descrição de cargos. Conhecendo-se as características de determinada função é possível definir as aptidões físicas, experiência, iniciativa, criatividade e outros requisitos a serem exigidos da pessoa que irá desempenhá-la. Algumas funções, porém, revestem-se de tal complexidade que as tentativas para identificar os requisitos desejados para o seu adequado desempenho nem sempre se mostram satisfatórias. E uma dessas funções é a de professor.
Algumas características requeridas pelo professor universitário são: de ordem Físicas: - clareza vocal, - acuidade visual e auditiva; de ordem Psicotemperamentais: - estabilidade emocional, - versatilidade, - iniciativa, - autoconfiança, - paciência, - disciplina ... etc; de ordem Intelectual: - inteligência abstrata e verbal, - memória, - raciocínio lógico, - crítica, - imaginação ... etc.
As pessoas vocacionadas para o magistério, que manifestam entusiasmo pelo ensino e que sentem prazer em lecionar, não raro conseguem exercer com eficiência a profissão, mesmo não possuindo todas essas características.
Outro requisito é de ordem técnica; o professor para ministrar uma disciplina, precisa conhecê-la com profundidade bem maior do que a exigida no programa. Isto é importante para que ele possa ressaltar os seus aspectos fundamentais e esclarecer acerca de suas aplicações práticas. E também para solucionar eventuais problemas formulados pelos discentes ao longo do período letivo. Embora especializado em determinada área, o professor precisa possuir também cultura geral. Isto é importante porque todas as áreas do conhecimento se inter-relacionam. É fácil verificar como qualquer comportamento humano, por mais específico que seja , apresenta inúmeros condicionamentos - econômicos, sociais, políticos etc.
No processo de aprendizagem, o professor deve perceber as diferenças individuais, motivá-los à aprender, utilizando-se de métodos para manter os alunos atentos, tais como: - Humor, - Entusiasmo, - Aplicação prática, - Recursos auxiliares de ensino, - estimular a reação dos alunos etc.
O Brasil devido a enorme extensão territorial e diferenças culturais, possuem problemas gritantes em relação ao ensino; mas se têm problema, também têm solução. Fica aqui o meu otimismo, através de um exemplo:
O pequeno vilarejo de nome Mamirauá no amazonas, localizada a margem do Rio Solimões; A educação ficava interrompida por 4 a 6 meses, devido a cheia do rio, que sobe até 15 metros de altura do seu leito normal. Estudar nestas condições fica praticamente impossível, até que em 1990 um projeto de nome Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá ( RDSM ), construiu um barco flutuante com enormes toras de madeira, que bóia sobre a água, podendo ser levado a qualquer comunidade ribeirinha. O barco-escola itinerante possui sala de aula, laboratório, computação e instrumentos para taxidermimização de animais e vegetais e também aulas de jardinagem e horticultura.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BITTENCOURT, Maurício. Educar para preservar.Obtida via internet,www.revistaeducacao.com.br/apresenta2.pnp? edicao
 241&pag_47, 15/05/01, 9h27'.
MACHADO, Adilson. Universidade Virtual ( Educação ) Pecuária de Corte. Ano XII, n.º 108, p. 40-41, abr. 2001.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL ( Ministério da Educação ) A Secretaria - Referências para formação de professores - Brasília., 1999.
WOLYNEC, Elisa. A alavanca do ensino - Ensino Superior - Ano 3 - n.º 29, p.32-33, fev.2001.
VASCONSELLOS, Celso dos Santos . AVALIAÇÃO : Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar . 4ª ed. (Cadernos pedagógicos do Libertad; v. 3) São Paulo : Libertad, 1994.

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