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Pesquisa de Campo
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia2
Pesquisa de Campo
1. Introdução
Os dados de uma pesquisa nada mais são que informações a respeito do fenômeno 
investigado. 
Necessitamos de tais dados para que possamos confrontar as teorias relativas ao 
fenômeno estudado e como ele se evidencia na realidade. Por esta razão é que uma 
pesquisa sempre envolve a coleta de dados.Para que possamos desenvolver tal processo, 
necessitamos definir um universo e muitas vezes, coletar os dados apenas com parte 
deste universo. 
Outra questão que surge na coleta de dados é como escolher os elementos de um 
universo para a coleta de dados?Por outro lado, para coletar as informações a respeito 
do fenômeno investigado, o pesquisador pode consultar documentos, observar o próprio 
fenômeno, ou ainda interrogar pessoas. 
A seleção do instrumental metodológico está diretamente relacionada com o problema 
a ser pesquisado; a escolha dependerá dos vários fatores relacionados com a pesquisa, 
isto é, a natureza do fenômeno, o objetivo da pesquisa, os recursos humanos e 
financeiros disponíveis, o tempo disponível e outros elementos que possam surgir no 
campo da investigação.
Nas pesquisas, de um modo geral, nunca se utiliza apenas um método e uma técnica e 
nem somente uma fonte de dados; na maioria das vezes, há uma combinação de dois 
ou mais deles. 
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia3
Então, nessa unidade vamos desenvolver os conteúdos que dizem respeito: com quem 
e com quais instrumentos a pesquisa será desenvolvida.Assim, na presente unidade, 
vamos apresentar os conceitos relativos a:
	 •	A	teoria	das	amostragens
	 •	As	técnicas	de	pesquisa.
Com isto, esperamos que ao final da unidade você seja capaz de:
	 •	definir	com	precisão	a	população,	amostra	e	amostragem	de	uma	pesquisa.
	 •	elaborar	com	clareza	os	instrumentos	de	coleta	de	dados	para	uma	pesquisa.
2. A Teoria das Amostragens 
O termo população, na linguagem popular, refere-se ao número de habitantes de uma 
determinada região. Assim, falamos a população da cidade de Campinas. 
Na Estatística, define-se população ou universo, como sendo o conjunto dos elementos 
que têm características comuns que pode ser contada, pesada, medida, ordenada de 
alguma forma e que sirva de base para as propriedades que se quer investigar. 
Podemos então falar na população:
•	formada	pelos	alunos	matriculados	na	Universidade	Anhembi	Morumbi,	no	1º	
semestre de 2008,
•	constituída	dos	pregos	fabricados	por	uma	indústria	no	mês	de	Janeiro/08,·	
constituída dos leitores da Revista Veja,
•	constituída	pelos	usuários	do	transporte	público	na	Cidade	de	São	Paulo	etc.
Saiba Mais
População Finita: É aquela na qual se 
pode enumerar ou identificar todos os 
seus elementos.
População Infinita: É aquela que 
possui um número indeterminado de 
elementos (por exemplo, as jogadas 
com um dado) ou um número tão 
grande que admitimos como infinita 
(o número de peixes existentes no 
mar).
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia4
A amostra é um subconjunto, representativo da população, isto é, a parte do todo que 
servirá de base para o seu estudo, portanto, que apresenta as mesmas características da 
população da qual foi extraída. 
Exemplo: 
 A Credicard fez uma pesquisa que publicou com o título: “O profissional do futuro”. 
 Definiu para tal pesquisa:
	 •	Problema:	Os	jovens	estão	se	preparando	e	sendo	estimulados	para		 	 			 
 desenvolver as competências solicitadas pelo mercado de trabalho?
	 •	Objetivo:	Identificar	o	gap	existente	entre	o	ensino	formal	e	as	reais		 
 necessidades da Empresa.
	 •	População:	Universitários	de	São	Paulo
	 •	Amostra:	Alunos	na	faixa	etária	entre	19	a	26	anos,	das	Universidades		 	 	
								 	 								Mackenzie,	FGV,	PUC,	FAAP,	FEA,	POLI	e	ESPM.
Quando todos os elementos de uma população são considerados na pesquisa, 
diz-se que foi realizado um censo; quando a análise é realizada com uma parte desta 
população (amostra), diz-se que a pesquisa foi realizada por amostragem (ou por 
amostras).
Realizamos censo:
•	quando	a	população	for	relativamente	pequena	e	concentrada;
•	quando	os	dados	a	respeito	da	população	puderem	ser	obtidos	com	facilidade;	
•	se	os	requisitos	do	fenômeno	impõem	a	obtenção	de	dados	específicos	de	cada	
elemento da população;
•	quando	se	necessita	da	informação	completa	e	precisa.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia5
Por outro lado, usamos amostras:
•	por	que	existem	populações	infinitas;
•	quando	a	população	é	tão	grande	que,	para	fins	práticos	podemos	admitir	como	
infinitas;
•	por	economia;
•	para	maior	precisão;
•	quando	o	estudo	resulta	em	destruição	ou	contaminação	dos	elementos	pesquisados.
Amostragem se refere aos procedimentos utilizados para a escolha ou seleção de 
amostras em uma população. Tal procedimento pode considerar a probabilidade de um 
elemento qualquer da população ser incluído na amostra ou privilegiar a inclusão na 
amostra de apenas alguns elementos.
A escolha do tipo de amostragem a ser utilizado vai depender muito do problema de 
pesquisa e de seus objetivos.
3. Tipos de Amostragens
A Teoria das Amostragens constitui hoje em um campo bastante desenvolvido e amplo 
da Estatística com vários elos, como por exemplo: a Teoria das Probabilidades e a 
Inferência	Estatística.	
Em nosso estudo vamos nos deter a uma visão mais ampla e simplificada da Teoria das 
Amostragens.
Podemos distinguir dois tipos amostragem: a probabilística e a não probabilística. 
Podemos dizer que probabilidade 
é a possibilidade de ocorrência de 
um determinado fenômeno.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia6
Amostragem Probabilística é aquela em que todos os elementos da população 
têm probabilidade conhecida, diferente de zero, de ser incluídos na amostra, portanto, 
garante a representatividade da amostra em relação a população. 
Pode ser: aleatória, sistemática, estratificada e por conglomerado.
Amostragem aleatória: também chamada aleatória simples, é aquela na qual todos os 
elementos da população têm a mesma probabilidade de ser escolhido como elemento 
da amostra. Neste caso, os elementos da amostra são escolhidos por qualquer tipo 
sorteio. É claro que, para que o sorteio possa ser realizado, é necessário que os 
elementos da população estejam identificados.
Amostragem sistemática: os elementos que constituirão a amostra são escolhidos 
segundo	um	fator	de	repetição	(um	intervalo	fixo).	Sua	aplicação	requer	que	a	
população esteja ordenada segundo um critério qualquer, de modo que cada um de 
seus elementos possa ser unicamente identificado pela posição (uma lista que englobe 
todos os seus elementos, uma fila de pessoas etc.). O fator de repetição é determinado 
dividindo-se o tamanho da população (N) pelo tamanho da amostra (n). O primeiro 
elemento é escolhido por sorteio dentre os elementos da população que ocupam 
a	posição	igual	ou	inferior	a	N/n	(fator	de	repetição),	em	seguida,	seleciona-se	os	
elementos	a	cada	intervalo	N/n.
Veja um exemplo:
Suponha	que	tenhamos	a	seguinte	situação:
•	T	amanho	da	população:	N	=	3.200	elementos
•	Tamanho	da	amostra:	n	=	100	elementos
•	Fator	de	repetição:	N/n	=	3200/100	=	32
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia7
Isto	significa	que	os	elementos	serão	escolhidos	de	32	em	32.	
O	primeiro	elemento	é	escolhido	por	sorteio	entre	os	32	primeiros.	
Amostragem estratificada: quando a população está dividida em estratos, a amostra 
também será estratificada, de tal modo que, o tamanho dos estratos na amostra seja 
proporcional ao tamanho dos estratos correspondentes na população. 
Veja o exemplo abaixo:Em	uma	Universidade,	os	alunos	são	agrupados	por	Área	Acadêmica	como	mostra	a	
tabela abaixo. Deseja-se fazer uma investigação por amostragem, para traçar o perfil 
dos	alunos,	tomando-se	uma	amostra	de	100	alunos.
Estratos: são subdivisões da 
população em agrupamentos 
homogêneos, por exemplo, sexo, 
raça, idade, escolaridade, leitores 
e não leitores de uma revista, 
os	alunos	de	uma	Universidade	
separados por curso etc.
Dados	Fictícios
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia8
Observe que neste caso o tamanho da amostra em cada estrato é proporcional ao 
tamanho do respectivo estrato na população.
Amostragem por conglomerado: consiste em subdividir a população que se vai 
investigar em grupos fisicamente próximos, independente de eles serem homogêneos ou 
não. Em tais conglomerados, são agregados os elementos populacionais com estreito 
contato físico (como casas, quarteirões, bairros, cidades, regiões etc.).
Por exemplo:
Em um levantamento da população de uma cidade pode-se dispor de um mapa 
indicando cada um dos quarteirões de um bairro. Assim é possível colher uma 
amostra de quarteirões e fazer a contagem de todas as pessoas que residem naqueles 
quarteirões e a partir dessa contagem, selecionar os elementos que comporão a 
amostra.
As pesquisas eleitorais e muitas pesquisas de opinião pública são feitas por 
conglomerado.
Amostragem não Probabilística a escolha dos elementos da amostra é feita de forma 
não-aleatória, justificadamente ou não, a escolha é intencional ou por conveniência, 
considerando as características particulares do grupo em estudo ou ainda em função do 
conhecimento que o pesquisador tem daquilo que está investigando.
Por	exemplo,	ao	fazer	uma	pesquisa	junto	aos	professores	da	Universidade	Anhembi	
Morumbi,	um	aluno	optou	por	entrevistar	50	professores	escolhidos	por	conveniência.
Na amostragem não probabilística também se podem utilizar quotas, iguais ou 
diferentes.Considere	o	exemplo	dos	alunos	de	uma	Universidade	que	estão	agrupados	
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia9
por área acadêmica (caso anterior) e veja a seguir como poderia ser uma amostragem 
por quotas.
Dados	Fictícios
Observe agora que todos os estratos têm o mesmo tamanho na amostra.
O tamanho da amostra
A teoria estatística estabelece o uso de fórmulas bastante sofisticadas para o cálculo do 
tamanho da amostra em uma pesquisa, que não vamos entrar em detalhes em nossa 
disciplina.Mas	é	fundamental	que	você	saiba	que	para	que	uma	amostra	represente	
com fidedignidade as características da população da qual será retirada, deverá ter um 
tamanho adequado. 
O tamanho da amostra depende dos seguintes fatores:
•	Tamanho da população: Os	universos	de	pesquisa	são	classificados	em:·		 	
•	Finitos	–	quanto	têm	até	100.000	elementos
	 •	Infinitos	–	quando	têm	mais	de	100.000	elementos
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia10
	 •	Nível de confiança: A teoria das probabilidades indica que, as distribuições 
das informações colhidas a partir de amostras, geralmente, seguem a curva 
de	Gauss	(curva	normal),	que	apresenta	valores	centrais	elevados	e	valores	
extremos reduzidos.
 • Erro máximo tolerado: Os resultados obtidos em uma pesquisa por amostras 
sempre apresentam erros em relação à população de onde foram extraídas. 
Esse erro é inversamente proporcional ao tamanho da amostra, isto é, quanto 
maior for o erro admitido, menor será o tamanho da amostra. 
 • Percentagem com que o fenômeno ocorre: É a estimativa com que o 
fenômeno investigado ocorre na população; tal erro interfere diretamente no 
tamanho da amostra.
 • Percentagem complementar: É a estimativa da não-ocorrência do fenômeno 
na	população.Mas,	como	determinar	o	tamanho	da	amostra?	Existem	outros	
procedimentos que não sejam os fundamentados em cálculos estatísticos?
Sim,	alguns autores afirmam que podemos utilizar de outros procedimentos para se 
determinar o tamanho da amostra, tudo depende do grau de precisão com o qual se 
deseja desenvolver a pesquisa. Assim, podemos utilizar: 
•	o	critério	do	senso	comum:	um	valor	razoável	situa-se	entre	30	e	110	elementos	e	
um bom valor, acima desse patamar, considerando que quanto maior o tamanho 
da amostra melhor.
•	o	critério	empírico:	baseia-se	na	experiência	de	outros	estudos	similares	ou	nas	
recomendações consensuais de outros autores que, praticamente, estabelecem o 
mesmo	limite	acima	(30	a	115	elementos)
Curva	de	Gauss
Saiba Mais
Veja por exemplo:
APPOLINÁRIO,	Fabio.	Metodologia 
da ciência.	São	Paulo:	Thomson,	
2006.
HILL,	Manuela	Magalhães	e	
HILL,	Andrew.	Investigação por 
questionário.	Lisboa:	Silabo,	2002.
COZBY, Paul C. Métodos 
de pesquisa em ciências do 
comportamento.	São	Paulo:	Atlas,	
2003.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia11
3. Ferramentas Específicas do Mercado
3. 1 - Observação
A observação é o ato de apreender coisas e acontecimentos, comportamentos e 
atributos pessoais e concretas inter-relações. É mais do que ver e ouvir: é seguir 
atentamente o fenômeno, selecionando o que o torna mais importante e significativo, a 
partir de intenções específicas. 
Na observação procura-se avaliar o que ocorre e como ocorre de maneira sistemática 
e objetiva. É um elemento básico em qualquer processo de pesquisa científica, podendo 
ser	empregada	de	forma	independente	e/ou	exclusiva	ou	conjugada	a	outras	técnicas.
A observação apresenta características variadas em decorrência de sua flexibilidade, 
determinadas pelo objeto de estudo e pelo objetivo da pesquisa. Entretanto, para que a 
informação obtida através da observação seja válida, é necessário que sua busca seja 
organizada com rigor e criteriosamente orientada pelos objetivos definidos para a pes-
quisa.
Planejar a observação significa estabelecer:
• Onde: em que local e situação a observação será realizada;
• Quando: em que momento ela será realizada;
• Quem: quais serão os sujeitos a serem observados;
• O que: que comportamentos e circunstâncias ambientais devem ser observados;
• Como: qual a técnica de observação e registro a ser utilizada.
A objetividade na observação significa ater-se aos fatos efetivamente observados. 
Isto	é,	fatos	que	podem	ser	percebidos	pelos	sentidos,	deixando	de	lado	todas	as	
impressões e interpretações pessoais.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia12
Podemos classificar a observação, segundo o quadro abaixo:
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia13
Vantagens e desvantagens da observação:
 A observação permite ao pesquisador obter a informação relativa ao fenômeno 
investigado no momento em que ocorre o fato, possibilitando verificar detalhes da 
situação que, após algum tempo, poderá não mais existir. 
Por outro lado, temos que considerar que existem fatos que nem sempre possibilitam 
a presença do observador e aqueles que, a presença do observador tende a criar 
impressões favoráveis ou desfavoráveis por parte do observado.
Como já dissemos, a observação constitui o elemento básico de qualquer processo 
de pesquisa constituindo-se de meios diretos e satisfatórios para estudar uma ampla 
variedade de fenômenos, permitindo a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes 
comportamentais. Entretanto, a ocorrência espontânea não pode ser prevista fazendo 
com que fatores imprevistos interfiram na tarefa do pesquisador.
A observação exige menos do sujeito observado, objeto de estudo dependendo menos 
de sua introspecção ou reflexão.Considerando que a duração dos acontecimentos é 
variável e que os fatos podem acontecer ao mesmo tempo, a observação torna-se difícil.
Exemplo:Na pesquisa abaixo as autoras definiram a observação da seguinte forma:
KAMADA,	Ivone	e	ROCHA,	Semíramis	M	Melo.	Assistênciade	enfermagem	em	unidade	
de internação neonatal: medidas para prevenção de infecções hospitalares.Disponível 
em:	http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010411691997000100005&script=sci_
arttext&tlng=pt	Acesso	em:	24/01/08.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia14
“Um	Protocolo	de	Observação	foi	elaborado	contendo	na	primeira	coluna	uma	
descrição dos procedimentos prescritos na literatura e na segunda um espaço em 
aberto para anotação dos mesmos procedimentos observados na coleta de dados, 
contendo os seguintes itens: planta física e distribuição dos berços, cuidados relativos 
ao ambiente, métodos de higienização, cuidados relativos ao pessoal contactante, 
métodos de limpeza e cuidados relativos ao recém-nascido.”
3. 2 - Questionário
O questionário constitui uma das mais importantes e usuais técnicas para a obtenção de 
dados em uma pesquisa; geralmente são utilizados com o objetivo de obter informações 
sobre opiniões, crenças, sentimentos interesses, expectativas, situações vivenciadas ou 
ainda, para descrever as características e medir determinadas variáveis.
Assim, podemos utilizar o questionário para obter as características de um indivíduo ou 
grupo, como por exemplo: sexo, idade, estado civil, nível de escolaridade, estilo de vida 
etc. Podemos também utilizar questionários para medir diversos fenômenos atitudinais, 
tais como religiosidade, autoritarismo, alienação etc.
O questionário é a técnica de investigação composta por um conjunto ordenado 
de questões, que são apresentadas e respondidas por escrito pelo pesquisado. Os 
questionários são classificados em função do tipo de pergunta formulada, a classificação 
mais usada é:
• Questionário de perguntas abertas: Perguntas abertas são aquelas que admitem 
respostas diferentes dos pesquisados, isto é, cada pesquisado poderá responder 
livremente à pergunta. Este tipo de pergunta normalmente é utilizada para obter 
opiniões, sentimentos, crenças e atitudes por parte do pesquisado. 
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia15
Por exemplo:
 Qual sua opinião sobre as invasões de terras feitas pelo MST?
 Quais foram as dificuldades que você teve no curso de Metodologia da Pesquisa 
 Científica on-line?
As perguntas abertas também podem investigar comportamento (presente ou passado)
Por exemplo:
 Como você se atualiza para atuar no mercado de trabalho?
•	Questionário de questões fechadas:
Perguntas fechadas são aquelas para as quais o pesquisador fixa as alternativas que 
podem ser apontadas pelo pesquisado, que deve assinalar a(s) alternativa(s) que mais 
se ajusta(m) às suas características, idéias ou sentimentos.
As perguntas fechadas podem ser:
•	Dicotômicas:	aquelas	cujas	respostas	se	opõem.
	 Você	é	fumante?	(		)	Sim					(		)	Não
	 Em	relação	à	redução	da	idade	penal,	você	é:	(		)	a	favor					(		)	contra·	
•	De	múltipla	escolha:	são	apresentadas	várias	alternativas	e	o	pesquisado	pode			 
 assinalar apenas uma (resposta simples) ou mais de uma (respostas múltiplas).
 Qual a sua idade? 
 ( ) até 20 anos 
	 	 (		)	de	21	a	25	anos	
	 	 (		)	de	26	a	30	anos
	 	 (		)	de	31	a	35	anos
	 	 (		)	mais	de	35	anos
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia16
 Para você quais são as principais características do bom professor?
 ( ) Expressa com clareza o conteúdo que desenvolve
 ( ) Desenvolve as aulas integrando teoria e prática
 ( ) Relaciona os conteúdos da disciplina à realidade
 ( ) Promove atividades de pesquisa com os alunos
	 	 (		)	Utiliza	recursos	didáticos	para	favorecer	a	aprendizagem
 ( ) Promove aulas dinâmicas e produtivas, com bom aproveitamento do 
 tempo
 ( ) Estimula a criatividade e a produção individual
 ( ) Estimula o questionamento e a crítica sobre os temas propostos
 ( ) Valoriza a participação do aluno nas aulas
 ( ) Promove clima favorável às atividades acadêmicas
 ( ) Cumpre rigorosamente o plano de curso
 ( ) Relaciona sua disciplina com as demais do curso
 ( ) Elabora as avaliações com objetividade, clareza e equilíbrio.
	 	 (		)	Utiliza	trabalhos	complementares	para	nota
 ( ) Demonstra coerência entre o que diz e o que faz em classe
 ( ) Respeita o aluno como pessoa
 ( ) Cumpre seus horários de aula com pontualidade
 ( ) Estabelece acordos de trabalho com a turma e cumpre o estabelecido
 ( ) É rigoroso e intransigente
• Em escala: quando as alternativas são apresentadas em escala.
 Como você avalia o seu curso? 
 ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo 
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia17
• Em escala de Likert: as alternativas têm uma escala definida.
	 	 Você	considera	o	Jornal	a	Folha	de	São	Paulo,	um	jornal		 	 	 	
	 	 independente?	(Indique	o	nível	de	concordância	assinalando	o	número		 	
	 	 que	melhor	exprime	sua	opinião	de	1	a	5,	sendo	
	 	 (1)	de	maior	discordância	e	(5)	maior	concordância).	
 
	 	 	 1	-	discordo	totalmente
 2 - discordo parcialmente
	 	 	 3	-		indiferente
	 	 	 4	-	concordo	parcialmente
	 	 	 5	-	concordo	totalmente	
Na elaboração dos questionários podem ser combinadas perguntas abertas e fechadas. 
O primeiro passo a ser dado na elaboração do questionário é ter clareza do problema 
a ser investigado, considerando que ele vai depender da forma como será aplicado, 
do tema em estudo, da amostra a ser atingida, do tipo de análise e interpretação 
pretendida. 
Na sua elaboração, estabelecem-se categorias para o tema, e para cada uma delas 
elaboram-se as perguntas, limitando-se sua extensão e objetivos. 
Por exemplo, em uma pesquisa para traçar o perfil dos alunos de um determinado 
curso, foram considerados os seguintes aspectos: estilo de vida, informações 
acadêmicas, informações profissionais e situação econômica.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia18
Vantagens e limitações do questionário:
O questionário possibilita obter informações de um grande número de pessoas, mesmo 
que estejam dispersas numa área geográfica extensa, implicando em menores gastos 
com pessoal, uma vez que pode ser enviado pelo correio e não exige treinamento dos 
pesquisadores. 
Por outro lado, pode-se não atingir toda a amostra, afetando a representatividade dos 
resultados.Garante	o	anonimato	dos	pesquisados,	fazendo	com	que	as	pessoas	se	
sintam mais à vontade para expressar suas opiniões. No entanto, nem sempre é possível 
ter certeza de que a informação corresponde à realidade.
Permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais conveniente, 
não se expondo à influência das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistado. É claro 
que este aspecto impede o auxílio do pesquisador para o entendimento das questões.
3. 3 - Entrevista 
É a técnica de coleta de dados na qual as perguntas são formuladas e respondidas 
oralmente, trata-se de uma conversação metódica que proporciona ao entrevistador as 
informações solicitadas.
Enquanto técnica de pesquisa, a entrevista é utilizada para a obtenção de informações 
a respeito do que as pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam, pretendem 
fazer, fazem ou fizeram e também acerca das suas explicações ou razões a respeito de 
coisas anteriores. 
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia19
Em decorrência de sua flexibilidade, a entrevista é adotada como técnica principal de 
investigação nos mais diversos campos das ciências sociais ou de outros setores de 
atividades.
As entrevistas são classificadas levando-se em consideração o seu grau de flexibilidade.
• Entrevista estruturada:Também chamada padronizada, o entrevistador segue um 
roteiro de perguntas previamente estabelecido que não deve ser alterado ou adaptado.
Como no questionário, a entrevista estruturada poderá conter perguntasabertas e 
fechadas.
Por exemplo:Em uma pesquisa sobre a avaliação da aprendizagem no curso superior, o 
pesquisador utilizou-se da seguinte entrevista estruturada para investigar os alunos:
	 1.Como	você	é	avaliado	pelo	seu	professor?
 2. Quando o professor faz a avaliação?
	 3.	O	que	é	avaliado	pelo	professor?
	 4.	O	que	significa,	para	você,	ser	avaliado?
	 5.	O	que	o	professor	costuma	avaliar?
	 6.	Para	que	servem	as	avaliações	dos	professores?
	 7.	Qual	é	o	papel	do	professor	na	avaliação?
 8. Qual é o papel do aluno na avaliação?
	 9.	O	que	acontece	quando	você	tira	notas	baixas?
	 10.	E	quando	tira	notas	altas?
	 11.	Porque	você	acha	que	tira	notas	baixas?	
• Entrevista não estruturada: É chamada também de não padronizada, corresponde 
ao modelo mais flexível de entrevista, que é caracterizada pela liberdade que o 
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia20
entrevistador tem para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere 
adequada.	Geralmente,	neste	tipo	de	entrevista,	as	perguntas	são	abertas	e	são	
respondidas no âmbito de uma conversação.
Esse	tipo	de	entrevista	apresenta	três	modalidades:·
• Por pautas: o entrevistador se guia por uma relação de pontos de interesse 
(pauta) que vai explorando no decorrer da entrevista; tem a liberdade explorá-los 
fazendo as perguntas que julgar necessárias, na ordem e profundidade que quiser. 
As entrevistas por pautas são utilizadas quando os pesquisados não se sentem à 
vontade para responder a perguntas formuladas com maior rigidez.Por exemplo: 
Em	uma	entrevista	junto	ao	professor	de	matemática	do	Ensino	Fundamental,	
o entrevistador utilizou-se das perguntas abaixo para conhecer a opinião do 
professor sobre a matemática e seu ensino:
 O que é matemática para você? 
 Como você “vê” ou percebe a matemática?
 Para você o que é ensinar matemática?
 Qual sua opinião sobre o ensino da matemática hoje? 
No	exemplo	acima	outras	perguntas	poderiam	ter	sido	feitas	pelo	entrevistador.·	
• Focalizada: há um roteiro de tópicos relativos ao problema que se vai estudar e 
o entrevistado fala livremente à medida que se refere a eles. Ao entrevistador cabe 
conduzir a entrevista não deixando que o entrevistado se desvie do assunto.Por 
exemplo: Em uma entrevista na qual o pesquisador queria investigar a opinião das 
mulheres sobre o aborto, foram utilizados os focos: 
 O aborto como direito da mulher. 
 O aborto e o direito à vida.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia21
• Não Dirigida: o entrevistado fala livremente a respeito do tema, expressando 
suas opiniões e sentimentos; o entrevistador tem a função de incentivar a entrevista, 
levando o informante a falar sobre o assunto, sem, entretanto, lhe fazer perguntas. 
Este tipo de entrevista é o menos estruturado possível e é utilizada nos estudos 
exploratórios, que visam abordar realidades pouco conhecidas pelo pesquisador.
Por	exemplo:	Os	alunos	de	Arquitetura	de	uma	Universidade,	no	desenvolvimento	
de uma pesquisa que tinha como objetivo identificar os diferenciais de vários 
bairros	residenciais	de	São	Paulo,	do	ponto	de	vista	do	morador,	utilizaram	a	
seguinte entrevista não dirigida:
 Dê sua opinião sobre o bairro onde você mora.
O registro da entrevista deve ser feito no momento em que ela acontece, mediante 
anotações por parte do entrevistador ou com auxílio da gravação. 
Na entrevista não cabe ao entrevistador concordar ou discordar das opiniões emitidas 
pelo entrevistado ele deve apenas ouvir procurando guiá-lo, levando-o a precisar, 
desenvolver e aprofundar os pontos abordados, mantendo-se interessado em sua fala. 
Da mesma forma que o questionário, a entrevista apresenta limitações e uma das 
principais é a possibilidade do entrevistado ser influenciado, de maneira consciente ou 
não, pelo entrevistador. 
Outra limitação é o tempo necessário para se desenvolver uma entrevista, comprada 
com o questionário, o que implica em um custo maior.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia22
4 - Síntese
Vimos na presente unidade que uma pesquisa sempre diz respeito a um universo, a 
população e que nem sempre podemos ou queremos desenvolver a pesquisa com todos 
os elementos desta população, podemos então desenvolver a pesquisa utilizando-se de 
amostras.
Ao desenvolver a pesquisa por amostras, temos que definir como iremos selecionar a 
amostra, ou quais serão os procedimentos de amostragem. A escolha do melhor método 
de amostragem passa pela correta interpretação do problema em questão e pela forma 
como as informações serão extraídas dos elementos selecionados. Assim, podemos 
utilizar de procedimentos estatísticos ou empíricos.
Abordamos também nesta unidade as técnicas de pesquisa e nos referimos à 
observação, ao questionário e à entrevista como instrumentos de coleta de dados em 
uma	pesquisa.Foi	dito	que	a	opção	por	uma	ou	outra	técnica	depende	basicamente	do	
problema a ser investigado, dos objetivos e condições da pesquisa e que elas poderão 
ser utilizadas isoladamente ou em conjunto.As técnicas de pesquisa são descritas e 
justificadas	no	capítulo	da	Metodologia.
Universidade Anhembi MorumbiMetodologia23
Bibliografia
GIL,	Antonio	Carlos.	Métodos e técnicas de pesquisa social. São	Paulo:	Atlas,	1987.
KÖCHE,	José	Carlos.	Fundamentos de metodologia científica.	Petrópolis:	Vozes,	1997.
LAKATOS,	 Eva	 Maria	 e	 MARCONI,	 Marina	 de	 Andrade.	 Fundamentos e metodologia 
científica.	São	Paulo:	Atlas,	1996.
LAVILLE,	Christian	e	DIONNE,	Jean.	A construção do saber. Porto Alegre: Artes Médicas; 
Belo	 Horizonte:	 UFMG,	 1999.RICHARDSON,	 Roberto	 Jarry	 e	 Colaboradores.	 Pesquisa	
social:	métodos	e	técnicas.	São	Paulo,	Atlas,	1999.
RICHARDSON,	Roberto	Jarry	e	Colaboradores.	Pesquisa social: métodos e técnicas.	São	
Paulo:	Atlas,	1999.

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