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RESUMO DE SEMIOLOGIA DO TRATO URINÁRIO

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RESUMO DE CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS
AULA 12/09 – PROFESSOR JERICÓ
Sistema urinário
Dia 26/09 = Aula do Daniel sobre fluídoterapia e a próxima aula é prática e logo após prova. 
As doenças do sistema urinário são importantes nosso dia a dia, pois doenças renais crônicas são as doenças que possuem o maior índice de mortalidade em pequenos animais, entretanto as neoplasias/ doenças oncológicas estão quase se equiparando.
O sistema urinário é constituído por rins e as vias urinárias (ureter, vesícula urinaria e uretra). Lembrar-se das castrações que não raramente ocorre à ligadura do ureter causando uma hidronefrose > pressão hidrostática destrói o parênquima renal. 
O macho possui a próstata que normalmente ocorre hiperplasia prostática causando estenose da luz da uretra > estase urinaria que significa infecções oportunistas > microcistos > abcessos, além de termos a neoplasias prostáticas. 
Tanto o rim como as vias urinaria (papel de condução da urina) são importantes, porem um animal consegue viver sem as vias urinárias, porém não consegue viver sem os rins ou com eles afuncionais ou doentes > papel do rim não é fácil de ser substituído > principal responsável do sistema urinário. 
Rins
Quais são as funções dos rins? Faz equilíbrio hídrico e eletrolítico, manutenção de pressão arterial, excreção/eliminação de toxinas (produtos nitrogenados no sangue – amônia/ substâncias nitrogenadas), hematopoese (secreção – eritropoietina, renina), manutenção da pressão arterial sistêmica (aldosterona importante), equilíbrio acido base (assim como o organismo animal produz toxinas nitrogenadas, logo tendemos a acidose o tempo todo e precisamos eliminar as toxinas gerando bicarbonato). 
O bicarbonato é formado através da reação de CO2 + H2O em HCO3 com o auxilio da enzima anidrase carbônica, fazendo uma dissociação rápida > acido vai para a luz tubular do rim > no rim temos a amônia que quer volatizar o tempo todo para escapar (atravessar a membrana), logo um hidrogênio + amônia forma amônio e é excretado > acidose = hiperventilação. 
A angiotensina faz vasoconstrição periférica para aumentar a pressão e manter a perfusão do centro – rim é periférico e também sofre constrição > ele também sofre pouca irrigação. 
Quando a ureia esta aumentada, já imaginamos que a filtração esta alterada.
Filtração, secreção (secretam para a luz tubular), reabsorção e excreção > são atitudes que os rins tomam para exercer a sua função. 
De 20 a 30% de sangue do animal esta no rim. 
O néfron tem como primeira função a excreção de toxinas nitrogenadas e ácidos > primeira coisa que o néfron faz é filtrar através da pressão hidrostática gerando um filtrado glomerular. Os capilares permeiam as substancias que irão sair ou não pelo peso molecular e pela carga elétrica, o que não pode passar pelos capilares são as albuminas (tudo de albumina pra cima não passa – 60 mil daltons), células, anticorpo, hemácias e leucócitos. Junto com as substancias nitrogenadas passa glicose, aminoácidos (dipeptídeos) e ÁGUA que devera ser reabsorvida.
A filtração é importante, porém a reabsorção de agua é mais ainda, pois necessitamos conservar a agua do nosso organismo, já que somos 70% de agua.
Como o rim faz para trazer a agua de volta/ reabsorver? Temos a albumina que faz a pressão oncótica (proteínas) e o sódio que faz a pressão hidrostática. Logo a agua ocorre por transporte de sódio, através das bombas de sódio e potássio > aonde o sódio vai a agua vai atrás. 
Em túbulo proximal a gente já reabsorve 80% de agua, na alça de henle é reabsorvido mais 10% (sintonia fina final =ultima chance de recuperar/ preservar a agua) de agua e no seguimento distal o ADH e ALDOSTERONA entram em ação no transporte de sódio e potássio, porém a aldosterona é comandada pela volemia que estimula ou não o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e o ADH só faz o transporte de agua > só abre os poros para reabsorção. 
Para medir a filtração usamos como indicadores a creatinina, ureia e fosforo. Quando a ureia esta aumentada, já imaginamos que a filtração esta alterada, onde os níveis devem estar baixos > se estiverem aumentados – alteração na filtração, além de poder ocorrer uma proteinúria (PU/CU). 
A reabsorção é analisada pelo exame de densidade urinaria (urinálise), onde a densidade normal deve estar acima de 1,030 (hiperestenúrica = mais concentrada que a agua); a densidade do filtrado na entrada do túbulo proximal é 1,012 (igual ao do sangue/ plasma) > alça de henle começa a absorção de sódio e agua > porem não mexe na osmolaridade porque o que sai de soluto também sai de agua > no vale da alça de henle temos uma porção que é impermeável a agua, logo ocorre à reabsorção de sódio e não de agua e ai sim começamos a alterar nossa osmolaridade > no fim da alça de henle temos uma densidade menor que 1,012 e ai sim o ADH entra em funcionamento que abre os poros (transporte passivo com interstício hipertônico/ muito concentrado) que é o único que consegue alterar a densidade (pode ate chegar a ser maior que 1,060 se não estiver normalizado).
Quando ingerimos muita agua e chegamos à densidade de 1,006/1,008 (hiposmolar) o ADH não funciona mais para que não ocorra uma intoxicação hídrica e esse excesso seja excretado > hiponatremia = cai pressão osmótica no sangue e o cérebro não se adaptou e formam-se edemas cerebrais. Quando o animal encontra-se com esses níveis de densidade temos as seguintes opções: ou ele esta ingerindo muita agua ou ele não responde bem ao ADH ou ele não produz o ADH.
Entretanto, se o animal tivesse problema no túbulo todo com densidades menores que 1,012 sãocaracterísticos de ADH que não esta funcionando.
Um animal desidratado que não tem uma densidade nem menor que 1,012 e nem maior do que 1,030, o animal tem densidade 1,018 > animal esta perdendo agua. 
O animal diabético tem tanta glicose que não consegue absorver tudo de volta ou tem uma lesão tubular proximal (transportadores de glicose); além de analisar a Glicosúria devemos pedir uma glicemia sérica. 
A secreção é avaliada através do potássio (lesão tubular distal que não elimina o potássio) e os íons de hidrogênio que atuam na regulação do pH, quando temos acidose temos muito hidrogênio e pouco bicarbonato > função tubular comprometida. 
Se o animal perde capacidade de filtração para excreção de toxinas nitrogenadas = TOXICEMIA! 
*fígado transforma amônia em ureia!
Toxicemia: êmese, halitose, neurológico, apatia, anorexia, convulsões e coma > depende do grau da Toxicemia do animal. 
Hiperfosfatemia: diminuição de cálcio e elevação do paratormônio, alteração cerebral, osteodistrofia, osteoporose, substituição de cálcio por tecido fibroso > cara inchada, coagulopatia.
Proteinúria: edema > altera pressão oncótica.
Quando o animal tem reabsorção prejudicada, o animal não consegue conservar agua: desidratação, poliuria, polidipsia, densidade baixa, Glicosúria (poliuria e formigas/insetos). 
Para toda poliuria vem a polidipsia = rim e mecanismo da sede > evitam que a gente desidrate > idosos perdem esse mecanismo, logo devemos sempre ofertar agua e alimentos úmidos. 
Quando o animal tem secreção prejudicada (acidose): hiperventilação. 
Medula renal sempre tem que ser hipertônica para manter a pressão osmótica para os transportes de substancias. 
Quando lesamos a membrana basal do néfron, onde é um leito proteico que permite as trocas das células tubulares e sua nutrição > não tem mais regeneração do néfron e sobrecarrega os outros néfrons. 
Eferentes são lesadas com AINES que geram uma hipotensão no vaso > são lesões serias. 
Quando os animais estão desidratados, temos uma alta concentração de solutos e toxinas que podem sobrecarregar as células do epitélio renal (intoxicação celular) > por isso precisamos fazer uma fluídoterapia agressiva para o rim eliminar todas essas substâncias > mais concentradas (toxinas) = há reabsorção. 
Hipovolemia duradouras são perigosas para o rim porque ele se manterá em hipóxia, pois fara a vasoconstrição. 
Se o rim perdera capacidade de sintetiza eritropoietina o animal apresentara quadro de anemia (fraqueza, mucosas hipocoradas/pálidas, etc.).
TRATO URINÁRIO INFERIOR (TUI)
A partir das evidencias, relatos, resenha e o que o animal nos demonstra é que conseguimos montar um diagnostico, com ou sem exames complementares.
Toda doença tem um grupo de risco = idade, raças, região e etc. 
Identificação do animal:
Qual a espécie do animal? Qual a idade do animal? Raça (predisposição)? Sexo?
Gatos machos obstruem mais frequentemente devido a uretra ser muito estreita e além de terem a urina mais concentrada, logo os componentes se encontram e entram em contato mais facilmente. 
A idade nos mostra quais as possíveis doenças que mais atingem os animais naquela faixa de idade, auxiliando no afunilamento das doenças para fechar um diagnostico. 
Machos possuem mais cálculos e fêmeas mais cistites. 
Anamnese:
Poliuria:
 frequência alta em muita quantidade
Polaquiuria:
 frequência alta em quantidade pequena
Anúria:
 não há formação da urina.Qual a queixa principal? Desde quando esta acontecendo? É a primeira vez que acontece ou já teve? Quais os sintomas e características dele? Como esta o funcionamento dos órgãos e sistemas? Quais serão as possíveis causas? Houve algum tratamento prévio ou atual? 
Os sintomas que podemos encontrar nos animais com afecção de TU, são: alterações de volume, frequência, dificuldade (disúria, estrangúria/periúria) e esvaziamento (incontinência urinaria – iscúria = incapacidade de eliminar a urina produzida > obstrução) – doresremetem ao TUI. 
A incontinência normalmente ocorre em fêmeas castradas precocemente ou algum problema congênito. 
*Castração precoce só previne câncer de mama, pode causar a incontinência, genitália minúscula (dificulta sondagem) > castração retira os estrógenos e o animal pode perder o controle dos esfíncteres >>> macho tem sua maturidade sexual a partir dos 6 meses de vida. 
Animal que não urina a três dias >anúria ou iscúria? Através da palpação iremos sentir se a bexiga esta repleta (iscúria) ou vazia (anúria). Anúria é serio porque o rim não esta funcionando >produzindo urina. 
Se há poliuria ele terá polidipsia > qual o aspecto da urina? Hemorragia sempre remete ao TUI porque não há digerido e todo o TUI é muito vascularizado e qualquer coisa sangra. 
Substancias nitrogenadas alteram a permeabilidade vascular. 
Poliuria, polidipsia, êmese e ingeriu uma substancia toxica > Toxicemia importante > não estimula a diarreia, eles podem ter diarreias ate com sangue porque as bactérias do trato digestório gostam de amônia que esta sobrando no animal e as bactérias supercolonizam o local gerando diarreia e ate mesmo hematoquesia. 
A perda de peso é um sintoma crônico. 
Exposição a agentes nefrotóxicos: AINEs, antibióticos e alguns quimioterápicos. 
Exame físico:
ECC: bom, regular e ruim. O ECC é analisado através do nível de consciência do animal, locomoção e tegumento. Um ECC bom é aquele que todos os itens estão certos e sem nenhuma alteração significativa, o ECC regular já encontramos de 1 a 2 parâmetros alterados além de um animal já obeso e o ruim é aquele em que todos os itens estão fora do padrão. 
Desidratação 
Grau 
< 5% PV
Assintomático 
5 a 6% PV
Leve
7 a 9% PV
Moderado
10 a 12% PV
Severa
13 a 15% PV
Critica ou muito severa 
Importante saber para fazer cálculo de reposição = fluídoterapia. Precisamos avaliar as funções vitais como temperatura, linfonodos (mandibular, pré-escapular e poplíteo), mucosas, frequência cardíaca e respiratória. Pois cada item alterado nos indica um caminho de suspeita e raciocínio. 
Devemos analisar a hidratação do animal, já que isso é essencial para o sistema urinário. Os cães perdem primeiramente a capacidade de reabsorção de agua para posteriormente terem sua capacidade de filtração alterada. Elasticidade da pele e umidade da mucosa. 
Fazemos o exame na sequencia de cabeça > pescoço > tórax > abdômen > cauda, pois cada sistema nos trará alguma informação. 
Exame de rim, bexiga e uretra
Podemos avaliar o rim de forma direta nos grandes animais através da palpação retal e nos pequenos animais pela palpação transabdominal. Neste exame iremos avaliar se o animal apresentara sensibilidade, alteração no volume/ tamanho, superfície do órgão, modificação da posição e consistência. 
O rim esta localizado na região monogástrica dorsal, a bexiga esta na região hipogástrica. 
Uma iscúria pode ser por obstrução ou por rompimento de bexiga. 
No exame de inspeção do rim o que podemos notar é se a região inferior do abdômen está mais inchada/ distendida ou não sugerindo talvez uma bexiga repleta, porem precisamos da palpação.
A palpação de bexiga pode nos trazer as informações de aumento de volume da mesma, se há concreções, alterações de parede (mais espessada ou não), sensibilidade, ausência de urina e podemos finalizar com a percurssão. 
A uretra pode ser avaliada diretamente por palpação de região perineal ou meato urinário, sondagem ou através de exames de imagem (principalmente os contrastados - uretrocistografia). 
Provas laboratoriais:
Função glomerular > ureia e creatinina, densidade urinaria (PU/CU) e fósforo. 
Rim não se avalia somente pela ureia e creatinina > não fecha status do rim. 
Cilindro é a pista da proteinúria e problema renal.
Granuloso e celulares > processos ativos/ agudos
Hialinos > processos crônicos 
Função tubular > densidade urinária, teste de privação de agua (não se faz porque pode piorar o quadro de um nefropata), fração de excreção de eletrólitos (não se faz), urinálise de rotina (pH, densidade, sedimentos, glicose e cilindros).

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