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► Subseção VIII ► Da Pensão por Morte Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste; (Incluído pela Lei nº 13.183, de 2015) II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. § 1 o Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 2 o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 1. COMENTÁRIOS A pensão por morte é um benefício previdenciário dos dependentes dos segurados, assim consideradas as pessoas listadas no artigo 16, da Lei 8.213/91, devendo a condição de dependente ser aferida no momento do óbito do instituidor, e não em outro marco, pois é com o falecimento que nasce o direito. Em regra, a pensão por morte será paga a partir do óbito do segurado. Contudo, se postulada administrativamente após 90 (noventa) , apenas serão pagas as parcelas a partir da data de entrada do requerimento administrativo. Este prazo era de 30 dias, tendo sido majorado para 90 dias pela Lei 13.183/2015 (óbitos a partir de 5/11/2015). No entanto, para óbitos ocorridos até o dia 10 de novembro de 1997, véspera da publicação da Lei nº 9.528, de 1997, a pensão por morte será devida a contar da data do óbito, conforme o Parecer MPAS/CJ nº 2.630, publicado em 17 de dezembro de 2001, tratando-se de dependente capaz ou incapaz, observada a prescrição quinquenal de parcelas vencidas ou devidas, ressalvado o pagamento integral dessas parcelas aos dependentes menores de dezesseis anos e aos inválidos incapazes. Vale ressaltar que, mesmo nos casos em que o requerimento do benefício é protocolizado após NOVENTA dias do óbito, a data de início do benefício será o dia do falecimento, mas apenas serão devidas as parcelas a contar da data do requerimento. É que no dia da morte é que nasce o direito, independentemente de quando foi requerido o benefício. Nesse sentido, dispõe o artigo 105, inciso I, do RPS, que no caso de requerimento após 30 dias (atuais 90 dias) do falecimento do segurado, a data de início do benefício será a data do óbito, aplicados os devidos reajustamentos até a data de início do pagamento, não sendo devida qualquer importância relativa ao período anterior à data de entrada do requerimento. No caso dos absolutamente incapazes, pois contra eles não correrá a prescrição, a jurisprudência e o próprio INSS1 vem entendendo que o benefício será devido desde a data do falecimento, mesmo que o requerimento seja protocolizado após noventa dias do óbito, equiparando-se ao menor de 16 anos os incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil, conforme o artigo 3º, do Código Civil, salvo se algum dependente já estava recebendo o benefício, hipótese na qual serão indevidos os atrasados ao menor de acordo com o INSS e o STJ.Na hipótese de morte presumida, a pensão por morte será devida desde a prolação da respectiva decisão judicial. Entretanto, a previsão legal de que o INSS irá 1 Nota Técnica CGMBEN/DIVCONS 112/2008. pagar as parcelas da pensão por morte presumida somente a contar da prolação da sentença judicial pode se afigurar injusta e irrazoável em processos judiciais que demorem muitos anos, deixando os dependentes desamparados. Com base em todas as informações postas sobre o termo inicial das parcelas devidas a título de pensão por morte, para os óbitos ocorridos antes e depois da reforma implementada pela Lei 9.528/97, para espancar quaisquer dúvidas, vale transcrever o posicionamento administrativo do INSS da Instrução Normativa sobre benefícios previdenciários: “A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, observando que: I - para óbitos ocorridos até o dia 10 de novembro de 1997, véspera da publicação da Lei nº 9.528, de 1997, a contar da data: a) do óbito, conforme o Parecer MPAS/CJ nº 2.630, publicado em 17 de dezembro de 2001, tratando-se de dependente capaz ou incapaz, observada a prescrição quinquenal de parcelas vencidas ou devidas, ressalvado o pagamento integral dessas parcelas aos dependentes menores de dezesseis anos e aos inválidos incapazes; b) da decisão judicial, no caso de morte presumida; e c) da data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre; e II - para óbitos ocorridos a partir de 11 de novembro de 1997, data da publicação da Lei nº 9.528, de 1997, a contar da data: a) do óbito, quando requerida: 1. pelo dependente maior de dezesseis anos de idade, até trinta dias da data do óbito; e 2. pelo dependente menor até dezesseis anos, até trinta dias após completar essa idade, devendo ser verificado se houve a ocorrência da emancipação, conforme disciplinado no art. 23; b) do requerimento do benefício protocolizado após o prazo de trinta dias, ressalvada a habilitação para menor de dezesseis anos e trinta dias, relativamente à cota parte; c) da decisão judicial, no caso de morte presumida; e d) da data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre, se requerida até trinta dias desta”. Por sua vez, para os óbitos a contar de 5/11/2015, por força da Lei 13.183/2015, os efeitos da pensão irão retroagir ao óbito se o benefício for requerido em até 90 dias deste. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça não vem acatando o entendimento do INSS. Isso porque vem utilizando como critério de menoridade os 18 anos de idade, e não os 16 anos de idade, conquanto se saiba que a prescrição corre para os relativamente incapazes. A pensão por morte se fundamenta no Princípio da Lei do Tempo Rege os Atos Jurídicos (Tempus Regit Actum). Considerando que é no dia da morte que nasce o direito ao benefício, a lei em vigor neste dia irá definir o estatuto jurídico da pensão, a exemplo do seu valor e das pessoas que serão habilitadas. Ademais, considerando que a concessão da aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial independe da manutenção da condição de segurado, a teor do artigo 3º, da Lei 10.666/2003, desde que o segurado já preenchesse os requisitos para se aposentar, é devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito. Para exemplificar o caso, suponha-se que Alex tenha completado 65 anos de idade e já tenha a carência de 180 contribuições mensais para se aposentar por idade. Contudo, como não estava mais trabalhando há muitos anos e por desconhecimento da legislação previdenciária, ele faleceu sem sequer sonhar que tinha direito ao benefício. Neste caso, se tiver deixado dependentes, estes terão direito à pensão por morte, pois passou a ser irrelevante o fato de Alex não mais ser segurado do RGPS, bastando o preenchimento dos pressupostos para a aposentação, como ocorreu na hipótese. Este, inclusive, é o atual posicionamento administrativo do INSS, sendo concedida pensão aos dependentes mesmo que o óbito tenha ocorrido após a perda da qualidade de segurado, desde que o instituidor do benefício tenha implementado todos os requisitos para obtenção de uma aposentadoria até a data do óbito ou fiquereconhecido o direito, dentro do período de graça, à aposentadoria por invalidez, a qual deverá ser verificada por meio de parecer médico-pericial do INSS com base em atestados ou relatórios médicos, exames complementares, prontuários ou outros documentos equivalentes, referentes ao ex-segurado, que confirmem a existência de incapacidade permanente até a data do óbito. Se o contribuinte individual que trabalha por conta própria perdeu a qualidade de segurado pelo não recolhimento das contribuições previdenciárias, tendo em vista que a sua filiação é condicionada ao recolhimento da contribuição, o INSS deverá negar a pensão por morte aos dependentes, pois não se admite o recolhimento dos atrasados após o falecimento. Entretanto, registre-se que o mesmo entendimento não se aplica ao contribuinte individual que trabalha para uma pessoa jurídica a partir da competência de abril de 2003, pois neste caso existe presunção de recolhimento da contribuição por força do artigo 33, §4º, da Lei 8.212/91, tendo em vista que a responsabilidade tributária pelo desconto e arrecadação da contribuição é da empresa, a teor do artigo 4º, da Lei 10.666/03. Questão curiosa e que desperta a atenção dos alunos em sala de aula é a possibilidade do deferimento de pensão por morte a dependente que praticou delito de homicídio contra o instituidor. Talvez o caso mais comum seja o da popular “viúva negra”. Vale registrar que expressamente a Lei 8.213/91 não vedava o pagamento de pensão por morte nesta hipótese, pois era omissa a respeito. Contudo, entendia-se que em se tratando de homicídio doloso há fundamento no ordenamento jurídico para impedir a concessão do benefício, pois ninguém poderá se locupletar da própria torpeza, expressão consagrada como princípio geral do Direito. De efeito, era possível tomar de empréstimo o artigo 220, da Lei 8.112/90, que prevê que “não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor”. Da mesma forma, poder-se-ia invocar por analogia as disposições do Código Civil, que no seu artigo 1.814, inciso I, excluiu da sucessão os herdeiros ou legatários que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente. Posteriormente, aduziu a Lei 13.135/2015 que perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. Ressalte-se que é preciso que haja condenação penal trânsita em julgado para obstar a percepção da pensão, sob pena de violação ao Princípio da Presunção de Inocência. É sabido que no Brasil existem simulações e fraudes envolvendo casamentos e uniões estáveis apenas com o objetivo de instituir a pensão por morte. Por força da Lei 13.135/2015, perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Trata-se de importante novidade para desconstituir concessões ilícitas de pensão por morte com casamentos sob encomenda para fins exclusivamente previdenciários ou mesmo se situações de fraude ou simulação, a exemplo do reconhecimento indevido de união estável com cuidador de idosos. Embora a Lei 13.135/2015 seja silenciosa, entende-se que, diante da má-fé, o INSS deverá ser reembolsado de todas as parcelas pagas de pensão por morte, acaso logre êxito com a ação judicial. 2. SÚMULAS STJ, Súmula 340 - “A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado”. STJ, Súmula 416- “É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito”. TNU, Súmula 52- “Para fins de concessão de pensão por morte, é incabível a regularização do recolhimento de contribuições de segurado contribuinte individual posteriormente a seu óbito, exceto quando as contribuições devam ser arrecadadas por empresa tomadora de serviços”. CRPS, Súmula 26 - “A concessão da pensão por morte ao cônjuge ou companheiro do sexo masculino, no período compreendido entre a promulgação da Constituição Federal de 1988 e o advento da Lei nº 8.213 de 1991, rege-se pelas normas do Decreto nº 83.080, de 24 de janeiro de 1979, seguido pela Consolidação das Leis da Previdência Social (CLPS) expedida pelo Decreto nº 89.312, de 23 de janeiro de 1984, que continuaram a viger até o advento da Lei nº 8.213/91, aplicando-se tanto ao trabalhador do regime previdenciário rural quanto ao segurado do regime urbano”. 3. JURISPRUDÊNCIA STJ, INFORMATIVO 566- “DIREITO PREVIDENCIÁRIO. HABILITAÇÃO TARDIA DE PENSIONISTA MENOR.Ainda que o beneficiário seja "pensionista menor", a pensão por morte terá como termo inicial a data do requerimento administrativo - e não a do óbito - na hipótese em que, postulado após trinta dias do óbito do segurado, o benefício já vinha sendo pago integralmente a outro dependente previamente habilitado. A jurisprudência prevalente do STJ é no sentido de que, comprovada a absoluta incapacidade do requerente, faz ele jus ao pagamento das parcelas de pensão por morte desde a data do óbito do segurado, ainda que não haja postulação administrativa no prazo de trinta dias (REsp 1.405.909-AL, Primeira Turma, DJe 9/9/2014; REsp 1.354.689-PB, Segunda Turma, DJe 11/3/2014). Isso porque, nos termos do art. 79 da Lei 8.213/1991, está claro que tanto o prazo de decadência quanto o prazo de prescrição previstos no art. 103 da referida Lei são inaplicáveis ao pensionista menor, situação esta que só desaparece com a maioridade, nos termos do art. 5º do Código Civil. Contudo, o dependente menor que não pleiteia a pensão por morte no prazo de trinta dias a contar da data do óbito do segurado (art. 74 da Lei 8.213/1991) não tem direito ao recebimento do referido benefício a partir da data do falecimento do instituidor, na hipótese em que a pensão houver sido integralmente paga a outros dependentes que já estavam previamente habilitados perante o INSS. Com efeito, a habilitação posterior do dependente menor somente deverá produzir efeitos a contar desse episódio, de modo que não há que falar em efeitos financeiros para momento anterior à sua inclusão (art. 76 da Lei 8.213/1991). Ressalta-se, inclusive, que admitir o contrário implicaria em inevitável prejuízo à autarquia previdenciária, que seria condenada a pagar duplamente o valor da pensão. Precedente citado: REsp 1.377.720-SC, Segunda Turma, DJe 5/8/2013. REsp 1.513.977-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 23/6/2015, DJe 5/8/2015”. “PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PENSÃO POR MORTE. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. ABSOLUTAMENTE INCAPAZ. DATA DO ÓBITO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. No que diz respeito ao termo inicial da pensão por morte, o absolutamente incapaz tem direito ao benefício no período compreendido entre o óbito do segurado e a data do pedido administrativo . 2. Agravo regimental desprovido” (STJ, AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL – 1275327, de 18/09/2012). “PREVIDENCIÁRIO - PROCESSUAL CIVIL - RECURSO ESPECIAL - PENSÃO POR MORTE PRESUMIDA DO SEGURADO - DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA - ART. 78, DA LEI 8.213/91.- O reconhecimento da morte presumida, com o fito de concessão de pensão previdenciária, não se confunde com a declaração de ausência regida pelos diplomas cível e processual. In casu, obedece-se ao dispostono artigo 78, da Lei 8.213/91. Precedentes.- Recurso conhecido, mas desprovido” (STJ, REsp 232.893, de 23.05.2000). 4. INFORMATIVOS STJ, Informativo 546 – “DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TERMO INICIAL DE PENSÃO POR MORTE REQUERIDA POR PENSIONISTA MENOR DE DEZOITO ANOS. A pensão por morte será devida ao dependente menor de dezoito anos desde a data do óbito, ainda que tenha requerido o benefício passados mais de trinta dias após completar dezesseis anos. De acordo com o inciso II do art. 74 da Lei 8.213/1991, a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do requerimento, caso requerida após trinta dias do óbito. Entretanto, o art. 79 da referida lei dispõe que tanto o prazo de decadência quanto o prazo de prescrição são inaplicáveis ao “pensionista menor”. A menoridade de que trata esse dispositivo só desaparece com a maioridade, nos termos do art. 5º do CC – segundo o qual "A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil" –, e não aos dezesseis anos de idade. REsp 1.405.909-AL, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler, julgado em 22/5/2014”. 5. QUESTÕES DE CONCURSOS 01- (FCC/PERITO DO INSS/2012) Cecília filiou-se pela primeira vez à Previdência Social na qualidade de segurada empregada em razão de contrato de trabalho firmado com a empresa Alfa Comunicações. Após 11 (onze) meses de labor, Cecília pediu demissão para cursar pós-graduação no exterior, com duração de 3 (três) anos. Durante o curso Cecília não contribuiu para a Previdência Social. Um mês antes do término do curso, Cecília veio a falecer. Passados 2 (dois) anos do óbito de Cecília, seu marido Joaquim requereu administrativamente o benefício da pensão por morte, sendo indeferido o seu pedido. Neste caso, o indeferimento do benefício da pensão por morte se justifica em razão de que (A) apenas a esposa pode postular o benefício da pensão por morte do marido. (B) Cecília já havia perdido a qualidade de segurada antes da solicitação do benefício. (C) Joaquim não era segurado do Regime Geral da Previdência Social. (D) Joaquim não comprovou a sua dependência econômica em relação à Cecília. (E) não foi cumprido o período de carência previsto em lei para ser concedido o benefício da pensão por morte. 02- (FCC/TÉCNICO DO INSS/2012) João fora casado com Maria, com quem teve dois filhos, Artur e Lia de 6 e 8 anos respectivamente, na data do óbito de João, ocorrido em 2011. Maria já fora casada com Márcio, de quem teve uma filha, Rosa, de 10 anos, que era mantida por João, porque Márcio não tivera condições de prover seu sustento. O falecido ajudava financeiramente, também, sua mãe, Sebastiana e seu irmão, Antônio que era inválido. Nessa situação, a pensão por morte de João será concedida a: (A) Artur, Lia, Maria e Rosa. (B) Artur, Lia, Maria, Rosa e Sebastiana. (C) Artur, Lia, Rosa e Sebastiana. (D) Artur, Lia e Sebastiana. (E) Artur, Lia, Sebastiana e Antônio. 03- (Prova: FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO/RS/Juiz do Trabalho) Após trabalhar como empregado por 20 anos para uma mesma empresa e por 16 anos para outra (com todas as contribuições previdenciárias oportunamente recolhidas), segurado do INSS fica desempregado e sem recolher qualquer contribuição por mais de 5 anos, ao final dos quais vem a falecer, deixando esposa (que é empregada) e sua mãe (de 66 anos de idade). Nessa situação, a lei prevê, quanto ao benefício pensão por morte, que a) sua mãe, por ser idosa, e sua mulher, se seu salário for de baixa renda, terão direito ao benefício, que será rateado em partes iguais. b) nenhuma delas terá direito ao benefício, porque foi perdida a qualidade de segurado pelo instituidor no momento do óbito. c) somente sua mulher terá direito, desde que comprove que dependia parcialmente do segurado. d) somente sua mulher terá direito, independentemente de comprovação de dependência econômica. e) somente sua mãe terá direito, independentemente de comprovação de dependência econômica, por se tratar de pessoa idosa. 04- (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2011) A perda da qualidade de segurado impede a concessão do benefício de pensão por morte, ainda que o de cujus, antes de seu falecimento, tenha preenchido os requisitos para a obtenção de qualquer aposentadoria. 05- (CESPE/Caixa Econômica/Advogado/2010) Túlio, menor impúbere com 15 anos de idade, foi reconhecido judicialmente como filho e único herdeiro de Adalberto, que havia falecido quando Túlio tinha três anos de idade. Nessa situação, uma vez reconhecida a paternidade, se Adalberto for segurado obrigatório da previdência social, Túlio terá direito à percepção do benefício previdenciário denominado pensão por morte, podendo pleitear as prestações vencidas devidas pela previdência social desde a data do falecimento de seu genitor. 06- (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2009) Maria, segurada obrigatória do RGPS, preenchia todos os requisitos para a obtenção da aposentadoria por tempo de serviço, de acordo com as exigências previstas na Lei n.º 8.213/1991. Entretanto, no momento de requerer a aposentadoria, ela desistiu. Pouco tempo depois, por não concordar mais com as ordens emitidas por seu empregador, Maria resolveu deixar o emprego. Após 38 meses sem contribuir para a previdência social, Maria sofreu um ataque cardíaco e faleceu, sem haver requerido aposentadoria. Nessa situação hipotética, com relação ao benefício da pensão por morte, os dependentes de Maria não terão direito de recebê-lo, nos termos da Lei n.º 8.213/1991, uma vez que Maria não havia requerido aposentadoria à previdência social. 07- (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2009) Maria, segurada obrigatória do RGPS, preenchia todos os requisitos para a obtenção da aposentadoria por tempo de serviço, de acordo com as exigências previstas na Lei n.º 8.213/1991. Entretanto, no momento de requerer a aposentadoria, ela desistiu. Pouco tempo depois, por não concordar mais com as ordens emitidas por seu empregador, Maria resolveu deixar o emprego. Após 38 meses sem contribuir para a previdência social, Maria sofreu um ataque cardíaco e faleceu, sem haver requerido aposentadoria. Nessa situação hipotética, com relação ao benefício da pensão por morte, os dependentes de Maria não terão direito de recebê-lo, pois Maria havia perdido a condição de segurada. 08- (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2009) Maria, segurada obrigatória do RGPS, preenchia todos os requisitos para a obtenção da aposentadoria por tempo de serviço, de acordo com as exigências previstas na Lei n.º 8.213/1991. Entretanto, no momento de requerer a aposentadoria, ela desistiu. Pouco tempo depois, por não concordar mais com as ordens emitidas por seu empregador, Maria resolveu deixar o emprego. Após 38 meses sem contribuir para a previdência social, Maria sofreu um ataque cardíaco e faleceu, sem haver requerido aposentadoria. Nessa situação hipotética, com relação ao benefício da pensão por morte, os dependentes de Maria terão direito de recebê-lo, pois Maria havia preenchido todos os requisitos para requerer a aposentadoria por tempo de serviço. 09- (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2009) A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é a que esteja vigente na data do requerimento administrativo formulado pelos beneficiários, e não a vigente à data do óbito do segurado. 10- (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2009) A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do requerimento do benefício, no caso de morte presumida. 11- (CESPE/Município deNatal/Procurador/2008) A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data de óbito do segurado. 12- (CESPE/PGE AL/Procurador do Estado/2008) O benefício será devido aos dependentes do segurado que falecer, a contar da data do óbito, quando requerido até 30 dias depois deste2. 13- (CESPE/PGE AL/Procurador do Estado/2008) Para a concessão do benefício aos dependentes do segurado, não se admite a alegação de morte presumida, mas apenas de morte real. 14- (CESPE/DPU/Defensor Público da União/2007) Atualmente, é possível a concessão de pensão por morte aos dependentes, mesmo que o segurado tenha falecido após perder a qualidade de segurado. Para isso, é indispensável que os requisitos para obtenção da aposentadoria tenham sido preenchidos de acordo com a legislação em vigor à época em que os requisitos foram atendidos. 15- (FCC/INFRAERO/Advogado/2009) O benefício da pensão por morte é devido da data do3 a) requerimento, se requerido até dez dias do óbito. b) óbito, se requerido até sessenta dias do óbito. c) requerimento, se requerido até quinze dias do óbito. d) óbito, se requerido até trinta dias do óbito. e) óbito, se requerido até noventa dias do óbito. 16- (CESPE/AGU/Procurador Federal/2013) Segundo a atual jurisprudência do STF e STJ, a concessão do benefício previdenciário de pensão por morte aos dependentes do segurado deve ser disciplinada pela legislação em vigor ao tempo do fato gerador do benefício em questão, qual seja, a morte do segurado, por força da aplicação do princípio lex tempus regit actum. GAB 01 B 02 A 03 D 04 E 05 C 06 E 07 E 08 C 09 E 10 E GAB 11 C 12 C 13 E 14 C 15 D 16 C Art. 75. O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu 2 Gabarito de acordo com a lei em vigor na época da prova. 3 Gabarito de acordo com a lei em vigor na época da prova. falecimento, observado o disposto no art. 33 desta lei. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) 1. COMENTÁRIOS A pensão por morte será paga no mesmo valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento (100% do salário de benefício), inexistindo carência. A MP 664/20144 chegou a reduzi-la, mas a Lei 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91, voltando a pensão por morte a ser integral. Destarte, indiretamente, a pensão por morte também será calculada com o manejo do salário de benefício. De acordo com o artigo 5º da Lei 13.135/2015, “os atos praticados com base em dispositivos da Medida Provisória n o 664, de 30 de dezembro de 2014, serão revistos e adaptados ao disposto nesta Lei”. Desta forma, o INSS reviu de ofício as pensões por morte concedidas em valor não integral no período de vigência desta regra da MP 664/2014 (óbitos de 1/3/2015 a 17/6/2015), pagando as parcelas vencidas respectivas. Na vigência da Lei 3.807/60 (Lei Orgânica da Previdência Social), o valor básico era 50% do valor da aposentadoria que o segurado percebia ou daquela a que teria direito se na data do seu falecimento fosse aposentado, e mais tantas parcelas iguais, cada uma, a 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. Posteriormente, o originário artigo 75, da Lei 8.213/91, previu o valor da pensão por morte em 80% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito, mais 10% por dependente, até o máximo de 100%, exceto no que concerne ao falecimento decorrente de acidente de trabalho, cujo pagamento era integral. Por conseguinte, os pensionistas que não recebiam a pensão por morte integral, pois com data de início anterior à vigência da Lei 9.032/95, começaram a propor as respectivas ações judiciais revisionais, tendo em conta o indeferimento administrativo perpetrado pelo INSS. A jurisprudência se posicionava pacificamente pela possibilidade de revisão, inclusive o STJ. Mas o tratamento do tema mudou drasticamente com o posicionamento do STF, que acolheu os argumentos do INSS, que sustentava a impossibilidade jurídica da revisão, pois inexistente prévia fonte de custeio para a majoração, devendo também prevalecer o Princípio do Tempus Regit Actum, no julgamento do RE 415.454. 2. JURISPRUDÊNCIA “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSTO PELO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), COM FUNDAMENTO NO ART. 102, III, "A", DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, EM FACE DE ACÓRDÃO DE TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO: PENSÃO POR MORTE (LEI Nº 9.032, DE 28 DE ABRIL DE 1995). 1. No caso concreto, a recorrida é pensionista do INSS desde 04/10/1994, recebendo através do benefício nº 055.419.615-8, aproximadamente o valor de R$ 948,68. Acórdão recorrido que determinou a revisão do benefício de pensão por morte, com efeitos financeiros correspondentes à integralidade do salário de benefícios da previdência geral, a partir da vigência da Lei no 9.032/1995. 2. Concessão do referido benefício ocorrida em momento anterior à 4 “Art. 75. O valor mensal da pensão por morte corresponde a cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco, observado o disposto no art. 33. edição da Lei no 9.032/1995. No caso concreto, ao momento da concessão, incidia a Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991. 3. Pedido de intervenção anômala formulado pela União Federal nos termos do art. 5º, caput e parágrafo único da Lei nº 9.469/1997. Pleito deferido monocraticamente por ocorrência, na espécie, de potencial efeito econômico para a peticionária (DJ 2.9.2005). 4. O recorrente (INSS) alegou: i) suposta violação ao art. 5o, XXXVI, da CF (ofensa ao ato jurídico perfeito e ao direito adquirido); e ii) desrespeito ao disposto no art. 195, § 5o, da CF (impossibilidade de majoração de benefício da seguridade social sem a correspondente indicação legislativa da fonte de custeio total). 5. Análise do prequestionamento do recurso: os dispositivos tidos por violados foram objeto de adequado prequestionamento. Recurso Extraordinário conhecido. 6. Referência a acórdãos e decisões monocráticas proferidos quanto ao tema perante o STF: RE (AgR) no 414.735/SC, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Eros Grau, DJ 29.4.2005; RE no 418.634/SC, Rel. Min. Cezar Peluso, decisão monocrática, DJ 15.4.2005; e RE no 451.244/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, decisão monocrática, DJ 8.4.2005. 7. Evolução do tratamento legislativo do benefício da pensão por morte desde a promulgação da CF/1988: arts. 201 e 202 na redação original da Constituição, edição da Lei no 8.213/1991 (art. 75), alteração da redação do art. 75 pela Lei no 9.032/1995, alteração redacional realizada pela Emenda Constitucional no 20, de 15 de dezembro de 1998. 8. Levantamento da jurisprudência do STF quanto à aplicação da lei previdenciária no tempo. Consagração da aplicação do princípio tempus regit actum quanto ao momento de referência para a concessão de benefícios nas relações previdenciárias. Precedentes citados: RE no 258.570/RS, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 19.4.2002; RE (AgR) no 269.407/RS, 2ª Turma, unânime, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 2.8.2002; RE (AgR) no 310.159/RS, 2ª Turma, unânime, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 6.8.2004;e MS no 24.958/DF, Pleno, unânime, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 1o.4.2005. 9. Na espécie, ao reconhecer a configuração de direito adquirido, o acórdão recorrido violou frontalmente a Constituição, fazendo má aplicação dessa garantia (CF, art. 5o, XXXVI), conforme consolidado por esta Corte em diversos julgados: RE no 226.855/RS, Plenário, maioria, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 13.10.2000; RE no 206.048/RS, Plenário, maioria, Rel. Min. Marco Aurélio, Red. p/ acórdão Min. Nelson Jobim, DJ 19.10.2001; RE no 298.695/SP, Plenário, maioria, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 24.10.2003; AI (AgR) no 450.268/MG, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 27.5.2005; RE (AgR) no 287.261/MG, 2ª Turma, unânime, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 26.8.2005; e RE no 141.190/SP, Plenário, unânime, Rel. Ilmar Galvão, DJ 26.5.2006. 10. De igual modo, ao estender a aplicação dos novos critérios de cálculo a todos os beneficiários sob o regime das leis anteriores, o acórdão recorrido negligenciou a imposição constitucional de que lei que majora benefício previdenciário deve, necessariamente e de modo expresso, indicar a fonte de custeio total (CF, art. 195, § 5o). Precedente citado: RE no 92.312/SP, 2ª Turma, unânime, Rel. Min. Moreira Alves, julgado em 11.4.1980. 11. Na espécie, o benefício da pensão por morte configura-se como direito previdenciário de perfil institucional cuja garantia corresponde à manutenção do valor real do benefício, conforme os critérios definidos em lei (CF, art. 201, § 4o). 12. Ausência de violação ao princípio da isonomia (CF, art. 5o, caput) porque, na espécie, a exigência constitucional de prévia estipulação da fonte de custeio total consiste em exigência operacional do sistema previdenciário que, dada a realidade atuarial disponível, não pode ser simplesmente ignorada. 13. O cumprimento das políticas públicas previdenciárias, exatamente por estar calcado no princípio da solidariedade (CF, art. 3o, I), deve ter como fundamento o fato de que não é possível dissociar as bases contributivas de arrecadação da prévia indicação legislativa da dotação orçamentária exigida (CF, art. 195, § 5o). Precedente citado: julgamento conjunto das ADI´s no 3.105/DF e 3.128/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Red. p/ o acórdão, Min. Cezar Peluso, Plenário, maioria, DJ 18.2.2005. 14. Considerada a atuação da autarquia recorrente, aplica-se também o princípio da preservação do equilíbrio financeiro e atuarial (CF, art. 201, caput), o qual se demonstra em consonância com os princípios norteadores da Administração Pública (CF, art. 37). 15. Salvo disposição legislativa expressa e que atenda à prévia indicação da fonte de custeio total, o benefício previdenciário deve ser calculado na forma prevista na legislação vigente à data da sua concessão. A Lei no 9.032/1995 somente pode ser aplicada às concessões ocorridas a partir de sua entrada em vigor. 16. No caso em apreço, aplica-se o teor do art 75 da Lei 8.213/1991 em sua redação ao momento da concessão do benefício à recorrida. 17. Recurso conhecido e provido para reformar o acórdão recorrido” (STF, RE 415.454). 3. QUESTÕES DE CONCURSOS 01- (CESPE/TCE BAHIA/Procurador/2010) Segundo entendimento do STF, lei nova mais benéfica que altere a forma de cálculo da renda mensal inicial da pensão por morte, aumentando seu percentual, não se aplicará aos benefícios previdenciários concedidos antes de sua vigência. 02- (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2009) Maria, segurada obrigatória do RGPS, preenchia todos os requisitos para a obtenção da aposentadoria por tempo de serviço, de acordo com as exigências previstas na Lei n.º 8.213/1991. Entretanto, no momento de requerer a aposentadoria, ela desistiu. Pouco tempo depois, por não concordar mais com as ordens emitidas por seu empregador, Maria resolveu deixar o emprego. Após 38 meses sem contribuir para a previdência social, Maria sofreu um ataque cardíaco e faleceu, sem haver requerido aposentadoria. Nessa situação hipotética, com relação ao benefício da pensão por morte, os dependentes de Maria terão direito de recebê-lo, mas o seu valor, pelo fato de Maria ter cessado as contribuições, será reduzido em um terço. 03- (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2009) Maria, segurada obrigatória do RGPS, preenchia todos os requisitos para a obtenção da aposentadoria por tempo de serviço, de acordo com as exigências previstas na Lei n.º 8.213/1991. Entretanto, no momento de requerer a aposentadoria, ela desistiu. Pouco tempo depois, por não concordar mais com as ordens emitidas por seu empregador, Maria resolveu deixar o emprego. Após 38 meses sem contribuir para a previdência social, Maria sofreu um ataque cardíaco e faleceu, sem haver requerido aposentadoria. Nessa situação hipotética, com relação ao benefício da pensão por morte, os dependentes de Maria terão direito de recebê-lo, sendo o seu valor reduzido pela metade. 04- (CESPE/Município de Natal/Procurador/2008) Em regra, o valor mensal da pensão por morte equivale a 91% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. 05- (CESPE/PGE AL/Procurador do Estado/2008) Em qualquer situação, o valor mensal do benefício será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia. 06- (CESPE/PGE AL/Procurador do Estado/2008) A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial não tem direito à pensão por morte do ex-marido, ainda que comprove a necessidade econômica superveniente. 07- (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2006) Fernanda, em virtude do falecimento de seu marido, requereu, no INSS, benefício previdenciário denominado pensão por morte. Nessa situação, o valor da renda mensal do benefício de Fernanda será calculado com base no salário-de-benefício do de cujus, correspondente à média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. GAB 01 C 02 E 03 E 04 E 05 E 06 E 07 E Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação. § 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica. § 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei. 1. COMENTÁRIOS Os dependentes da classe I (artigo 16, da Lei 8.213/91) são preferenciais e possuem presunção absoluta de dependência econômica: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave (redação da Lei 13.146/2015). Também serão dependentes preferenciais o parceiro homoafetivo e o ex-cônjuge ou companheiro(a) que perceba alimentos, assim como os equiparados a filho (enteado e tutelado), estes dois sem presunção de dependência econômica. O cônjuge separado de fato, judicialmente ou divorciado apenas fará jus à pensão por morte se demonstrar a dependência econômica, inclusive em concorrência com eventual companheiro (a), a exemplo da prova de percepção de pensão de alimentos civis. Ademais, mesmo no caso de separação sem alimentos, se provada a dependência econômica superveniente (após a separação e antes da morte), o STJ vem admitindo a concessão da pensão por morte. A pensão por morte somenteserá devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado. Salvo maior de 60 anos de idade (art. 101 desta Lei), é obrigatório que o pensionista inválido se submeta a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos, independentemente de sua idade, sob pena de suspensão do benefício. Por isso, de acordo com a literalidade do Regulamento, apenas no caso de invalidez do dependente, a emancipação decorrente de colação de grau em curso superior antes dos 21 anos de idade não retira a qualidade de dependente, conforme já analisado e criticado anteriormente. Destaque-se que o posicionamento do STF e do STJ é pela ausência da condição de dependente de segurado do (a) concubino (a), pois se cuida de relação paralela ao matrimônio. Já na classe II figuram os pais, ao passo que na classe III estão o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Ademais, a concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação. Isso quer dizer que o INSS não poderá aguardar a habilitação de todos os dependentes para conceder o benefício, devendo, de logo, deferir ao primeiro que se habilitar, promovendo a inserção posterior de outros eventuais dependentes que requerem o benefício. 2. SÚMULAS STJ, Súmula 336 - “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente”. 3. JURISPRUDÊNCIA “PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. CÔNJUGE SUPÉRSTITE. SEPARAÇÃO DE FATO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. 1. O cônjuge supérstite goza de dependência presumida, contudo, estando separado de fato e não percebendo pensão alimentícia, essa dependência deverá ser comprovada (STJ, REsp 411.194, de 17.04.2007)”. 4. INFORMATIVOS STJ, INFORMATIVO 545- “DIREITO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE DAS VERBAS PREVIDENCIÁRIAS. A viúva que vinha recebendo a totalidade da pensão por morte de seu marido não deve pagar ao filho posteriormente reconhecido em ação de investigação de paternidade a quota das parcelas auferidas antes da habilitação deste na autarquia previdenciária, ainda que a viúva, antes de iniciar o recebimento do benefício, já tivesse conhecimento da existência da ação de investigação de paternidade. De fato, a sentença declaratória de paternidade possui efeitos ex tunc, retroagindo à data de nascimento do investigante. Entretanto, tais efeitos não possuem caráter absoluto, encontrando um limite intransponível: o respeito às situações jurídicas definitivamente constituídas. A controvérsia envolve o princípio da irrepetibilidade das verbas previdenciárias pagas a maior, amplamente consagrado pela jurisprudência do STJ. Considerando que os valores recebidos a título de benefício previdenciário não se prestam, por natureza, a enriquecimento –e, menos ainda, ilícito –, mas sim à subsistência do segurado e de sua família, sendo manifesta a sua natureza alimentar, a jurisprudência somente excepciona sua irrepetibilidade quando o recebimento decorrer de má-fé. Ao tomar conhecimento da ação de investigação de paternidade, a viúva apenas obtém a notícia da possibilidade de haver outro beneficiário do direito previdenciário. Trata-se de mera possibilidade e nada mais do que isso, porquanto incerto o resultado da demanda, que poderia ser pela improcedência. Assim, não é razoável exigir da beneficiária, já devidamente habilitada nos termos da lei, que abrisse mão de sua pensão apenas por existir uma ação em curso que pudesse vir a reconhecer a existência de outro beneficiário. A configuração da má-fé requer a intenção maliciosa de causar lesão ou prejuízo a terceiro, o que não ocorre no caso. Note-se que o interessado poderia pleitear medida judicial no bojo da ação de investigação de paternidade para que lhe fosse assegurada a reserva de parte da pensão. Se assim não o fez, não se pode exigir de terceira pessoa (a viúva), que não era parte naquela ação investigativa, a adoção de providência voltada a assegurar efeito semelhante. Assim, a possibilidade de pagamento retroativo ao filho reconhecido judicialmente posteriormente ao óbito do instituidor do benefício não autoriza, por si só, que se exija de outros beneficiários anteriormente habilitados a devolução das verbas previdenciárias recebidas de boa-fé. REsp 990.549-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 5/6/2014”. 5. QUESTÕES DE CONCURSOS 01- (CESPE/CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo – Direito) O cônjuge separado de fato que tenha recebido pensão de alimentos de segurado do RGPS não faz jus à pensão por morte do segurado, caso este tenha mantido, em vida, união estável provada, por meio de justificação administrativa, no INSS. 02- (CESPE/INSS/Perito Médico/2010) Prevalece no STJ o entendimento de que a mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito a pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. 03- (CESPE/Caixa Econômica/Advogado/2010) Considere que, quando faleceu, Alberto estava impugnando ação de reconhecimento de paternidade que tramitava contra ele e que, à época de seu falecimento, sua mãe era sua única dependente declarada. Nessa situação, havendo a possibilidade de posterior habilitação de possível dependente, que importaria na exclusão da mãe de Alberto dessa condição, a concessão da pensão por morte poderá ser protelada, a critério da autoridade competente. 04- (CESPE/Município de Natal/Procurador/2008) A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito a pensão previdenciária por morte do ex-marido, desde que comprovada a necessidade econômica superveniente. 05- (CESPE/TRT 5ª Região/Juiz do Trabalho/2006) Considere a seguinte situação hipotética. Maria divorciou-se de Arnaldo, passando a receber alimentos. Posteriormente, Arnaldo, que se encontrava em união estável com Miriam, sem ter filhos de ambos os relacionamentos, faleceu. Nessa situação, tanto Maria quanto Miriam têm direito à pensão por morte. GAB 01 E 02 C 03 E 04 C 05 C Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) § 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) § 2 o O direito à percepção de cada cota individual cessará: (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) I - pela morte do pensionista; (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015) III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)IV - pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira, nos termos do § 5º. (Vide Lei nº 13.135, de 2015) V - para cônjuge ou companheiro: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. § 2 o -A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2 o , se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 2 o -B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “c” do inciso V do § 2 o , em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão extinguir-se-á. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) § 4 o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) § 5 o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2 o . (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. (Incluído pela Lei nº 13.183, de 2015) 1. COMENTÁRIOS Após a publicação da Medida Provisória 664/2014, convertida na Lei 13.135/2015, a pensão por morte no Regime Geral de Previdência Social para cônjuges, companheiros e companheiras passou a ser temporária ou vitalícia, a depender da idade do pensionista no dia do óbito do segurado. Anteriormente, para os citados dependentes, a pensão por morte era vitalícia, vedada a acumulação de mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvada a opção pela mais vantajosa. A Lei 13.135/2015 em muito modificou a MP 664/2014, tendo as novas regras entrado em vigor em 18 de junho de 2015. As alterações sobre o prazo para percepção da pensão por morte alcançaram os cônjuges, companheiros e companheiras, e não os demais dependentes, nada mudando para o filho, os pais e os irmãos. No entanto, impende frisar que a pensão por morte temporária para cônjuges e companheiros entrou em vigor para os óbitos ocorridos a partir de 1/3/2015, data da vigência deste capítulo da MP 664/2014. Por outro lado, a Lei 13.135/2015 previu a sua retroação das suas regras, a fim de desfazer com eficácia ex tunc os efeitos da MP 664/2014, a saber: “Art. 5 o Os atos praticados com base em dispositivos da Medida Provisória n o 664, de 30 de dezembro de 2014, serão revistos e adaptados ao disposto nesta Lei”. Entende-se que este artigo 5º deve ser interpretado conforme a Constituição, somente sendo autorizada a retroação benéfica da Lei 13.135 sobre os efeitos da MP 664, sob pena de inconstitucionalidade. Ademais, a Lei 13.135/2015 não pode retroagir para antes da vigência da MP 664/2014, pois boa parte das suas regras somente iniciou vigência em 1º de março de 2015. Não obstante isto, a interpretação preliminar do INSS5 está aplicando o regramento da pensão por morte temporária pela idade do dependente no dia do óbito, cônjuge ou companheiro, para óbitos a contar de 14/01/2015 (data da vigência da exigência de 2 anos de casamento ou de união estável), e não de 01/03/2015 (data da vigência da criação da pensão temporária por faixa etária), o que se julga não se adequado. Espera-se que a autarquia previdenciária reveja o seu entendimento ao positivar a sua interpretação futuramente via instrução normativa. De acordo com as regras aprovadas na Lei 13.135, publicada em 18 de junho de 2015, fruto de conversão da MP 664/2014, com diversas alterações, exclusões e inserções, apresenta-se o regramento em vigor a partir deste ponto com as complexas e controversas regras de direito intertemporal. Em regra, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado, a pensão por morte será paga por apenas 4 (quatro) meses ao cônjuge, companheiro ou companheira, salvo se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho. Esta exigência de um mínimo 18 contribuições pagas pelo segurado para que a pensão por morte não se limite a quatro meses de pagamento é restrita ao cônjuge, companheiro e companheira, não sendo exigível para os demais dependentes (filhos e equiparados, pais e irmãos). 5 Memorando-Circular Conjunto nº 54 DIRBEN/DIRAT/DIRSAT/PFE/INSS, de 6 de novembro de 2015, que complementou as orientações contidas no Memorando-Circular Conjunto nº 45/DIRBEN/DIRAT/DIRSAT/PFE/INSS, de 4 de setembro de 2015. De acordo com o razoável entendimento do INSS6, a quantidade de contribuições para efeito de manutenção do benefício corresponde ao total de meses dos períodos passíveis de cômputo no cálculo de tempo de contribuição, independentemente da quantidade de dias dentro do mês, desprezadas as concomitâncias. Serão considerados para fins de apuração dos “18 meses”, os seguintes períodos: a) como empregado doméstico, com ou sem contribuições, observadas as regras relativas ao reconhecimento do tempo de filiação; b) de atividade rural, independente da condição do instituidor (segurado urbano ou rural) na data do fato gerador; c) de vinculação ao Regime Próprio de Previdência Social-RPPS, desde que apresentada a Certidão de Tempo de Contribuição-CTC e desde que tal período não tenha sido considerado para fins de benefício no RPPS; d) em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez , mesmo que não se trate de período intercalado entre atividades/períodos de contribuição; e) como contribuinte individual ou empregado doméstico, independente da primeira contribuição paga em dia, observadas as regras relativas ao reconhecimento do tempo de filiação. Ainda de acordo com aPrevidência Social, não será observada a perda de qualidade de segurado entre os períodos; será dispensada a apuração das dezoito contribuições caso, no momento do óbito, o instituidor esteja em gozo de aposentadoria, exceto por invalidez, considerando que para esses benefícios a carência mínima exigida supera dezoito contribuições/meses; não serão considerados, para fins da pensão por morte, os recolhimentos efetuados pelos dependentes após o óbito do instituidor; em se tratando de requerimento de auxílio-reclusão, o recolhimento de período de débito relativo a competências anteriores ao fato gerador será considerado, observadas as regras relativas ao reconhecimento do tempo de filiação. Até este ponto reputa-se correta a interpretação da autarquia previdenciária, que inclusive inovou em favor dos dependentes, vez que permitiu para fins de cômputo das 18 contribuições o período de gozo em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, mesmo que não se trate de período intercalado entre atividades/períodos de contribuição, o que, em tese, viola do artigo 55, inciso II, da Lei 8.213/91. Ademais, a exigência das 18 contribuições não possui a natureza jurídica de período de carência, pois o benefício será concedido por quatro meses, e não negado, posto que período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício.Logo, como há a concessão do benefício mesmo que por céleres quatro parcelas mensais, quando o segurado não verteu ao menos 18 contribuições mensais, conclui-se que não se trata de período de carência, e sim de tempo de contribuição específico para que a pensão por morte ultrapasse a faixa de 4 meses. Ademais, com a Lei 13.135/2015, a pensão por morte e o auxílio-reclusão voltaram a ter o período de carência sempre dispensado, tendo sido restaurado o inciso I do artigo 26 da Lei 8.213/91. Inclusive, este é o entendimento do próprio INSS veiculado no Memorando Circular Conjunto nº 39/DIRBEN/DIRAT/INSS: “Memorando - Circular Conjunto nº 39/DIRBEN/DIRAT/INSS Em 30 de julho de 2015. Aos Superintendentes-Regionais, Gerentes-Executivos, Gerentes de Agências da Previdência Social. 6 Memorando-Circular Conjunto nº 54 DIRBEN/DIRAT/DIRSAT/PFE/INSS, de 6 de novembro de 2015, que complementou as orientações contidas no Memorando-Circular Conjunto nº 45/DIRBEN/DIRAT/DIRSAT/PFE/INSS, de 4 de setembro de 2015. Especialistas em Normas e Gestão de Benefícios, Chefes de Divisão/Serviço de Benefícios, Chefes de Divisão/Serviço/Seção de Atendimento e Chefes de Serviço/Seção de Reconhecimento Inicial. Assunto: Adequação provisória do Sistema PRISMA. Lei nº 13.135/15. 1. Com o objetivo de reduzir o represamento de benefícios de pensão por morte e auxílio- reclusão cuja decisão aguarda adequação dos sistemas às alterações decorrentes da Lei nº 13.135/15, informamos que será disponibilizada, nesta data, à noite, uma versão inicial, que visa liberar exigências atualmente existentes no Prisma, adequando parcialmente às regras previstas na Lei nº 13.135/15. 2. Dentre as adequações provisórias que serão disponibilizadas no PRISMA, ressaltamos: a) para benefício com data de óbito/reclusão a partir de 1º/03/2015, não mais se exigirá a carência de vinte e quatro contribuições sem perda da qualidade de segurado”. Logo, se o segurado morreu com apenas 5 contribuições vertidas ou com menos de 2 anos de casamento ou união estável, a pensão por morte durará por apenas 4 meses, a não ser que a morte decorra de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, hipótese na qual serão aplicados os prazos a seguir vistos. Sustenta corretamente a autarquia previdenciária que a apuração das dezoito contribuições utilizará o cálculo em contribuições, em meses de atividade rural ou em contribuições e meses de atividade do empregado doméstico, conforme a última atividade do segurado, não sendo exigido e o cumprimento de 1/3 após perda da qualidade de segurado, quando for o caso, tendo em vista não se tratar de período de carência, não se havendo em sequer cogitar da aplicação da regra do artigo 24, parágrafo único, da Lei 8.213/91. Ainda para a interpretação administrativa da Previdência Social, o período de vínculo de casamento/união estável deve ser de dois anos ininterruptos, anteriores ao óbito; pode ser somado o período de união estável ao período de casamento, quando este for imediatamente posterior àquele; em se tratando de requerente ex-cônjuge/ex-companheiro, que recebia pensão alimentícia ou ajuda econômica sob qualquer forma, deverá ser comprovado o período de pelo menos dois anos de casamento ou união estável iniciada antes da dissolução da união. Por outro lado, esta interpretação administrativa inova em prejuízo do dependente, pois o artigo 77, §2º, inciso V, da Lei 8.213 aduz que a pensão por morte não será limitada ao período de quatro meses “se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado”, além do requisito do pagamento de dezoito contribuições mensais. Ora, em nenhum momento a Lei de Benefícios exige que o casamento e principalmente a união estável possua dois anos ininterruptos, podendo ser alternados. Outro ponto é que a Lei 8.213/91 não tratou expressamente do ex-cônjuge ou companheiro que recebia pensão civil de alimentos do segurado, mas que o matrimônio ou a união estável não alcançou o lapso temporal de dois anos. Neste caso, entende-se ser irrazoável a interpretação administrativa da Previdência Social, pois é certo que podem existir casos de alimentos civis pagos por anos e que a pensão por morte será limitada a apenas quatro parcelas mensais, devendo ser considerado o período de adimplemento dos alimentos de família para a integralização do prazo de dois anos, ante a lacuna normativa. Ainda de acordo com o entendimento do INSS, para benefício com data de óbito/reclusão a partir de 14/01/2015, quando entre os dependentes constar cônjuge, companheiro(a),ex-cônjuge/ex- companheiro e não se tratar de óbito decorrente de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, o Prisma observará a exigência de dezoito contribuições. De acordo com o Princípio do Tempus Regit Actum, considerando que a MP 664/2014 exigiu, em regra, 24 recolhimentos mensais a título de carência para a pensão por morte, tendo sido a carência dispensada pela Lei 13.135/2015, assim como a exigência de 18 recolhimentos para que a pensão por morte ao cônjuge ou companheiro ultrapasse a faixa de 4 meses de duração não possui a natureza jurídica de período de carência, e sim de tempo de contribuição, entende-se que a sua vigência deveria se dar para o óbitos ocorridos a contar de 18 de junho de 2015, pois se trata de inovação da Lei 13.135/2015. Logo, neste ponto o entendimento sustentado nesta obra diverge do posicionamento administrativo ainda preliminar e provisório firmado pelo Instituto Nacional do Seguro Social. Demais disso, a exigência de carência de 24 recolhimentos mensais instituída pela MP 664 (e que foi excluída da Lei 13.135/2015) se deu para óbitos a partir de 1/3/2015, e não de 14/1/2015, pois nesta data apenas estava em vigor a exigência de 2 anos de casamento ou de união estável. A exigência de dois anos de casamento ou de união estável foi inserida pela MP 664/2014 e mantida na Lei 13.135/2015, iniciando vigência em 14 de janeiro de 2015, sendo aplicável aos óbitos a partir desta data à luz do Princípio do Tempus Regit Actum. Eis o posicionamento firmado pelo INSS no Memorando-Circular Conjunto nº 45 /DIRBEN/DIRAT/DIRSAT/PFE/INSS, de 4/9/2015: “4.1 - Comprovação da união estável No período de 14/01/2015 a 17/06/2015, em decorrência dodisposto no § 2º do art. 74 da Lei nº 8.213/1991, incluído pela MP nº 664/2014, exigiu-se para a concessão de pensão por morte e auxílio-reclusão a comprovação de, no mínimo, dois anos de casamento ou de união estável entre o instituidor e o dependente. A Lei nº 13.135/2015 não acolheu este dispositivo, retornando à regra anterior à MP nº 664/2014, na qual não se exigia o tempo mínimo de vínculo entre o instituidor e o dependente para fins de reconhecimento de direito. Entretanto, o tempo de casamento/união estável passou a ser elemento essencial para fins de definição do prazo de duração do benefício. Quando do reconhecimento do direito deve ser apurado o tempo de casamento ou de união estável antes do óbito/reclusão do segurado, a fim de definir, de imediato, o tempo de duração da cota do cônjuge/companheiro(a). Para fins de comprovação do tempo de casamento/união estável devem ser observados os procedimentos constantes no item 1 do Anexo ao Memorando-Circular Conjunto nº 2 DIRBEN/ DIRAT/PFE/DIRSAT/INSS, de 13 de janeiro de 2015. O Sistema Prisma calculará o tempo de casamento/união estável com base no dado informado no campo "DT. CASAMENTO/UNIAO", apurando se restou comprovado o vínculo por período igual ou superior a dois anos. Apurado tempo inferior, o sistema emitirá a mensagem informativa “O tempo de união é inferior a 02 anos” e exigirá confirmação dessa informação. Entretanto, não direcionará ao indeferimento. Os benefícios com fato gerador a partir de 14/01/2015, indeferidos por falta de comprovação de dois anos de casamento/união estável (Motivo 183 - Não cumprimento do tempo mínimo de união na pensão por morte e Motivo 186 - Não cumprimento do tempo mínimo de união no auxílio-reclusão) deverão ser revistos após adequação dos sistemas, considerando o disposto no art. 5º da Lei nº 13.135/2015. As orientações relativas aos procedimentos de revisão serão prestadas oportunamente”. A Lei 13.135/2015 admitiu expressamente que o tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais, acaso o segurado não possua 18 recolhimentos no Regime Geral de Previdência Social. Por sua vez, transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável, ou se então o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, a pensão terá a seguinte duração, sendo vitalícia apenas se o pensionista tiver 44 anos de idade no dia da morte: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. No entanto, há uma regra especial para o pensionista inválido ou com deficiência cônjuge ou companheiro(a), pois neste caso a pensão por morte apenas será cancelada pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência. Se não houver recuperação do pensionista, portanto, será vitalícia, mesmo que o segurado não tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. Caso o pensionista inválido ou deficiente se recupere, serão respeitados, ao menos, os prazos anteriores apresentados. De acordo com o INSS, considera-se inválido o cônjuge, o companheiro ou a companheira que for considerada incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, comprovado mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, desde que a Data do Início da Invalidez tenha ocorrido até a data prevista para a cessação da cota (quatro meses ou conforme a idade). A autarquia previdenciária adotou uma interpretação mais favorável ao dependente, pois mesmo a invalidez ou deficiência do pensionista cônjuge ou companheiro após a morte do segurado e antes da cessação da pensão por morte temporária gerará a manutenção do benefício, enquanto persistir a invalidez ou deficiência, sendo o artigo 77, §2º, inciso V, letra A da Lei 8.213/91 omisso a respeito. Não há qualificação da natureza da deficiência para fins de proteção previdenciária nesta hipótese, cabendo ao Regulamento promover o seu estabelecimento, podendo ser adotado, por analogia, os critérios da Lei Orgânica de Assistência Social. Acaso a invalidez ou deficiência seja superada algum dia, será aplicada a tabela de duração da pensão por morte pela idade do cônjuge ou companheiro no dia do óbito do segurado, podendo, portanto, haver cessação automática da pensão na perícia do INSS. Suponha-se que uma esposa tenha 28 anos de idade no dia do óbito do segurado, que possuía ao menos 2 anos de casamento e haviam sido pagas ao menos 18 contribuições previdenciárias. Neste caso, a pensão por morte terá duração de 10 anos, a contar do óbito do segurado. Se a viúva for inválida (a invalidez poderá se dar em até 10 anos a partir do dia da morte do segurado), será mantido benefício enquanto inválida for. Acaso a invalidez seja revertida em 15 anos após a morte do segurado, a pensão será cessada de maneira imediata, pois já superado o prazo de 10 anos pela sua idade de 28 anos no dia da morte. Se a invalidez for revertida em 5 anos após a morte do segurado, a pensão por morte ficará ativa por mais 5 anos, a fim de preservar a duração da cota por 10 anos. Vale frisar que a partir de junho de 2018 existe a possibilidade de mudanças nas faixas da pensão temporária e vitalícia, por ato do Ministro da Previdência Social, desde que haja o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. Notem que o assunto ficou bem mais complexo do que antes e que o texto do artigo 77, da Lei 8.213/91 não ajuda muito, pois é bastante confuso. Por tudo isto, vamos sintetizar as novas regras na tabela abaixo a respeito da pensão por morte para cônjuges, companheiros e companheiras: Regra 1 - Se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado, a pensão por morte será paga por apenas 4 (quatro) meses (regra geral). Regra 2 - Se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável, a pensão terá a seguinte duração, sendo vitalícia apenas se o pensionista tiver 44 anos de idade no dia da morte: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade (regra geral). Regra 3 Se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, mesmo que não haja 2 anos de casamento ou união estável ou não tenham sido recolhidas 18 (dezoito) contribuições mensais pelo seguradoaté o dia da morte, a pensão terá a seguinte duração, sendo vitalícia apenas se o pensionista tiver 44 anos de idade no dia da morte: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. Logo, neste caso especial, a pensão não durará apenas 4 meses (regra especial). Regra 4 Para o pensionista inválido ou com deficiência, a pensão por morte apenas será cancelada pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência. Se não houver recuperação do pensionista, portanto, será vitalícia, mesmo que o segurado não tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. Caso o pensionista inválido ou deficiente se recupere, serão respeitados, ao menos, os prazos anteriores apresentados (regra especial). De acordo com o entendimento da Previdência Social, se a data do requerimento do benefício do cônjuge/companheiro(a) for posterior ao prazo final de duração da pensão por morte/auxílio-reclusão (04 meses ou 03, 06, 10, 15 ou 20 anos, conforme o caso), não fará jus ao benefício, em razão do início do pagamento ser fixado na data de entrada do requerimento, conforme inciso II do art. 74 da Lei nº 8.213/1991 e, consequentemente, posterior à data da cessação da cota/benefício (ressalvado o direito do incapaz), reputando-se correta esta posição do INSS. Destarte, suponha-se que um segurado faleceu em 1º de dezembro de 2015 e que possui uma esposa que não é inválida ou deficiente com apenas um ano de casamento, não tendo morte sido decorrente de acidente ou de doença ocupacional. Neste caso, a pensão por morte terá duração de apenas quatro meses. Acaso a viúva requeira o benefício após quatro meses do óbito, nada irá receber a título de pensão por morte, pois na data do requerimento administrativo já restará vendido o prazo de duração do benefício. Outro aspecto complexo a ser analisado é o direito intertemporal. Isso porque a lei aplicável à pensão por morte será aquela em vigor no dia do óbito. Logo, para a prática previdenciária não basta estudar a lei em vigor na atualidade, pois é curial tratar a morte com a lei que vigorava no dia da sua ocorrência. Não deverá ser admitida a retroação da Lei 13.135/2015 em prejuízo do dependente por ofensa à Constituição, bem como não se admite a incidência de regras da Lei 13.135/2015 anteriores à vigência da MP 664/2014 prejudiciais ao segurado ou seu dependente: Com base no exposto, acredita-se que seja correto se adotar os seguintes regimes jurídicos intertemporais: Regime antigo Óbitos até 13/01/2015 - Pensão por morte vitalícia para cônjuge ou companheiro, independentemente do tempo de casamento ou de união estável ou do tempo de contribuição do segurado. Regime híbrido 1 Óbitos entre 14/01/2015 e 28/02/2015 - Exigência de tempo mínimo de casamento ou união estável de 2 anos no dia do óbito a fim de que a pensão por morte não se limite a 4 meses, salvo se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho ou se o cônjuge ou companheiro for inválido. Regime híbrido 2 Óbitos entre 01/03/2015 e 17/06/2015 - Exigência de tempo mínimo de casamento ou união estável de 2 anos no dia do óbito a fim de que a pensão por morte não se limite a 4 meses, salvo se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho ou se o cônjuge ou companheiro for inválido. - Em havendo tempo mínimo de casamento ou união estável de 2 anos no dia do óbito, a pensão por morte terá a seguinte duração, sendo vitalícia se o pensionista tiver 44 anos de idade no dia da morte: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade Regime novo Óbitos a partir de 18/06/2015 - Exigência de tempo mínimo de casamento ou união estável de 2 anos no dia do óbito e de 18 contribuições pagas a fim de que a pensão por morte não se limite a 4 meses, salvo se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho ou se o cônjuge ou companheiro for inválido. - Em havendo tempo mínimo de casamento ou união estável de 2 anos no dia do óbito e de 18 contribuições pagas, a pensão por morte terá a seguinte duração, sendo vitalícia se o pensionista tiver 44 anos de idade no dia da morte: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade Note-se que, diferentemente do entendimento da Previdência Social, entende-se que a exigência das 18 contribuições mensais, por ser inovação da Lei 13.183/2015, não poderá retroagir, somente sendo válida para os óbitos ocorridos a contar da sua vigência em 18 de junho de 2015. Ademais, sustenta o autor que como a pensão por morte temporária por faixa etária somente entrou em vigor em 1º de março de 2015, conforme previsto na MP 664/2014, não poderia a interpretação administrativa fazer a sua antecipação para 14/1/2015, pois é uma retroação prejudicial que atenta contra a Constituição Federal, haja vista que nova lei vai retroagir à data da MP 664 para prejudicar o dependente, violando o Princípio do Tempus Regit Actum. Isso porque a retroação prevista no artigo 5º, da Lei 13.135/2015, para ser válida, somente poderá ser benéfica, não podendo, outrossim, anteceder à vigência da MP 664/2014. De acordo com o artigo 77, §2º, da Lei 8.213/91, modificado pela Lei 13.135/2015 e pela Lei 13.146/2015, a pensão por morte cessará: I - pela morte do pensionista; II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (redação dada pela Lei 13.146/2015 – vigência em 3 de janeiro de 2016) III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV - para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento (este inciso vigorará em 18/6/2017). Note-se que pelas modificações perpetradas pela Lei 13.146/2015, a emancipação (a contar dos 16 anos de idade) voltou a ser causa de antecipação da maioridade previdenciária do irmão do segurado, mas com a ressalva de que não haverá cancelamento da pensão por morte se houver invalidez ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Vale registrar, ainda, que o Decreto 3.048/99 ainda não foi atualizado para balizar os critérios de deficiência grave do filho ou irmão do segurado, podendo ser usada, analogicamente, os critérios de deficiência grave da Lei Complementar
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