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ESTUDOS CULTURAIS Centro de Estudos Culturais Contemporâneos Recorte da autora: Conexões com os mass media e a cultura popular para refletir sobre a esfera cultural como um campo de relações estruturadas pelo poder e por diferenças sociais. CENTRE FOR CONTEMPORANY CULTURAL STUDIES - CCCS Centro de pesquisa de pós-graduação da Universidade de Birminghan. Eixo principal de observação: As relações entre a cultura contemporânea e a sociedade, isto é, suas formas culturais, instituições e práticas culturais, assim como a sociedade e as mudanças sociais. “PAIS FUNDADORES” RELAÇÃO ENTRE CULTURA, HISTÓRIA E SOCIEDADE Richard Hoggart – The uses of literacy (1957) – em parte autobiográfico e em parte história cultural do meio do séc. XX – no âmbito popular não existe só submissão, mas também resistência. Raymond Williams – Culture and society (1958) – construção de um conceito de cultura – “cultura comum e ordinária” – condições de igualdade com o mundo das artes, literatura e música – intensidade do debate sobre o impacto cultural dos meios massivos. Edward Palmer Thompson – The making of the english working class (1963) – ponto de vista particular sobre a história da sociedade inglesa – a história “dos de baixo” – cultura era uma rede vivida de práticas e relações que constituíam a vida cotidiana, dentro do qual o papel do indivíduo estava em primeiro plano. Importante participação de Stuart Hall: Incentivou a investigação de práticas de resistência de subculturas e de análise dos meios massivos, identificando seu papel central na direção da sociedade. Se firma como um “aglutinador” em momentos de tensões teóricas – “catalisador” de inúmeros projetos coletivos. CONTEXTO HISTÓRICO Fim da Segunda Guerra Mundial: Impacto do capitalismo nas relações socioculturais. Alastramento dos meios de comunicação de massa. Ruptura das culturas tradicionais de classe. Colapso do império britânico: Integridade da nação britânica em jogo. Crise de identidade nacional. INFLUÊNCIAS Trabalha com uma concepção particular de cultura – esta é a singularidade do projeto dos Estudos Culturais. Analisa as práticas culturais como formas materiais e simbólicas. A criação cultural é condicionada pelo espaço social e econômico. Contribuição marxista – compreensão da cultura na sua “autonomia relativa” – ela não é dependente das relações econômicas, mas tem influências e sofre consequências das relações político-econômicas – existem várias determinantes – econômica – política – cultural. Conceito estendido de cultura – os rituais da vida cotidiana, instituições e práticas, ao lado das artes, constituem uma formação cultural. Reconhecimento da história oral e da memória popular. Noção de cultura como prática – descentralização da legitimização da cultura – a cultura popular alcança legitimização. Questionamento das hierarquias, estabelecidas por oposições alta/baixa cultura, superior/inferior. Não é só o estudo da cultura, porque ela não pode ser analisada independente das relações sociais. Ponto de vista político e teórico: Político – os EC são sinônimo de “correção política”, porque identificam-se com a política cultural de vários movimentos sociais: Worker´s Educational Association, Campaign for Nuclear Disarmament, feminismo, etc, além de confundir-se com a trajetória da New Left. Teórico – resultam da insatisfação com os limites de algumas disciplinas – propõe a inter/trans disciplinaridade. MULTIPLICIDADE DE OBJETOS ANOS 70 Subculturas que pareciam resistir a alguns aspectos da estrutura dominante de poder – como se articulam as dimensões de resistência e subordinação das classes populares. Meios de comunicação de massa, vistos não somente como entretenimento, mas como aparelhos ideológicos do Estado – atenção à estrutura ideológica, especialmente do jornalismo. Recepção e densidade do consumo midiático. Diferenças de gêneros, através do feminismo. Produção intelectual feminista – questões de gênero - imagens da mulher nos meios massivos e o trabalho doméstico – trouxe novos questionamentos sobre identidade. Raça e etnia. ANOS 80 Aumentam os estudos de recepção – deslocamento do interesse do que está acontecendo na tela para o que está na frente dela – do texto para a audiência. Descentralização dos EC – expansão para além da Grã-Bretanha. Estudos sobre a desestabilização das identidades sociais ocasionada, sobretudo, pela globalização – o foco central passa a ser as novas condições de constituição das identidades sociais. Ênfase nos estudos de recepção do meio TV. Séries televisivas e filmes de grande bilheteria. Literatura popular. Trabalho etnográfico. ANOS 90 Relações de identidade com os âmbitos global, nacional, local e individual. Raça e etnia. Novas tecnologias. Identidades de gênero, de classes, etc. Papel dos meios de comunicação na constituição de identidades. Metodologia – etnografia, observação participante – (auto)biografia, histórias de vida, depoimentos. Estudos Culturais – descentrado geograficamente e múltiplo teoricamente. Extraído de: Universidade Veiga de Almeida – Tijuca, Rio de Janeiro - RJ. Professora: Vânia Fortuna. Curador: Gabriel Santana. (http://fb.com/gabrielsantanabm)
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