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2 DORT e LER

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Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e Lesões por Esforços Repetitivos (LER).
Definição: Entende-se por LER/DORT uma síndrome relacionada ao trabalho, que comprometem músculos e/ou tendões e/ou fáscias (membranas que recobrem tendões, nervos, músculos) e/ou nervos ocasionadas por utilização biomecânica incorreta do corpo humano. Resultando sintomas concomitantes ou não, tais como: dor, parestesia (formigamento/ diminuição da sensibilidade), fadiga, sensação de peso, fraqueza e queda da performance no trabalho. Os locais do corpo mais atingidos são membros superiores, pescoço, ombros e dorso. É claro que onde existe articulação, músculo, tendão, fáscia e nervo existe a possibilidade da ocorrência de DORT.
Aspectos Epidemiológicos: com o advento da Revolução industrial, quadros clínicos decorrentes de sobrecarga estática e dinâmica do sistema osteomusculares tornaram-se mais numerosos, isso se explica, devido à disseminação da prevalência da LER pelo aumento do trabalho manual que requer movimentos dos dedos, bem como movimentos repetitivos dos membros superiores, inadequação do mobiliário...
Apartir de 1985 surgem publicações e debates sobre a associação entre tenossinovite e o trabalho de digitação, que resultam na publicação da Portaria n 4.062 em 06 de agosto de 1987, pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, reconhecendo a tenossinovite como doença do trabalho.
Fatores de Risco: o desenvolvimento das LER é multicausal, sendo importante analisar os fatores de risco envolvidos direta ou indiretamente. 
Os fatores de risco são a seguintes:
 O grau de adequação do posto de trabalho à zona de atenção e à visão – a dimensão do posto de trabalho pode forçar os indivíduos a adotarem posturas e métodos de trabalho que causam ou agravam as lesões ostemusculares;
 O frio, as vibrações e as pressões locais sobre os tecidos (contato físico em cantos retos ou pontiagudos de um objeto ou ferramenta com tecidos moles do corpo); 
 Posturas inadequadas;
 A carga osteomuscular (força, repetitividade, postura do punho, método do trabalho...);
 A carga estática;
 A invariabilidade da tarefa – que implica monotonia fisiológica e psicológica;
 As exigências cognitivas, pois pode aumentar a tensão muscular, causando uma reação mais generalizada de estresse. 
 Os fatores organizacionais e psicossociais ligado ao trabalho
Diagnóstico 
O diagnóstico de DORT deve sempre fundamentar-se numa boa anamnese ocupacional, que permitirá a correlação do quadro clinico com atividade ocupacional desempenhada efetivamente pelo trabalhador. No inicio do processo, consideramos um distúrbio, não uma lesão. Portanto, um processo reversível com a adequada conduta médica e a devida orientação ergonômica e condições biomecânicas do posto de trabalho. 
Completando, DORT é um nome genérico, não é aceito como um diagnóstico médico, portanto é importante que o médico defina a patologia, como por exemplo: síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, tendinite do músculo supra-espinho...
O diagnostico de DORT é eminentemente clinico- ocupacional e às vezes difícil. Os exames subsidiários não tem se mostrado eficientes no sentido de apoio a diagnóstico (Ultrassonografia, Eletroneuromiografia, Raios X ou exames laboratoriais). 
Tratamento: 
O tratamento se baseia no uso de antiinflamatórios, para aliviar a dor bem como a inflamação das estruturas envolvidas. O repouso é uma das melhores formas de tratamento e muitas vezes o paciente deve ficar alguns dias sem trabalhar as articulações para haver a diminuição completa da inflamação. Nos casos em que há grande comprometimento do nervo mediano está indicada a cirurgia para a descompressão do mesmo. Essa cirurgia leva a uma melhora dos sintomas em 95% dos casos. 
Além do tratamento médico, é necessária correções ergonômicas do posto e das condições biomecânicas do posto de trabalho, equipamentos e ferramentas.
Fisioterapia também é importantíssimo, utilizando a termoterapia, eletroterapia, cinesioterapia, ultrassom, acupuntura, entre outros.
Percebe-se que o tratamento requer uma equipe multidisciplinar, devido à complexidade do quadro clínico- ocupacional. Portanto, além do medico, fisioterapeuta, acupunturista, o terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social... são profissionais que contribuem significativamente para sucesso do tratamento nos casos de DORT. Contudo, este objetivo dificilmente será alcançado se a empresa não promover as melhorias ergonômicas necessárias nos ambiente de trabalho. 
Prevenção:
A medida mais importante é evitar usar as articulações durante muito tempo. Dê umas paradas no serviço para relaxar a musculatura das mãos e dedos. Outro fator importante é a postura que o trabalhador adota durante o dia.

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