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TRAUMATOLOGIA FORENSE

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TRAUMATOLOGIA FORENSE 
Profª Monara Bittencourt de Amorim 
 Traumatologia forense é o ramo da 
Medicina Legal que estuda a ação de uma 
energia externa sobre o organismo 
humano, cuja ação recebe a denominação 
de traumatismo ou trauma 
 
Trauma é portanto o resultado 
da ação vulnerante que possui 
energia capaz de produzir 
uma lesão. 
 As lesões corporais são, portanto, os efeitos 
dos traumatismos, isto é, vestígios que atingem o 
corpo, à saúde física ou mental, deixados pela ação 
da energia externa ou agente vulnerante. 
 Podem ser fugazes, temporárias (duradouro) 
ou permanentes. 
 Podem também, as lesões, serem classificadas 
em superficiais ou profundas. 
IDENTIFICAÇÃO DO 
AGENTE VULNERANTE 
 
O objetivo do perito – legista é 
através da análise da lesão , 
fornecer dados para identificar o 
agente vulnerante e quando 
possível a autoria do evento 
LESÕES ATÍPICAS 
Não apresentam 
características 
específicas do 
agente 
vulnerante. 
LESÕES TÍPICAS 
O instrumento, 
agente vulnerante 
deixa lesões 
específicas, isto é, 
“Lesões com 
Assinatura’’ 
Tipos de energias 
 A) Energia de ordem física não mecânica (luz, temperatura, 
som) 
 B) Energia de ordem física mecânica (facada) 
 C) Energia de ordem química (venenos) 
 D) Energia de ordem físico-química (asfixia) 
 E) Energia de ordem biodinâmica (hipovolêmicas) 
CAUSA DANOS 
ENERGIA 
 VULNERANTE 
ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA 
AGENTES MECÂNICOS 
AGENTES NÃO MECÂNICOS 
AGENTES MECÂNICOS 
 Instrumentos Cortantes 
 Instrumentos Perfurantes 
 Instrumentos Contundentes 
 Instrumentos Perfuro-cortantes 
 Instrumentos Corto-contudentes 
 Instrumentos Perfuro-contudentes 
INSTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 LESÕES CONTUSAS. 
 
 
 
 Instrumentos típicos 
 
Piso 
Parede 
Mão 
Pé 
Veículo 
Pedra 
Pau 
 
INTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 LOCAL DA LESÃO: 
 Direto 
 Lesão no ponto de impacto 
 Ex: escoriação 
 Indireto 
 Lesão fora do ponto de impacto 
 Ex: impacto frontal e hematoma 
 Misto 
 Lesão no local do impacto e fora deste 
 Ex: edema traumático frontal e hematoma 
INSTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 ORIGEM DA ENERGIA: 
 Ativo 
 Objeto em movimento 
 Corpo em repouso 
 Passivo 
 Objeto em repouso 
 Corpo em movimento 
 Misto 
 Objeto em movimento 
 Corpo em movimento 
 
 
INTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 GRAVIDADE DA LESÃO (GENERALIZAÇÃO) 
 Leves 
 Graves- MÉDIA 
 Gravíssimas - INTENSA 
INTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 LEVES: 
 
 Rubefação 
 Edema traumático 
 Equimose 
 Hematoma 
 Escoriação 
 Bossa 
 
RUBEFAÇÃO-LEVE 
 SINÔNIMO 
 Científico = hiperemia 
 Popular = vermelhidão 
 
 INSTRUMENTOS TÍPICOS 
 Mãos Tapas 
 Dedos Beliscões 
 Cinto 
RUBEFAÇÃO-LEVE 
 PRODUÇÃO 
 Vasodilatação capilar - Liberação de histamina 
 Não ocorre lesão vascular 
 Não ocorre saída de sangue ou líquidos dos vasos 
 
 CRONOLOGIA 
 Aparece em instantes 
 Desaparece em minutos ou poucas horas 
 o exame deve ser realizado imediatamente 
 
 
Rubefação em região deltóidea esquerda. Impressão compatível com mão. 4 horas de evolução. 
Rubefação em região deltóidea esquerda. Teste da pressão para diagnóstico entre rubefação e 
equimose. 
 
Rubefação em região deltóidea esquerda. Desaparecimento logo após a pressão, confirmando o 
diagnóstico de rubefação. 
Rubefação em face lateral de coxa direita. Impressão compatível com o pé direito de chinela do 
tipo havaiana, incluindo a marca circular do prendedor. Provavelmente haverá formação de 
equimose, pois a vítima é mulher. Lesão em assinatura. 
EDEMA TRAUMÁTICO-LEVE 
 Elevação da pele na área do impacto 
 
 Surge após 1 a 3 minutos 
 
 Tríplice reação de Lewis: 
 hiperemia no ponto de impacto 
 Extensão da hiperemia para a área ao 
redor 
 palidez da zona central pelo edema 
 
 
Edema traumático em ponte nasal. Escoriação e equimose. 2h15 de evolução. 
Edema traumático palpebral com equimose sobrejacente. 18 horas de evolução. 
Pressão para teste do tônus. 
Flacidez no local da pressão diagnóstica. 
Edema traumático em face radial de braço direito. 4 horas de evolução. 
EQUIMOSE – 
 Infiltração de sangue na malha dos tecidos 
devido à rotura de capilares. 
 
 As que surgem à distância resultam da migração 
do sangue extravasado ou por aumento da 
pressão venosa por compressão das veias de 
drenagem. 
 
 As equimose, atestam que houve ação 
contundente e que havia vida no momento da 
lesão. 
EQUIMOSE 
 Evolução cromática da equimose deve-se 
à progressiva reabsorção da "hemorragia" 
pela ação dos macrófagos. 
 Macrófagos: as células de grandes 
dimensões do tecido conjuntivo que 
fagocitam elementos estranhos ao corpo. 
Espectro equimótico de 
LEGRAND DE SAULLE 
 
Equimose em face posterior do braço (terço proximal). Compatível com o histórico de 
prensão manual vigorosa. 
Equimose em face posterior do braço (terço proximal). 
Equimose na região lateral do abdômen 
Equimose na região orbital com menos de 24 horas. 
 
Equimose em barra produzida por instrumento contundente cilíndrico agindo com 
grande intensidade, na região escapular esquerda. 
Lesão por assinatura. 
Equimose com escoriação. Lesão produzida por golpe com toalha, na região vertebral e 
lombar. 
 
Equimose com escoriação. Lesão produzida por golpe com toalha. 
Equimoses em lábios. Exame cadavérico. 
Equimose palpebral em mulher, decorrente de queda da própria altura sobre piso de 
mármore. Seis dias de evolução. 
A imagem não recebeu nenhum tratamento, para preservar a incomum tonalidade 
intensa amarelada. 
Equimose palpebral com 36 horas de evolução. 
HEMATOMA 
 DEFINIÇÃO: continuidade lacustre 
sanguínea causada pelo rompimento de 
vasos. 
 
 FISIOPATOLOGIA: Pressão dos vasos 
suficiente para dissecar os tecidos 
formando uma verdadeira bolsa. 
HEMATOMA 
 Raríssimo visualizável na superfície do corpo. 
 Geralmente confundido com as equimoses. 
 Comuns em traumatismos intensos crânio-
encefálico - gera aumento de pressão intra-
craniana: 
 hematoma extra-dural - entre o osso e a dura-mater. 
 hematoma subdural - abaixo da dura-mater. 
 hematoma subaracnóideo – 
entre a aracnóide e o cérebro. 
 hematoma intraparenquimatoso 
 - intra-cerebral. 
 
Hematoma subaracnóideo em face medial posterior de hemisfério cerebral direito. 
Hematoma subaracnóideo por PAF. Óbito há 48 horas. 
Hematoma subgaleal temporal esquerdo. 
BOSSA 
 Coleção de fluidos (seroso ou sero-
sangüineo) que se acumula quando existe 
plano subjacente resistente e 
impermeável. 
 Popularmente chamado de "galo" . 
 No recém-nascido é comum uma bossa 
sanguinolenta que indica que o feto 
estava vivo no momento do parto. 
 
Vista frontal de bossa serosa em região frontal à direita. 5 horas de evolução. 
Vista ântero-inferior de bossa serosa em região frontal à direita. 5 horas de evolução. 
ESCORIAÇÃO 
 
 MODO DE PRODUÇÃO: 
 Agente contundente desliza sobre a pele. 
 Arrancamento traumático da epiderme. 
 Exposição da derme. 
 
ESCORIAÇÃO 
ESCORIAÇÃO 
 PROFUNDIDADE - DEPENDE DA PRESSÃO 
E ASPEREZA: 
 Superficial 
 Atinge a camada espinhosa e dá origem aexsudação de líquido incolor e crosta serosa 
 Intermediária 
 Atinge as papilas dérmicas e dá origem a 
pontilhado hemorrágico. 
 Profunda 
 Atinge a derme e dá origem à coagulação 
hemorrágica e crosta hemática. 
 
ESCORIAÇÃO 
 
 EVOLUÇÃO 
 Variáveis para o tempo de reparação: 
 Profundidade 
 Vascularização 
 Velocidade de renovação epitelial 
 
 
EVOLUÇÃO 
 18 a 24 horas = Células diferenciadas do epitélio 
vizinho iniciam a cobertura da área lesada 
 7 dias = Crosta de consistência firme começa a 
se levantar na periferia e expõe superfície rósea 
pela ausência de melanina e presença de novos 
capilares 
 até 6 meses = Desaparece sem deixar cicatriz, 
exceto nas profundas 
 Nas profundas ocorre reparação mais lenta e 
formação de fibrose: cicatriz 
 
ESCORIAÇÃO – EM PLACA 
 Superfície com escoriação contínua, 
constituindo uma "placa" irregular. 
 CAUSADA POR SUPERFÍCIES: 
 regulares 
 irregulares, com grande pressão, situação 
onde a escoriação que seria em pincelada, 
por ser mais profunda, apresenta "sulcos", 
transformando-se em placa. 
 
Escoriação em placa no joelho esquerdo. 4 horas de evolução. 
Escoriação em placa em cotovelo direito. Acidente motociclístico em asfalto. 4 horas de 
evolução. 
Escoriação em placa em cotovelo. 2 horas de evolução. Acidente motociclístico. 
Escoriação em placa. Acidente motociclístico em asfalto. 4 horas de evolução. 
ESCORIAÇÃO – EM PINCELADA 
 PRODUÇÃO: 
 Fricção da pele contra superfícies rugosas. 
 Cada proeminência da superfície produz uma 
escoriação linear. 
 Superfícies que geralmente produzem 
escoriações em pincelada. 
 asfalto 
 cimento 
 chapisco 
 
Escoriação em pincelada em região deltóide. 
Escoriação em pincelada com direção sinuosa. 
Diversas escoriações em pincelada tênues. 
Escoriações em pincelada compostas de poucas lineares. 
Escoriações produzidas por fragmentos de vidro automotivo. Lesões de difícil 
classificação, consideradas escoriações pela maioria das lesões. 
Escoriação em pincelada com diferentes profundidades. 
Escoriações em pincelada na parte superior da figura e em placa na inferior. 
Escoriação em pincelada de profundidade variável. 
ESCORIAÇÃO - UNGUEAIS 
 Produzidas por unhas, humanas ou de 
animais. 
 
 FORMA 
 Arciformes; 
 em faixas paralelas - geralmente em número 
de três ou quatro. 
 
 
ESCORIAÇÃO - UNGUEAIS 
 LOCALIZAÇÃO PREFERENCIAL: 
 pescoço (esganadura) 
 face 
 tórax 
 membros superiores 
 
 O exame do conteúdo sub-ungueal do 
agressor pode revelar material genético da 
vítima. 
 
Escoriações ungueais humanas em face 
Escoriações ungueais humanas em face 
Escoriações ungueais humanas em região acrômio-clavicular direita. 
Escoriação ungueal em face anterior do ombro direito. 4 horas de evolução. 
Escoriações ungueais com 18 horas de evolução. 
Escoriações ungueais em pescoço. 90 minutos de evolução. 
Escoriações ungueais em pescoço. 90 minutos de evolução. 
Escoriações ungueais em dorso. 90 minutos de evolução. 
Escoriações ungueais em região ântero-lateral do tórax. 90 minutos de evolução. 
Escoriações ungueais em flanco esquerdo. 90 minutos de evolução. 
INSTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 MÉDIA 
 
 Ferida contusa 
 Entorse 
 Luxação 
FERIDA CONTUSA – MÉDIA 
 
 O agente contundente força a epiderme 
de encontro a derme e esta de encontro 
ao osso ou músculo. A epiderme é 
arrancada e as fibras da derme 
deslocadas. 
FERIDA CONTUSA – MÉDIA 
 BORDAS: 
 
 Escoriadas; 
 Vertente anfractuosas, infiltradas por 
sangue e ligadas por pontes de tecido; 
 
 
FERIDA CONTUSA – MÉDIA 
 Se o agente age de forma lenta e continuada, 
em movimento de deslizamento (tração), sobre 
o segmento, a pele se rompe em vária fendas 
irregulares e paralelas até interessar toda a 
espessura. 
 
 As feridas contusas atestam a ação contundente 
e raramente indicam o agente. 
 
Ferida contusa em lábio 
Ferida contusa em supercílio esquerdo. 
Exame cadavérico. 
Ferida contusa na região da articulação metacarpo-falangeana do indicador direito. 
 
ENTORSE – MÉDIA 
 Estiramento da cápsula de uma 
articulação com ou sem rotura ligamentar 
que ocorre quando a amplitude dos 
movimentos articulares é ultrapassada por 
forças externas. 
 
 O estiramento da região, ricamente 
inervada, provoca muita dor. 
 
 
ENTORSE – MÉDIA 
 Os tecidos periarticulares são infiltrados 
por sangue, com conseqüente reação 
inflamatória para reabsorção. (derrame) 
 
 Pode levar à incapacidade por mais de 
trinta dias. 
 
ROTURA LIGAMENTAR 
DERRAME 
LUXAÇÃO – MÉDIA 
 Lesão de natureza grave - deslocamento 
permanente das superfícies articulares. 
 
 A cápsula articular sofre rotura em seus 
pontos fracos e produz derramamento de 
líquido sinovial (um líquido transparente e 
viscoso das cavidades articulares e 
bainhas dos tendões) . 
LUXAÇÃO – MÉDIA 
 Pode ocorrer arrancamento de pequenas 
tuberosidades ósseas e roturas de pequenos 
músculos ou tendões, além de compressões 
vasculares e nervosas. 
 
 As crianças são menos vulneráveis pois têm 
articulações mais flexíveis e os velhos são mais 
porque possuem os ossos enfraquecidos, que se 
fraturam com facilidade. 
 
RADIOGRAFIA DA REGIÃO ANTERO-POSTERIOR, MOSTRANDO LUXAÇÃO LATERAL 
LUXAÇÃO NA 
REGIÃO 
INFRACLAVICULAR 
INSTRUMENTOS CONTUNDENTES 
 INTENSA 
 
 Fratura 
 Rotura visceral 
 Esmagamento 
 Avulsão 
 
FRATURA ÓSSEA 
 TIPOS: 
 Exposta - quando se comunica com o exterior 
através de feridas cutâneas de bordas escoriadas 
e irregulares. 
 Patológica - quando surge espontaneamente, 
geralmente no osso enfraquecido. 
 Completa - divide o osso em dois ou mais 
fragmentos - geralmente se deslocam. 
 Incompleta - galho verde - afundamento de 
osso esponjoso. 
 
Equimose bipalpebral bilateral. Sinal do guaxinim. Fratura de base 
de crânio. 
Fratura craniana cominutiva; saída de conteúdo cerebral. 
Sinal do guaxinim - equimoses palpebrais. Presente em fraturas da base do crânio. 
 
Fratura maxilo-mandibular com deformidade permanente. 
Fratura radial com deformidade. 
ROTURA VISCERAL 
 Mais frequentes no abdome. 
 
 Qualquer que seja a sede constitui perigo 
de vida. 
 
 LOCAIS: tórax e abdômen. 
 TÓRAX: 
 
 As roturas pulmonares estão associadas às 
fraturas de costelas, que penetram o 
órgão causando hemopneumotórax. 
 A compressão ântero-posterior pode levar 
à rotura do coração (paredes direitas são 
menos resistentes) e dos vasos. 
 
 ABDÔME: 
 Impactos no abdome aumentam a pressão 
intra-abdominal e as vísceras tendem a 
insinuar-se pelas brechas da parede. 
 O diafragma tende a romper-se na 
porção mais fraca. 
 Vísceras ocas lesionam-se mais quando 
cheias de líquidos ou alimentos (não 
compressíveis), especialmente o 
duodeno, por estar fixado à parede 
posterior. 
 
Rotura hepática. 
Rotura hepática. 
Rotura hepática. 
Rotura esplênica. 
ESMAGAMENTO 
 
 Todos os planos anatômicos de um 
segmento são comprimidos e distorcidos. 
 
 Produzido de agente com grande energia 
cinética, geralmente grande massa. 
 
ESMAGAMENTO 
 Partemoles - extensamente laceradas 
 Ossos - fraturas cominutivas. 
 Destruição extensa dos tecidos 
 Perda sanguínea importante 
 Excita terminações nervosas. 
Síndrome do esmagamento -
 insuficiência renal aguda por depósito 
de mioglobina nos túbulos renais e 
Necrose muscular 
Esmagamento da perna direita. 
Esmagamento da perna direita. 
Esmagamento da perna direita. 
Esmagamento da perna direita. 
INSTRUMENTOS CORTANTES 
 São os que, agindo com um gume afiado, por 
pressão e deslizamento, linear ou obliquamente 
sobre a pele e os órgãos. São instrumentos 
cortantes: 
 
Instrumentos 
típicos 
 
Navalha 
Lâmina de bisturi 
Faca afiada 
 
Instrumentos 
atípicos 
Folha de papel 
Linha com pó de 
vidro ("cerol") 
Capim (capim 
navalha) 
 
Instrumento Cortante 
o Mecanismo de Ação: 
o Pressão e deslizamento sobre o seu gume 
 
o Ferimento: 
o inciso 
 
o Exemplo: 
o Navalha, bisturi 
 
o Característica: 
o presença de cauda 
Lesões ou feridas: são feridas pouco profundas, habitualmente 
não penetram as grandes cavidades. Estas lesões são 
denominadas de feridas incisas. 
INSTRUMENTOS CORTANTES 
 Os instrumentos cortantes produzem lesões no 
pescoço são chamados de: 
 
Esgorjamento: as lesões produzidas por 
instrumentos cortantes nas regiões anterior, 
lateral, anterolateral do pescoço. 
 
Degolamento: são as seções assentadas na região 
cervical. 
 
Decapitação: é o ato de separar completamente a 
cabeça do corpo. 
Na parte anterior do pescoço: esgorjamento 
Na parte posterior do pescoço: degolamento 
INSTRUMENTOS PERFURANTES 
 São perfurantes os instrumentos puntiformes, 
finos, cilíndricos ou cilindrocônicos, com 
comprimento predominando sobre a largura e a 
espessura, como por exemplo: 
 
- Alfinete - Furados de gelo 
- Agulhas - Espinho 
- Pregos 
 
- Agem simultaneamente por pressão ou 
percussão em um ponto, afastando as fibras 
musculares. 
INSTRUMENTOS PERFURANTES 
 LESÕES OU FERIDAS: causam pequenas 
lesões de pouca repercussão na superfície 
corpórea, mas de profundidade apreciável, 
chamadas de lesões ou feridas punctórias. 
 
 
 
LESÕES OU FERIDAS 
PUNCTÓRIAS 
Imperceptíveis 
Ferida de entrada de pequeno 
porte 
Pouco sangramento e as vezes 
quase inexistente 
Vertentes e bordas regulares 
INSTRUMENTOS PÉRFURO-
CORTANTES 
 São os instrumentos puntiformes, com o 
comprimento predominando sobre a largura e a 
espessura, dotados de uma ponta e de um 
gume ou lâmina. 
 O contato do instrumento na pele é feito por um 
ponto que atua simultaneamente por pressão e 
por corte. 
 São instrumentos pérfuro-cortantes: 
- Facas (um gume) 
- Punhal (dois gumes) 
- Florete (dois gumes) 
- Lima (três gumes) 
 
Punhal: instrumentos 
pérfuro-cortantes com 
dois gumes. 
Facas: instrumentos 
pérfuro-cortantes 
com um gume. 
Lima: instrumento 
pérfuro-cortante de 
três gumes 
INSTRUMENTOS PÉRFURO-
CORTANTES 
 Lesões ou feridas: causam pequenas lesões 
de pouca repercussão na superfície corpórea, 
porém mais profundas e menores na espessura. 
 
 
Lesões ou feridas 
pérfuro-incisas. 
Profundidade maior que largura 
Hemorragias internas 
Lado do gume mais agudo 
Vertentes e bordas regulares 
Forma de ponto (botoeira) 
 As lesões ou feridas são denominadas de 
feridas pérfuro-incisas. 
 
 Produzem lesões pérfuro-contusas: 
 Perfuram - ponta 
 Cortam - gume 
 
Instrumento de um só gume, voltado para a direita da imagem. 
Escoriação produzida pela ponta do mesmo instrumento. 
 
Ferimento em Botoeira 
Ferimento em Botoeira 
Ferimento em Botoeira 
INSTRUMENTOS CORTO-
CONTUNDENTES 
 CONCEITO: São instrumentos que, agindo 
sobre a pele, músculo, tendões, órgãos ou 
esqueleto, fazem por pressão, deslizamento e 
pelo próprio peso e intensidade do do que pelo 
seu gume. 
 São instrumentos corto-contundentes: 
- Foice - Enxada 
- Facão - Roda de trem 
- Machado - Mordida 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS CORTO-
CONTUNDENTES 
 Lesões ou feridas: as feridas variam de acordo 
com a região comprometida e a intensidade do 
manejo, inclinação, peso e o fio cortante do 
instrumento. A lesão ou ferida é denominada de 
ferida cortocontusas. 
 
 
 
Lesão ou ferida 
cortocontusa 
Vertentes e bordas irregulares 
Grande sangramento (há a secção dos 
vasos sanguíneos e provável fratura) 
Não apresentam cauda de escoriação 
A ferida é profunda 
Não apresentam cauda de escoriação 
 
INSTRUMENTOS PERFURO-
CONTUNDENTES 
o Mecanismo de Ação: 
o perfura pela sua ponta 
o contunde pela sua superfície 
 
o Ferimento: 
o pérfuro-contuso 
 
o Exemplo: 
o projetil de arma de fogo 
 
o Característica: 
o presença de orlas ou zonas 
ex. chave de fenda, projetil de arma 
de fogo, picador de gelo, amolador de 
facas 
Cone e dispersão 
Ferimento por Projétil de Arma de 
Fogo à curta distância 
o Orlas ou Zonas 
 
o contusão e enxugo 
o equimose 
o tatuagem 
o esfumaçamento 
o queimadura 
 
o Orifícios 
o Entrada 
 
o bordos invertidos 
o presença de orlas 
 
o Saída 
o bordos evertidos 
o ausência de orlas 
 
 
 
 
 
Ferimento por Projetil de Arma de Fogo 
tiro à queima-roupa 
Distância: 
40 - 50 centímetros 
 
Características: 
a) cone de dispersão do tiro 
b) forma arredondada ou circular 
c) orla de escoriação ou contusão 
d) orla equimótica 
e) orla de enxugo 
f) zona de tatuagem 
g) zona de esfumaçamento (removível) 
h) zona de queimadura (chamuscamento) 
Profª Monara Bittencourt de Amorim 
Especialista em Ciências Forenses 
bittencourt.monara7@gmail.com 
monara_bittencourt@yahoo.com.br 
84 9985 8153 
ORLAS E ZONAS DE CONTORNO 
1. Orla de enxugo 
2. Orla equimótica 4. Zona de tatuagem 
3. Zona de esfumaçamento 
1 
4 2 
3 
o Orlas de Contusão, Enxugo, Tatuagem e Esfumaçamento 
Zona de Esfumaçamento 
Chamuscamento e 
Esfumaçamento 
Zona de Tatuagem 
ORIFÍCIO DE ENTRADA – 
ORLAS 
(SEMPRE PRESENTES) 
 ORLA DE CONTUSÃO: a pele se invagina e 
se rompe devido à diferença de elasticidade 
de derme e epiderme 
 
 ORLA EQUIMÓTICA: zona da hemorragia 
oriunda da ruptura de pequenos vasos 
 
 ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que 
se adaptou às faces do projétil, limpando-os 
dos resíduos da pólvora 
ORIFÍCIO DE ENTRADA - 
ZONAS 
 ZONA DE TATUAGEM: é resultante da 
impregnação de partículas de pólvora 
incombusta que alcançam o corpo 
 
 ZONA DE ESFUMAÇAMENTO: é produzida 
pelo depósito de fuligem da pólvora ao redor 
do orifício de entrada 
 
 ZONA DE CHAMUSCAMENTO: tem como 
responsável a ação superaquecida dos gases 
que atingem e queimam o alvo 
TIRO ENCOSTADO 
ORIFÍCIOS DE ENTRADA – TIRO ENCOSTADO 
 
a) forma irregular (estrelado) pela dilaceração dos 
tecidos pelos gases explosivos (mina de 
Hoffmann) 
b) sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento 
c) diâmetro do ferimento maior que o projétil 
(explosão dos gases) 
d) halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi) 
e) impressão (pressão) do cano da arma (sinal de 
Werkgaertner) 
f) quando transfixante: trajeto com orifício de 
entrada e saída 
Ferimento por Projetil de Arma de Fogo 
tiro encostado 
o Distância:o junto ao alvo 
 
o Características: 
buraco de mina 
bordos evertidos 
queimadura junto ao orifício 
pólvora no trajeto inicial 
Profª Monara Bittencourt de Amorim 
Especialista em Ciências Forenses 
bittencourt.monara7@gmail.com 
monara_bittencourt@yahoo.com.br 
84 9985 8153 
câmara de mina de Hofmann 
sinal de Benassi 
 halo fuliginoso 
Câmara de Mina de Hofmann 
câmara de mina de Hofmann 
sinal de Benassi 
 halo fuliginoso 
Sinal de Pupe Werkgaetner 
Marca da alça 
de mira 
Tiro encostado: Junto ao alvo 
 
buraco de mina 
 
bordos evertidos 
 
queimadura junto ao orifício 
 
pólvora no trajeto inicial 
 
Tiro encostado: Junto ao alvo 
 
buraco de mina 
 
bordos evertidos 
 
queimadura junto ao orifício 
 
pólvora no trajeto inicial 
 
ORIFÍCIO DE ENTRADA 
 TIRO À DISTÂNCIA 
 
a) forma arredondada 
b) diâmetro menor que 
o do projétil 
c) com orla de 
escoriação 
d) com orla equimótica 
ORIFÍCIO DE ENTRADA 
 TIRO À DISTÂNCIA 
 
 
ORIFÍCIO DE SAÍDA 
a) de forma irregular ou 
dilacerado 
b) maior que orifício de 
entrada 
c) maior sangramento 
d) ausência de orlas, 
zonas e halos 
e) bordos evertidos 
Lesões Pérfurocontusas 
Orifício de Entrada x Orifício de Saída 
Entrada Saída 
Regular Dilacerado 
Invertido Evertido 
Normalmente proporcional 
ao diâmetro do projétil 
(exceção aos projéteis de ponta oca, 
principalmente os expansivos) 
Desproporcional ao 
diâmetro do projétil 
Com orlas e zonas Sem orlas e zonas 
Exceções podem ocorrer: 
 tiro encostado 
 ricochete, o projétil perde sua propulsão (“bala perdida”) 
 dois ou mais projéteis sucessivos atingem o mesmo ponto na pele

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