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RESUMO NEONATOLOGIA EQUINA

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RESUMO DE CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS
AULA 14/09/2016 – UAM 
Intravenoso
NEONATOLOGIA
A neonatologia é o estudo dos animais recém-nascidos > o animal é um neonato é uma fase de intensa adaptação no primeiro mês de vida >> neonatologia é o primeiro mês de vida porque quando o animal está dentro do útero ele não necessitava usar o seu sistema neurológico para fugir, interagir e etc. e agora ele precisa disso para interagir e conseguir sobreviver – adaptação respiratória, intestinal, musculo esquelética para correr e fugir, etc.
Quanto tempo demora para um potro levantar e correr atrás da mãe? De uma a duas horas no máximo. Eles conseguem isso devido os axônios desses animais já serem mielinizados, logo possuem mais sinapses efetivas e funcionais > nascem com os neurônios prontos. 
Quanto tempo dura o trabalho de parto de uma égua? No máximo de uma hora e depende de três fases o processo completo. A fase 1 é quando a égua começa a se afastar do restante do lote/grupo, coloca-se na posição de membros posteriores mais afastados, cauda levantada e já tem uma dor presente (algumas contrações), fica olhando para o flanco – início da fase de parto, exposição da bolsa/âmnio (primeira membrana que vemos exposta); fase 2 começa quando começa a insinuação do feto (inicio de expulsão fetal); fase 3 é quando o animal já nasceu, porém ainda falta a placenta sair – quando os dois são indivíduos distintos. 
Durante o trabalho de parto a égua tem o habito de deitar e levantar, ela tem suas contrações deitada ou em pé, porém ela pode deitada descansar entre uma contração e outra até ela conseguir expulsar. Quando o animal está com a cabeça e os membros expostos não precisamos interferir para ajudar o potro em relação a respiração porque eles ainda estão conectados pelo cordão umbilical. A parte mais complicada no parto é até a passagem da cintura torácica que é a parte do feto de mais diâmetro e que necessita de uma concentração muito forte para expulsar e na sequencia o resto do feto tende a sair rapidamente – quando a égua levanta o cordão umbilical se rompe.
Após o nascimento se a cabeça do animal estiver coberta pelo âmnio podemos apenas tirar a membrana de cima do rosto do animal e NADA mais – descobrir o focinho para ajudar o animal no início da sua respiração. 
Algumas éguas tem o comportamento de madrinhas que ficam em torno da égua parindo para proteger de qualquer outro predador. Éguas não comem a sua própria placenta!!!
A partir do nascimento o potro tenta levantar e fica caindo e levanta de novo e no máximo de uma hora o potro já tem que estar de pé e seu próximo passo é o potro buscar o úbere da mãe. 
Potros com pitose lingual, membros afastados, andar cambaleante é normal até o primeiro mês de vida devido o estado de adaptação do animal, após isso se encontrarmos um potro assim já começamos a pensar em alguma alteração neurológica ou alguma má adaptação. 
Nos primeiros meses de vida os potros possuem três comportamentos: dorme, come e defeca > mal socializa com outros indivíduos e possui um vínculo muito forte com a mae.
O animal já nasce com o reflexo de sucção (no útero o animal já possui esse reflexo – fim da gestação), se o animal nasceu e não teve reflexo devemos nos preocupar. 
Quando o animal nasce e faz tentativas de até duas horas para ficar de pé e não consegue nós iremos ajudar a levantar e mamar, pois o animal já começa a baixar sua reserva energética e entrar em hipoglicemia. 
Devemos ter três cuidados com os neonatos, esses itens devem ser observados para notar qualquer alteração precocemente, pois cada complicação em questões de horas virá uma bola de neve em potros, porque os animais têm um metabolismo muito acelerado e adaptação muito recente ainda: 
Certeza de liberação de mecônio (primeiras fezes produzidas em útero – mecônio é formado por líquido amniótico, resto placentário, célula de descamação intestinal – a cor do mecônio é verde enegrecido = bilirrubina). Devemos ter certeza que o animal liberou o mecônio (retenção do mecônio – rabo em pé, tenesmo, prostração) por causa de possíveis obstruções que o animal venha ter e pode levar a morte > para sabermos se há retenção podemos fazer uma palpação digito retal e sentir umas bolinhas = fecaloma
Normalmente o mecônio é liberado após sua primeira mamada
Liberar mecônio no útero indica sofrimento fetal
Tratamento é simplesmente lubrificar a ampola retal com óleos minerais e vegetais > fleet enema (frasco de 200 ml) > introduz no ânus e forçosamente aplica esse óleo
Não há necessidade de fazer fleet enema em todos os potros – desnecessário
 
Certeza que o indivíduo ingeriu o colostro por causa dos anticorpos (placenta epitéliocoreal, 6 camadas – não passa quase nada de anticorpo = nasce praticamente sem imunidade/ proteção) para a imunidade passiva. Um modo de achar esse item se esta alterado ou não é olhar o úbere da égua. 
Éguas possuem úbere muito pequeno, porém com uma produção láctea muito alta, logo ela necessita que o potro mame frequentemente > úbere cheio indica que o potro não está mamando
Potro ingere de 500-600ml de leite/hora
Éguas produzem na média de 12 a 15 litros de leite por dia, com produção continua, porém não tem capacidade de armazenamento
O pico de absorção do colostro é de 6 a 8 horas após o nascimento > intervalo IDEAL para a mamada
O ID é capaz de absorver essas proteínas no máximo 24 horas após o nascimento e a partir daí as células do TGI começam a ficar mais unidas e o potro perde essa permeabilidade de absorção de proteínas de alto peso molecular
Leite mais branco e colostro mais amarelado e denso (com mais proteínas)
O que pode acontecer para um potro não mamar o colostro? Égua pode rejeitar o potro (raramente = passa urina dela no potro), não ter reflexo de sucção, agalaxia, o potro não conseguir levantar, qualidade de colostro ruim (potros dessa égua costumam morrer ou adoecer – colostrômetro > quanto mais denso menos afunda e quando mais diluído mais afunda - 70g/L), égua morreu no parto, etc. 
Se a égua rejeitou: ordenha ela e dá para ele
Égua não produziu leite ou colostro é ruim: ordenha outra que tenha parido no mesmo dia ou recorre a bancos de colostro
Banco de colostro: Após o nascimento do potro, deixa ele mamar 6 horas pós-parto e ordenha a égua em uma mamadeira com filtro e congela a mamadeira em geladeira caseira (0 a -2ºC) > descongela a 37ºC e administra
Devemos fornecer de 10 a 20ml de colostro/kg de animal > só isso já protege o animal
Algumas éguas conseguem ser amas de leite > conseguem manter até dois potros muito bem e alimentá-los tranquilamente > passar urina da égua no dorso do potro, coloca a placenta dela no potro que você quer apadrinhar ou emplasta o nariz da égua com VIC para atrapalhar o olfato dela
Para dar a mamadeira para o potro que tem habito de sucção continua devemos fazer um furo no fundo da mamadeira para que não crie vácuo > potro fica irritado, dá cabeçada, joga a mamadeira no chão, etc. 
O colostro é um hiperfiltrado sanguíneo que tem imunoglobulinas > podemos substituir por plasma hiperimune 
Vacina o cavalo todo mês e colhe o sangue do animal 
Congela a bolsa de um litro > mesma dose do colostro
Plasma: frasco com anticoagulante/ só deixa sedimentar e o que sobra é o plasma soro + proteínas livres > sobrenadante 
Soro: parte liquida do sangue sem sedimentos, proteínas, etc. 
O soro hiperimune pode ser dado via oral no primeiro dia de vida > podemos adocicar com mel de amido/milho para ficar mais palatável e o potro adora (dose 100 ml colostro: 20 ml ‘mel’ de amido artificial) > mesmo volume: 10 – 20 ml/kg. 
A manutenção do potro quando ele não tem mais a mãe para continuar mamando > sucedâneo de leite (leite de vaca + água + açúcar) > dar o mesmo volume: 10 – 20 ml/kg. 
A manutenção do potro que não possui mais a mãe é feito com sucedâneos >> meio copo de leite de vaca semi-desnatado (para a gordura não exceder e gerar quadros de diarreias nos animais) 100 ml de leite + 20 ml de açúcar
No primeiro mês de vidao potro mama de hora em hora, a partir do segundo mês pode dar volumes maiores (1 litro) em intervalos maiores
O leite de cabra é bem parecido com o da egua, logo ele pode mamar na cabra e manter seu sustento; porém para aleitar com leite de cabra deve-se ter o animal, entretanto comprar leite de cabra é muito caro.
Cura de umbigo/ coto umbilical: devemos cauterizar o umbigo dos potros
 Devemos cuidar para não dar infecção, já que essa via é a maior causadora de infecções em potros neonatos, porque o coto umbilical fica exposto
O cordão se rompe no parto na região de estreitamento do cordão (5 cm de distancia) > fica um coto pequeno
Devemos ter tanto cuidado com o umbigo porque os animais vivem em lotes e aglomerações, logo as fontes de contaminações são bem maiores e há um acumulo maior de dejetos no pasto > ambiente mais sujo
Cuidados com o coto diminui significantemente a taxa de doenças de neonatos
Pode fazer a cura e passar um spray para espantar mosca/ repelente
Fazer a cauterização de 7 a 10 dias com iodo de 5 a 10% uma vez ao dia (SID)
Quando o cordão é rompido muito grande não devemos fazer nada e deixa o coto um pouco maior
Não podemos utilizar iodo mais forte porque senão ele queima/ resseca muito rápido e quebra mais rápido do que deveria expondo o tecido ainda vivo
Uma mão segura o frasco com o iodo e a outra mão segura o pé do animal para evitar potenciais coices 
Os neonatos possuem parâmetros físicos maiores que os dos adultos, por quê? Porque o metabolismo é intenso pois eles possuem uma alta perda de calor (intenso anabolismo) e com uma grande superfície de contato o animal tem uma maior dificuldade de termorregulação. 
O potro chega perto dos 20 a 40 bpm próximo aos seis meses de idade, antes disso é aumentado.
	Parâmetros
	Neonatos
	Cavalos adultos
	FC
	Primeiras horas 120 bpm
	20 – 40 bpm
	FR
	– 60 mrm
- Sempre menor que a cardíaca 
	8 – 16 / 10 – 20 mrm
	TºC
	38,5 – 39,5ºC
	37,5 – 38,5 ºC

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