Buscar

ACESSO A JUSTIÇA E SEUS OBSTÁCULOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A ALIENAÇÃO DA JUSTIÇA EM PLENO SÉCULO XXI 
Introdução: Considerando o texto Constitucional vigente desde 1988 e na mesma vertente os direitos que esse assegura: o acesso à Justiça é posto como essencial para a dignidade da pessoa humana. Todavia, existem empasses de cunho econômico, legislativo e social que dificultam a efetivação desse direito. 
Objetivo: Averiguar os principais obstáculos no acesso à justiça. 
Desenvolvimento: A Constituição Federal vigente desde 1988 consagrou o acesso à justiça como um direito em seu artigo 5º, esse mandamento constitucional garante a igualdade de todos sem distinção perante a justiça. O conceito de acesso à justiça é amplo, engloba não só o recurso ao poder judiciário, mas também envolve uma série de instituições pertencentes ou não ao Estado. Nessa mesma linha de raciocínio assevera Neto Sobrenome (1998, p. 61) “Acesso à Justiça engloba um conteúdo de largo espectro: parte da simples compreensão do ingresso do indivíduo a juízo [...] realização dos direitos individuais, e, por fim, aquela mais ampla, relacionada as funções do Estado”. Embora a lei seja clara e objetiva, a efetiva realização dos direitos, não é, contudo, imediata, pode-se afirmar que a convivência igualitária se efetiva minimamente em decorrência de aspectos que vão além da legalidade e que se atente para condicionantes de natureza econômica, social, cultura e política. Em função desses fatos declara Neves (1995, p.40) "o direito não pode sequer pensar-se se não for pensado através da pessoa e para a pessoa.". Ao se falar em acesso à justiça deve-se falar também na busca da proteção de qualquer direito, sem nenhum tipo de restrição social, econômica, geográfica. Não se deve assegurar somente a garantia formal da defesa dos direitos e o acesso ao Poder Judiciário, mas também assegurar a proteção material desses direitos, possibilitando a todos os indivíduos, igualmente, a segurança de que terão a adequada tutela jurisdicional. Como se denota, a desigualdade socioeconômica dificulta o acesso à justiça, em decorrência da falta de condições econômicas de grande parte da população para enfrentar os gastos que impõe uma demanda judicial, e mesmo quando há acesso, a desigualdade material, em contraste com a igualdade formal, coloca o menos favorecido economicamente em situação de desvantagem no processo. Ocorre também, que nem sempre a lei pauta por critérios de justiça na distribuição de bens e benefícios sociais. Isso ocorre quando o texto legislativo encontra-se díspar às necessidades e os valores vigentes na sociedade. Sobre essa disparidade leciona Carvalho (2005, p.286) “ A justiça entre nós, no sentido de garantia de direitos, existe apenas para a pequena minoria de doutores [...]”, a principal dificuldade revela-se quando o texto legislativo é injusto, a só realização dessas condutas pela incidência da lei não a transforma em justa, no sentido de atender as propostas do bem comum, da igualdade e dos princípios da dignidade da pessoa humana. Uma justiça alienada das exigências sociais, importa uma negação da própria justiça e na frustração das expetativas sociais. 
Conclusão: O acesso à justiça, embora garantido pela Constituição (1988) é dificultado por obstáculos e fatores socioeconômicos. Desse modo, tornando o poder judiciário e os direitos de cada cidadão diferenciado, contrariando o princípio da dignidade da pessoa humana. 
Referências: 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/html/legislacao>. Acesso em: 11 out. 2016.
CARVALHO. M. J. Cidadania no Brasil: O longo Caminho. 7.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
NEVES. C. O Papel do Jurista no Novo Tempo. 1. ed. São Paulo: Coimbra, 1995. NETO. J.C. Limitações do acesso á justiça. 1. ed. Curitiba: Juruá, 1998.

Outros materiais

Outros materiais