Tema 2 - Feudalismo

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Idade Média	
Dobb, Maurice: A Evolução do Capitalismo
Rezende, Cyro: História Econômica Geral – 
Sweezy, Paul et: Do feudalismo ao capitalismo.
Editora Contexto
Rezende
Característica básica: perda de liberdade individual e aceitação da situação de subordinação.
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Plano da aula.
Formação do Sistema.
Caracterização do sistema dominial.
A polêmica entre Dobb e Sweezy sobre o declínio do sistema.
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Formação do sistema
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
Formação do sistema
Idade Média – 1000 anos de história – de 476, queda do Império Romano, até 1453 com a queda do Império Bizantino
Sociedade feudal, na idade média, é o que ocorre de mais importante.
		Alta idade média – Séculos V até X – Formação da SF
		Idade Média Central – Séculos XI e XIII – Apogeu
		Baixa Idade Média – Século XIV e XV - Declínio
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
Elementos que aceleraram a formação da sociedade feudal (Conjunturais)
1) Invasões de povos à Europa entre os séculos V e X
Expansão do islamismo pela península ibérica:
Domínio do mar mediterrâneo, dificultando o comércio
População que está próxima ao mar se interioriza Ruralização
Germânicos e outros povos bárbaros (oeste e norte)
Vikings e Húngaros (ao norte)
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Europa no século VI – Reinos bárbaros
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Conquistas árabes – séculos VII a X
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Espanha sob domínio árabe
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História Econômica Geral
2) Império de Carlos Magno – Século VIII
Centralização e reunificação da Europa
Fim do período de Guerras.
 Período de estabilidade.
Cessão de lotes para os nobres, que era em princípio transitório e transformou-se em hereditário (Vassalagem). 
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Império de Carlos magno Sec VIII e IX
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História econômica Geral
. Aumento da produção agrícola e
Conseqüentemente,
 aumento populacional e expansão do sistema
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Caracterização do Sistema Dominial
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
Definição de Servidão feudal: uma obrigação imposta ao servo, produtor, pela força (militar ou dos costumes/lei) que satisfaça a certas exigências econômicas de um senhor, quer tais exigências tomem a forma de serviços a prestar, ou taxas a pagar em dinheiro ou artigos, em trabalho ou em presentes para as despesas do senhor.
O produtor direto, diferentemente da escravidão, acha-se de posse de seus meios de produção, das condições materiais necessárias à realização de seu trabalho e a produção dos seus meios de subsistência.
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
Formas de obrigações servis
Corvéia: obrigação do servo em trabalhar na terra do senhor compulsoriamente por alguns dias por semana
Talha: Entrega obrigatória ao senhor de parte do que era produzido no manso servil
Banalidades: pagamento pela utilização de instrumentos de trabalho que pertenciam ao senhor
	
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
Forma Clássica de feudalismo – segundo Dobb, ou da Europa ocidental, segundo Sweezy..
1) Economia autárquica
Voltada para a auto-suficiência - atendimento de necessidade imediatas.
2) Sociedade de ordens ou estamental
Ordenada por Deus (séculos XI a XIII)
Estamental (A partir do século XIII – Burguesia)
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
Sociedade de ordens, com divisão bem definida de atribuições:
	Clérigos (rezavam) – proteção da alma
	Nobreza (guerreava) – Proteção do corpo
	Servos (Trabalhavam) – garantia de sobrevivência 
	
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
3) Sistema econômico rudimentar de pouca produtividade (baixo nível da técnica – Dobb)
Essencialmente agrária.
Divisão do trabalho incipiente.
Técnicas de produção precárias.
4) Agricultura dominial – Cultivo das terras do senhor
	Senhor – manso senhorial
	Servo – Manso servil
	coletivas – usadas por ambos (quando necessário)
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História Econômica Geral
 Transição do Feudalismo para o capitalismo
5) Descentralização política.
6) Detenção condicional da terra.
O uso da terra estava condicionado as prestações servis.
7) Possessão pelo senhor de funções judiciais ou quase judiciais. 
 Inclusive, baseado no direito consuetudinário. 
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História Econômica Geral
Causas do declínio
O debate entre Dobb e Sweezy .
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O papel do comércio e do capital comercial na sociedade feudal como motor das transformações
Teoria da Causa Interna
Teoria da Causa Externa
Vs.
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História Econômica Geral - HEG
Parênteses...
Renascimento do comércio – principais fatores:
Esgotamento das terras.
Cruzadas – 1096 – 1270.
Luta pela reconquista da península Ibérica
Novos mercados, principalmente, no oriente.
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Reconquista da Península Ibérica.
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A opinião de Dobb
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História Econômica Geral
Renascimento do comércio intensificou a circulação de moeda.
Ampliação do mercado.
Questão para Dobb
A ampliação do mercado é uma condição suficiente para o declínio do feudalismo?. (p. 29)
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História Econômica Geral
“Na verdade, parece haver tanta evidência de que o crescimento de uma economia monetária per ser levou a uma intensificação da servidão como há evidências de que foi a causa do declínio feudal”. (p.)30
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Causas do declínio para Dobb
Qual o papel do comércio no comportamento da classe dominante?
Novas necessidades.
Agravado pelo aumento do número de vassalos, 
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História econômica
Como atender novas necessidades?
Lembrar que produtividade do sistema era baixa.
Aumento da produção elevação da exploração.
Ou seja, pelo aumento da pressão sobre os servos.
“O resultado dessa pressão maior foi não só exaurir a galinha dos ovos de ouro para o castelo, mas provocar, pelo desespero, um movimento de emigração ilegal das propriedades senhoriais” (34)
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História econômica geral
Como consequência, ocorreram fugas das fronteiras dos domínios...
Houve um aumento da população errante.
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História econômica geral
Porque surgem as cidades, para Dobb?
Algumas surgiram de aldeias.
Centros de comércio – grupos de comerciantes ou artesãos.
Posição geográfica privilegiada.
Por iniciativa de senhores feudais – cresceram como elementos da sociedade feudal.
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Teoria da Causa Interna: uma síntese. Visão de Dobb
Síntese.
Novas necessidades da nobreza, que crescia.
Aumento da exploração servil.
Fuga do servo do sistema dominial.
Afrouxamento das relações servis para segurar servos nas propriedades – assalariamento e arrendamento.
Logo, as causas para o declínio são Internas.
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Então, visão de Dobb.
Desintegração das relações sociais típicas dos feudalismo.
Como comércio e produção mercantil, não tiveram papel considerável na superação da sociedade feudal.
Aceita que o feudalismo poderia ter encorajado o estabelecimento das cidades para atingir suas necessidades com relação ao grande comércio.
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A visão de Sweezy.
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Teoria da Causa Externa: Visão de Sweezy
Crítica a Dobb.
Dobb não consegue provar que a necessidade de receita por parte dos senhores e o aumento das fugas dos servos tinham acontecido por questões internas ao próprio sistema feudal. 
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História Econômica Geral
Defende que a crescente extravagância da classe parasitária se originou de fora do sistema. 
Diz também que a fuga dos servos não aconteceu sem que surgisse a alternativa externa: as cidades.
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História econômica geral
Porque isto ocorre? 
O dinheiro como meio de troca passou a simbolizar riqueza. 
Assim, o comércio instigou o desejo de consumo. 
Qual o papel das cidades nestas circunstâncias?
Gerou a economia de troca.
Se
transformou em alternativa à opressão do campo. 
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História econômica geral
Enfim, 
O declínio do feudalismo europeu ocidental se deveu à incapacidade da classe dominante em manter o controle da força de trabalho concomitante a super exploração dele. 
A transição não foi uma função do capitalismo nascente, mas da incapacidade do próprio sistema feudal em manter-se. 
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Grande comércio é força criadora (externa) do sistema de produção para a troca.
Justaposição entre feudalismo e comércio teria criado outras possibilidades de emprego;
Logo, feudalismo e comércio são mutuamente exclusivos.