Fisiologia do coração

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REALEZA
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS REALEZA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
ALINE BIAZOTTO
PRÁTICA DE FISIOLOGIA
INTRODUÇÃO:
A função do sistema cardiovascular é transportar nutrientes, oxigênio e outras substâncias para o restante do corpo. O coração funciona como uma bomba e as artérias servem para transportar sangue com alta pressão para todas as regiões do corpo. O sangue oxigenado sai do ventrículo esquerdo para a artéria aorta e assim é distribuído. Em nosso corpo e dos demais animais existem a circulação pulmonar e sistêmica. 
Eletrofisiologia do coração: Para ocorrer a contração do miocárdio é preciso alterar a voltagem, através de uma despolarização da membrana, gerando um potencial de ação. A despolarização das membranas das células miocárdicas eleva a concentração de cálcio dentro da célula, fazendo com que as duas proteínas musculares (actina e miosina) se liguem e causem a contração. A contração ocorre como uma forma de resposta a despolarização. O impulso tem início no nodo sinoatrial, onde fica no entre o átrio direito e a veia cava superior, e possui diversas células marca passo. Após isso, o impulso passa para o nodo atrioventricular e as células de Purkinje promovem uma rápida condução do impulso elétrico para os dois ventrículos através de suas ramificações que vão tanto para o lado direito, quanto o esquerdo. Em comparação ao músculo esquelético, no músculo cardíaco o potencial de ação é mais prolongado e as células do miocárdio não respondem aos estímulos. O gráfico do potencial de ação do músculo estriado cardíaco é em forma de platô:
Resultado de imagem para grafico de platô
Ciclo Cardíaco: O ciclo é semelhante, dos dois lados do coração, porém a pressão do ventrículo direito é bem menor que a pressão do ventrículo esquerdo, e esse possui mais fibras musculares para mandar o sangue oxigenado para as artérias. As artérias pulmonares também possuem pressão mais baixa que a aorta, sendo essa última responsável por transportar sangue para o restante do corpo.
A sístole é quando ocorre a contração dos ventrículos e a diástole é o relaxamento dos mesmos, e podem, muitas vezes ser isovolumétricos, que é a ocorrência de alterações intraventriculares sem alterar o comprimento das fibras. 
Primeiramente, inicia-se a despolarização no nodo sinoatrial que leva a contração do átrio e isso aumenta o enchimento dos ventrículos, que até então estava com o fluxo sanguíneo em seu interior passivo. A sístole no ventrículo causa o fechamento das válvulas atrioventriculares e a contração passa a ser isométrica, até que as pressões intraventriculares sejam capazes de abrir as válvulas aórtica e pulmonares, dando início a fase de ejeção do sangue. Após o volume sanguíneo ser ejetado, acontece o relaxamento ventricular e o fechamento das válvulas e a pressão dos ventrículos torna-se menor que as atriais. Isso leva a abertura das válvulas atriais, enchendo os ventrículos e ocorrendo o ciclo novamente a partir de um novo potencial de ação.
Eletrocardiograma: Regista as variações do potencial elétrico no músculo cardíaco em atividade. Ocorrem a despolarização e a repolarização nas fibras cardíacas chamadas de dipolos, esses com momentos dipolares variáveis e eles determinam os campos elétricos variáveis que podem ser detectados através dos eletrodos, ou placas na pele. Os potenciais gerados pela sístole e diástole são registrados por cada eletrodo que se posicionam em diferentes regiões do corpo. No eletrocardiograma que vimos em aula prática, existiam 3 pontos corpóreos, sendo um com efeito positivo e os outros dois negativos, como por exemplo, braço esquerdo com ponto positivo, braço direito e perna direita com dois pontos negativos. O eletrodo do punho direito recebe o nome de Right (direito em inglês), o do punho esquerdo de Left (esquerdo em inglês) e dos membros inferiores recebe o nome de Foot (pé em inglês). Cada ligação dos eletrodos é uma derivada do eletrocardiograma.
Ondas do eletrocardiograma:
Onda P: corresponde a despolarização dos átrios
Onda QRS: corresponde a despolarização dos ventrículos
Onda T: corresponde a repolarização dos ventrículos
Materiais e Métodos:
Foi usado um aparelho de eletrocardiograma usado na Unidade de Medicina Veterinária da UFFS, e possuía 4 placas, de cores amarela, verde, vermelha e preta. As cores amarela e verde foram (e são) usadas do lado esquerdo do corpo para medir a frequência do ventrículo esquerdo; a cor mais clara (amarela) fora usada nos membros superiores e a cor escura (verde) nos membros inferiores. As cores vermelha e preta foram usadas do lado direito para medir a frequência do ventrículo direito, e, também, a cor mais clara (vermelho) mediu os membros superiores e a mais escura (preta), os membros inferiores.
Primeiro, foi medida a frequência cardíaca e os batimentos cardíacos com os voluntários em repouso. Da moça, Ana, seus batimentos deram aproximadamente 108 por minuto e do rapaz, Lucas, aproximadamente 88 por minuto. As frequências cardíacas de Ana e Lucas foram observadas através do aparelho de eletrocardiograma e deu o resultado das ondas P, QRS e T e a amplitude.
Após isso, os voluntários praticaram algum tipo de atividade física, pudemos fazer uma comparação entre a frequência cardíaca em repouso e após movimentação. A de Ana deu aproximadamente 140 batimentos por minuto e a de Lucas aproximadamente 120. A amplitude das ondas aumentou, os batimentos por minuto também. Isso se dá através do sistema simpático, que aumenta a força de contração e da frequência do coração devido a vasoconstrição, que aumenta a pressão sanguínea e consequentemente, aumentando o débito cardíaco.
REFERÊNCIAS
Disponível em: <http://fisiologiaunifor.blogspot.com.br/2007/05/eletrocardiograma.html> Acesso em: 28/09/2016;
REA-NETO, Álvaro. MONITORIZAÇÃO EM UTI. Capítulo intitulado 'Fisiologia Cardiovascular'. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. p. 36 a 45.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.