Buscar

administracao geral itens 5 e 6 aula 05

Prévia do material em texto

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
 
ANVISA 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 05 
 
Lei nº 9.784/99 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
 
 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 
 
 
 
Olá! 
 
Vamos que vamos. A aula de hoje é relativamente 
tranquila, e também não é muito explorada pela 
Banca. Mas, é sempre preciso ficarmos atentos. 
Então, veremos o seguinte: 
 
2. Lei nº 9.784/1999 e suas alterações – Regula o 
processo administrativo no âmbito da Administração 
Pública Federal. 
 
Bons estudos e grande abraço, 
 
Prof. Edson Marques 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 2 
 
 
 
 
 
S U M Á R I O 
 
1. Processo Administrativo ............................................................................. 3 
1.1 Princípios .................................................................................................. 4 
1.2 Direitos e deveres dos Administrados ...................................................... 7 
1.3 Fases do Processo Administrativo ............................................................ 8 
1.4 Competência .......................................................................................... 10 
1.5 Do impedimento e suspeição .................................................................. 11 
1.6 Da forma, tempo e Lugar dos atos do Processo ..................................... 12 
1.7 Da comunicação dos atos ....................................................................... 13 
1.8 Instrução ................................................................................................ 15 
1.9 Relatório ................................................................................................. 18 
1.10 Decisão ................................................................................................. 19 
1.11 Motivação ............................................................................................. 19 
1.12 Extinção do Processo............................................................................ 20 
1.13 Recurso Administrativo ........................................................................ 20 
1.14 Revisão ................................................................................................. 23 
1.15 Dos prazos ............................................................................................ 23 
2. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 25 
3. QUESTÕES DA IBFC .............................................. Erro! Indicador não definido. 
4. QUESTÕES SELECIONADAS .................................................................... 120 
5. GABARITO .............................................................................................. 152 
 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 3 
 
1. Processo Administrativo 
 
A Lei nº 9.784/99 é lei federal que institui normas 
básicas sobre processo administrativo, tendo por finalidade a proteção 
dos direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos fins da 
Administração. Em seu art. 1º dispõe que: 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da 
Administração Federal direta e indireta, visando, 
em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
 
Trata-se de uma lei que estabelece normas gerais sobre 
processo administrativo. Por isso, não revogou as demais leis 
específicas, aplicando-se apenas supletivamente às demais espécies de 
processos administrativos (Processo Administrativo Disciplinar, 
Processo Administrativo Fiscal, Processos Regulatórios etc). 
 
Destaca-se, ademais, que essa Lei é aplicável 
exclusivamente no âmbito da Administração Pública Federal, 
mas que por força da recepção também será aplicada ao DF, 
seus órgãos e entidades, aplicando-se inclusive no âmbito do Poder 
Judiciário e Legislativo no exercício da função administrativa. 
 
Significa dizer que não se aplicará aos Poderes 
Legislativo e Judiciário quando se tratar de suas funções típicas, ou 
seja, não se aplica ao processo legislativo, tampouco aos processos 
judiciais. 
 
Contudo, o STJ tem entendimento no sentido de que é 
cabível a aplicação da Lei nº 9.784/99 aos demais entes federativos de 
modo supletivo, ou seja, na ausência de lei própria, pode ser aplicada 
supletivamente a Lei federal. 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 4 
 
A propósito, para parte da doutrina essa Lei é mais do 
que uma norma sobre processo administrativo, é, verdadeiramente, 
uma lei sobre direito administrativo. 
 
Observe que a Lei traz algumas definições importantes, 
conforme seu art. 2º, ao estabelecer que órgão é a unidade de atuação 
integrante da estrutura da Administração (direta ou indireta), que 
entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, e 
autoridade, o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da 
Administração Federal direta e indireta, visando, 
em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da 
União, quando no desempenho de função 
administrativa. 
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da 
estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de 
personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público 
dotado de poder de decisão. 
 
1.1 Princípios 
 
De forma primorosa, a Lei de Processo Administrativo 
cataloga uma série de princípios que orientam a atuação no processo 
administrativo, tais como: Interesse Público, Legalidade, 
Finalidade, Moralidade, Eficiência, Razoabilidade, 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 5 
Proporcionalidade, Motivação, Ampla Defesa, Contraditório, 
Segurança Jurídica. 
 
Esses princípios, de forma geral, são os constantes da 
própria Constituição Federal, de forma expressa ou implícita. Por isso, 
a doutrina administrativa tem entendido que tais princípios, 
orientadores do processo administrativo, são, em verdade, princípios 
aplicáveis à atividade da Administração Pública. 
 
Em decorrência dessesprincípios orientadores do 
processo administrativo, a Lei nº 9.784/99 estabeleceu os 
denominados critérios, os quais são, de igual de forma, princípios 
administrativos, compreendendo: 
 
Jurisdicidade/Legalidade: atuação conforme a lei e o 
Direito; 
 
Finalidade/Interesse público: atendimento a fins de 
interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de 
poderes ou competências, salvo autorização em lei; 
 
Impessoalidade: objetividade no atendimento do 
interesse público, vedada a promoção pessoal de 
agentes ou autoridades; 
 
Moralidade: atuação segundo padrões éticos de 
probidade, decoro e boa-fé; 
 
Publicidade: divulgação oficial dos atos 
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas na Constituição; 
 
Proporcionalidade/razoabilidade: adequação entre 
meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 6 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse 
público; 
 
Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de 
direito que determinarem a decisão; 
 
Formalismo: observância das formalidades essenciais à 
garantia dos direitos dos administrados; 
 
Formalismo moderado: adoção de formas simples, 
suficientes para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos administrados; 
 
Ampla defesa e contraditório: garantia dos direitos à 
comunicação, à apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de recursos, nos 
processos de que possam resultar sanções e nas 
situações de litígio; 
 
Vedação de custas ou depósito prévio: proibição de 
cobrança de despesas processuais, ressalvadas as 
previstas em lei; 
 
Impulsão oficial: impulsão, de ofício, do processo 
administrativo, sem prejuízo da atuação dos 
interessados; 
 
Interpretação teleológica e segurança jurídica: 
interpretação da norma administrativa da forma que 
melhor garanta o atendimento do fim público a que se 
dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
Observe, portanto, que alguns princípios então implícitos 
na Constituição se tornaram expressos por força da Lei nº 9.784/99. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 7 
1.2 Direitos e deveres dos Administrados 
 
Em sua parte específica a Lei de Processo Administrativo 
dispõe expressamente de alguns direitos dos Administrados. 
 
Nesse sentido, dispõe que é direito do administrado de 
ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão 
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas 
obrigações. 
 
Assegura também o direito de ter ciência da tramitação 
dos processos administrativos em que tenha a condição de 
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas, bem como de formular 
alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
 
E, ainda, o direito de se fazer assistir, 
facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei, conforme art. 3º que assim estabelece: 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos 
perante a Administração, sem prejuízo de outros 
que lhe sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e 
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus 
direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos 
administrativos em que tenha a condição de 
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos 
antes da decisão, os quais serão objeto de 
consideração pelo órgão competente; 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 8 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por 
advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei. 
 
É importante dizer que, além de direitos, os 
administrados terão deveres que compreendem: 
 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e 
colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
 
1.3 Fases do Processo Administrativo 
 
O processo administrativo realiza-se sob as seguintes 
fases: a) instauração; b) competência; c) instrução; d) relatório; 
e) decisão 
 
Instauração 
 
O processo administrativo pode se deflagrado de ofício 
ou a pedido do interessado. Neste caso, a pedido, será formulado por 
meio de requerimento que deverá observar os requisitos legais, 
conforme art. 6º, que assim dispõe: 
 
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo 
casos em que for admitida solicitação oral, deve ser 
formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridade administrativa a que se 
dirige; 
II - identificação do interessado ou de quem o 
represente; 
III - domicílio do requerente ou local para 
recebimento de comunicações; 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 9 
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos 
e de seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu 
representante. 
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa 
imotivada de recebimento de documentos, devendo 
o servidor orientar o interessado quanto ao 
suprimento de eventuais falhas. 
Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas 
deverão elaborar modelos ou formulários 
padronizados para assuntos que importem 
pretensões equivalentes. 
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de 
interessados tiverem conteúdo e fundamentos 
idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, salvo preceito legal em contrário. 
 
Com efeito, a Lei 9.784/99, em art. 9º, elenca os 
legitimados, ou seja, interessados a requerer a abertura de processo 
administrativo, sendo: 
 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como 
titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação; 
 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, 
têm direitos ou interesses que possam ser afetados 
pela decisão a ser adotada; 
 
III - as organizações e associações representativas, 
no tocante a direitos e interesses coletivos; 
 
IV - as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. EdsonMarques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 10 
1.4 Competência 
 
Na condução do processo administrativo, a Lei 
estabelece a competência, ou seja, o poder legal conferido a um órgão 
ou agente público para realização de certos atos. 
 
Nesse sentido, cumpre dizer que a competência tem uma 
característica fundamental, que é ser irrenunciável, embora possa 
ser objeto de delegação ou avocação quando legalmente admitido. 
 
Com efeito, a competência poderá ser delegada a outro 
órgão ou titular, subordinado ou não, por circunstâncias de índole 
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, salvo quando se tratar 
de: 
 
 Edição de atos de caráter normativo; 
 Decisão de recursos administrativos; 
 Matérias de competência exclusiva; 
 
Nos termos do art. 14 da Lei, a delegação e sua 
revogação deverá ser publicada no meio oficial, podendo a delegação 
ser revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
 
O ato de delegação especificará as matérias e poderes 
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os 
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de 
exercício da atribuição delegada, e o ato considera-se editado pelo 
delegado, conforme o seguinte: 
 
Art. 14. 
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem 
mencionar explicitamente esta qualidade e 
considerar-se-ão editadas pelo delegado. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 11 
Permite-se, ainda, em caráter excepcional e por motivos 
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
Ademais, cumpre ressaltar que, inexistindo competência 
legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante 
a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
 
1.5 Do impedimento e suspeição 
 
Conforme art. 18 da Lei 9.784/99 é impedido de atuar 
em processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
 
 Tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
 
 Tenha participado ou venha a participar como 
perito, testemunha ou representante, ou se tais 
situações ocorrem quanto ao cônjuge, 
companheiro ou parente e afins até o terceiro 
grau; 
 
 Esteja litigando judicial ou administrativamente 
com o interessado ou respectivo cônjuge ou 
companheiro. 
 
 Assim, é dever do agente ou autoridade, conforme o art. 
19, de comunicar tal fato à autoridade competente, abstendo-se de 
atuar, na medida em que a omissão do dever de comunicar o 
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. 
 
A suspeição do servidor ou autoridade poderá ser 
quando tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos 
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes 
e afins até o terceiro grau, conforme o seguinte: 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 12 
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade 
ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade 
notória com algum dos interessados ou com os 
respectivos cônjuges, companheiros, parentes e 
afins até o terceiro grau. 
 
Observe-se que o indeferimento de alegação de 
suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo, 
conforme art. 21 da Lei 9.784/99. 
 
1.6 Da forma, tempo e Lugar dos atos do Processo 
 
Os atos do processo administrativo não dependem de 
forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. 
Significa dizer que a forma não é essencial senão quando a lei a exigir 
como tal. 
 
Por isso, quando a lei não estabelecer que a forma é 
essencial e se o ato for praticado por outra forma, mas alcançar sua 
finalidade, não haverá nulidade. 
 
A Lei, em seu artigo 22, estabelece uma série de 
exigências, quanto à forma, tempo e local dos atos do processo 
administrativo. Assim, quanto à forma dispõe: 
 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não 
dependem de forma determinada senão quando a 
lei expressamente a exigir. 
§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por 
escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua 
realização e a assinatura da autoridade 
responsável. 
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de 
firma somente será exigido quando houver dúvida 
de autenticidade. 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 13 
§ 3º A autenticação de documentos exigidos em 
cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. 
§ 4º O processo deverá ter suas páginas 
numeradas sequencialmente e rubricadas. 
 
No tocante ao lugar e tempo, determina o art. 23 que 
“os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no 
horário normal de funcionamento da repartição na qual 
tramitar o processo”, e preferencialmente na sede do órgão, 
cientificando-se o interessado se outro for o local de realização (art. 
25). 
 
No entanto, serão concluídos depois do horário normal 
os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do 
procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. 
 
Em regra, o prazo para a pratica dos atos é de cinco 
dias, salvo motivo de força maior. conforme art. 24: 
 
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos 
do órgão ou autoridade responsável pelo processo 
e dos administrados que dele participem devem ser 
praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de 
força maior. 
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode 
ser dilatado até o dobro, mediante comprovada 
justificação. 
 
1.7 Da comunicação dos atos 
 
No tocante à comunicação dos atos, determina o art. 26 
da Lei que o órgão competente perante o qual tramita o processo 
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de 
decisão ou a efetivação de diligências. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 14 
Com efeito, estabelece o art. 28 que devem ser objeto 
de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em 
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de 
direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. 
 
A intimação deverá, obrigatoriamente, conter os 
seguintes requisitos: 
 
Art. 26 
§ 1º A intimação deverá conter: 
I - identificação do intimado e nome do órgão ou 
entidade administrativa; 
II - finalidade da intimação; 
III - data, hora e local em que deve comparecer; 
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, 
ou fazer-se representar; 
V - informação da continuidade do processo 
independentemente do seu comparecimento; 
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais 
pertinentes. 
 
Além disso, deverá observar a antecedência mínima 
de três dias úteis quanto à data de comparecimento. 
 
A intimação poderá serefetuada por ciência no 
processo, por via postal com aviso de recebimento, por 
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do 
interessado. 
 
No entanto, no caso de interessados indeterminados, 
desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser 
efetuada por meio de publicação oficial. 
 
As intimações serão nulas quando feitas sem 
observância das prescrições legais, mas o comparecimento do 
administrado supre sua falta ou irregularidade. 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 15 
 
É importante destacar que no âmbito do processo 
administrativo não se aplica os efeitos da revelia, conforme prescreve 
o art. 27 ao dispor que: 
 
Art. 27. O desatendimento da intimação não 
importa o reconhecimento da verdade dos fatos, 
nem a renúncia a direito pelo administrado. 
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, 
será garantido direito de ampla defesa ao 
interessado. 
 
1.8 Instrução 
 
A instrução é atividade destinada a averiguar e 
comprovar os dados necessários à tomada de decisão. Assim, tal fase 
realiza-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo 
processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações 
probatórias, conforme preconiza o art. 29, que assim expressa: 
 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a 
averiguar e comprovar os dados necessários à 
tomada de decisão realizam-se de ofício ou 
mediante impulsão do órgão responsável pelo 
processo, sem prejuízo do direito dos interessados 
de propor atuações probatórias. 
§ 1º O órgão competente para a instrução fará 
constar dos autos os dados necessários à decisão 
do processo. 
§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos 
interessados devem realizar-se do modo menos 
oneroso para estes. 
 
Com efeito, são inadmissíveis no processo administrativo 
as provas obtidas por meios ilícitos. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 16 
Quando a matéria do processo envolver assunto de 
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho 
motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de 
terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a 
parte interessada. 
 
Poderá, ainda, ser realizada audiência pública a fim de 
subsidiar a tomada de decisão, conforme o seguinte: 
 
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da 
autoridade, diante da relevância da questão, 
poderá ser realizada audiência pública para debates 
sobre a matéria do processo. 
 
É relevante destacar que a Lei de Processo 
Administrativo é extremamente avançada, já trazendo a previsão da 
participação de entidades representativas, quando houver direitos ou 
interesses difusos ou coletivos sendo objetos do processo. Nesses 
termos dispõe: 
 
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em 
matéria relevante, poderão estabelecer outros 
meios de participação de administrados, 
diretamente ou por meio de organizações e 
associações legalmente reconhecidas. 
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência 
pública e de outros meios de participação de 
administrados deverão ser apresentados com a 
indicação do procedimento adotado. 
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, 
a audiência de outros órgãos ou entidades 
administrativas poderá ser realizada em reunião 
conjunta, com a participação de titulares ou 
representantes dos órgãos competentes, lavrando-
se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 17 
Aplica-se aqui a regra de que quem alega deve provar. 
Assim, conforme art. 36, cabe ao interessado a prova dos fatos que 
tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente 
para a instrução, podendo juntar os documentos, pareceres, ou 
requerer o que for pertinente, conforme o seguinte: 
 
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e 
antes da tomada da decisão, juntar documentos e 
pareceres, requerer diligências e perícias, bem 
como aduzir alegações referentes à matéria objeto 
do processo. 
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser 
considerados na motivação do relatório e da 
decisão. 
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante 
decisão fundamentada, as provas propostas pelos 
interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, 
desnecessárias ou protelatórias. 
 
Contudo, prevê o art. 37 que “quando o interessado 
declarar que fatos e dados estão registrados em documentos 
existentes na própria Administração responsável pelo processo 
ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a 
instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das 
respectivas cópias”. 
 
Conforme art. 41 da Lei 9.784/99, os interessados serão 
intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima 
de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. 
 
É importante observar que quando deva ser 
obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá 
ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial 
ou comprovada necessidade de maior prazo. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 18 
Nesse sentido, se um parecer obrigatório e vinculante 
deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento 
até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa 
ao atraso. 
 
Por outro lado, se for um parecer obrigatório e não 
vinculante, e deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá 
ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da 
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 
 
Assim, encerrada a instrução, o interessado terá o direito 
de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo 
for legalmente fixado, conforme o seguinte: 
 
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o 
direito de manifestar-se no prazo máximo de dez 
dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. 
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração 
Pública poderá motivadamente adotar providências 
acauteladoras sem a prévia manifestação do 
interessado. 
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do 
processo e a obter certidões ou cópias reprográficas 
dos dados e documentos que o integram, 
ressalvados os dados e documentos de terceiros 
protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, 
à honra e à imagem. 
 
1.9 Relatório 
 
É a descrição de todos os elementos do processo, ou 
seja, a fase em que se faz a análise dos fatos e provas constantes dos 
autos a fim de subsidiar a apreciação do caso pela autoridade 
administrativa, conforme art. 47 que assim dispõe: 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORGCURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 19 
Art. 47. O órgão de instrução que não for 
competente para emitir a decisão final elaborará 
relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das 
fases do procedimento e formulará proposta de 
decisão, objetivamente justificada, encaminhando 
o processo à autoridade competente. 
 
1.10 Decisão 
 
É a fase final do processo. É o julgamento do que se 
requereu, ou seja, é a análise quanto ao que se discute no processo. 
Com efeito, conforme art. 48, a Administração tem o dever de 
explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre 
solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 
 
Desse modo, concluída a instrução de processo 
administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta) dias 
para decidir, salvo prorrogação por igual período 
expressamente motivada (art. 49). 
 
1.11 Motivação 
 
Nos termos da Lei nº 9.784/99, art. 50, os atos 
administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando: 
 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou 
interesses 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou 
sanções 
III - decidam processos administrativos de 
concurso ou seleção pública 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de 
processo licitatório 
V - decidam recursos administrativos 
VI - decorram de reexame de ofício 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 20 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada 
sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou 
convalidação de ato administrativo. 
 
1.12 Extinção do Processo 
 
O interessado poderá, mediante manifestação escrita, 
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar 
a direitos disponíveis. 
 
Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia 
atinge somente quem a tenha formulado. 
 
A desistência ou renúncia do interessado, conforme o 
caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração 
considerar que o interesse público assim o exige. 
 
O órgão competente poderá declarar extinto o processo 
quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar 
impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
 
1.13 Recurso Administrativo 
 
O recurso administrativo será interposto, por razão de 
legalidade e/ou de mérito, para a autoridade que proferiu a decisão, 
que se não o reconsiderar, no prazo de cinco dias, encaminhará 
para a autoridade competente, conforme estabelece o art. 56: 
 
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, 
em face de razões de legalidade e de mérito. 
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que 
proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no 
prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade 
superior. 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 21 
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de 
recurso administrativo independe de caução. 
§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão 
administrativa contraria enunciado da súmula 
vinculante, caberá à autoridade prolatora da 
decisão impugnada, se não a reconsiderar, 
explicitar, antes de encaminhar o recurso à 
autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou 
inaplicabilidade da súmula, conforme o 
caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
 
Observe, portanto, que no âmbito do Processo 
Administrativo não teremos uma petição exclusiva contendo o pedido 
de reconsideração, este é inerente ao próprio recurso. 
 
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem 
efeito suspensivo. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta 
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a 
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito 
suspensivo ao recurso. 
 
Ademais, cumpre dizer que, salvo exigência legal, a 
interposição de recurso administrativo independe de caução, o que, 
inclusive, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal ao entender que 
é inconstitucional a exigência de caução, depósito prévio ou garantia 
para a interposição de recurso administrativo. 
 
Observe que o recurso administrativo tramitará no 
máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal 
diversa. 
 
Quem poderá interpor o recurso? Nesse sentido, a Lei de 
Processo estabelece os seguintes legitimados: 
 
 Titulares de direitos e interesses que forem parte 
no processo; 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 22 
 
 Aqueles cujos direitos ou interesses forem 
indiretamente afetados pela decisão recorrida; 
 
 Organizações e associações representativas, no 
tocante a direitos e interesses coletivos; 
 
 Cidadãos ou associações, quanto a direitos ou 
interesses difusos. 
 
A lei estabelece que, salvo disposição legal específica, é 
de 10 (dez) dias o prazo para interposição de recurso 
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da 
decisão recorrida. 
 
E, nesse aspecto, conforme §1º do art. 59, o recurso 
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) 
dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente, salvo 
outra previsão legal. 
 
Referido prazo poderá ser prorrogado por igual período, 
ante justificativa explícita. 
 
O recurso não será conhecido quando for intempestivo 
(interposto fora do prazo), interposto perante órgão incompetente, 
faltar interesse recursal (interposto por quem não seja legitimado) ou 
ainda quando interposto após exaurida a esfera administrativa 
(preclusão administrativa). 
 
De todo modo, o não conhecimento do recurso não 
impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não 
ocorrida preclusão administrativa, de modo que poderá agravar ou 
atenuar a punição aplicada. Contudo, em caso de agravamento, deverá 
ser cientificado o administrado para que formule suas alegações antes 
da decisão, conforme o seguinte: 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 23 
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso 
poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, 
total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a 
matéria for de sua competência. 
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste 
artigo puder decorrer gravame à situação do 
recorrente, este deverá ser cientificado para que 
formule suas alegações antes da decisão. 
 
1.14 Revisão 
 
Conforme art. 65 da Lei 9.784/99, os processos 
administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a 
qualquertempo, a pedido ou de ofício, desde que surjam fatos novos 
ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da 
sanção aplicada. 
 
Contudo, da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento da sanção, ou seja, a revisão é sempre em benefício do 
réu. 
 
1.15 Dos prazos 
 
Os prazos processuais começam a correr a partir da data 
da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e 
incluindo-se o do vencimento, de modo que, salvo motivo de força 
maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se 
suspendem. 
 
Com efeito, os prazos expressos em dias contam-se de 
modo contínuo, e os fixados em meses ou anos contam-se de data a 
data. Assim, se no mês do vencimento não houver o dia equivalente 
àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 24 
De todo modo, considera-se prorrogado o prazo até o 
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não 
houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
 
Dito isso, vamos às questões. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 25 
 
2. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FCC/2012 – TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – 
ADMINISTRATIVA) Nos termos da Lei nº 9.784/99, que cuida 
de processo administrativo no âmbito da Administração Federal 
direta e indireta, seus preceitos também se aplicam aos órgãos 
a) dos Poderes Legislativo e Judiciário de todos os entes da Federação, 
quando no desempenho de suas funções legislativa e jurisdicional. 
b) dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no 
desempenho de suas funções legislativa e jurisdicional. 
c) dos Poderes Legislativo e Judiciário de todos os entes da Federação, 
quando no desempenho de função administrativa. 
d) dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no 
desempenho de função administrativa. 
e) do Poder Legislativo de todos os entes da Federação, quando no 
desempenho de todas suas funções, mas não aos órgãos do Poder 
Judiciário. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Os preceitos da Lei nº 
9.784/99 não se aplica aos Poderes Legislativo e Judiciário no 
desempenho de suas funções legislativa e jurisdicional, conforme o 
seguinte: 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da 
Administração Federal direta e indireta, visando, em 
especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao 
melhor cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da 
União, quando no desempenho de função 
administrativa. 
 
Quanto à aplicação aos demais entes federativos, a regra 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 26 
é sua inaplicabilidade ante a disposição expressa do art. 1º, caput. 
Contudo, o STJ tem entendimento no sentido de que, na falta de lei 
própria, deve ser aplicada subsidiariamente a Lei federal. 
 
Significa dizer que, em não havendo no Estado lei própria 
que regule o processo administrativo, será aplicada a Lei 9784/99 de 
forma subsidiária. Precedente: 
 
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDORES 
PÚBLICOS ESTADUAIS. ATO ANULATÓRIO DA 
INVESTIDURA. ART. 54 DA LEI Nº 9.784/1999. 
ESTADOS-MEMBROS. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA. PRAZO 
DECADENCIAL. SUSPENSÃO. INTERRUPÇÃO. NÃO 
OCORRÊNCIA. TERMO INICIAL. VIGÊNCIA DA LEI. 
DECADÊNCIA CONFIGURADA. 
1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 
é assente no sentido de que a Lei nº 9.784/1999 
pode ser aplicada de forma subsidiária no âmbito 
dos Estados-Membros, se ausente lei própria 
regulando o processo administrativo no âmbito 
local, o que se verifica no caso do Estado do Rio de 
Janeiro. 
2. O prazo quinquenal, estabelecido no art. 54 da Lei n.º 
9.784/1999, para que a administração possa anular os 
atos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários, tem natureza decadencial, o que afasta a 
incidência dos arts. 190 do Código Civil e 219 do Código 
de Processo Civil. Aplica-se, em vez disso, o art. 207 do 
CC, segundo o qual, salvo previsão legal expressa - 
inexistente na Lei nº 9.784/1999 -, não se aplicam à 
decadência as normas que impedem, suspendem ou 
interrompem a prescrição. 
3. "A Lei 9.784/1999, ao disciplinar o processo 
administrativo, estabeleceu o prazo de cinco anos para 
que pudesse a Administração revogar os seus atos (art. 
54). A vigência do dispositivo, dentro da lógica 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 27 
interpretativa, tem início a partir da publicação da lei, 
não sendo possível retroagir a norma para limitar a 
Administração em relação ao passado." (MS 9.112/DF, 
Rel. Ministra ELIANA CALMON, CORTE ESPECIAL, julgado 
em 16/2/2005, DJ 14/11/2005). 
4. Na hipótese, tendo em vista que as investiduras tidas 
por ilegais ocorreram antes da vigência da Lei nº 
9.784/1999, a administração estadual poderia rever 
esses atos até cinco anos depois de 1º/2/1999, contudo, 
somente o fez em 2007, quando já operada a 
decadência. 
5. Recurso especial a que se nega provimento. 
(REsp 1103105/RJ, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA 
TURMA, julgado em 03/05/2012, DJe 16/05/2012) 
 
A alternativa “b” está errada. Aplica-se aos Poderes 
Legislativo e Judiciário da União no exercício da função administrativa. 
 
A alternativa “c” está errada. Nos termos da Lei nº 
9.784/99, por se tratar de lei federal somente se aplica no âmbito da 
União, ou seja, não se aplicaria aos Poderes Legislativo e Judiciário dos 
demais entes federativos. 
 
Contudo, cuidado com a ressalva do entendimento do 
STJ. Assim, no concurso, se a questão vier seca, isto é, como foi 
colocada aqui, marque o expresso na Lei. Mas, se falar em aplicação 
subsidiária conforme entendimento jurisprudencial, tenha certeza que 
o examinador está cobrando o conhecimento do entendimento do STJ. 
 
A alternativa “d” está correta. É isso aí. Conforme art. 
1º, parágrafo único, da Lei nº 9.784/99, suas disposições são aplicadas 
aos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho 
de função administrativa. 
 
A alternativa “e” está errada. Não se aplica aos Poderes 
Legislativo e Judiciário no exercício de suas funções típicas e, em regra, 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 28 
também não se aplica a todos os entes da Federação. 
 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
2. (FCC/2013 – TRT 9ª REGIÃO (PR) – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
As normassobre processo administrativo postas na Lei 
no 9.784/99 aplicam-se aos 
a) servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, na realização de 
suas funções típicas, excluído o Poder Judiciário em razão de sua 
competência judicante. 
b) órgãos do Poder Executivo integrantes da Administração direta ou 
indireta, excluídos os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário 
quando se tratar de realização de função administrativa. 
c) órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário da União, no que 
se referir ao desempenho de funções administrativas atípicas. 
d) órgãos do Poder Executivo e aos servidores integrantes do quadro 
da Administração direta, excluídos os afastados e os órgãos dos demais 
Poderes. 
e) órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no exercício 
de suas funções típicas. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 
9.784/99, além de ser aplicado ao Poder Executivo, as normas sobre 
processo administrativo são aplicadas aos Poderes Legislativo e 
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 
20ª REGIÃO – FCC/2011) Nos termos da Lei no 9.784/1999, 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 29 
que regula o processo administrativo no âmbito da 
Administração Pública Federal, é correto afirmar: 
a) Considera-se entidade a unidade de atuação desprovida de 
personalidade jurídica. 
b) É dever dos administrados formular alegações e apresentar 
documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração 
pelo órgão competente. 
c) Os preceitos desta lei se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo 
e Judiciário da União, somente no desempenho de função 
administrativa. 
d) Um dos critérios assegurados é a possibilidade de aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
e) Os preceitos da lei constituem normas básicas sobre o processo 
administrativo, destinadas apenas à Administração Federal direta. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Considera-se entidade a 
unidade de atuação provida de personalidade jurídica. 
 
A alternativa “b” está errada. É direito dos 
administrados formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
 
A alternativa “c” está correta. Os preceitos da Lei n. 
9.784/99 aplicam-se aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da 
União, somente no desempenho de função administrativa. É 
importante ressaltar que essa lei não se aplica a atividade-fim do 
Judiciário e Legislativo, ou seja, não alcança os processos judiciais e 
legislativos. 
 
A alternativa “d” está errada. Um dos critérios 
assegurados é a vedação de aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
A alternativa “e” está errada. Os preceitos da lei 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 30 
constituem normas básicas sobre o processo administrativo, 
destinadas à Administração Federal direta e indireta. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
4. (TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – TJ/AP 
– FCC/2011) Constituem princípios do processo administrativo, 
explícitos ou implícitos no Direito positivo: 
a) oficialidade, publicidade e motivação. 
b) sigilo, economia processual e unilateralidade. 
c) onerosidade, publicidade e tipicidade. 
d) formalismo, gratuidade e inércia dos órgãos administrativos 
e) oficialidade, devido processo legal e inércia dos órgãos 
administrativos. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 2º da Lei nº 9.784/99, em seu 
artigo 2º, a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
Ademais, além desses, há os critérios que são, em geral, 
representação desses princípios ou a apresentação de outros, tal como 
os princípios da oficialidade, da gratuidade, do impulso oficial, dentre 
outros. 
 
Dessa forma, a alternativa “a” apresenta princípios 
contidos na Lei nº 9.784/99, portanto, está correta. 
 
A alternativa “b” está errada, pois não há os princípios 
da economia processual e da unilateralidade, bem como do sigilo, que 
é aplicado excepcionalmente. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 31 
A alternativa “c” está errada, pois não há o princípio 
da onerosidade e da tipicidade. 
 
A alternativa “d” está errada, porque não há o princípio 
da inércia dos órgãos administrativos, e o formalismo é moderado, 
mitigado (ou informalismo, como preferem alguns). 
 
E, finalmente, a alternativa “e” também está errada, pois 
não há o princípio da inércia dos órgãos administrativos. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
5. (FCC/2012 – TRE/CE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 
JUDICIÁRIA) Considere as assertivas abaixo atinentes aos 
princípios do processo administrativo: 
I. O princípio da oficialidade está presente no poder de iniciativa da 
Administração Pública para instaurar o processo, na instrução do 
processo e também na revisão de suas decisões. 
II. No processo administrativo, prevalece o princípio da atipicidade, no 
sentido de que muitas infrações administrativas não são descritas com 
precisão na lei. 
III. No processo administrativo, embora vigore o princípio da 
pluralidade de instâncias, não é permitido alegar em instância superior 
o que não foi arguido de início. 
IV. É consequência do princípio da pluralidade de instâncias reexaminar 
a matéria de fato e produzir novas provas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) I e IV. 
e) II, III e IV. 
 
Comentário: 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 32 
A assertiva I está correta. De fato, a Administração pode 
de ofício instaurar o processo, bem como exercer o poder de 
autotutela. Assim, verifica-se que o princípio da oficialidade está 
presente no poder de iniciativa da Administração Pública para instaurar 
o processo, na instrução do processo e também na revisão de suas 
decisões. 
 
A assertiva II está correta. Não há a incidência do 
princípio da tipicidade. Por isso, pode-se dizer que prevalece o princípio 
da atipicidade, no sentido de que muitas infrações administrativas não 
são descritas com precisão na lei. 
 
A assertiva III está errada. Embora vigore o princípio da 
pluralidade de instâncias, também se aplica do princípio da verdade 
real, de modo que se pode alegar em instância superior o que não foi 
arguido de início. 
 
A assertiva IV está correta. De fato, é consequência do 
princípio da pluralidade de instâncias reexaminar a matéria de fato eproduzir novas provas. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
6. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCM/PA – FCC/2010) 
Sobre os princípios do processo administrativo, considere: 
I. Princípio que assegura a possibilidade de instauração do processo 
por iniciativa da Administração, independentemente de provocação do 
administrado. 
II. Princípio que garante ao administrado que se sentir lesado com a 
decisão administrativa propor recursos hierárquicos até chegar à 
autoridade máxima da organização administrativa. 
III. Princípio segundo o qual muitas das infrações administrativas não 
são descritas com precisão na lei. 
Esses conceitos referem-se, respectivamente, aos princípios da 
a) oficialidade, da economia processual e da ampla defesa. 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 33 
b) oficialidade, da pluralidade de instâncias e da atipicidade. 
c) economia processual, da pluralidade das instâncias e da oficialidade. 
d) publicidade, da ampla defesa e da oficialidade. 
e) ampla defesa, da oficialidade e da pluralidade das instâncias. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I trata do princípio da oficialidade. É esse 
princípio que assegura a possibilidade de instauração do processo por 
iniciativa da Administração, independentemente de provocação do 
administrado. 
 
XII – impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem 
prejuízo da atuação dos interessados; 
 
A assertiva II refere-se ao princípio do duplo grau ou da 
pluralidade de instâncias, o qual garante ao administrado que se sentir 
lesado com a decisão administrativa possa propor recursos 
hierárquicos até chegar à autoridade máxima da organização 
administrativa, assegurando-lhe a possibilidade de reexamine da 
matéria de fato e de produzir novas provas. 
 
X – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação 
de alegações finais, à produção de provas e à interposição 
de recursos, nos processos de que possam resultar sanções 
e nas situações de litígio; 
 
Enfim, o item “III” diz respeito ao princípio da 
atipicidade, segundo o qual muitas das infrações administrativas não 
são descritas com precisão na lei. É que nas leis administrativas não 
se descreve o tipo administrativo como nas leis penais. Por vezes os 
ilícitos administrativos são mais genéricos, abertos. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 34 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/PI – 
FCC/2009) Considere: 
I. Dentre os princípios que informam o Processo Administrativo, 
destaca-se a legalidade subjetiva, o do formalismo regrado, o da 
verdade sabida e o do único grau de decisão. 
II. A instauração do Processo Administrativo pela autoridade 
competente, se dá, além de outras formas, por portaria e auto de 
infração. 
III. Processo Administrativo disciplinar é o meio de apuração e punição 
de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao 
regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração. 
IV. A decisão da autoridade competente no Processo Administrativo e 
na Sindicância não precisa ser fundamentada, bastando a indicação do 
dispositivo de lei regulador da ação. 
V. Cabe ao Poder Judiciário examinar o processo administrativo 
disciplinar para a verificação da legitimidade da sanção imposta e se 
foi atendido o devido processo legal. 
É correto o que consta APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, II e III. 
c) II, III e V. 
d) I e V. 
e) IV e V. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está errada. Observe que, dentre os 
princípios que orientam o processo administrativo, temos a legalidade 
ou jurisdicidade (observância das leis e do direito), o formalismo 
moderado ou regrado (informalismo, para alguns), e não temos a 
aplicação da verdade sabida (este instituto que dispensava o processo 
administrativo) de modo que se busca a verdade material, além do que 
é prevista a pluralidade de instâncias. 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 35 
A assertiva II está correta. É que de fato a instauração 
do Processo Administrativo pela autoridade competente, se dá, além 
de outras formas, por portaria e auto de infração. 
 
A assertiva III também está correta. Processo 
Administrativo disciplinar é o meio de apuração e punição de faltas 
graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime 
funcional de determinados estabelecimentos da Administração. 
 
A assertiva IV está errada. É que a decisão em processo 
administrativo, e em especial em disciplinar, inquérito ou sindicância 
deve ser motivada, indicando os pressupostos de fato e de direito, sob 
pena de nulidade. 
 
E, finalmente, a assertiva V está correta. Cabe ao Poder 
Judiciário examinar o processo administrativo disciplinar para a 
verificação da legitimidade da sanção imposta e se foi atendido o 
devido processo legal. Significa realizar exame de razoabilidade e 
proporcionalidade, assim como da previsão legal e próprio 
procedimento, tudo por força do princípio da legalidade. 
 
Gabarito: “C” 
 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRT 24ª 
REGIÃO – FCC/2011) De acordo com Lei no 9.784/1999, no 
processo administrativo será observado, dentre outros, o 
critério de 
a) garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações 
finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos 
processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio. 
b) impulsão do processo administrativo mediante atuação dos 
interessados, vedada a impulsão, de ofício, pela Administração Pública. 
c) cobrança de despesas processuais, não havendo tal cobrança 
apenas em hipóteses excepcionais previstas em lei. 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 36 
d) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta 
o atendimento do fim público a que se dirige, permitida a aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
e) atendimento a fins de interesse geral, permitida, em regra, a 
renúncia total ou parcial de poderes ou competências. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. De fato, no processo 
administrativo deve-se observar a garantia dos direitos à comunicação, 
à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à 
interposição de recursos, nos processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio. 
 
A alternativa “b” está errada, porque há previsão de 
impulsão oficial, ou seja, mesmo que o interessado não se manifeste a 
Administração dará andamento ao processo. 
 
A alternativa “c” está errada, pois é vedada a cobrança 
de despesas processuais. 
 
A alternativa “d” está errada, na medida em que a 
interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público aque se dirige, NÃO permite a aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
 
E a alternativa “e” também está errada, eis que se deve 
observar o atendimento a fins de interesse geral, porém não é 
permitida a renúncia total ou parcial de poderes ou competências. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
9. (FCC/2012 – TRT 11ª REGIÃO (AM) – ANALISTA JUDICIÁRIO 
-ADMINISTRATIVA) A Administração Pública Federal, ao 
conduzir determinado processo administrativo, aplica 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 37 
retroativamente nova interpretação acerca de norma 
administrativa, sob o fundamento de ser mais vantajosa ao 
interesse público. Nos termos da Lei nº 9.784/1999, 
a) a postura da Administração Pública é ilegal, por violar um dos 
critérios que devem ser observados nos processos administrativos. 
b) é possível, em qualquer hipótese, a aplicação retroativa de nova 
interpretação de norma administrativa. 
c) é vedada a aplicação retroativa de nova interpretação da norma 
administrativa, salvo para o melhor atendimento do fim público a que 
se dirige. 
d) o fundamento da Administração Pública para justificar sua postura 
não está previsto em lei, sendo necessário o preenchimento de outro 
requisito legal para que possa aplicar retroativamente nova 
interpretação de norma administrativa. 
e) independentemente da retroatividade de nova interpretação, é 
vedada a interpretação da norma administrativa da forma que melhor 
garanta o atendimento do fim público. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 2º, parágrafo único, inc. XIII, da 
Lei nº 9.784/99, é vedada aplicação retroativa de nova interpretação 
da norma administrativa. Portanto, a postura da Administração Pública 
é ilegal, por violar um dos critérios que devem ser observados nos 
processos administrativos. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
10. (FCC/2013 – TRT 12ª REGIÃO (SC) – TÉCNICO 
JUDICIÁRIO) A Lei no 9.784/99, que trata dos processos 
administrativos no âmbito da Administração Pública Federal, 
traz princípios a serem obedecidos pela Administração Pública. 
A mesma lei também prevê os critérios que serão observados 
nos processos administrativos, entre eles, a adequação entre 
meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 38 
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias 
ao atendimento do interesse público. Referido critério refere-se 
ao princípio da: 
a) Ampla defesa 
b) Eficiência 
c) Segurança Jurídica. 
d) Proporcionalidade. 
e) Motivação. 
 
Comentário: 
 
Conforme art. 2º, p. único, inc. VI, da Lei n. 9.784/99, o 
princípio da proporcionalidade estabelece a adequação entre meios e 
fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em 
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
11. (FCC/2013 – TRT 9ª REGIÃO (PR) – TÉCNICO 
JUDICIÁRIO) De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o 
processo administrativo no âmbito da Administração Pública 
Federal, 
a) aplica-se o princípio do formalismo, dispensada a indicação dos 
pressupostos de fato da decisão. 
b) é vedada a impulsão de ofício, cabendo ao interessado indicar os 
fundamentos de direito da decisão. 
c) os atos administrativos são sigilosos no decorrer da fase probatória. 
d) é vedada a cobrança de despesas processuais, salvo as previstas 
em lei. 
e) os interessados deverão ser representados por advogado, salvo se 
hipossuficientes. 
 
Comentário: 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 39 
A alternativa “a” está errada. Aplica-se o princípio do 
formalismo, exigindo-se a indicação dos pressupostos de fato da 
decisão (art. 2º, p. único, inc. VII). 
 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão; 
 
A alternativa “b” está errada. Incide o critério da 
impulsão de ofício (inc. XII), cabendo à Administração indicar os 
fundamentos de fato e de direito da decisão (inc. VII). 
 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, 
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
 
A alternativa “c” está errada. Os atos são públicos, 
resguardadas as hipóteses de sigilo previstas na CF (inc. V). 
 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, 
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na 
Constituição; 
 
A alternativa “d” está correta. Conforme art. 2º, p. único, 
inc. XI, da Lei n. 9.784/99, é vedada a cobrança de despesas 
processuais, salvo as previstas em lei. 
 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, 
ressalvadas as previstas em lei; 
 
A alternativa “e” está errada. Os interessados poderão, 
conforme suas conveniências, ser representados por advogado. 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante 
a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam 
assegurados: 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 40 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e 
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus 
direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos 
administrativos em que tenha a condição de interessado, 
ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes 
da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo 
órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por 
advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
12. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) 
Nos processos administrativos, na forma preconizada pela Lei 
n° 9.784/1999, serão observados, entre outros, os critérios de 
a) atendimento a fins de interesse geral, com possibilidade de renúncia 
parcial de poderes ou competências, ainda que sem autorização legal. 
b) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta 
o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
c) objetividade no atendimento do interesse público, sendo possível a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades. 
d) adequação entre meios e fins, com possibilidade de imposição de 
obrigações em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público. 
e) proibição de cobrança, em qualquer hipótese, de despesas 
processuais. 
 
Comentário: 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques41 
Alternativa “a” está errada, pois não poderá haver 
renúncia parcial de poderes ou competências. 
 
Alternativa “c” está errada porque não é permitida a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades. 
 
A alternativa “d” está errada, porque não há 
possibilidade de imposição de obrigações em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. 
 
E a alternativa “e” está errada porque poderá haver 
cobrança de despesas processuais quando prevista em lei, conforme 
inc. XI, parágrafo único, art. 2º da Lei nº 9.784/99. 
 
Assim, a alternativa “b” está correta. De fato, 
interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa 
de nova interpretação. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
13. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 14ª REGIÃO – FCC/2011) 
Nos termos da Lei no 9.784/99, que regula o processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, 
NÃO consiste em dever do administrado: 
a) proceder com lealdade. 
b) proceder com urbanidade. 
c) colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
d) expor os fatos conforme a verdade. 
e) fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado, salvo hipóteses 
excepcionais em que não se exige tal obrigação. 
 
Comentário: 
 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 42 
A Lei nº 9.784/99 dispõe expressamente que é direito do 
administrado ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, 
que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de 
suas obrigações. 
 
Também lhe é garantido o direito de ter ciência da 
tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição 
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas, bem como de formular 
alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
 
Ademais, a lei lhe confere o direito de se fazer assistir, 
facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei. 
 
É importante dizer que além dos direitos, também 
os administrados terão deveres (art. 4º), os quais 
compreendem: I – expor os fatos conforme a verdade; II – proceder 
com lealdade, urbanidade e boa-fé; III – não agir de modo 
temerário; IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e 
colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
 
Assim, dentre as alternativas, não se insere entre os 
deveres, fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado, salvo 
hipóteses excepcionais em que não se exige tal obrigação, na medida 
em que se trata de faculdade (direito) do administrado, conforme art. 
3º, inc. IV, assim expresso: 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam 
assegurados: 
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que 
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de 
suas obrigações; 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 43 
II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em 
que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter 
cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas; 
III – formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente; 
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
quando obrigatória a representação, por força de lei. 
 
Gabarito: “E” 
 
 
14. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 20ª REGIÃO 
– FCC/2011) Considere: 
I. Cobrança de despesas processuais. 
II. Divulgação oficial dos atos administrativos. 
III. Fazer-se assistir obrigatoriamente por advogado. 
No processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal 
(Lei nº 9.784/1999), vigora como regra, o que consta APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está errada. É que, dentre os critérios 
previstos no art. 2º, par. único, Lei nº 9.784/99, consta: “XI – proibição 
de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei 
(gratuidade)”. 
 
A assertiva III está errada, pois o administrado tem o 
direito de “IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
quando obrigatória a representação, por força de lei”. 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 44 
 
Assim, a assertiva II está correta. De acordo com o art. 
2º, parágrafo único, inc. V, da Lei 9.784/99 é critério adotado no 
processo administrativo a “divulgação oficial dos atos administrativos, 
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição”. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
15. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 20ª REGIÃO – FCC/2011) 
Segundo a Lei no 9.784/1999, que regula o processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, é 
direito dos administrados: 
a) não agir de modo temerário. 
b) prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o 
esclarecimento dos fatos. 
c) expor os fatos conforme a verdade. 
d) proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé. 
e) fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
 
Comentário: 
 
Conforme observamos, são direitos dos administrados, 
sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, conforme 
estabelece o art. 3º da Lei nº 9.784/99, os seguintes: 
 
Art. 3º 
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, 
que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o 
cumprimento de suas obrigações; 
II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos 
em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, 
obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as 
decisões proferidas; 
Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet
WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
AULA 05 – Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 45 
III – formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente; 
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
quando obrigatória a representação, por força de lei. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
16. (FCC/2012 – TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA) 
A Lei no 9.784/99 traz um rol de direitos do administrado, 
perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam 
assegurados. Sobre esse assunto, considere as seguintes 
afirmações: 
I. Contar com a inércia da Administração, que só pode agir, na 
condução do processo, mediante provocação dos interessados. 
II. Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que 
tenha a condição de interessado, ter vista dos autos e retirá-los

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes