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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ENGENHARIA DE ALIMENTOS FRAUDES NO LEITE QUÍMICA EXPERIMENTAL - TURMA 02 DJENIFER JAIANE WELZEL 83039 LEONARDO HENRIQUE RIBEIRO 92743 VICTOR PINA FROTA SOUZA 90876 PROFESSOR: ALAN MARINGÁ- PARANÁ 2015 1. INTRODUÇÃO O leite, uma secreção de cor esbranquiçada e opaca, é produzido a partir das glândulas mamarias das fêmeas mamíferas. Sua principal função é nutrir seus filhotes até que os mesmos possam ingerir outros alimentos. Além de contribuir para a saúde metabólica, o leite materno ajuda a protejer o trato intestinal contra toxinas, antígenos e inflamações. O leite animal é consumido em larga escala mundial, principalmente produzido pela vaca. Este consumo foi aumentado após o surgimento da agricultura. Devido ao grande consumo e busca excessiva pela lucro, por parte das industrias, algumas cometem fraudes no processo de industrialização do leite, em busca do aumento da margem lucrativa. “Considera-se como fraudado o leite que: - For adicionado de água; - Tiver sofrido subtração de qualquer dos seus componentes, exclusive a gordura nos tipos "C" e “magro”; - For adicionado de substâncias conservadoras ou de quaisquer elementos estranhos à sua composição; - For de um tipo e se apresentar rotulado como de outro de categoria superior; - Estiver cru e for vendido como pasteurizado; - For exposto ao consumo sem as devidas garantias de inviolabilidade.” ( www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/.../LEITE_EM_NATUREZA.rtf. Acessado em 26 de janeiro de 2016 ) Entre os elementos utilizados para a adulteração do leite, temos o acido salicílico, amido e ácido bórico. Em busca da detecção de fraudes, varias técnicas foram aperfeiçoadas, dentre ela as realizadas nos experimentos aqui realizados. 2. OBJETIVOS • Determinar a presença de substâncias estranhas no leite. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1.MATERIAIS • Solução 0,10mol/L de cloreto de ferro III • Soro de Leite • Pipeta graduada • Bico de Bunsen • Tripé • Tela de amianto • Fósforo • Leite • Fenolftaleina • Tubos de ensaio • Solução 0,10mol/L de NaOH • Glicerina • Balão volumetrico de 25mL • Bureta • Suporte universal • Erlenmeyer de 250mL 3.2.MÉTODOS 3.2.1 Experimento 01 - Determinação da presença de ácido salicílico. Adicionou-se ao tubo de ensaio que continha 5mL do soro obtido na prática 26, 5 gotas de solução 0,10 mol/L de cloreto de ferro III e observou-se a reação. 3.2.2 Experimento 02 - Determinação da presença de amido. Com o auxilio de uma pipeta graduada, se adicionou 5mL da amostra de leite para um tubo de ensaio, aquecendo-o posteriormente em banho-maria por 5 minutos e logo após adicionado 5 gotas de solução de iodo. Foi observada a reação. 3.2.3 Experimento 03 - Determinação da presença de ácido bórico. Com o auxilio de uma pipeta graduada, se adicionou 5mL da amostra de leite para um tubo de ensaio e adicionou-se 5 gotas de fenolftaleína. Logo após transferiu- se 1,5mL, com auxilio da pipeta graduada, da solução de0,10mol/L de hidróxido de sódio e posteriormente 10 gotas de glicerina. Se observou a reação. 3.2.4 Experimento 04 - Densidade do leite. Determinou a massa do balão volumétrico limpo e seco, adicionou a amostra de leite até a parte inferior do menisco. Determinou-se a massa do balão volumétrico contendo o leite. Calculou-se a massa de leite presente em 25mL de amostra e a densidade em g/mL. 3.2.5 Experimento 05 - Determinação da acidez total do leite. Depois de ambientada a bureta com NaOH, fixou-se a mesma no suporte universal, com auxilio de uma garra metálica, e se encheu até um pouco acima do zero da escala, com a solução titulante, e foi aberta a torneira para preencher a extremidade inferior da bureta. Com o auxilio de uma pipeta volumétrica 20mL da amostra de leite para um erlenmeyer de 250mL, cerca de 10mL de água destilada e 3 gotas de fenolftaleína. Depois de homogeneizado, foi titulado e anotado o volume de titulante gasto na neutralização. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Experimento 01 – Determinação da presença de ácido salicílico. O leite contendo ânion salicilato apresentou uma coloração que vai do rosa até o violeta. 4.2 Experimento 02 - Determinação da presença de amido. Ao adicionar iodo no leite, este apresentou uma coloração amarela. Ao adicionar iodo no leite fraudado, o mesmo ficou cinza (quase preto) indicando a presença de amido. 4.3 Experimento 03- Determinação da presença de ácido bórico. Ao adicionar NaOH, fenolftaleína e glicerina no leite, o mesmo ficou com coloração rosa. Já no leite fraudado a coloração rosa desapareceu indicando presença de ácido bórico. 4.4 Experimento 04- Densidade do leite. Massa do balão volumétrico de 25,0 mL limpo e seco= 22,917 gramas. Massa do balão volumétrico de 25,0 mL com leite= 48,596 gramas. Massa de leite presente em 25,0 mL= 48, 596 – 22,917= 25,679 gramas Densidade= massa/volume Densidade = 25,679 / 25,0 = 1,027 gramas/mL. 4.5 Experimento 05- Determinação da acidez total do leite. Os volumes gastos nas titulações com hidróxido de sódio 0,1 mol/L foram 5,2 mL e 4,9 mL. Média dos volumes= (5,2 + 4,9)/2= 5,05 mL. Na reação entre ácido lático (C3H6O3) e hidróxido de sódio (NaOH) temos uma proporção 1:1, logo: 0,1 mol NaOH ------ 1000 mL X mol de NaOH ------5,05 mL X= 5,05 x 10-4 mol de NaOH = mol de ácido lático. Massa molar do ácido lático= 90,08 g/mol: 90,08 gramas ------- 1 mol de ácido lático X gramas ----------- 5,05 x 10-4 mol de ácido lático X= 0,045 gramas de ácido lático. Como temos a densidade do leite (experimento 4) é possível determinar a massa dos 20 mL de leite usados. Densidade= 1,027 g/mL Densidade= massa / volume 1,027= massa / 20 Massa= 20,54 gramas. Deste modo, temos para a acidez do leite: 0,045 / 20,54 x 100 = 0,21% Portanto, a acidez do leite em percentagem de ácido lático é 0,21%. 5. CONCLUSÃO O amostra de leite utilizado no experimento não estava fraudado, sua porcentagem de acido lático era de 0,21% e sua densidade 1,027g/mL. 6. REFERÊNCIAS 1. Russel, John B. Química geral vol. 1 São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994; 2. BROWN, T.L., LEMAY, H. E., BURSTEN, B. E. Química, A Ciência Central. 9ª Edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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