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direito administrativo aula 00

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ANVISA 
 
AGÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
 
 
 
TÉCNICO 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 00 
 
DEMONSTRATIVA 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
 
 
 
Olá! 
 
Bem-vindo ao nosso curso de Direito Administrativo, teoria e 
exercícios, voltado para o concurso do Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária - ANVISA. 
 
Antes de dizer como será nosso curso, deixe-me fazer uma breve 
apresentação, especialmente para aqueles que ainda não me 
conhecem. 
 
Sou o Professor Edson Marques, sou de Brasília, e ocupo o cargo de 
Defensor Público Federal, com atuação no Superior Tribunal de 
Justiça. Sou professor de Direito Administrativo e Direito Constitucional 
em cursos preparatórios para concursos, graduação e pós-graduação 
em Brasília nas cadeiras. Ocupei os cargos de Advogado da União, 
Analista Judiciário no STJ e STF, Técnico Judiciário no STJ, Técnico de 
Finanças e Controle no Min. Fazenda. Obtive, ainda, aprovação em 
diversos outros certames, tal como Procurador da Fazenda Nacional, 
Delegado de Polícia Federal, Advogado Junior da CEF, Técnico 
Judiciário TST, Analista Judiciário – Execução de Mandados do TRF 1ª 
Região e do TJDFT, dentre outros. 
 
E o nosso curso? Bem, em relação ao nosso curso, gostaria de enfatizar 
que trarei as questões de diversas bancas, pois o universo do Instituto 
Cetro, banca que organizou o concurso anterior é bem limitado, e 
teremos 07 (sete) aulas, além desta demonstrativa, assim 
compreendidas: 
 
Aula 01: 3. Administração Pública: princípios, espécies, formas e 
características. 4. Administração Pública direta e indireta; 4.1 
Autarquias; 4.2 Empresas públicas, sociedade de economia mista e 
fundações públicas; 4.3 Agências Reguladoras. 
 
Aula 02: 5. Poderes Administrativos: poder regulamentar, poder de 
polícia, poder vinculado e poder discricionário. 
 
Aula 03: 2. Lei nº 9.784/1999 e suas alterações – Regula o processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. 
 
Aula 04: 8. Lei nº 8.666/1993 (1ª Parte: Licitações). 
 
Aula 05: 8. Lei nº 8.666/1993 (2ª Parte: Contratos). 
 
Aula 06: 1. Lei nº 8.112/1990 e suas alterações – Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais. (1ª parte) 
 
Aula 07: 1. Lei nº 8.112/1990 e suas alterações – Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais. (2ª parte) 6. Ética e função 
pública: Código de Ética Profissional do Serviço Público – Decreto nº 
1.171/1994 e suas alterações – Aprova o Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 7. Lei nº 
10.871/2004 e suas alterações – Dispõe sobre a criação de carreiras 
e organização de cargos efetivos das autarquias especiais 
denominadas Agências Reguladoras, e dá outras providências. 9. 
Acesso à informação: Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 e 
Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012 
 
Nesta aula vou abordar, a título de introdução e demonstração, dois 
institutos que são bastantes cobrados nas provas, vamos falar da 
desconcentração e da descentralização que faz parte da organização 
administrativa (administração centralizada e descentralizada). 
 
Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa. 
 
Bons estudos e grande abraço, 
 
Prof. Edson Marques 
 
 
 
 
 
 
 
S U M Á R I O 
 
1. Organização Administrativa .............................................................. 5 
1.1 Desconcentração e Descentralização política ................................. 5 
1.2 Desconcentração e Descentralização Administrativa ................... 11 
2. QUESTÕES COMENTADAS ............................................................... 16 
3. QUESTÕES SELECIONADAS ............................................................. 31 
4. GABARITO: ...................................................................................... 36 
 
 
 
1. Organização Administrativa 
 
1.1 Desconcentração e Descentralização política 
 
É sabido que o Estado, instituição política, foi criado 
para cuidar dos interesses coletivos. Por isso, devemos considerá-lo 
como sendo o 1º setor, visto ser uma das primeiras instituições 
criadas pelo homem. 
 
No Estado, 1º setor, como regra, tem-se a submissão ao 
regime de direito público (regime especial), a prevalência do interesse 
público (supremacia do interesse público sobre o privado), bem como 
a indisponibilidade desse interesse. Por tudo isso, dizemos que se trata 
de setor público, de modo que as pessoas que são criadas neste setor 
são pessoas jurídicas de direito público. 
 
Com efeito, o Estado (1º setor) é compreendido como 
um ente político. Isto é, trata-se de uma pessoa jurídica, 
politicamente organizada, de modo a contemplar três elementos 
essenciais, sendo povo, território e soberania ou governo. Há 
quem ainda inclua a finalidade. 
 
Essa definição parte dos estudos formulados por 
Montesquieu, para quem o Estado, organização política, é concebido 
para bem promover os interesses coletivos (finalidade) e, portanto, ser 
democrático. 
 
E, para isso, deve o Estado contemplar a existência da 
separação de poderes, ou seja, não pode haver a concentração de 
funções (Poder) ou atividades em um único órgão ou pessoa, 
sob pena desse Estado se tornar absolutista. 
 
Por isso, formulou Montesquieu a chamada separação de 
poderes estatais, que fora adotada por nossa Constituição (tripartição 
de poderes), ao prevê a existência de funções distintas a ser conferida 
a órgãos distintos do Estado, ou seja, ao Executivo, Legislativo e 
Judiciário. 
 
Esse processo, de separar poderes, criando órgãos 
distintos para realizar cada uma de suas funções políticas é 
denominado de desconcentração política. 
 
LEMBRE-SE: O Estado é uma organização política, dotada de 
personalidade jurídica de direito público, que, modernamente, 
congrega três funções ou poderes (Legislativo, Judiciário e 
Executivo). 
 
Perceba que a função executiva também é 
denominada administrativa e, por isso, muitas vezes se confunde o 
Poder Executivo com a Administração Pública. Todavia essa 
simplificação não é correta na medida em que a Administração Pública 
se encontra inserida nos três poderes, conforme se constata do art. 37, 
caput, da Constituição Federal: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
 
Explico Isso. 
 
É que, muito embora haja essa divisão de funções 
(legislativa, executiva e judiciária), sendo cada função exercida de 
forma primordial ou principal por um órgão independente (além de 
seus órgãos auxiliares), ou seja, como função típica, é possível 
verificar que há funções atípicas ou anômalas, que também serão 
exercidas concomitantemente por tais órgãos de Poder. 
 
Observe que cada função é exercida por órgãos 
especiais definidos como Poder Executivo, Poder Judiciário e 
Poder Legislativo, significando dizer que um não está subordinado 
aos outros (independentes), tendo suas limitações e prerrogativas 
conferidas constitucionalmente, mas, por outro lado, um controle o 
outro (harmônicos = check and balance – sistema de freios e 
contrapesos). 
 
Então, vale ressaltar que cada Poder (órgão que 
exerce a função política do Estado) além de sua função típica 
(finalística),exerce outras funções, de forma atípica ou 
anômala. 
 
Por exemplo, ao Poder Executivo cabe o exercício da 
função típica administrativa, que é de gerir a máquina estatal, realizar 
os serviços públicos e concretizar as políticas públicas, dentre outras 
atividades. No entanto, também cabe, de forma atípica, o exercício das 
funções legislativas (tal como a edição de Medidas Provisórias, leis 
delegadas etc) e de julgar1 (condução de processos administrativos 
etc). 
 
Por outro lado, aos demais Poderes, isto é, ao Legislativo 
e ao Judiciário caberá o exercício de forma atípica ou anômala das 
funções que seriam funções típicas de outro poder. 
 
Assim, além de legislar e fiscalizar os gastos públicos, ao 
Legislativo cabe realizar a organização e funcionamento de suas 
atividades (função administrativa), bem como julgar os parlamentares 
por falta de decoro ou, no âmbito do Senado, por exemplo, julgar o 
Presidente por crime de responsabilidade (função judiciária). 
 
De igual forma, ao Poder Judiciário, além de dizer o 
direito no caso concreto, promovendo a pacificação social, resolvendo 
os conflitos de interesse (função judiciária), também terá que gerir 
seus serviços, seus servidores, realizar concursos, licitações etc 
1 Parte da doutrina não admite o exercício da função jurisdicional por parte do Executivo, sob o fundamento 
de que suas decisões, em processos administrativos, não teriam a força de coisa julgada, ou seja, não seria 
definitiva, ante a possibilidade de revisão pelo Judiciário. 
(função administrativa) e elaborar seu regimento interno e expedir 
resoluções administrativas (função legislativa). 
 
Por isso, ante essa complexidade de atuações e as 
inúmeras atividades que devem desempenhar o Estado, além de suas 
funções primordiais (poderes), é necessária uma organizada estrutura 
administrativa a fim de promover seus objetivos. 
 
Nesse sentido, e como já ressaltamos, foi estabelecida 
essa divisão de funções entre os três órgãos ou poderes 
(desconcentração política). 
 
Porém, no nosso caso, é possível percebermos que esses 
órgãos estão na estrutura de um Ente Político que, conforme a 
Constituição Federal, chama-se República Federativa do Brasil. 
 
Observe então que nosso Estado (República Federativa 
do Brasil), antes constituído como um Império deixou de ser um 
Estado Central, ou seja, aquele que não tem divisão política 
interna de competências, para ser uma Federação. 
 
Significa dizer, portanto, que promoveu uma distribuição 
de competências entre outros Entes Políticos internos. (Forma de 
Estado: Federativa) 
 
Cuidado. 
 
Você deve perceber que temos dois momentos distintos. 
Um quando se repartiu o Poder, criando funções distintas e conferindo-
as a órgãos distintos. Outro, quando o Estado, antes central, reparte-
se em unidades políticas internas com competências próprias. 
 
Podemos fazer o seguinte esquema: 
 
 
 
 
Sem divisão (absoluto) 
 
Concentrado 
  Poder 
 Dividido (separação) Desconcentrado 
Estado 
 Sem divisão (Unitário) Centralizado 
  Território 
 Dividido (federação) Descentralizado 
 
Com efeito, essa distribuição de competências entre 
unidades políticas distintas do Ente Central (R. F. Brasil), ou seja, a 
criação da Federação decorre da necessidade de aproximar a realização 
das atividades Estatais ao povo. 
 
Isso porque o Estado centralizado, na dimensão do 
nosso, torna-se mais lento, com dificuldades de atender aos reclamos 
populares e a necessidade de se promover determinados serviços 
públicos. 
 
Por isso, empreendeu-se uma repartição (territorial) 
de atribuições – competências políticas -, criando-se outros 
entes políticos, o que se denomina de descentralização política. 
 
Importante compreender que essa descentralização é 
realizada por força da Constituição, conforme a criação dos Entes 
Federados, nos moldes do art. 18 da CF/88, sendo: a União, os 
Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios. Vejamos: 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
 
Então, vamos relembrar: 
 
O Estado (República Federativa do Brasil) exerce 
três funções primordiais por órgãos criados para isso 
(desconcentração política). Funções que integrarão as 
competências distribuídas aos entes políticos internos que 
foram criados para exercer tais competências que decorrem do 
Ente central (descentralização política). 
 
Logo se percebe que o exercício da função 
administrativa é concebido para ser realizado pelo Estado ou 
seus entes políticos internos. Desse modo, quando o Estado ou os 
entes políticos internos estão exercendo a função administração serão 
chamados de Administração Pública. 
 
Ocorre que o Estado Central (República Federativa do 
Brasil) passa a atuar no campo externo (internacional), deixando que 
no campo interno atuem seus entes políticos (Estado descentralizado). 
Assim, quando os entes políticos atuam internamente é o próprio 
Estado quem estará realizando diretamente a função administrativa. 
 
Nesse sentido é que o Decreto-Lei nº 200/67, em que 
pese não se atentar para o exercício de funções atípicas pelos demais 
poderes e tratando apenas do plano federal, estabeleceu o conceito de 
Administração Pública Direta, vejamos: 
 
Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços 
integrados na estrutura administrativa da Presidência da 
República e dos Ministérios. 
 
Portanto, a Administração Pública Direta compreende 
os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-membros, 
Distrito Federal e Municípios, todos com personalidade jurídica 
de direito público à semelhança do Estado Central (República 
Federativa do Brasil) no exercício da função administrativa. 
 
Pois bem. Podemos concluir o seguinte: 
 
O Estado inicialmente concentrado e centralizado 
reparte internamente suas funções políticas entre órgãos de poder 
denominados Executivo, Legislativo e Judiciário (desconcentração 
política), depois se reparte em diversos entes políticos a fim de dividir, 
distribuir a titularidade de certas competências e o exercício de suas 
atribuições, criando a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e 
os Municípios (descentralização política). 
 
1.2 Desconcentração e Descentralização Administrativa 
 
É certo que, olhando isoladamente cada ente político, 
temos uma representação menor do próprio Estado. Assim, cada ente 
no exercício da função administrativa, ou seja, atuando como 
Administração Pública, o faz de igual modo ao Estado central. 
 
Por isso, na configuração inicial do modelo federativo, 
devemos entender também que cada ente político que compõe o 
Estado exerce de forma centralizada a função administrativa, 
de maneira que a Administração Pública Direta também se 
denomina de centralizada (administrativamente). 
 
Significa dizer que a cada ente político fora distribuída 
uma gama de competências administrativas pelo Ente Central 
(República Federativa do Brasil), a exemplo dos arts. 22 a 24 da CF/88, 
e que estes mesmos entes políticos, diretamente, deverão exercê-las. 
Então, vistos isoladamente são entes centralizados (só que aqui se 
trata de uma centralização administrativa). 
 
Ademais, também devemos nos ater que, nesse 
momento, tínhamos apenas a repartição de funções política (poderes). 
Assim, o ente político, criado pelo Ente central, é criado paraexercer 
parte da função administrativa como um todo, ou seja, sem qualquer 
organização ou distribuição interna (concentração administrativa). 
 
Ocorre que, como sabemos, são amplas as atividades 
administrativas a serem exercidas. Dessa forma, tais entes políticos a 
fim de agirem organizadamente e obterem uma atuação satisfatória, 
verificam a necessidade de separação, distribuição, dessas atividades. 
 
Observe que os ente políticos são pessoas jurídicas de 
direito público e, por isso, devem organizar-se como seres vivos, de 
modo a realizar suas funções por meio de estrutura organizacionais 
internas, a fim de que possam distribuir suas funções, competências, 
ou atividades administrativas no seu interior. 
 
Para tanto, criarão repartições, departamentos, setores, 
quer dizer órgãos, os quais receberão atribuições inerentes à própria 
pessoa, de modo que cada um tenha funções específicas e, assim, 
possa a engrenagem funcionar de forma coordenada a fim de realizar 
sua finalidade. 
 
Essa necessidade de organização interna da atividade 
administrativa, a fim de melhor desempenhá-la, distribuindo-a através 
da criação de órgãos em uma mesma estrutura interna denomina-se 
desconcentração administrativa. 
 
Portanto, a desconcentração administrativa é a 
distribuição interna de competências, com a criação de órgãos 
dentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade), 
para desempenhá-las. 
 
Assim, a Administração Pública Direta ou centralizada 
cria órgãos, ou seja, núcleos de atuação interna em que são 
distribuídas as diversas competências. 
 
Então, opera-se a desconcentração administrativa 
quando há a repartição interna da função administrativa num mesmo 
ente (pessoa jurídica) ou numa mesma entidade. 
 
Veja o que dispõe o art. 1º, parágrafo único, inciso I, da 
Lei nº 9.784/99: 
 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta; 
 
É importante lembrar que o órgão, departamento, 
setor, é uma parte do ente que o criou, de maneira que não tem 
vida própria, ou seja, não se trata de uma pessoa jurídica, não 
detém, portanto, personalidade jurídica. 
 
É sabido, no entanto, que somente tal repartição interna 
não consegue atingir todos os interesses e serviços que o Estado deve 
realizar de forma rápida e com a especialidade que às vezes o caso 
requer. Isso porque, mesmo organizado internamente, continuamos a 
ter uma única pessoa a realizar o complexo de atividades 
administrativas. 
 
Por isso, tendo como parâmetro aquilo que havia sido 
empreendido pela própria Constituição em dado momento 
(descentralização política) e considerando, pois, a necessidade de 
melhor realizar as funções administrativas, concebe-se nova 
descentralização, agora não mais sob a vertente política 
(constitucional), mas sob a ótica administrativa. 
 
Sabendo, pois, que a descentralização política deu 
surgimento aos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios), a 
descentralização administrativa dará surgimento a entidades 
administrativas. 
 
É preciso ficar atento, no entanto, pois há mais de uma 
forma de descentralização administrativa, sendo uma delas a que dá 
ensejo à criação de entidades administrativas. 
 
Lembre-se: 
 O (Oncentração) distribuição p/órgãos 
DESC 
 E (Entralização) distribuição p/entidades 
 
 
Portanto, a descentralização administrativa é a 
distribuição de competências entre pessoas jurídicas distintas 
(entidades administrativas), dando ensejo à criação da 
Administração Pública Indireta. 
 
Contudo, há outras formas de descentralização 
administrativa, ou seja, de distribuição de competências materiais 
entre pessoas jurídicas distintas, de modo que podemos organizá-la 
sob três modalidades distintas, sendo: 
 
 Descentralização territorial ou geográfica; 
 Descentralização técnica, funcional ou por serviço; 
 Descentralização por colaboração. 
 
A descentralização geográfica ou territorial é 
aquela em que há a criação de um ente dentro de certa localidade 
territorial, geograficamente delimitado, com personalidade jurídica de 
direito público para exercício, de forma geral, de todas ou de uma 
grande parcela de atividades administrativas (capacidade 
administrativa genérica). 
 
Essa forma de descentralização configura, basicamente, 
um Território Federal, com capacidade de autoadministração e às 
vezes até legislativa, conforme se depreende do art. 33, §3º, CF/88 ao 
estabelecer que “nos Territórios com mais de cem mil habitantes, além 
do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos 
judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério 
Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições 
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa”. 
 
A descentralização por serviços, funcional ou 
técnica se dá por meio da criação de uma pessoa jurídica pelo ente 
político, para a qual este outorga, isto é, transfere, por lei, certa 
atividade administrativa específica. (exemplo: criação de entidades da 
administração indireta) 
 
A descentralização por colaboração ocorre com a 
delegação da execução de certa atividade administrativa (serviço 
público) para particular, que a executará por sua conta e risco, 
mediante remuneração, por meio de contrato ou ato administrativo. 
(Exemplo: concessionárias e permissionárias de serviço público) 
 
Assim, no âmbito da descentralização administrativa 
teremos dois institutos importantes, a outorga (descentralização 
legal) e a delegação (descentralização negocial ou contratual). 
 
Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere, 
por lei, o exercício de determinada atividade administrativa, de modo 
que se torne especialista nesse ramo. 
 
Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato 
administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço 
público para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender 
ao interesse público. 
 
É isso, por ora! vamos às questões. 
 
 
2. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o 
fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha 
algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. 
 
Comentário: 
 
O Estado é uma pessoa jurídica. Assim, quando essa 
pessoa distribui competências para outra pessoa, teremos a 
descentralização, que poderá ser política (distribui para outros entes 
políticos) ou administrativa (distribui para entidades administrativas). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas 
diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes 
administrativos que compõem sua estrutura funcional. 
 
Comentário: 
 
O fato de o Estado exercer suas funções por meio de 
diversos órgãos é o fenômeno da desconcentração, que ocorre no 
âmbito interno de uma mesma pessoa. 
 
No entanto, mesmo desconcentrado, o ente está 
centralizado, pois nada se menciona sobre a criação de outras 
entidades. 
 
Com efeito, a centralização é o movimento inverso da 
descentralização. Então, enquanto na descentralização temos duas ou 
mais pessoas. Na centralização temos uma só pessoa, que pode ou não 
estar desconcentrada. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A chamada 
centralização desconcentrada é a atribuição administrativa 
cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em 
diversos órgãos. 
 
Comentário:Na centralização temos uma só pessoa que exerce suas 
funções. Pode, essa pessoa, estar desconcentrada (ter diversos 
órgãos) ou concentrada (não ter diversos órgãos, ou seja, não ter 
divisão interna de suas atribuições entre órgãos). 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O 
instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam 
distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única 
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura 
organizacional. Assim, concentração refere-se à administração 
direta; já desconcentração, à indireta. 
 
Comentário: 
 
De fato, a desconcentração permite que as atribuições 
sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única 
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura 
organizacional. 
 
Contudo, concentração/desconcentração tanto podem 
ser referir à administração direta ou à indireta, pois se trata de 
organização interna no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) 
Para que ocorra a descentralização administrativa, é 
necessária, pelo menos, a existência de duas pessoas. 
 
Comentário: 
 
A descentralização administrativa pressupõe sempre a 
existência de duas ou mais pessoas, enquanto a desconcentração 
pressupõe uma só pessoa. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o 
Estado cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade 
jurídica para propiciar melhorias em sua organização, ocorre o 
que se denomina desconcentração. 
 
Comentário: 
 
A criação de pessoa jurídica pelo Estado distribuindo-lhe 
função administrativa é o fenômeno da descentralização. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – 
CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre quando 
se distribuem competências materiais entre unidades 
administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas. 
 
Comentário: 
 
Na descentralização administrativa ocorre a distribuição 
de competências de uma pessoa jurídica para outra. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – 
CESPE/2010) A criação de um ministério na estrutura do Poder 
Executivo federal para tratar especificamente de determinado 
assunto é um exemplo de administração descentralizada. 
 
Comentário: 
 
Observe que os ministérios são órgãos integrantes da 
estrutura da União, pessoa jurídica de direito público. Portanto, quando 
se cria órgãos na estrutura de uma pessoa, estamos desconcentrando, 
e com isso diante da administração desconcentrada. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação 
de nova secretaria por governador de estado caracteriza 
exemplo de descentralização. 
 
Comentário: 
 
Então, a criação de uma secretaria de estado, isto é, 
criação de um órgão no âmbito da Administração direta, é um exemplo 
de desconcentração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
10. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) 
Diferentemente da descentralização, em que a transferência de 
competências se dá para outra entidade, a desconcentração é 
processo eminentemente interno, em que um ou mais órgãos 
substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a 
prestação do serviço público. 
 
Comentário: 
 
Na descentralização a transferência de competências se 
dá para outra entidade, enquanto na desconcentração, por ser um 
processo eminentemente interno, um ou mais órgãos substituem outro 
com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
delegação é forma de efetivação da desconcentração. 
 
Comentário: 
 
No âmbito da descentralização administrativa teremos 
dois institutos importantes, a outorga (descentralização legal) e a 
delegação (descentralização contratual ou negocial). 
 
Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere, 
por lei, o exercício de determinada atividade administrativa, de modo 
que se torne especialista nesse ramo. Ressalva-se, no entanto, o 
entendimento do Prof. Carvalho Filho, para quem na outorga não há 
transferência da titularidade, mas da prestação do serviço que é feita 
por lei. 
 
Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato 
administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço 
público para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender 
ao interesse público. 
 
Portanto, a outorga e a delegação são formas de 
descentralização. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – 
CESPE/2011) A desconcentração mantém os poderes e as 
atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao 
passo que a descentralização os transfere para outro sujeito de 
direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos 
titulares de poderes públicos. 
 
Comentário: 
 
De fato, a desconcentração mantém os poderes e as 
atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, pois se 
trata de distribuição de atribuições no âmbito de uma mesma pessoa 
jurídica. 
 
Contudo, na descentralização administrativa poderá 
(outorga) ou não (delegação) haver a transferência da titularidade para 
outro sujeito de direito, distinto e autônomo. 
 
Assim, embora haja divergência doutrinária quanto à 
transferência da titularidade no caso de outorga, essa não ocorrerá no 
caso de delegação, pois somente se transfere a execução da atividade, 
motivo pelo qual a questão deveria ser considerada errada, já que a 
descentralização administrativa não se resume à descentralização 
funcional, por serviço ou técnica. 
 
Nisso, chamo a atenção para que se tome muito cuidado, 
pois o CESPE, a depender do examinador, tem assumido posições 
contraditórias, ou seja, uma parte da Banca assume a posição de que 
transfere a titularidade (linha da Di Pietro) e outra parte assume a 
posição de que não se transfere a titularidade (linha do Carvalho Filho). 
 
Portanto, entendo que a questão deveria ter sido 
anulada, mas o CESPE a considerou correta. 
 
Gabarito: Certo. (*) 
 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 
STM – CESPE/2011) Quando o Estado processa a 
descentralização do serviço público por delegação contratual, 
ocorre apenas a transferência da execução do serviço. Quando, 
entretanto, a descentralização se faz por meio de lei, ocorre a 
transferência não somente da execução, mas também da 
titularidade do serviço, que passa a pertencer à pessoa jurídica 
incumbida de seu desempenho. 
 
Comentário: 
 
Aqui o CESPE adotou o posicionamento do Carvalho 
Filho, que entende que na descentralização administrativa 
(descentralização legal ou outorga) também não há a transferência da 
titularidade, pois foi conferida ao ente político pela Constituição. 
 
Portanto, para o prof. Carvalho Filho, a outorga também 
só ocorrerá a transferência da prestação do serviço público, 
distinguindo-se da delegação no que diz respeito ao ato que determina 
a transferência, que no caso da outorga ocorre por lei. 
 
Lembre-se, no entanto, como disse, que a 
posicionamento majoritário na doutrina é no sentido de que na outorga 
há a transferência da titularidade e da prestação do serviço. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
14. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
descentralização pode ser feita por meio de outorga ou 
delegação, meios de que dispõe o poder públicopara transferir, 
por tempo determinado, a prestação de determinado serviço 
público a ente público ou a particular. 
 
Comentário: 
 
Com efeito, não restam dúvidas de que a 
descentralização pode ocorrer mediante outorga (por lei) ou por 
delegação (por contrato ou ato administrativo), de modo a transferir a 
prestação de determinado serviço público a ente administrativo ou a 
particular, contudo, poderá ser por prazo determinado (contrato) ou 
não (outorga). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
15. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A 
descentralização administrativa efetiva-se por meio de outorga 
quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, 
determinado serviço público. 
 
Comentário: 
 
A descentralização administrativa efetiva-se por meio de 
outorga, ou seja, quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, 
por lei, determinado serviço público. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa 
política ou uma entidade da administração indireta distribui 
competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar 
mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a 
prestação de serviços. 
 
Comentário: 
 
Na descentralização administrativa temos duas ou mais 
pessoas. Portanto, quando ente (pessoa política) ou uma entidade 
(pessoa administrativa) distribui competência na sua própria estrutura, 
trata-se de desconcentração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização é a situação em que o Estado executa suas 
tarefas indiretamente, por meio da delegação de atividades a 
outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura interna da 
pessoa jurídica descentralizadora. 
 
Comentário: 
 
Quando ocorre a delegação de atividades no âmbito da 
própria pessoa jurídica descentralizadora a outros órgãos 
despersonalizados temos a desconcentração administrativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
18. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A 
administração indireta abrange o conjunto de pessoas 
administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o 
objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as 
atividades administrativas. 
 
Comentário: 
 
De fato, a Administração indireta abrange o conjunto de 
pessoas (entidades) administrativas, vinculadas à Administração 
direta, que têm por objetivo desempenhar, de forma descentralizada, 
as atividades administrativas. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
19. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
administração direta compreende os órgãos que integram as 
pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência 
para exercício, de forma descentralizada, das atividades 
administrativas. 
 
Comentário: 
 
De fato, a Administração direta compreende os órgãos 
que integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui 
competência para exercício das atividades administrativas. No entanto, 
de forma desconcentrada já que se trata de órgãos que compõem a 
mesma estrutura ou pessoa jurídica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A 
criação de uma autarquia para executar determinado serviço 
público representa uma descentralização das atividades 
estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição 
de lei específica para esse fim. 
 
Comentário: 
 
Então, a criação de qualquer entidade administrativa, ou 
seja, da própria Administração Pública indireta, é uma forma de 
descentralização. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A 
transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato 
administrativo unilateral, apenas da execução de determinado 
serviço público a pessoa jurídica de direito privado corresponde 
à descentralização por serviços, também denominada 
descentralização técnica. 
 
Comentário: 
 
A descentralização pode ser: a) por serviço, técnica ou 
funcional; b) geográfica ou territorial; c) por colaboração. Com efeito, 
quando a descentralização ocorrer por meio de contrato ou ato 
administrativo unilateral, para pessoa jurídica de direito privado, para 
que execute determinado serviço público, teremos a 
descentralização por colaboração, mediante o instituto da 
delegação. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
descentralização administrativa não admite a desconcentração 
territorial, material e hierárquica. 
 
Comentário: 
 
A descentralização, ou seja, a criação de outras 
entidades, não impede que ocorra nelas a desconcentração. Com 
efeito, a desconcentração pode ocorrer no âmbito da Administração 
direta, quanto na indireta, isto é, nas entidades administrativas. 
 
Outrossim, vale destacar que a criação de órgãos (ou 
seja, a desconcentração) pode assumir o critério territorial (cria-se 
órgão em razão da localização, por exemplo: criação de Varas no 
interior do Brasil, na região Norte), o material (define-se o órgão pela 
atividade a ser realizada – Ministério da Agricultura, Ministério da 
Fazenda etc) ou pelo critério hierárquico (o órgão é criado dentro de 
uma estrutura de subordinação, então temos órgão autônomo, 
independente, superior e de execução ou subalterno). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A 
organização das competências da União em ministérios é 
exemplo de desconcentração material. 
 
Comentário: 
 
De fato, a organização da União, distribuindo funções em 
pastas ou Ministérios, é uma forma de desconcentração material. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
criação de uma diretoria no âmbito interno de um tribunal 
regional eleitoral (TRE) configura exemplo de descentralização 
administrativa. 
 
Comentário: 
 
A criação de uma diretoria no âmbito interno de um TRE 
é uma forma de desconcentração, pois se trata da criação de um órgão 
interno. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As 
autarquias são entidades administrativas autônomas, criadas 
por lei específica, com personalidade jurídica, patrimônio e 
receita próprios, resultantes da desconcentração do exercício 
das atividades públicas. 
 
Comentário: 
 
Uma autarquia é exemplo de descentralização 
administrativa, uma vez que se trata de uma pessoa jurídica distinta 
do ente político. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na 
desconcentração, o Estado executa suas atividades 
indiretamente, mediante delegação a outras entidades dotadas 
de personalidade jurídica. 
 
Comentário: 
 
A delegação das atribuições estatais a outras entidades 
dotadas de personalidade jurídica ocorre por descentralização 
administrativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
27. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma das 
diferenças entre a desconcentração e a descentralização 
administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e 
naquela há o mero controle entre a administração central e o 
órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico. 
 
Comentário: 
 
É o contrário. Na descentralização por se tratar de 
pessoas jurídicas distintas não há hierarquia, existindo vinculação e, 
portanto, mero controle da administração central (controle finalístico 
ou de resultado). 
 
Na desconcentração, por outro lado, trata-se de criação 
de estrutura hierarquizada. 
 
Gabarito: Errado.28. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A 
desconcentração administrativa consiste na distribuição 
interna de competências, no âmbito de uma mesma pessoa 
jurídica; a descentralização administrativa pressupõe a 
distribuição de competência para outra pessoa, física ou 
jurídica. 
 
Comentário: 
 
Na desconcentração temos distribuição interna de 
competências no âmbito de uma mesma pessoa e na descentralização 
essa distribuição ocorre entre pessoas distintas. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A 
desconcentração e a descentralização administrativas 
constituem institutos jurídicos idênticos. 
 
Comentário: 
 
Os dois institutos têm finalidades parecidas, isto é, 
servem para organizar a Administração Pública. No entanto, a 
desconcentração é instrumento de organização interna, no âmbito da 
mesma pessoa, enquanto a descentralização é externa, de uma pessoa 
para outra. Portanto, são institutos jurídicos distintos. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT – 
CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão 
relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do 
centro para a periferia, ao passo que desconcentração e 
descentralização associam-se à transferência de tarefas da 
periferia para o centro. 
 
Comentário: 
 
A ideia de distribuição de atribuições do centro para a 
periferia dá a noção, sensação, de desagregação, de distribuição, de 
expansão, de separação. Portanto, trata-se de fenômeno que parte do 
centro para as extremidades, ou seja, descentralizada ou 
desconcentra. 
 
Já a noção inversa, ou seja, da periferia para o centro 
tende a denotar uma agregação, uma junção, portanto, temos a noção 
de concentrar e centralizar. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
 
3. QUESTÕES SELECIONADAS 
 
1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o 
fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha algumas 
de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. 
 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A centralização é 
a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por 
intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que 
compõem sua estrutura funcional. 
 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A chamada 
centralização desconcentrada é a atribuição administrativa cometida a 
uma única pessoa jurídica dividida internamente em diversos órgãos. 
 
4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O instituto 
da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas 
entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com 
vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, 
concentração refere-se à administração direta; já desconcentração, à 
indireta. 
 
5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) Para 
que ocorra a descentralização administrativa, é necessária, pelo 
menos, a existência de duas pessoas. 
 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o Estado 
cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade jurídica para 
propiciar melhorias em sua organização, ocorre o que se denomina 
desconcentração. 
 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A 
descentralização administrativa ocorre quando se distribuem 
competências materiais entre unidades administrativas dotadas de 
personalidades jurídicas distintas. 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A 
criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para 
tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de 
administração descentralizada. 
 
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação de nova 
secretaria por governador de estado caracteriza exemplo de 
descentralização. 
 
10. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Diferentemente da 
descentralização, em que a transferência de competências se dá para 
outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente interno, 
em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de 
melhorar e acelerar a prestação do serviço público. 
 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A delegação é 
forma de efetivação da desconcentração. 
 
12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – CESPE/2011) A 
desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade 
de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os 
transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando o 
número de sujeitos titulares de poderes públicos. 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM – 
CESPE/2011) Quando o Estado processa a descentralização do serviço 
público por delegação contratual, ocorre apenas a transferência da 
execução do serviço. Quando, entretanto, a descentralização se faz por 
meio de lei, ocorre a transferência não somente da execução, mas 
também da titularidade do serviço, que passa a pertencer à pessoa 
jurídica incumbida de seu desempenho. 
 
14. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização 
pode ser feita por meio de outorga ou delegação, meios de que dispõe 
o poder público para transferir, por tempo determinado, a prestação 
de determinado serviço público a ente público ou a particular. 
 
15. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A descentralização 
administrativa efetiva-se por meio de outorga quando o Estado cria 
uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público. 
 
16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa política ou 
uma entidade da administração indireta distribui competências no 
âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a sua 
organização administrativa e a prestação de serviços. 
 
17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas 
indiretamente, por meio da delegação de atividades a outros órgãos 
despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurídica 
descentralizadora. 
 
18. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A administração 
indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas 
à administração direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma 
descentralizada, as atividades administrativas. 
 
19. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A administração 
direta compreende os órgãos que integram as pessoas políticas do 
Estado, aos quais se atribui competência para exercício, de forma 
descentralizada, das atividades administrativas. 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A criação de uma 
autarquia para executar determinado serviço público representa uma 
descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se 
promove por meio da edição de lei específica para esse fim. 
 
21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A transferência 
pelo poder público, por meio de contrato ou ato administrativo 
unilateral, apenas da execução de determinado serviço público a 
pessoa jurídica de direito privado corresponde à descentralização por 
serviços, também denominada descentralização técnica. 
 
22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização 
administrativa não admite a desconcentração territorial, material e 
hierárquica. 
 
23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A organização 
das competências da União em ministérios é exemplo de 
desconcentração material. 
 
24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A criação de uma 
diretoria no âmbito interno de um tribunalregional eleitoral (TRE) 
configura exemplo de descentralização administrativa. 
 
25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As autarquias são 
entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, resultantes da 
desconcentração do exercício das atividades públicas. 
 
26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na 
desconcentração, o Estado executa suas atividades indiretamente, 
mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade 
jurídica. 
 
27. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma das 
diferenças entre a desconcentração e a descentralização administrativa 
é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há o mero controle 
entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo 
hierárquico. 
 
28. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A 
desconcentração administrativa consiste na distribuição interna de 
competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica; a 
descentralização administrativa pressupõe a distribuição de 
competência para outra pessoa, física ou jurídica. 
 
29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A desconcentração 
e a descentralização administrativas constituem institutos jurídicos 
idênticos. 
 
30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT – 
CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão 
relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do centro para 
a periferia, ao passo que desconcentração e descentralização 
associam-se à transferência de tarefas da periferia para o centro. 
 
 
 
 
4. GABARITO: 
01 E 11 E 21 E 
02 C 12 C* 22 E 
03 C 13 E 23 C 
04 E 14 E 24 E 
05 C 15 C 25 E 
06 E 16 E 26 E 
07 C 17 E 27 E 
08 E 18 C 28 C 
09 E 19 E 29 E 
10 C 20 C 30 E

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