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modelo de DEFESA DE AUTUAÇÃO avanço de semáforo radar

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ILUSTRÍSSIMO (A) SR. (A) SUPERINTENDENTE DA SUPERINTEDÊNCIA EXECUTIVA DE MOBILIDADE URBANA DE BELÉM/PA.
 
xxxxxxxxxxxxx, brasileira, solteira, dona de casa, portadora do Registro Geral nº xxxxxx SP/PA, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº xxxxxxxxx, email: xxxxxxxxxxxx, residente e domiciliada xxxxxxxxxxxxxxx, proprietária do veículo placa xxxxxxxxxxx, não conformada com a Notificação de Auto de Infração de Trânsito n.º xxxxxxxxx, referente ao AIT xxxxxxxxxx, lavrado no dia xxxxxxxx, vem apresentar a competente DEFESA DE AUTUAÇÃO, pelas razões que seguem:
A Recorrente foi autuada pela suposta prática da infração de avançar o sinal vermelho do semáforo. Ocorre que, conforme será melhor demonstrado a seguir, o AIT e a NAIT não observaram os requisitos legais mínimos, o que os fazem nulos.
A Resolução 165/04 do CONTRAN, em vigor, regulamenta a utilização de sistemas automáticos não metrológicos de fiscalização, e, no artigo 4,º prevê o que a imagem detectada deve registrar:
Art. 4º. A imagem detectada pelo sistema automático não metrológico de fiscalização deve permitir a identificação do veículo e, no mínimo:
I – Registrar:
a) Placa do veículo;
b) Dia e horário da infração;
II – Conter:
a) Local da infração identificado de forma descritiva ou codificado;
b) Identificação do sistema automático não metrológico de fiscalização utilizado, mediante numeração estabelecida pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
Em conjunto, a Portaria 16/04 do CONTRAN, também em vigor, prevê que, nos casos de infração de avanço do sinal vermelho do semáforo, além do requisitos constantes no art. 4º da Resolução 165 (acima), a imagem deve registrar:
Art. 6º. O sistema automático não metrológico de fiscalização de avanço de sinal vermelho deve:
IV – na imagem detectada registrar, além do estabelecido no art. 4º da Resolução CONTRAN nº 165, no mínimo:
a) o foco vermelho do semáforo fiscalizado;
b) a faixa de travessia de pedestres, mesmo que parcial, ou na sua inexistência, a linha de retenção da aproximação fiscalizada.
Verifica-se, assim, que a imagem, obrigatoriamente e cumulativamente, deve registrar: placa do veículo; data e horário da infração; foco vermelho do semáforo; e faixa de travessia de pedestres.
No caso em questão, basta olhar a imagem para perceber que não há o registro do foco vermelho do semáforo fiscalizado, ou ao mesmo o registro do próprio semáforo. Não obstante, não importa a existência ou não de outra fotografia fundamentando o AIT, já que no NAIT constou somente uma, e a falta de apresentação de qualquer imagem impede a efetividade absoluta do direito de ampla defesa e contraditório do Recorrente.
Cabe ressaltar, nesse passo, que a Administração Pública é regida pelo princípio da legalidade, previsto no artigo 37 da Constituição Federal, que representa total subordinação do Poder Público à previsão legal, isto é, os agentes da Administração Pública devem atuar sempre conforme a lei.
Diante disso, considerando que não foi observado requisito legal, previsto no art. 6º, IV, a, da Portaria 16/04 do CONTRAN, requer-se seja a presente defesa ACOLHIDA, com o consequente cancelamento do AIT.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Belém, 28 de dezembro de 2016.
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