Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
03/09/2013 1 Instituto Federal de Minas Gerais Campus Ribeirão das Neves Administração Financeira II MODELO CAPM Prof. Vander Ribeiro Almeida 11 e-mail: ribeirovander@hotmail.com twitter: @almeidavander Celular: (31) 9157-6557 Objetivos de aprendizagem: � Entender Risco e Retorno; � Compreender o risco e retorno de uma carteira de ativos; � Entender a derivação do beta (β); e � Modelo de precificação de ativos (CAPM). 2 Modelo CAPM Modelo CAPM Contextualização: Tratando-se de investimentos, e principalmente, no mercado de capitais a compreensão e consequente prevenção quanto aos riscos inerentes e retorno esperado, são instrumentos que norteiam a tomada de decisões de: Quanto... Quando... e Onde... investir!!! 3 Modelo CAPM Contextualização: existe a probabilidade de obtenção de significativos retornos sobre os investimentos, porem as probabilidades de perdas são significativas, sobretudo em transações com derivativos. 4 Modelo CAPM Contextualização: antes de aplicar as economias, o investidor precisa conhecer o preço de mercado do ativo no qual irá investir, sua capacidade de gerar futuros fluxos de caixa positivos, os riscos envolvidos, bem como o retorno esperado, para que o investimento seja atrativo. 5 Modelo CAPM Conceitos: � Carteira: grupo de ativos; � Risco: probabilidade de perda financeira; � Retorno: ganho ou perda total em um investimento em certo período; 6 03/09/2013 2 Modelo CAPM Conceitos: � Derivativos: valores mobiliários, cuja rentabilidade estão vinculadas a ativos que lhes servem de referência; � Probabilidade: chance de um dado evento acontecer; 7 Risco Variabilidade dos retornos associados a determinado ativo: � Um investimento que garante 20% de retorno ao ano representa risco? � E um investimento de R$ 100 mil, cujo retorno pode variar entre 0% e 50% de retorno ao ano? 8 GITMAN (2010) Retorno Retorno está relacionado a alguns fatores, como: � visão e oportunidade de negócio identificada pelo investidor; � cenário econômico nacional e internacional; � experiência do investidor; e � mensuração dos riscos. 9 Retorno O retorno sobre um investimento será quão maior quanto aos riscos relacionado. Investimentos nas bolsas de valores: existe a probabilidade de retornos significativos, podendo até mais que triplicar o capital investido, porem existe o risco de perdas na mesma proporção. 10 Retorno Calculando a taxa de retorno: Rt = FC + Pm – Po Po Onde: Rt = taxa de retorno efetiva, esperada. FC = fluxo de caixa recebido no período. Pm = preço de mercado (valor justo). Po = preço de aquisição do ativo (investimento). 11 Retorno Exemplo: Um equipamento foi adquirido por R$ 20.000 e tem valor de mercado de R$ 21.500. Gerou entradas de caixa (receitas) de R$ 800 no período, após imposto: Rt = FC + Pm – Po = 800 + 21.500 – 20.000 = 11,5% Po 20.000 12 03/09/2013 3 Retorno Exercício 1: Uma linha de montagem foi adquirida por R$ 250.000 e tem valor de mercado de R$ 210.500. Gerou entradas de caixa (receitas) de R$ 80.000 no período, após imposto: Rt = FC + Pm – Po = 80.000 + 210.500 – 250.000 = 16,2% Po 250.000 13 Retorno Exercício 2: Uma empresa adquirida por R$ 550.000 e tem valor de mercado de R$ 350.500. Gerou entradas de caixa (receitas) de R$ 190.000 no período, após imposto: Rt = FC + Pm – Po = 190.000 + 350.500 – 550.000 = -1,72% Po 550.000 14 Risco X Retorno 15 Taxa de Retorno Risco Beta x Kx Risco X Retorno 16 Taxa de Retorno Risco Beta x Beta y Ky Kx Risco X Retorno Geralmente os Administradores Financeiros são Avessos ao Risco, ou seja, requerem um retorno maior para compensar um aumento no risco. Assim, quanto maior o risco exigem-se ou esperam-se um maior retorno. 17 GITMAN (2010) Mensuração do Risco Para medir o Risco, faz-se necessária a realização de uma Análise de Cenários – quando são considerados vários resultados alternativos possíveis (cenários) para se ter uma noção da variabilidade dos retornos: pessimista – esperados – otimista 18 GITMAN (2010) 03/09/2013 4 Mensuração do Risco Assim, o risco dos ativos pode ser medido pela Amplitude dos retornos. Amplitude = cenário otimista – cenário pessimista Quanto maior a amplitude (variabilidade) maior será o risco 19 GITMAN (2010) Mensuração do Risco 20 GITMAN (2010) ANÁLISE DE CENÁRIOS - ATIVOS A e B INDICADORES ATIVO A ATIVO B Investimento Inicial 10.000 10.000 Estimativas de Retorno Anual: Pessimista 13% 7% Provável 15% 15% Otimista 17% 23% Amplitude 4% 16% Mensuração do Risco Probabilidade demonstra a chance de ocorrência de um evento ou cenário 21 GITMAN (2010) Mensuração do Retorno Com o propósito de mitigar riscos e ter uma expectativa realista dos retornos mais prováveis, será calculado o retorno médio anual: Rm = 1 (R1 + R2 + ... Rn) n Onde: Rm = retorno realizado de um título no ano (n) 22 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Mensuração do Retorno Retorno médio anual é a média aritmética dos retornos realizados de um investimento em cada ano. 23 GITMAN (2010) Mensuração do Retorno Exemplo: O retorno médio do S&P500 para os anos de 2002 a 2006 foram respectivamente: - 22,10%; 28,68%; 10,88%; 4,91% e 15,80% Rm = 1 (- 22,10 + 28,68 + 10,88 + 4,91 + 15,80) 5 Rm = 7,63% 24 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) 03/09/2013 5 Mensuração do Retorno Exercício 1: Calcule o retorno médio dos Títulos Corporativos para os anos de 2002 a 2006, que foram respectivamente: 11,18%; 9,23%; 6,51%; 7,76% e 4,14% Rm = 1 (11,18 + 9,23 + 6,51 + 7,76 + 4,14) 5 Rm = 7,76% 25 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Mensuração do Retorno Exercício 2: Calcule o retorno médio das Ações de baixa capitalização para os anos de 2002 a 2006, que foram respectivamente: 13,86%; 51,57%; 17,28%; 7,15% e 19,82% Rm = 1 (13,86 + 51,57 + 17,28 + 7,15 + 19,82) 5 Rm = 21,94% 26 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Mensuração do Retorno Exercício 3: Calcule o retorno médio da Treasury bill para os anos de 2002 a 2006, que foram respectivamente: 1,61%; 1,03%; 1,43%; 3,30% e 4,97% Rm = 1 (1,61 + 1,03 + 1,43 + 3,30 + 4,97) 5 Rm = 2,47% 27 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Mensuração do Retorno Variância (Var): mede a variabilidade dos retornos, que consiste na diferença dos retornos históricos em relação ao retorno médio (Rm) e elevando a diferença ao quadrado. Var (R) = 1 (R1 – Rm)² + (R2 – Rm)² + ... (Rn – Rm)² n – 1 28 Mensuração do Retorno Desvio padrão (σ): mede a dispersão em torno do valor esperado, ou seja, o retorno mais provável de um ativo. σ = raiz quadrada da Variância 29 GITMAN (2010) Mensuração do Retorno Exercício 1: Calcule a Variância e o Desvio padrão dos Títulos Corporativos para os anos de 2002 a 2006, que foram respectivamente: 11,18%; 9,23%; 6,51%; 7,76% e 4,14% Var (R) = 1 (R1 – Rm)² + (R2 – Rm)² + ... (Rn – Rm)² n – 1 30 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) 03/09/2013 6 Mensuração do Retorno Exercício 2: Calcule a Variância e o Desvio padrão das Ações de baixa capitalização para os anos de 2002 a 2006, que foram respectivamente: 13,86%; 51,57%; 17,28%; 7,15% e 19,82% Var (R) = 1 (R1 – Rm)² + (R2 – Rm)² + ... (Rn – Rm)² n – 1 31 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Mensuração do Retorno Exercício 3: Calcule a Variância e o Desvio padrão da Treasury bill para os anos de 2002 a 2006, que foram respectivamente: 1,61%; 1,03%; 1,43%; 3,30% e 4,97% Var(R) = 1 (R1 – Rm)² + (R2 – Rm)² + ... (Rn – Rm)² n – 1 32 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Risco Individual X Carteira Tipos de risco: Risco comum / sistemático risco com correlação perfeita (risco geral, comum a todos). Risco independente / não sistemático risco que não tem relação com outro (risco específico, próprio). 33 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Risco Individual X Carteira Diversificação: nivelamento pela média de riscos independentes em uma carteira. Carteira Eficiente uma carteira que maximiza o retorno para um dado nível de risco, ou minimiza o risco para um dado nível de retorno. 34 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) e GITMAN (2010) Diversificação de Carteira 35 GITMAN (2010) Correlação: medida estatística da ralação entre duas séries de números quaisquer. Se duas séries se movimentam na mesma direção, elas são positivamente correlacionadas. Quando se movem em direções opostas, são negativamente correlacionadas. Diversificação de Carteira 36 Correlação: medida de o quanto os retornos compartilham riscos comuns. Calculado como a covariância dos retornos divididos pelo desvio padrão de cada retorno. BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) 03/09/2013 7 Diversificação de Carteira 37 Peso de carteira: fração do investimento total em uma carteira mantida em cada investimento individual na carteira. Wi = valor do investimento i valor total da carteira BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Diversificação de Carteira 38 Exemplo: Considere uma carteira com a seguinte composição: Apple – 200 ações no valor de US$200; e Coca-Cola – 1.000 ações no valor de US$60 WApple = 200 x US$200 = 40% 100.000 Wcoca-Cola = 1.000 x US$60 = 60% 100.000 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Diversificação de Carteira 39 Retorno da carteira: média ponderada dos retornos sobre os investimentos em uma carteira, onde os pesos correspondem a pesos de carteira. Rp = W1 R1 + W2 R2 + ... + Wn Rn BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Diversificação de Carteira 40 Exemplo: Considere os seguintes retornos das ações: Apple – 10%; e Coca-Cola – 15% R Ponderado = (0,40) (10%) + (0,60) (15%) R Ponderado = 13% BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Diversificação de Carteira 41 GITMAN (2010) Diversificação de Carteira 42 Exercício 1: Calcule o Retorno ponderado da seguinte carteira: Vale – 200 ações no valor de R$45, com R = 30%; Oi – 1.000 ações no valor de R$15, com R = 10%; e OGX – 1.000 ações no valor de R$5, com R = -10%; Rp = W1 R1 + W2 R2 + ... + Wn Rn 03/09/2013 8 Diversificação de Carteira 43 Exercício 2: Calcule o Retorno ponderado da seguinte carteira: Vale – 2.000 ações no valor de R$35, com R = 15%; Oi – 1.000 ações no valor de R$15, com R = 18%; e OGX – 500 ações no valor de R$8, com R = 3%; Rp = W1 R1 + W2 R2 + ... + Wn Rn Diversificação de Carteira 44 Exercício 3: Calcule o Retorno ponderado da seguinte carteira: Vale – 200 ações no valor de R$45, com R = 15%; Oi – 1.000 ações no valor de R$15, com R = 15%; e OGX – 1.000 ações no valor de R$5, com R = 15%; Rp = W1 R1 + W2 R2 + ... + Wn Rn Modelo CAPM Beta (β): Variação percentual esperada no retorno em excesso de um título para uma variação de 1% no retorno em excesso da carteira de mercado (ou outro benchmarck). 45 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Modelo CAPM Beta (β): O Beta da Carteira de Mercado é igual a 1, que representa sua exposição média a riscos sistemáticos. Entretanto, muitos setores e empresas tem Betas muito mais altos ou mais baixos do que 1. 46 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Modelo CAPM 47 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Modelo CAPM Beta (β): As diferenças nos Betas por setor estão relacionadas à sensibilidade dos lucros de cada setor à saúde geral da economia. 48 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) 03/09/2013 9 Modelo CAPM Beta (β): O Beta de um título (ação) é a variação percentual esperada no retorno do título para cada variação de 1% no retorno da carteira de mercado (IBOVESPA ou S&P 500). 49 BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Modelo CAPM O modelo de precificação de ativos CAPM – Capital Asset Pricing Model (Modelo de precificação de ativos), desenvolvido pelo Professor Sharpe, da Universidade de Stanford, e Lintner, da Universidade de Harvard, 50 YOUNG e O’BYRNE (2003) e BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Modelo CAPM a partir de contribuições Tobin e Markowitz (recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1990, por sua contribuição à teoria de finanças), apresentada no artigo Portifolio Selection (Seleção de Carteiras), 51 YOUNG e O’BYRNE (2003) e BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Modelo CAPM onde foram apresentadas técnicas que permitem ao investidor encontrar a carteira de investimentos com o maior retorno esperado para qualquer nível de desvio-padrão ou volatilidade das ações: 52 YOUNG e O’BYRNE (2003) e BERK, DEMARZO e HARFORD (2010) Modelo CAPM CAPM: E(R) = Rf + Beta [E(Rm) – Rf] Onde: � E(R) é o retorno esperado sobre qualquer ativo de risco; � Rf é o retorno (%) sobre um ativo livre de risco (SELIC no Brasil); 53 Modelo CAPM CAPM: � Beta (β) é uma medida de risco sistemático de um grupo de ações de determinada empresa ou setor (indústria, tecnologia, serviços, outros); e � E(Rm) é o retorno esperado no mercado de ações (IBOVESPA no Brasil). 54 03/09/2013 10 Modelo CAPM CAPM: Modelo de equilíbrio da ralação entre o risco e retorno que caracteriza o retorno esperado de um título (ação) baseado em seu Beta com a carteira de mercado. 55 Modelo CAPM Exemplo: Seja o risco da metalúrgica X, Beta = 1,6, E(Rm) = 20% a taxa Rf = 12%. Qual deve ser o retorno esperado da metalúrgica X? E(R) = Rf + Beta [E(Rm) – Rf] E(R) = 0,12 + 1,6 [0,2 – 0,12] E(R) = 0,248 24,80% 56 Modelo CAPM Exercício 1: O risco de mercado da Google (Beta) é 1,2, o retorno médio no mercado de ações é 25% e a taxa SELIC atual é 7,5%. Qual é o retorno esperado das ações da Google? E(R) = Rf + Beta [E(Rm) – Rf] 57 Modelo CAPM Exercício 2: André pretende investir na VALE e deseja saber o retorno esperado dessas ações. Sabendo-se que o risco de mercado da VALE é 0,7, o Ibovespa está em 12,2% e a taxa SELIC atual é 7,5%. Qual é o retorno esperado das ações da VALE? E(R) = Rf + Beta [E(Rm) – Rf] 58 Modelo CAPM Exercício 3: Quero investir na Coca Cola e desejo saber o retorno esperado dessas ações. Sabendo-se que o risco de mercado da Coca é 0,8, o retorno médio do mercado é 12,2% e a taxa SELIC atual é 7,5%. Qual é o retorno esperado das ações da Coca? E(R) = Rf + Beta [E(Rm) – Rf] 59 Referências � ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2010; � BERK, Jonathan; DEMARZO, Peter e HARFORD, Jarrad. Fundamentos de finanças empresariais. Porto Alegre: Bookman, 2010; � GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010; 60 03/09/2013 11 Referências � ROSS, Stephen; WESTERFIELD, Randolfh W. e JAFFE, Jeffrey F. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2011; � YOUNG, S. David e O’BYRNE, Stephen F. EVA e gestão baseada em valor: guia prático para implementação. Porto Alegre: Bookman, 2003. 61
Compartilhar