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REPRODUÇÃO DA RÃ-TOURO (Rana catesbeiana) ARAGUAÍNA-TO 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ARAGUAÍNA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA DISCIPLINA: RANICULTURA PROFESSOR: EDUARDO BEERLI REPRODUÇÃO DA RÃ-TOURO (Rana catesbeiana) Seminário apresentado como requisito para obtenção parcial da nota na disciplina de Ranicultura do curso de Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins. ACADÊMICOS: GIULLIANE MARQUES JACKELINE MOTA JOADISON SOUSA MARCELO CARNEIRO MARCELO GOMES RANNIERE PARENTE ARAGUAÍNA-TO 2013 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. APARELHO REPRODUTOR (MACHO E FÊMEA) 2.1 Características anatômicas e fisiologia 2.2 Fisiologia dos Órgãos Reprodutivos 2.2.1-Mecanismos neuroendócrinos da reprodução de anuros 2.2.2- Espermatogênese de anuros 2.3 Biologia seminal de anuros 2.4 Dimorfismo sexual 3. MANEJO DOS REPRODUTORES 3.1 Escolha 3.2 Identificação 3.3 Acasalamento 4. INDUÇÃO ARTIFICIAL NA REPRODUÇÃO DE RÃS 4.1 Fundamentos da técnica 4.2 Hormônios utilizados e a reprodução artificial de rãs 4.3 Obtenção e preservação de hipófises 4.5 Indução e acasalamento 4.6 Fatores abióticos influenciando a reprodução de anuros 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 6. LITERATURA CONSULTADA REPRODUÇÃO DA RÃ-TOURO (Rana catesbeiana) 1. INTRODUÇÃO A Ranicultura é uma das atividades agropecuárias que mais evoluiu nos últimos 15 anos. A tecnologia da criação de rãs em confinamento evoluiu de tal forma que muito do que se escreveu a algum tempo atrás em nada se aplica as atuais técnicas para a criação deste anfíbio. Como toda atividade agrícola, o sucesso dessa criação depende fundamentalmente da dedicação que o produtor dará a sua criação. As observações diárias, a ação rápida e eficaz para resolver os problemas que surgem e as rotinas de higienizações e triagens num ranário, constituem-se na divisão entre o sucesso e o fracasso do ranicultor. No Brasil, a rã-touro é a espécie mais utilizada pelos ranicultores nos criatórios. O Controle da reprodução é uma das maiores dificuldades encontradas pelo ranicultor brasileiro. Na maioria dos ranários os reprodutores são mantidos em baias de acasalamento coletivo durante todo o ano, onde estão sujeitos às variações climáticas, provocadas pelas frentes frias na região Sul e Sudeste, e pelas chuvas e altas temperaturas no Norte e no Nordeste. Nas regiões onde o inverno é rigoroso, os reprodutores ficam debilitados e só se recuperam 1 a 2 meses após o término do inverno. Com isto, o objetivo deste trabalho é mostrar, de forma sucinta, as atividades de manejo no setor de reprodução de uma criação intensiva de rã- touro. Serão abordados alguns aspectos como anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutivos dos animais, bem como o manejo destes, e ainda os estudos que levaram ao desenvolvimento da técnica de reprodução induzida e o salto tecnológico que o emprego desta prática proporcionou à essa atividade. 2. APARELHO REPRODUTOR (MACHO E FÊMEA) 2.1 Características anatômicas e fisiologia O aparelho reprodutor constituído de testículos e ovários conectados por meio de ductos genitais próprios constituindo a via gametogênica, representada pelos ductos eferentes e ducto de Wolff nos machos e pelos ovidutos ou ducto de Müller nas fêmeas. Após a diferenciação e o desenvolvimento sexual do indivíduo, frequentemente são descritas estruturas vestigiais que permanecem como não funcionais. Figura 1. Aparelhos reprodutivos das rãs. Os testículos são descritos como órgãos pares, arredondados, compactos, de cor geralmente amarelada, esbranquiçada ou branco-leitosa. Podem apresentar variações anatômicas de forma e peso de acordo com o período reprodutivo, além de outras alterações morfofuncionais associadas à reprodução. O aparelho reprodutor feminino da rã é composto de ovários e ovidutos pares, seguindo o padrão definido para anfíbios anuros em geral. Macroscopicamente, os ovários são órgãos multilobulados e saculares, situando-se um a cada lado da cavidade corporal do animal, próximos aos rins, presos ao peritônio dorsal por meio do mesovário. Os ovidutos, estruturas tubulares e enoveladas, encontram-se situados lateralmente aos ovários. Es- tes ovidutos abrem-se em sua porção proximal dorsalmente, no nível dos pulmões e seguem aderidos ao peritônio, desembocando na cloaca, distalmente.na extremidade posterior de cada oviduto ocorre uma dilatação denominada ovissaco ou “útero”, que exerce a função de armazenamento temporário dos ovócitos maduros. Assim como os ovários, os ovidutos sofrem modificações marcantes em seu aspecto e no volume, no decorrer do crescimento do animal, bem como ao longo do ciclo reprodutivo anual. Os corpos gordurosos ou adiposos encontram-se aderidos na porção superior dos ovários. Esses corpos são estruturas digitiformes, de coloração variando de creme esbranquiçado a amarelado, cuja suposta função seria de armazenamento de gordura para ser utilizada pelo animal durante o período reprodutivo e, também, como reserva de inverno. 2.2 Fisiologia dos Órgãos Reprodutivos 2.2.1-Mecanismos neuroendócrinos da reprodução de anuros Alterações ambientais, como fotoperíodo, temperatura e umidade, são detectadas por receptores específicos e estes as transmitem para o hipotálamo, modificando a produção e a liberação de hormônios. O hipotálamo localiza-se na base do cérebro e produz o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Os hormônios esteroides e os adeno-hipofisários determinam o desenvolvimento das gônadas; vários caracteres sexuais influenciam a vocalização e o amplexo. O sistema nervoso e o sistema endócrino atuam em conjunto na coordenação da reprodução por meio de diferentes grupos de hormônios, produzidos por órgãos localizados ao longo do eixo hipotalâmico-hipofisário- gonadal. Cei (1949) comprovou que a atividade gametogênica é controlada pela secreção gonadotrófica do lóbulo anterior da hipófise e relatou que devem ser feitas algumas considerações a respeito das distintas fases da gametogênese e do período de ovulação, que correspondem, em suas linhas gerais, às distintas esferas da ação dos hormônios gonadotrópicos (gonadotropina A e gonadotropina B). 2.2.2- Espermatogênese de anuros Quanto ao ciclo espermatogênico, foram definidos três períodos distintos para anfíbios anuros na região subtropical: dezembro a março, quando há repouso total da atividade gametogênica; abril a setembro, atividade degenerativa; outubro a dezembro, espermatogênese. No último período, ocorre a expulsão de grandes massas de espermatozoides e o maior desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Estudos morfológicos dos estágios de desenvolvimento do aparelho reprodutor de machos de anuros revelaram que, ao longo do seu desenvolvimento, o testículo passa por diferentes fases morfológicas não visíveis macroscopicamente. A espermatogênese de anfíbios anuros é dividida em três fases: espermatogônia, meiótica e espermiogênese. 2.3 Biologia seminal de anuros Os espermatozoides são únicos entre as células quanto à forma e à função. Espermatozoides maduros são células terminais, produtos finais de processos complexos de desenvolvimento, que não passam por outras divisões ou diferenciações. O método padrão de avaliaçãoda fertilidade de reprodutores, a não ser a avaliação direta pela constatação da desova, é o exame do sêmen. O conhecimento da concentração de espermatozoides é importante para sua adequada utilização. O método mais utilizado para determinação da concentração espermática é a contagem direta na câmara de Neubauer. A motilidade espermática é uma das principais variáveis utilizadas para avaliar a qualidade do sêmen, e os espermatozoides de anfíbios anuros já são coletados com motilidade. O sêmen de anuros apresenta diversas similaridades com o sêmen de peixes, e a principal característica comum entre esses dois grupos é a motilidade espermática, pois em ambos a sua iniciação depende da interação com o meio aquático. Nesses grupos, os espermatozoides são imóveis no trato reprodutivo (os de anfíbios ganham motilidade na bexiga urinária), mas, quando entram em contato com o meio circundante, ocorrem alterações na concentração osmótica ou iônica que modificam a polarização do cálcio da membrana, dando início à motilidade. Em anuros, o decréscimo da osmolaridade inicia a motilidade espermática, o que enfatiza, inclusive, o emprego de metodologias de coleta de sêmen que evitem a contaminação das amostras seminais com urina e água. 2.4 Dimorfismo sexual É importante termos condições de identificarmos os machos e fêmeas dessa espécie. Assim as principais características do DIMORFISMO SEXUAL são: A) O ouvido (a membrana timpânica que fica atrás dos olhos e a cavidade ocular têm tamanhos semelhantes na fêmea; No macho a membrana timpânica é maior do que a cavidade ocular) . B) O braço do macho é forte e volumoso. C) Os machos são menores que as fêmeas. D) O papo do macho é intensamente mais amarelado na época do acasalamento (na fêmea é creme-esbranquiçado). E) O polegar do macho fica dilatado (verrugas nupciais) na época do acasalamento para melhor aderência nas fêmeas nesse período. F) O macho coaxa forte no período reprodutivo; As fêmeas emitem sons quase imperceptíveis. Figura 2. Dimorfismo sexual secundário em rãs. 3. MANEJO DOS REPRODUTORES A reprodução tem influencia direta com a temperatura e o fotoperíodo. As regiões Norte e Nordeste, são privilegiadas pelo potencial de produção o ano inteiro. No sistema de Anfigranja, é fundamental as rãs estarem bem alimentadas, em boas instalações e ter um cronograma, como o q segue: 3.1 Escolha Como em outras espécies, a escolha dos reprodutores deve ser pelas condições físicas que assegura suportar o acasalamento que pode dura entre horas e dias, sem presença de enfermidades, sem defeitos físicos ou nutricionais. O plantel formado de animais vigorosos, saudáveis, nutridos, seu desempenho é superior. 3.2 Identificação No sistema Anfigranja, a identificação se da pela amputação dos dedos e artelhos, sendo que cada amputação corresponde a uma numeração (Figura 1). Figura 3. Identificação das rãs. A identificação permite controla os acasalamentos, o desempenho da prole, a ocorrência de parentesco ou consanguinidade e a possibilidade de um melhoramento genético do plantel, assim podendo descarta animais com baixa taxa fertilidade e com prole de baixa produção. 3.3 Acasalamento Normalmente, o acasalamento é induzido, porém quando acontece sem indução o casal maduro será solto numa baia especifica e após no máximo uma semana deve ter a presença da desova. Caso não aconteça a desova haverá um défice no setor de engorda, assim prejudicando o sistema de produção. As rãs são alimentadas com o maior teor de proteína e recebem um estimulo pela alta temperatura e o fotoperíodo, como já dito. Após o acasalamento são alojadas no setor de mantença. As instalações requer água limpa com temperatura entre 23 e 25º e profundidade 20 a 30 cm. 4. INDUÇÃO ARTIFICIAL NA REPRODUÇÃO DE RÃS O aprimoramento do desenvolvimento das técnicas de indução da reprodução de anfíbios anuros vai permitir um aumento da ranicultura mundial, possibilitando, num futuro próximo, a regularidade na produção de rãs. A técnica da reprodução induzida possibilita o suprimento de desova de boa qualidade, bem como permite a incubação e a eclosão dos ovos em condições climáticas favoráveis ao bom desempenho da prole. Porém, a falta de conhecimento básico sobre a reprodução de rãs dificulta o emprego desta técnica. 4.1 Fundamentos da técnica Os hormônios gonadotrópicos são sintetizados pela rã sexualmente madura e desempenham papel decisivo na ovulação. A glândula pituitária, responsável pela produção, acumulo e armazenamento dos hormônios. A concentração varia de acordo com o período de pré-desova, máxima, durante e após a desova, muita baixa. A liberação de gonadotropina pela glândula pituitária é acionada pelo hipotálamo, condicionando a indução da desova. Naturalmente, o hormônio é liberado no sangue sob condições ideais (fotoperíodo, temperatura e dentre outras) para acontecer a ovulação, porém na desova induzida proporciona uma “aceleração”. Isto é, quando os ovos do ovário tiverem em estagio de vitelogênse estão prontos para o desenvolvimento pela gonadotropina assim, é injetado o hormônio gonadotropina para propiciar a ovulação final. 4.2 Hormônios utilizados e a reprodução artificial de rãs A adoção da prática de utilizar hormônios para obtenção de gametas de rãs tem duas grandes finalidades, uma por parte dos produtores de rãs e outra por pesquisadores de anfíbios anuros em processo de extinção. Os produtores de rãs adotam essa prática com alguns objetivos, entre eles: determinar os animais para obtenção dos gametas de acordo com seus interesses e programar as desovas de acordo com a necessidade do ranário. Programas de pesquisas das espécies de anfíbios anuros em processos de extinção têm desenvolvido protocolos de reprodução com a utilização de hormônios para obtenção de girinos e imagos para repovoamento e estudos em laboratórios. Após a aplicação do hormônio, dois métodos podem ser adotados: um deles consiste em colocar os reprodutores em local apropriado e esperar o amplexo, prática conhecida como acasalamento induzido (Mann et al., 2010); o outro se faz pela coleta dos gametas manual e a fertilização em recipientes adequados. Nos hormônios, os efeitos de análogos do hormônio GnRH sobre a desova e espermiação de rã-touro foram estudados e concluiu-se que esses análogos sintéticos podem ter aplicações práticas importantes para estimulação da atividade gonadal e aquisição de gametas nessa espécie. Na atualidade o hormônio mais adotado no ranário é o acetato de buserelina, mas as dosagens variam de acordo com os técnicos. O método de desova induzida utilizando extrato bruto hipofisário de rã- touro (EBH) foi efetivo para obtenção de desovas com qualidade e em quantidade de rã-touro, mas um dos problemas da utilização do EBH é o desconhecimento da sua concentração de hormônio. Outro hormônio utilizado para promover a espermiação de rãs foi a gonadotrofina coriônica humana (hCG). A dose necessária para provocar a ovulação da rã decresce à medida que se aproxima a época da desova natural, e os ovários reagem diferentemente ao mesmo estímulo conforme a época do ano. 4.3 Obtenção e preservação de hipófises A glândula pituitária localiza-se no cérebro abaixo do hipotálamo, normalmente envolvida por um tecido adiposo. Para a coleta são feitos dois cortes em “V”, assim expondo-a e podendo coletar com uma pinça. Feita a coleta, as glândulas são imersas em acetona,após 24 horas, secadas e colocadas em frascos de vidro identificados – sexo dos animais coletados e data das coletas - pressionadas com um chumaço de algodão, assim eliminando o ar e lacrando com cera. Existem 3 métodos para a conservação das glândulas: acetona, álcool absoluto e congelamento. A acetona desidrata e retira a gordura das glândulas, permitindo armazenar por até 5 anos, sem refrigeração. No álcool absoluto, depois de 24 horas são lavadas com o mesmo e armazenadas em local frio e sombreado, a temperatura ambiente ou sob refrigeração. Para melhor conservação devem-se guardar os frascos lacrados dentro de um plástico, com um saco absorvente de umidades ou em um dessecador. Também pode ser feito o congelamento e guardadas no refrigerador, após a coleta. 4.5 Indução e acasalamento As fêmeas selecionadas para a hipofisação no setor de mantença devem apresentar abdômen bastante volumoso, já que este é o principal indicador de que estão maduras, ou seja, de que a vitelogênese se completou. Para verificar o volume do abdômen, deve-se segurar o animal pelas pernas e coloca-lo de cabeça para baixo. Para cada rã fêmea, utilizam-se duas hipófises, extraídas de solução fisiológica de Ringer e aplicadas por injeção intramuscular ou na cavidade peritoneal. Um macho deverá ser retirado do setor de mantença, hipofisado (com glândulas retiradas de outros machos) e colocado na baia de acasalamento juntamente com a fêmea. Os machos em geral estão mais preparados para o acasalamento do que as fêmeas. Assim, convém aplicar o hormônio na fêmea pela manhã e no macho no final da tarde, um pouco antes de ser colocado na baia. É importante promover o acasalamento no final do dia para evitar que os animais se assustem com as pessoas e interrompam a desova. A desova deve ser recolhida na manhã seguinte. Se os animais hipofisados não reproduzirem em 48 horas, será necessário administrar outra dose de hipófise na fêmea e substituir o macho por outro descansado. 4.6 Fatores abióticos influenciando a reprodução de anuros As pesquisas com reprodução de rãs têm verificado a influência dos fatores climáticos sobre o número das desovas naturais e enfatizaram a relevância do ambiente na espermiação. A temperatura tem efeitos sobre o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos dos anuros. Em regiões tropicais e subtropicais, a temperatura raramente é um fator limitante e a reprodução da maioria das espécies de anuros ocorre em função das chuvas. Em regiões temperadas, as temperaturas mais frias do outono e do inverno afetam a secreção de gonadotrofina na maioria das espécies estudadas, além disso alteram a sensibilidade do epitélio germinativo aos hormônios gonadotrópicos. Padrões cíclicos estão correlacionados entre si e ajustados a mudanças sazonais, sendo a temperatura o fator mais importante na regulação dos ciclos reprodutivos em rãs e sapos, mas podem ser citadas ainda: a alimentação, a luz e a chuva. A temperatura ambiente e o fotoperíodo foram os fatores abióticos que mais influenciaram a reprodução da rã-touro, sendo a temperatura ótima para a reprodução em torno de 20°C em ranários comerciais. Ambiente controlado (luz e temperatura) alterou a concentração de andrógenos circulantes nos machos de uma espécie de anuros, o que foi verificado em diferentes fases do ciclo testicular, embora esses animais possuam potencialmente espermatogênese contínua. As diferenças sazonais observadas no metabolismo de alguns anfíbios representam a transição entre a utilização de energia para a reprodução (nos adultos a energia é dirigida para um esforço reprodutivo, com a produção de ovócitos e esperma) e a preparação de reservas suficientes para que os anuros possam suportar os invernos mais rigorosos. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando o panorama da ranicultura, percebe-se que o setor vem crescendo, notadamente após o salto tecnológico obtido após o aprimoramento das técnicas de reprodução induzida. Há também que ressaltar a evolução que ocorreu em termos de instalações e manejo geral da criação. O caminho que vem sendo seguido pelo Brasil desde a implantação da atividade no país é, em termos de perspectivas, o mais viável internacionalmente, pois não tem na caça sua base de sustentação. A atividade tem se desenvolvido de forma mais sólida, onde a tecnologia e pesquisa desempenham um papel fundamental. Devido a isso o país vem se estabelecendo como potencia para a atividade, por meio do desenvolvimento de novas técnicas de produção intensiva, aumentando a lucratividade do sistema, difusão do produto no mercado interno e abertura de mercados internacionais para exportação. Entretanto, há ainda um vasto campo para o desenvolvimento desta atividade no Brasil e um enorme espaço a ser explorado tanto com a carne no mercado interno e externo, quanto com a consolidação dos mercados para os subprodutos da rã. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FERREIRA, C. M. Ranicultura. Disponível em: <http://www.aquicultura.br/infor macoes_tecnicas.htm>. Acesso em: 05 de dezembro 2013. LIMA, S. L; AGOSTINHO, C. A. A Criação de Rãs. 3 ed. São Paulo: Globo, 1995. LIMA, S. L.; COSTA, C. L. S.; AGOSTINHO, C. A. et al. Estimativa do Tamanho da Primeira Maturação Sexual da Rã - Touro, Rana catesbeiana, no Sistema Anfigranja de Criação Intensiva. Revista Brasileira de Zootecnia, v.27, n.3, p.416-420, 1998. MORAES, J. H. C. Ranários e Ranicultura. Rio de Janeiro: EMATER, 2003. Disponível em: < http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICUL TURA.pdf>. Acesso em: 04 de dezembro de 2013. PEREIRA, M. M.; RIBEIRO FILHO, O.P.; NAVARRO, R.D. Importância da indução artificial na reprodução de rãs. Rev. Bras. Reprod. Anim. Belo Horizonte, v.36, n.2, p.100-104, 2012. RIBEIRO FILHO, O.P.; ANDRADE, D. R.; LIMA, S. L. et al. Reprodução Induzida de Rã-Touro (Rana catesbeiana, Shaw, 1802) com Uso de Extrato Bruto Hipofisário. Revista Brasileira de Zootecnia, v.27, n.4, p.658-663, 1998. RIBEIRO FILHO, O.P.; ANDRADE, D. R.; LIMA, S. L. et al. Estudo da Desova de Rã-Touro, Rana catesbeiana, Mediante Indução do Acasalamento. Revista Brasileira de Zootecnia, v.27, n.2, p.216-223, 1998.
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