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Aula 6 Parasitose

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Principais parasitoses de 
importância clínica 
Prof. Eduardo Gomes 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Ciência que estuda os organismos que vivem no interior ou 
exterior de outro hospedeiro, obtendo alimento às expensas de 
seu hospedeiro, consumindo-lhe os tecidos e humores ou o 
conteúdo intestinal. 
Parasitologia 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
O relacionamento do parasita com seu hospedeiro tem base 
nutricional não podendo lesar drasticamente o hospedeiro, 
evitando alterações comprometedoras, o que o faria perder seu 
hospedeiro. 
 
Esta convivência nem sempre nociva ao hospedeiro, pois o 
parasitismo ideal é aquele que não causa dano ao hospedeiro e, 
por conseguinte, não provoca doença. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Abrange o estudo de protozoários, 
helmintos e artrópodes, onde a maiorias 
dos parasitos de importância médica e 
veterinária estão situados. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Formas de transmissão dos parasitas 
O parasita é capaz de se reproduzir disseminando seus ovos, 
e estes, costumam infectar outros hospedeiros, dos quais 
eles retirarão seus meios de sobrevivência através do 
parasitismo. 
Eles podem ser transmitidos entre os seres humanos através 
do contato pessoal ou do uso de objetos pessoais. 
 
 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Podem também ser transmitidos 
através da água, alimentos, mãos 
sem a devida higienização, poeira, 
através do solo contaminado por 
larvas, por hospedeiros 
intermediários (moluscos) e por 
muitos outros meios. 
Formas de transmissão dos parasitas 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Classificação dos parasitos: 
• Quanto ao número de hospedeiros: 
• monoxenos/monogenéticos e heteroxenos/digenéticos 
 
• Quanto à localização nos hospedeiros: 
• ectoparasitas ou endoparasitas 
 
• Quanto ao número de células: 
• unicelulares ou pluricelulares 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Monoxenos ou monogenéticos: 
são os parasitas que realizam o 
seu ciclo evolutivo em um único 
hospedeiro. 
Exemplos: o Ascaris lumbricoides 
(lombriga) e o Enterobius 
vermicularis (oxiúrio). 
Quanto ao número de hospedeiros: 
Ascaris lumbricoides 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Heteroxenos ou digenéticos: 
são os parasitas que só 
completam o seu ciclo 
evolutivo passando pelo 
menos em dois hospedeiros. 
 
Exemplos: Schistossoma sp 
(esquistossomo) e o 
Trypanosoma cruzi 
(tripanossoma). 
 
Quanto ao número de hospedeiros: 
Schistossoma sp (esquistossomo) 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Quanto à localização nos hospedeiros: 
Ectoparasitas: são os que se 
localizam nas partes externas dos 
hospedeiros. 
 
Exemplos: a sanguessuga, o piolho, 
a pulga, etc. 
piolho 
pulga 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Endoparasitas: são os que se 
localizam nas partes internas dos 
hospedeiros. 
 
Exemplos: as tênias (solitárias), a 
lombriga, o esquistossomo, etc. 
Quanto à localização nos hospedeiros: 
esquistossomose 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Unicelulares: possuem uma única célula que apresenta o 
núcleo organizado, ou seja, está separado do citoplasma 
pela membrana nuclear. São, portanto, organismos 
eucariontes. 
Exemplos: protozoários 
Quanto ao número de células: 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Pluricelulares: são organismos formados por 
conjuntos de células semelhantes e interdependentes, 
Que desempenham uma ou mais funções. 
São, portanto, organismos eucariontes. 
Exemplos: helmintos 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
PARASITISMO: 
É a interação entre indivíduos de espécies diferentes, em 
que se estabelecem relações intimas e duradouras com 
certo grau de dependência metabólica. Geralmente o 
hospedeiro proporciona ao parasito todos os nutrientes e 
as condições fisiológicas requeridas por este. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Especificidade do hospedeiro: 
 
Dependendo das necessidades individuais de cada parasito, 
ele utilizará apenas determinada espécie de hospedeiro ou 
um grupo de diferentes espécies ou mais. 
 
Quando o parasito exige apenas uma espécie de hospedeiro 
para completar seu ciclo biológico, é dito monoxeno e, se a 
espécie for sempre à mesma, será considerado estenoxeno. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Especificidade do hospedeiro 
 
Por outro lado, quando o parasito necessita de mais de uma 
espécie de hospedeiro para completar seu ciclo biológico, 
um deles será o hospedeiro definitivo e os demais são 
considerados hospedeiros intermediários. 
 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO - é 
o que apresenta o parasito 
em fase de maturidade ou 
em fase de atividade sexual. 
 
Exemplo: do Plasmodium é o 
Anopheles; do S. mansoni é o 
ser humano 
S. mansoni: ciclo da vida 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO 
- é o que apresenta o parasito 
em fase larvária ou em fase 
assexuada. 
 
Exemplo: do Trypanosoma 
cruzi é o triatomíneo, do S. 
mansoni é o caramujo. S. mansoni: ciclo da vida 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Adaptações ao parasitismo 
 
A adaptação é a marca do parasitismo. Mostra a evolução 
do parasito para melhorar seu relacionamento com o 
hospedeiro. E esta evolução tornou o parasito (invasor) 
mais dependente de seu hospedeiro. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Relação parasito-hospedeiro 
Existem diversos tipos de interação entre os parasitos e seus 
hospedeiros. Mas com frequência, provocam uma resposta do 
sistema imunológico com diferentes resultados: 
• destruição do próprio parasito e cura da infecção; 
• limitação da população parasitária, levando ao equilíbrio da 
relação; 
• hipersensibilidade ou inflamação, podem levar a necrose do 
tecido em torno. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE OS HOSPEDEIROS 
 
Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro indica que 
está havendo ação patogênica do mesmo. Em geral, os distúrbios que 
ocorrem são de pequena monta, pois há uma tendência de haver um 
equilíbrio entre a ação do parasito e a capacidade de resistência do 
hospedeiro. Dessa forma, vê-se que a ação patogênica dos parasitos é 
muito variável, podendo ser assim apresentado. 
 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
AÇÃO PATOGÊNICA DOS PARASITOS 
• Ação espoliativa 
• Ação tóxica 
• Ação mecânica 
• Ação traumática 
• Ação irriativa 
• Anóxia 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
AÇÃO ESPOLIATIVA 
Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do 
hospedeiro, podem deixar pontos hemorrágicos na mucosa 
quando abandonam o local de sucção. 
 
AÇÃO TÓXICA 
Acontece quando algumas espécies produzem enzimas ou 
metabólicos que podem lesar o hospedeiro. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
AÇÃO MECÂNICA 
Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou 
absorção alimentar. 
 
AÇÃOTRAUMÁTICA 
É provocada, geralmente, pela migração de formas larvais de 
helmintos, embora vermes adultos e protozoários também 
possam fazê-lo. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
AÇÃO IRRIATIVA 
Alguns parasitos têm a propriedade de sensibilizar o 
organismo humano, causando fenômenos alérgicos. 
 
ANÓXIA 
Qualquer parasito que consuma o oxigênio da hemoglobina, ou 
produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
RELAÇÕES ENTRE SERES VIVOS 
 
Podemos classificar as relações entre seres vivos 
inicialmente em dois grupos: 
• intraespecíficas 
• interespecíficas 
 harmônicas ou positivas e 
 desarmônicas ou negativas 
 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
RELAÇÕES HARMÔNICAS 
Ocorrem entre organismos de espécies diferentes. 
 mutualismo, 
 comensalismo e 
 simbiose. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
RELAÇÕES DESARMÔNICAS 
Entre espécies diferentes, em uma mesma comunidade, 
apresentam nichos ecológicos iguais ou muito semelhantes. 
 Competição, 
 Canibalismo, 
 Parasitismo e 
 Predatismo. 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Principais parasitos humanos 
Schistossoma Mansoni 
CLASSE: Trematoda FAMÍLIA: Schistomatidae 
• Vias para chegar ao sistema porta: 
– Via sanguínea: veia pulmonar – coração esquerdo – 
aorta – capilares – veias – sistema porta; 
– Via transtissular: perfura o parênquima pulmonar – 
pleura – diafragma – cápsula e parênquima hepático, 
chegando ao sistema porta; 
 
Sintomas 
• Mal-estar, cansaço, febre 
alta 
• Emagrecimento 
• Diarreia, fezes 
sanguinolentas 
• Cólicas hepáticas e 
intestinais 
• Hepatomegalia 
• Ascite 
Profilaxia 
• Educação sanitária 
• Saneamento básico 
• Eliminação do caramujo 
• Vermifugação 
Esquistossomose 
Diagnóstico 
• Clínico, anamnese 
(histórico de vida, 
hábitos); 
• Parasitológico – método 
de Kato-Katz (principal!) 
• Ultrassonografia 
• Métodos imunológicos: 
muito pouco usados 
Tratamento 
• Oxamniquina e 
praziquantel 
Tricuríase 
• CLASSE Trichurida 
• Infecção cosmopolita 
• Clima quente e úmida e baixas condições sanitárias 
• Escolares (<15 anos) 
• Maioria assintomática – sintomática apenas com alta carga 
parasitária 
 
Tricuríase 
HÁBITAT 
• Intestino grosso de humanos em infecções leves e 
moderadas principalmente no ceco e cólon ascendente, 
nas infecções intensas, no cólon distal, reto e porção distal 
do íleo 
• Alimenta-se de enterócitos e alguns autores sugerem 
alimentarem-se de sangue, mas não causam anemia! 
 
Tricuríase 
• reprodução sexuada 
• ovos eliminados nas fezes 
• relação macho/fêmea de 1:1 
• fêmea elimina de 3.000 a 20.000 ovos por dia 
• o ovo recém eliminado desenvolve-se no ambiente para se tornar 
infectante, normalmente de 13 a 21dias 
• os ovos contaminam a água e os alimentos (são altamente 
resistentes) e ao serem ingeridos, perdem as camada s e liberam as 
larvas; 
• as larvas passam pelos quatros estágios larvais 
• as larvas cavam túneis na camada epitelial da mucosa 
• os vermes adultos ficam com a porção posterior do corpo na luz 
intestinal 
Tricuríase 
• PATOGENIA 
– depende da idade do hospedeiro, estado nutricional e 
distribuição dos vermes adultos no intestino; 
– Infecções: 
• Leves: <1.000 ovos/g de fezes 
• Moderadas: de 1.000 a 9.999 ovos/g de fezes 
• Graves: > 10.000 ovos/g de fezes 
 
Tricuríase 
SINTOMATOLOGIA: 
• Como não há migração sistêmica, as lesões estão confinadas ao 
intestino 
• A reação inflamatória local apresenta relatos de ulcerações e 
sangramentos na mucosa 
• Infecção leve: assintomático 
• Infecção moderada: diarréia, vômito, náuseas, dor de cabeça 
• Infecção grave: síndrome disentérica crônica, diarréia 
intermitente com presença de muco, sangue, dor abdominal, 
desnutrição grave, anemia, prolapso retal 
 
Tricuríase 
DIAGNÓSTICO 
• O diagnóstico clínico não é específico, devendo ser 
complementado pelo laboratorial 
• Presença de ovos nas fezes: método de Kato-Katz 
(quantitativo e qualitativo) 
 
TRATAMENTO 
• Benzoilimidazóis: mebendazol, albendazol 
 
PROFILAXIA 
• Saneamento, educação, tratamento, higiene e proteção 
contra moscas e baratas que conduzem os ovos 
 
 
Enterobius vermiculares 
FAMÍLIA: Oxyuridae 
• Oxiúro 
• Escolares (de 5 a 15anos) 
• Ovos fósseis datados de 1.000 anos a.C 
 
HÁBITAT 
• Machos e fêmeas vivem no ceco e no apêndice 
• Fêmeas com 5 a 16mil ovos vão para a região perianal 
 
Oxiuríase 
CICLO BIOLÓGICO 
• Após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem 
• As fêmeas com os ovos vão para a região perianal (principalmente 
a noite) 
• Alguns autores sugerem a postura, outros o rompimento das 
fêmeas e liberação dos ovos 
• Ovos com larvas são ingeridos 
• As larvas rabditóides eclodem, no intestino delgado e sofrem duas 
mudas no trajeto até o ceco, onde tornam-se adultas. 
• Um a dois meses as fêmeas são encontradas na região perianal 
• Se não houver reinfecção, o parasitismo acaba! 
 
Oxiuríase 
TRANSMISSÃO 
• Heteroinfecção: primoinfecção, ingestão de ovos em 
alimentos; 
• Indireta: quando a ingestão é de ovos do próprio hospedeiro; 
• Auto-infecção direta ou externa: hospedeiro leva ovos da 
região perianal à boca; 
• Auto-infecção interna: raro, as larvas eclodiriam ainda no reto 
e virariam vermes adultos no ceco; 
• Retroinfecção: as larvas eclodem na região perianal, penetram 
no ânus e voltam para o ceco 
 
Oxiuríase 
PATOGENIA 
• Prurido anal 
• Enterite catarral 
• Inflamação no ceco e apêndice 
• Infecção bacteriana secundária 
• Perda de sono, nervosismo e erotismo 
 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: prurido anal noturno 
• Laboratorial: fita adesiva gomada – método de Graham 
 
 
Oxiuríase 
PROFILAXIA 
• Banho matinal 
• Fervura diária de roupar íntimas e de cama 
• Tratar contatos intra-domiciliares 
• Unhas rentes 
• Pomada mercurial antes de dormir 
 
TRATAMENTO 
• Albendazol 
• Pamoato de pirantel 
• Ivermectina 
Filariose 
• Wuchereria bancrofti 
 
LOCALIZAÇÃO 
• VERMES ADULTOS: encontrado em vasos e gânglios linfáticos (por 
4 a 8 anos), na região pélvica, mamas, braços e vasos linfáticos do 
cordão espermático. 
• MICROFILÁRIA: Movimenta-se ativamente na corrente sanguínea 
• LARVAS: a microfilária perde a bainha no estômago do mosquito e 
migram para os músculos torácicos e transformam-se em L1 ou 
larva salsichóide. Em 6 a 10 dias ocorre a primeira muda para L2. 
De 10 a 15 dias, ocorre a segunda muda, originando a L3, a larva 
infectante, que migram para a proboscídea do mosquito. 
Filariose 
• A fêmea do mosquito Culex, no repasto sanguíneo, ingere 
microfilárias 
• No invertebrado, o ciclo dura de 15 a 20 a 20-25ºC, mas pode ser 
menor em maiores temperaturas 
• No próximo repasto, a fêmea do mosquito deixa escapar a L3 nos 
líquidos corporais, a larva migra para a circulação linfática e se 
aloja; 
• Com sete a oito meses depois, as fêmeas grávidas produzem as 
primeiras microfilárias 
• Durante o dia, as microfilárias se localizam principalmente nos 
capilares profundos, como no pulmão; durante a noite 
(PERIODICIDADE), migram para a circulação periférica sanguínea 
• O inseto vive, no máximo, 60 dias 
• Entre a picada com L3 e a filariose linfática pode chegar a um ano 
Filariose 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico 
• Laboratorial: 
– + usado: pesquisa da microfilária- técnica da gota espessa– Pesquisa de anticorpos e antígenos circulantes: 
• Não permitem distinção entre parasitados e já curados 
(anticorpos) 
• ELISA e Imunocromatografia para antígenos sanguíneos 
– PCR 
– Pesquisa de vermes adulto: por USG (+usado) e biópsia 
– Infecção no vetor (pouquíssimo usado) 
 
Filariose 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Assintomática ou subclínica: com microfilária mais sem sintoma aparente, 
podendo apresentar danos nos sistemas linfático e renal; 
• Aguda: linfangite retrógrada nos membros e adenite; 
• Crônico: linfedema, hidrocele, quilúria (comprometimento renal), 
elefantíase (inflamação, fibrose crônica, hipertrofia do tecido conjuntivo, 
dilatação dos vasos linfáticos); 
• Eosionofilia Pulmonar Tropical (ETP): sintomas de asma brônquica, 
aumento de IgE – hiperresposta imunológica, levando ao aparecimento de 
abscessos eosinofílicos com microfilárias e posterior fibrose intersticial nos 
pulmões 
 
PATOGENIA 
• AÇÃO MECÂNICA: devido à presença de vermes adultos nos vasos 
linfáticos 
– Estase linfática com linfangiectasia (dilatação e varizes linfáticas) 
– Derramamento linfático ou linforragia: 
• Edema: nas pernas; 
• Ascite linfática: na cavidade abdominal; 
• Linfocele: no escroto 
• Linfúria/Quilúria: nas vias urinárias 
• AÇÃO IRRITATIVA: devido à presença de vermes adultos nos vasos 
linfáticos, produtos do metabolismo ou de sua desintegração pós-morte 
– Linfangite retrógrada 
– Adenite (inflamação e hipertrofia dos gânglios) 
 
TRATAMENTO 
• Antifilarial específico, dietilcarbamezina e ivermectina 
 
Ascaridíase 
• Incide em todo o globo com registros bem antigos 
• Alta índice de parasitismo no Brasil, principalmente em 
crianças com menos de 12 anos 
 
CICLO BIOLÓGICO 
• Uma fêmea põe cerca de 200.00 ovos não-embrionados por dia 
• Os ovos férteis tornam-se embrionados cerca de 15 dias após a postura 
• Os ovos podem permanecer meses no solo até serem ingeridos 
• Os ovos eclodem no intestino delgado 
• As larvas atravessam a parede intestinal, caem na circulação sanguínea 
ou linfática,atravessam o coração direito e com quatro ou cinco dias são 
encontradas no pulmão (ciclo de LOSS) 
• Com oito dias sofrem muda, rompem os capilares alveolares e caem nos 
alvéolos 
• Sobem pela árvore traqueobrônquica, chegando até a faringe, podendo 
ser expectoradas ou deglutidas, até serem fixadas no intestino delgado 
• Transformam-se em adultos com 20 ou 30 dias, com 60 fazem a cópula, 
ovipostura e os ovos são encontrados nas fezes do hospedeiro 
• Os vermes adultos tem uma longevidade de um a dois anos 
Ascaridíase 
TRANSMISSÃO 
• Água e alimentos contaminados 
• Poeira, aves e insetos podem veicular mecanicamente os ovos 
• Como o parasito não se reproduz dentro do hospedeiro, a 
exposição continua é a única fonte de acúmulo de vermes adultos 
 
Ascaridíase 
PATOGENIA 
 
LARVAS: 
• No fígado, causam focos de hemorragia e necrose, posteriormente fibrosados. 
• Nos pulmões, a passagem das larvas pelos alvéolos pode causar hemorragia e quadro 
pneumônico: edemaciação dos alvéolos com infiltrado parenquimatoso eosinofílico, 
manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia = síndrome de Löeffler. Na tosse 
produtiva, o catarro pode ser sanguinolento e com larvas. 
 
VERMES ADULTOS: 
• AÇÃO ESPOLIADORA de nutrientes, levando a subnutrição; 
• AÇÃO TÓXICA: antígeno-anticorpo, levando a edema, urticária, convulsões epileptiformes; 
• AÇÃO MECÂNICA: irritação na parede e enovelamento que pode levar a obstrução intestinal 
• LOCALIZAÇÃO ECTÓPICA: apêndice, colédoco, canal de wirsung, eliminação pela boca e 
narina 
 
Ascaridíase 
DIAGNÓSTICO 
• Pouco clínico 
• Laboratorial: método de Kato-Katz 
 
TRATAMENTO 
• Albendazol, mebendazol, palmoato de pirantel e ivermectina

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