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Introdução ao estudo de direito penal Introdução: • Direito publico X Direito privado • Direitos difusos e coletivos • Publico / Constitucional / Administrativo / Penal / Direitos Humanos • Direito de punir * Juspiniendi * 2- Conceito de direito penal O que é Direito Penal, é o ramo do direito publico caracterizado pela reunião de regras jurídicas que dirigem o poder punitivo do Estado com a finalidade de atingir os fatos criminais e as providencias infligiveis a quem os pratica. 3 - Função de Tutela Jurídica O direito penal detêm a função de tutela jurídica que é de proteger bens jurídicos. Denominação primeira vez usada: Direito Penal: Código Penal da Republica 1890 Ratificada Consolidação leis penais 1930 Código Penal 1940 Constituição Federal 1988 Direito Criminal: Época do Império Direito Progressivo: Escolas Direito Sancionador: Escolas Direito Restaurador: Escolas 5 - Características do direito Penal Exclusividade: Somente a norma penal deve definir crimes e cominar penas. Generalidade: Erga omnes (direito penal é), ou seja aplica-se a todos, não sendo possível a designação de diferenças entre os integrantes da sociedade. Imperatividade: O direito penal é obrigatório pois a norma penal é autoritária, imposta a todos e independentemente da sua vontade. Basta a pratica da conduta ilícita no tipo penal com culpa ou dolo para que a norma seja aplicada. Impessoalidade: A norma penal não pode ser criada para incriminar pessoa determinada pois ela é abstrata (decorrência da generalidade). Positividade: A única fonte do direito penal para definir crimes e cominar penas é a lei. 6- Direito penal objetivo e Direito Penal subjetivo: Objetivo: É caracterizado pelo conjunto de normas penais que se encontram em vigor no território de um Estado. Subjetivo: É caracterizado pelo direito de punir (jus puniende) que surge para o Estado com a pratica da infração penal pelo agente. 7- Direito Penal Comum / Especial: Comum: É caracterizado pela aplicação a todos os indivíduos e aos fatos criminosos em geral. Especial: É caracterizado pela aplicação a determinado grupo de pessoas (categorias), em razão de suas características pessoais. 8- Direito Penal Material / Formal: Material (ou Substantivo): É caracterizado pela existência da lei penal que define as condutas típicas e estabelece as sanções. Formal (ou Adjetivo): É aquele que define as regras do direito penal substantivo servindo de instrumento para a sua aplicação. (direito processual penal) 9 - Princípios orientadores do direito: Princípios (gera) = função (função decorre do principio, é uma conseqüência) 9.1 - Principio da Legalidade ou Reserva Legal: Alexandre Moraes: Legalidade = todos (corrente contra o sinônimo de legalidade e reserva legal) - divergência Reserva legal = Legislador (porque ele é obrigado a obedecer determinadas formalidades para a criação da lei) Art 1 CP: Não ha crime sem lei anterior que a defina, nem... Art. 5, XXIX (39), CF 88: Não ha crime.... nullum crimen nulla poena sine lege (...) Não ha crime nem pena sem lei anterior (...) Funções: Irretroatividade penal: Regra geral: A lei penal incriminadora jamais retroagira, só será aplicada a fatos posteriores a sua criação. Retroatividade da lei penal mais benéfica: Art. 2, Parágrafo Único, CP e art. 5, XXXX (40), CF 88. Taxatividade: O direito penal apresenta um rol exaustivo de condutas que configuram o delito, esse rol taxativo não admite aplicação dos costumes e nem da analogia "in malan partem". "inbonam partem": afirma-se que se a aplicação no ramo do direito... Determinação: Determinar significa delimitar, delinear, especificar, são proibidos por tanto incriminações vagas, indeterminadas a norma deve ser exata, certa. "Nullum crimen nulla poenasine lese certa", ou seja "não a crime, não ha pena sem lei certa". 9.2 - Intervenção mínima: O direito penal deve atuar minimamente nas relações sociais, só quando estritamente necessário. Subsidiaridade: O direito penal é a ultima ratio (razão) ou seja, para a solução de um conflito devem ser empregados todas as demais regras do direito, se não houver sucesso aplica-se o direito penal. Fragmentariedade: O bem jurídico protegido deve ser dividido e o direito penal vai atingir apenas as parcelas em que for essencial. 9.3 - Humanidade: Observa a dignidade da pessoa humana. (Art. 1 , III , CF). 9.4 - Culpabilidade: É a habilidade de ter culpa "lato sensu", amplo. 9.5 - Lesividade ou ofensividade: O direito penal não devera atuar quando não for atingido bem jurídico protegido alheio significante. 9.5.1- Alteridade: O direito penal não devera atuar quando for atingido o bem jurídico protegido do próprio agente. O direito penal não rege (não vai mexer, atingir...) atitudes meramente internas, são necessários atos de execução. 9.5.2 - Insignificância ou Bagatela: O direito penal não devera atuar quando a lesão ao bem jurídico protegido alheio for ínfima. Essa função não tem previsão legal. (não esta na lei, pode ser considerado principio o 9.5.1 e o 9.5.2) Se não tem previsão legal o juiz não precisa aplicar necessariamente (ele escolhe se quer ou não). Fundamento é doutrinário jurisprudencial, critérios: Natureza objetiva: 1 salário mínimo. (ate ou abaixo disso insignificante). Natureza subjetiva: O que o valor econômico significa para a vitima. (um salário mínimo para quem só ganha isso pode ser muito...). O que o valor (econômico) representa para o Estado. Razoabilidade: (ex: pessoa rouba sabonete e não para de fazer isso..., por outro lado vai gastar dinheiro do Estado e tempo dos funcionários para resolver isso... = Deixa muito amplo o poder do juiz). * Não deve ser empregada a função (bagatela) na hipótese de crime continuado, violência ou agrave ameaça a pessoa. Obs: Exemplo de crime continuado: tira todos os dias 100 reais de algumas contas bancarias. 9.6 - Personalidade ou Intranscedência da Pena: A pena não deve ultrapassar a pessoa do réu, pois é personalíssima. (Art. 107, I, CP) Historia do direito penal 1. Ciclos de Vingança penal Vingança privada: Autotutela (cada um defendendo seus interesses), desproporcionalidade das penas. Vingança Divina: O objetivo da vingança divina é a satisfação dos Deuses. Vingança Publica: Garantir a segurança do monarca e estabelecer a pena como um exemplo para todos da sociedade. Ex: Código de Hamurabi empalamento. 2. Período Humanitário: Século XVIII Escola clássica (direito penal, única escola desse período, tem duas orientações:) 2.1 Teórico Filosófico: 1764 Jurista Cesare Bonesana "Marques de Beccaria" apresentou obra "Dos Delitos e das Penas" em 1764 Postulados do aspecto teórico filosófico: I - A pena não deve ultrapassar a pessoa do réu. II - Para viver em sociedade cada pessoa cede uma parcela de seus direitos, a sanção penal não deve atingir parcelas de direitos não cedidos (cedemos a liberdade para viver em sociedade como por exemplo usar roupa na rua... não pode atingir a vida por exemplo, porque não cedemos essa parte). III - Todas as provas devem ser admitidas em direito, inclusive a palavra do acusado. Só não pode ser admitido testemunho secreto e desconhecimento dos procedimentos adotados e os juízos de Deus. IV - A prisão preventiva se justifica com a prova da existência do crime e pelo menos indícios de autoria. V - Somente as leis definem crimes e cominar penas, sendo vedada a atuação arbitrária do magistrado. 2.2 Ético Jurídico: 1859 Francesco Carrara, obra "Programa do Curso de Direito Criminal", apresentou os seguintes postulados: I - O delito é um ente jurídico (crime não é ação é uma infração porque constitui violação de direito). II - O crime merece punição, a essência da punibilidadeé o livre arbítrio. (crime a pessoa tem que ter vontade e consciência, se não há algum deles não há punibilidade pela pena) III - Uma conduta só pode ser considerada como crime quando colide com a lei. IV - A pena é uma forma de proteção jurídica e retribuição da culpa moral, a finalidade da pena é a restauração da ordem externa da sociedade. 3. Período Criminológico: Século XIX Duas escolas: positiva e correcionalista 3.1 Escola Positiva: O crime é um fenômeno natural/social A responsabilidade penal é uma responsabilidade social O criminoso é um anormal de forma permanente ou temporária. Divide em fases: 1) Fase Antropológica: A fase foi inaugurada por Cesare Lombroso que em 1876 apresentou a sua obra "O homem delinquente". 2) Fase Sociológica: Em 1884, Enrico Ferri apresentou a sociedade a sua obra "Sociologia Criminal" essa obra traçava um paralelo entre as influências econômicas e sociais e os índices de criminalidade. 3) Fase Jurídica: Em 1885, Rafael Garófalo apresentou a sociedade a sua obra "Criminologia", segundo Garófalo a periculosidade é o fundamento da responsabilidade do agente. O agente pode ser banido ou morto, porque o criminoso deve ser eliminado. (Brasil não aproveita os elementos dessa fase). 3.2 Escola Correcionalista: • 1839 • Karl Röeder (não teve base em obra, ele criou os parâmetros) • Regeneração (corrigir o criminoso - objetivo dessa escola) • Indeterminada (penas com duração indeterminada. Preso só sai quando regenerado). Hoje usa a medida de segurança (para quem tem desenvolvimento mental incompleto ou retardado): "pena" - tratamento- indeterminado. 4.0 Movimento de política criminal contemporâneo: Dias atuais, só uma orientação 4.1 Nova defesa Social: • 1945 (pós segunda guerra mundial) • Fillipo Gramatica (criou a nova defesa social, não baseou em obra). Características: a) Antidogmatismo: nenhuma verdade (regra) deve ser considerada absoluta. b) Universalidade: O movimento (de política) se encontra acima das legislações nacionais. c) Mutabilidade: As suas concepções se alteram no tempo e no espaço, de acordo com as modificações sociais. d) Multidisciplinariedade: O direito penal se relaciona com outros ramos do direito e outros ramos sociais. Se relaciona para buscar elementos para compreensão do fenômeno criminal. 5.0 História das legislações penais aplicadas no Brasil: 5.1 Ordenações Afonsinas: • 1500 - 1514 (período de aplicação). As ordenações Afonsinas eram caracterizadas por penas cruéis, tortura para obtenção da confissão, mutilações, confisco de bens e desprezo público. As penas eram aplicadas arbitrariamente pelo magistrado. 5.2 Ordenações Manuelinas: • 1514 - 1569 As ordenações Manuelinas visavam apenas esclarecer as ordenações Afonsinas. (não mudou muito as ordenações Afonsinas). 5.3 Código de D. Sebastião: • 1569 - 1603 • Mais Extravagantes. Copiaram as ordenações Manuelinas e uniram com a legislação extravagante. 5.4 Ordenações Filipinas: • 1603 - 1830 (legislação aplicada por mais período) • Religião As normas eram fortemente influenciadas pela religião, o crime era um pecado. Penas eram ainda mais cruéis, os artigos eram muito longos de difícil interpretação (complexa exegese). 5.5 Código criminal do Império: • 1830 - 1890 • Menores de 14 anos. • Prescrição As penas nunca prescrevem, há aplicação de prisão perpétua, pena de morte, castigos corporais. Não tinha maioridade penal, havia um procedimento especial para os menores de 14 anos. 5.6 Código Penal da República: • 1890 - 1932 O código penal da república foi considerado o pior código penal da história, porque continha normas omissas, sendo severamente modificado ao longo dos anos. Foram eliminados penas cruéis e a pena de morte. 5.7 Consolidação das Leis Penais: • 1932 - 1940 Compilação Código Penal da República mais leis extravagantes (sem inovação). 5.8 Código Penal Brasileiro (CPB): • 1940 (até os dias de hoje) Dividido: • Parte Geral (regras que se aplicam a todo direito penal). • Parte Especial (crimes em espécie) Parte Geral: art. 1 ao 120. Foi todo reformado em 1984. Parte especial não mudou, apenas revogaram algumas coisas. Fontes do direito Penal 1.0 Conceito É a origem primária do direito penal, são fatores reais que condicionaram o aparecimento das regras jurídicas criminais. Fontes podem ser: 2.0 Materiais: As fontes materiais também são chamadas fontes de produção. A única fonte de produção do direito penal é o estado. Art. 22, I, CF : Competência da União legislar direito Penal (ÚNICA). 3.0 Formais: Chamadas também de fonte de conhecimento ou de cognição. Podem ser: I . Fonte formal direta: lei II . Fonte formal indireta: II . a. Costumes: prática reiterada de atos com a convicção de sua obrigatoriedade. (só pode influenciar na revogação ou criação de uma lei). II . b . Jurisprudência: Ela é composta de decisões reiteradas dos tribunais criminais sobre um determinado assunto em um dado sentido. Pode influenciar na modificação de uma lei (por isso indireta). II . c . Doutrina: Pode interpretar e influenciar a modificação de uma lei. 4.0 Princípios gerais do direito: São valores que apontam o caminho a seguir e que servem de base para as decisões judiciais. Ex: in dubio pro reu. É elemento de integração do direito penal, não é fonte. Eficácia da lei penal no tempo 1.0 Introdução Para que possa cuidar da eficácia da lei penal no tempo tem que conhecer: • Atividade • Extratividade Atividade da lei penal compreende o período de início da entrada em vigor da lei penal até a sua revogação. Extratividade (ultratividade) AtividadeExtratividade (retroatividade) RevogaçãoInício Vigor Extratividade da lei ocorre quando a lei penal opera seus efeitos fora desse período. Ou é antes da entrada em vigor da lei penal ou depois da sua revogação. 2.0 Princípios que orientam a eficácia da lei penal no tempo: 2.1 Novatio legis incriminadora: Nova lei penal incriminadora, ou para incriminar. Torna crime condutas que antes disso não eram delitivas. Não existe retroatividade. 2.2 Novatio legis in pejus: Nova lei penal para pior. É aquela que agrava, qualifica, insere elementos e circunstâncias não raro majorando a pena de crime já existente. Ex: Lei 6.386/76 --> Pena mais grave --> lei 11.343/06 Não há retroatividade. 2.3 Novatio legis in mellius: Nova lei penal para melhor É aquela que apresenta atenuantes, privilegiadoras, minoritantes, há um crime já existente. Existe retroatividade. Ex: atentado violento ao pudor e estupro. Quando eram separadas as penas mínimas para cada delito somadas juntavam 12 anos de reclusão. Hoje com as duas unidas no mesmo delito a pena máxima que pode ser empregada é de 10 anos de reclusão. 2.4 Abolitio crimis, ou lei supressiva: É aquela que deixa de considerar crime condutas anteriormente delitivas. Ex: crime de adultério. Existe retroatividade. 3.0 Competência para aplicação da lei penal mais benéfica: • Até a sentença: o juiz que preside o processo de conhecimento. • Depois da sentença e antes do trânsito (em julgado - DSAT): do tribunal que julgar o recurso. • Depois da sentença e depois do trânsito em Julgado (DSDT): o juiz das execuções penais (se a pena já está sendo executada). 4.0 Leis temporárias e leis exepcionais: • Leis temporárias: A lei temporária é aquela que está vinculada a determinado período de vigência ou a sua entrada em vigor e sua revogação. É uma lei autorevogável. (por data ou período). Leis Excepcionais: É aquela que se vincula a determinado fato jurídico. Efeitos ultrativos nesse caso para lei excepcional e temporária. Atingem o futuro desde que o fato tenha sido praticado durante vigência. 5. Norma penal em branco: Edgard MagalhãesNoronha afirmou que a norma penal em branco é uma alma errante em busca de um corpo. A norma penal em branco é indeterminada pois o seu conteúdo é incompleto necessitando de complementação por outra norma. 5.1 Lato sensu ou norma penal em branco heterogênea: O complemento vem da mesma fonte formal. (não precisa ser da mesma lei, mas do mesmo tipo de lei. Ex: uma LO vem de outra LO - mesma escala hierárquica). Ex: art. 304 CP, art. 237 CP (usa como fonte art. 1521 CC), art. 276 CP (lei que complementa a norma penal em branco é da CP mesmo). Art. 59 CF: obs: CP e CC são LO Revogação 31/12/2014 Entrada em Vigor 1/1/2014 Período 1 ano Ultratividade (depois da revogação) 10/06/14 1/01/14 31/12/14 1/1/15 CF LO resoluções (portarias) 5.2 Stricto sensu ou heterogênea: Complemento deve vir de fonte formal diversa (diferente). Ex: art. 33, lei 11.343/06 (lei de tráfico de drogas, na resolução do Ministério da saúde que explica o que é droga, fonte formal diferente), art. 269 Cp (doenças de notificação compulsória -> portaria do Ministério da saúde). Normalmente a fonte diferente é mais baixa (que a norma em branco). 6.0 Tempo do crime: É importante saber o tempo do crime quando iniciada a execução ainda não ocorreu o resultado e surge uma nova circunstância. • Execução • Resultado • Nova (nova lei, novo acontecimento...) Só usa uma das teorias por vez. 6.1 Atividade: Considera-se praticado o crime quando a conduta ocorrer no momento da ação ou da omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. É o adotado no Brasil -> art. 4 CP 6.2 Resultado: Considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que outro seja o instante da ação ou da omissão. 6.3 Ubiquidade ou mista: Considera-se praticado o crime tanto no momento da ação ou omissão quanto no instante do resultado. Conflito aparente de normas: 1.0 Conceito: Ocorre o conflito aparente de normas quando existe um fato jurídico e há diversas normas aparentemente aplicáveis a ele (o FJ). 2.0 Princípios aplicáveis ao conflito aparente de normas: (Não tem ordem, se usar um e resolver, não precisa usar outra e vice versa. Podem ser aplicados aleatoriamente, não tem regra) - Especialidade: a norma especial prevalece sobre a regra geral. Ex: art. 334 CP X art. 33, lei 11.343/06 (seria trazer lança perfume da Argentina para o Brasil, elemento ESPECIALIZANTE). - Subsidiariedade: a norma primária deverá prevalecer sobre a regra subsidiária. Prevalece por ser mais grave. (ex: art. 157 X art. 146 - > o artigo que prevalece é o mais grave, o 157, norma primária. O art. 146 é subsidiário). - Consunção: O crime mais grave absorve o crime menos grave. (figura peixe maior comendo menor, menor um mais pequeno e assim em diante). - Alternatividade: Diante de um crime com diversos verbos típicos praticado um, dois, ou todos eles comete-se o mesmo delito. ex: art. 136 CP, art. 33 lei 11.343/06. (quanto maior o número de verbos típicos maior a pena. Número de verbos típicos serve para juiz cominar pena). Eficácia da lei penal no espaço 1. Lugar do crime É importante saber o lugar do crime no delitos a distância ou de espaço máximo. 1.1 Teoria da atividade: Considera-se como lugar do crime o local em que ocorreu a ação ou omissão ainda que outro seja o do resultado. 1.2 Teoria do resultado: Considera-se como lugar do crime o local em que ocorreu o resultado (consumação) ainda que outro seja o da ação ou omissão. 1.3 Teoria da ubiquidade ou mista: Considera-se como lugar do crime tanto o local da ação ou omissão quanto o do resultado (consumação) Teoria adotada no Brasil -> art. 6, CP L ugar U biquidade T empo A tividade 2. Territorialidade da lei penal (regra - extraterritorialidade exceção) 2.1 Conceito: É o fenômeno pelo qual se aplica a lei penal brasileira aos fatos ocorridos no território nacional. 2.2 Território Brasileiro I. Porção de terra limitada por suas fronteiras. II. Mar territorial (desta 12 milhas náuticas contadas da costa brasileira). III. Espaço aéreo correspondente IV. Embarcações ou aeronaves brasileiras públicas ou a serviço do governo brasileiro em qualquer lugar do mundo onde se encontrem. V. Embarcações ou aeronaves brasileiras privadas ou mercantes em região de domínio público internacional (ex: Antártica - Antártida, mares internacionais, espaço extra atmosférico, polo norte). VI. Embarcações ou aeronaves alienígenas (estrangeiros - adventício) privadas ou mercantis em território nacional. (12 milhas -> mar territorial, onde Brasil tem soberania, aqui vale a lei brasileira caso uma infração tenha sido cometida. 200 milhas é zona de exploração econômica exclusiva do Brasil, não tem exercício de soberania, vale apenas as leis "econômicas", um navio de fora não poderia pescar nessa zona mas se houver uma infração é a lei da bandeira que vale.) (embaixada ou consulado = não é país - imunidade é por conta de tratados e convenções internacionais) 3. Extraterritorialidade da lei penal: 3.1 Conceito: É o fenômeno pelo qual se aplica a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido fora do território nacional. 3.2 Extraterritorialidade incondicionada: Não exige qualquer condição para aplicação da lei brasileira, quando o crime ocorre fora do território nacional, desde que se contemple o rol taxativo do Art. 7º, I, §1º, CP. 3.3 Extraterritorialidade condicionada: (...) Ocorre com a exigência de determinadas condições. Condições são cumulativas e não alteradas. Art. 7, II, § 2º, § 3º - CP 3.4 Princípios orientadores (da extraterritorialidade): 1) Princípio da proteção, competência real ou da defesa: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido no estrangeiro quando o bem jurídico atingido for de natureza pública. Art. 7º, I, a, b, c - CP (só de incondicionada). 2) Princípio cosmopolita ou da justiça universal: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido no estrangeiro em razão de compromisso assumido pelo Brasil em tratados e convenções internacionais. Art. 7º , I, d - CP (também tratado (4.388/02 - 2889)) e Art. 7º, II, a - CP 3) Princípio da nacionalidade ativa: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido no estrangeiro quando o delito for praticado por brasileiro em qualquer lugar do mundo. Art. 7º, II, b - CP 4) Princípio da bandeira ou da representação: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido no estrangeiro as embarcações e aeronaves brasileiras. Art. 7º, II, c - CP 5) Princípio da nacionalidade passiva: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido no estrangeiro quando o crime for praticado contra brasileiro. Art. 7º, § 3º - CP 3.5 Pena cumprida no Estrangeiro: (num bisen idem - incondicionada, ele pode vir para o Brasil e ser condenado também- no condicionado não tem isso) Só se aplica no caso de extraterritorialidade INcondicionada. Penas diversas (em sua natureza jurídica): Atenua Pena Privativa de Liberdade (PPL) -> Brasil Multa -> EUA (para o mesmo crime) (Atenua = considera uma minoração pela multa que já pagou - ex: iria pegar 10 anos de PPL no Brasil pega 9 pela multa já paga nos EUA). Penas idênticas: Computo PPL -> Brasil = 10 anos (tinha que cumprir 10 aqui) PPL -> EUA = 5 anos (cumpre 5 lá) 5 anos (acaba tendo que cumprir apenas 5 anos aqui) (se fosse ao contrário ele só iria chegar aqui e não ia ter mais prisão - não ganha crédito se pegou a mais - se a pena fosse de multa a mesma coisa se aplica) 4. Eficácia de sentença penal estrangeira no Brasil: (Estrangeiro é diferente de internacional - Estrangeiro é feito em outro estado) (Sentença internacional: proferida por CORTE INTERNACIONAL, ex: TPI...) (Sentença Estrangeira: ex: feita pelo tribunal da Argentina, Gana...) Sentençaestrangeira depende de Homologação do STJ. Art. 105, I, i, CF. Sentença penal homologada: produz efeitos civis e para aplicação de medida de segurança. (homologação = reconhecer.) (Emenda 45/05 CF: STJ para homolagar) (medida de segurança não é pena) 5. Contagem dos prazos penais: A contagem do prazo penal se procede com a inclusão do "dies quo" (dias do início) e exclusão do "dies ad quem" (dia do final). Art. 10º, CP. 6. Frações não computáveis de pena: PPL: 10 A 11 M 29 D 6H** Multa: 10.546,90** **(seis horas e os 90 centavos não contam, são excluídos) Art. 11, CP 7. Legislação especial: Art. 12, CP (aplica as regras da parte geral a tudo que é legislação extravagante e parte especial, menos ao que a lei fala que não) Teoria Geral do Crime Noções Introdutórias: 1) Termos e Etiologia: - Noxa (dano) - (se não tem dano não tem crime - vem do direito romano). - Maleficium (vem da idade média - crime com finalidade de pecado) - Delictum (séc. XVIII - delito vem de "delinquente" -> que é abandono de uma lei). - Crimen (vem da expressão: "cerno" -> os mais graves delitos). 2) Conceito de crime: Material + Formal Conceito Material de crime: Crime é toda ação ou omissão consciente, voluntária, dirigida a uma finalidade que lesa ou expõe a risco juridicamente relevante e proibido bens considerados essenciais para a paz e convivência em sociedade. Perigo Concreto (só há crime se há ele). Perigo Abstrato (tem doutrinador que acredita nele). Conceito formal de crime: É tudo aquilo que o legislador considerar como tal. 3) Classificação das Infrações penais: - Tripartida: A orientação é que o sistema penal tem se contravenções, delitos e crimes conforme a gravidade que apresentem. Não é adotado no Brasil. - Bipartida: contravenções, crimes ou delitos. (Crime - sinônimo - Art. 1º Lei de Introdução do CP) Contravenção penal: é um crime anão. (lei da contravenção penal - decreto lei nº 3688/41) (ex: art. 41, art. 38. e art. 30) 4) Sujeito ativo de crime: É todo aquele que pratica isoladamente ou associado a outros o fato descrito no tipo penal com dolo ou culpa. (sozinho = autor / mais de uma pessoa = Co-autor -> se tem mais de um todos são co-autores) (Partícipe = participou de alguma forma do crime mais não realizou o verbo típico - todos respondem o mesmo crime mais com penas diferentes). 4.2 Capacidade penal do sujeito ativo: Divide-se: • Capacidade penal • Incapacidade penal • Capacidade penal da PJ • Capacidade especial Capacidade penal: se caracteriza pelo conjunto de condições exigidas para que um sujeito possa ser titular de direitos ou obrigações na esfera penal. Incapacidade penal: existe quando não há no sujeito ativo a qualidade de pessoa humana viva. Ex: mortos, animais, objetos inanimados ( cadeira por exemplo) Crime / Delito Reclusão, detenção e/ou multa (não tem só multa) Contravenção Prisão simples e/ou multa isolada (pode ser multa isolada) Capacidade penal da PJ: a excepcionalidade penal aqui está na CF. Rol taxativo ( só esses) . Art 173, &5, CF : contra a ordem econômica e financeira. Art. 225, & 3, CF: contra a economia popular. Capacidade especial - são motivados por: Condição de fato. Ex. Art. 124 CP só a gestante pode fazer. Art. 123 estado puerperal, só a mãe pode ter. Condição jurídica. Ex. Art. 312 quem apropria é o funcionário público, capacidade especial de condição jurídica. 5. Classificação dos crimes Só pode ser um de cada linha. Mas pode ser de mais de uma linha. Ex pode ser comum, formal e unissubsistente. Não pode ser comum e próprio. Comum, próprio, de mão própria: Comum: é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa. Próprio: é aquele praticado por sujeito ativo com capacidade especial, no entanto excepcionalmente pode ser cometido por interposta pessoa. Interposta pessoa: ex - art. 312 - alguém ajuda a roubar dinheiro público mesmo não sendo funcionário público reponde como se fosse. Condição jurídica. Diferença doutrinária sobre a mesma coisa. Outro ex, art. 123 pessoa que ajudá acaba respondendo por infanticídio também. Condição de fato. Crime de mão própria: é aquele que só pode ser praticado por pessoa com capacidade especial. É personalíssimo o agente não pode se utilizar de interposta pessoa. Ex: art. 319 só o funcionário público pode praticar. Se pedir para terceiro fazer ele não responde por nada, o crime é meu = personalíssimo. Material, formal, de mera conduta: Material: é aquele que a lei descreve a conduta, prevê o resultado exige a sua presença para a consumação do delito. Ex: art. 129, CP. Também é chamado de resultado. Formal: é aquele que a lei descreve a conduta, prevê o resultado mas não exige a sua presença para a consumação de delito. Ex: art. 159 CP. De mera conduta: é aquele em que a lei descreve a conduta, não prevê um resultado e portanto não exige a sua presença para a consumação do crime. Ex: Art. 140, CP. Unissubisequente, plurissubsistente: Quer saber da CONDUTA. Unissubisequente: é aquele que se realiza com um só ato, a conduta é indivisível, é una. Ex: art. 147, CP. Plurissubsistente: é aquele que a conduta pode ser fracionada em diversos atos. Ex: homicídio. Monossubjetivo, plurissubjetivo: Quer saber do AGENTE Monossubjetivo: é aquele crime que pode ser praticado por uma só pessoa. Se praticado por várias ah concurso eventual. Plurissubjetivo: é aquele crime que só pode ser praticado por várias pessoas. É chamado crime de concurso necessário. Ex: art. 288, CP e art. 137, CP. Dano, perigo: Dano: é aquele que para consumação se exige real ferimento ao bem jurídico protegido. Perigo: é aquele que apresenta um bem jurídico protegido a um risco relevante e proibido.Ex direção perigosa (não atinge ninguém mais existem pedestres e oferece risco a eles). Forma livre, forma vinculada: Forma livre: é aquele que pode ser praticado de qualquer maneira, a lei não prescreve forma especial para a sua realização. Ex homicídio, tráfico de drogas (exemplos de formas na lei, apenas)... Forma vinculada: é aquele que a lei determina a maneira pela qual ocorre a execução. Ex: art. 260, CP. Simples, complexo: Simples: é aquele cuja redação estabelece as elementares deliciavas em sua figura fundamental. Complexo: é aquele que resulta da fusão de dois ou mais crimes. Art. 157, & 3, CP. Instantâneo, permanente: Instantâneo: é aquele em que a consumação se opera de uma só vez. Ex: furto. Permanente: a consumação protrai no tempo. Protrai = elastece, distende. Ex: art. 159 - extorsão mediante sequestro. Mono-ofensivo, pluriofensivo: Mono-ofensivo: é aquele que atinge apenas um bem jurídico protegido. Ex: furto (só atinge patrimônio). Pluriofensivo: é aquele em que há o atingimento de mais de um bem jurídico protegido. Ex latrocínio. Uninuclear, plurinuclear: Uninuclear: é aquele que possui apenas um verbo típico como núcleo do tipo. Ex furto ( verbo = subtrair) Plurinuclear: é aquele que possui diversos verbos como núcleo do tipo. Ex tráfico de drogas (18 verbos) Principal, acessório: Principal: é aquele cuja existência não depende da ocorrência de delito (crime) anterior. Acessório: é aquele cuja existência depende da ocorrência de crime anterior. Ex art. 180, CP e lavagem de dinheiro Transeunte, não-transeunte: Transeunte: fato é transitório. Sobre os vestígios do crime , natureza material ("pistas"). Não deixa vestígios. Ex injúria oral. Não-transeunte: fato permanente. Deixa vestígios. Ex homicídio. 6) Sujeito passivo de crime: 6.1 conceito: é todo aquele considerado titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa. 6.2 espécies: Constante ou formal: é o Estado, porque ele é o titular do mandamento proibitivo. Eventual ou material: é aquele titular imediato do bem jurídico protegidopela conduta criminosa. Ele pode ser: homem (ser-humano), pessoa jurídica ( ex art. 171,&2,V), coletividade destituída de personalidade jurídica (ex condomínio; art. 209, CP), Estado ( art. 312, CP). Obs: Estado pode ser sujeito ao mesmo tempo dos dois, como por exemplo no peculato. 7) Objeto do crime: 7.1 Conceito: é tudo aquilo contra o que se dirige a conduta humana delituosa. 7.2. Espécies: Jurídico. Ex patrimônio. Bem jurídico protegido. Material. Ex celular. Pessoa ou coisa. 8. Sistemas penais e elementos constitutivos do crime: Finalista ( maior parte da doutrina apoia que só existe uma no Brasil) Fato tipico Antijuridicidade ou ilicitude Culpabilidade Elementos Conduta Pressupõe-se Imputabilidade Componentes Ação ou omissão Sempre Potencial consciência da ilicitude Dolosa ou culposa Presente Exigibilidade de conduta diversa Resultado (PSP) (IPÊ) Nexo causal Tipicidade Conduta : do agente Resultado: só em crime material (não é todo crime que tem isso). Nexo causal: relação entre conduta e resultado, só em crime material IPE : duvidas porque? Culpabilidade é IPE! Imputabilidade: maior de 18 anos com desenvolvimento mental completo. Exigibilidade de conduta diversa : poderia agir de outra forma. Precisa de TODOS os elementos da tabela para configurar crime. Tipicidade: previsão legal + subsunção Subsunção: adequação perfeita da norma com caso concreto. Crime: 3 elementos - fato típico, antijuridicidade ou ilicitude, culpabilidade. 2 correntes no sistema penal: bipartida finalista e tripartida finalista. Corrente minoritária - professor Damásio de Jesus - bipartida finalista. A culpabilidade segundo o professor Damásio não integra a teoria finalista bipartida. Para a teoria finalista bipartida a culpabilidade é um pressuposto de aplicação de pena. Apenas para aplicar a pena, serviria a culpabilidade. Baseado no art. 26 do CP. Essa teoria é baseada na frase " isento de pena ". Fato típico: 1.1 conceito de conduta: é toda ação ou omissão humana, consciente, voluntária, dirigida a uma finalidade que contraria os objetivos do direito penal. 1.2. Elementos da conduta: consciência, voluntariedade, finalidade e exteriorização. O direito penal não pune atos preparatórios, somente atos de execução. 1.3. Formas de conduta: 1) Ação: é caracterizada pela manifestação de um movimento corpóreo, é portanto positiva. Um delito praticado por ação é um delito comissivo. 2) Omissão: é caracterizado pela indevida abstenha de um ato, é portanto negativa. O crime praticado por omissão é um delito omissivo. 1.4. Crimes omissivos - espécies: Próprio (ou puros): é aquele em que o tipo penal incriminador descreve uma conduta omissiva e não faz referência a qualquer resultado. Ex art. 135, CP; art. 244, CP; 269, CP. Impróprio, ou impuro, ou comissivo por omissão: a lei descreve uma conduta positiva e o indivíduo responde pelo crime porque estava juridicamente obrigado a impedir o resultado é podendo fazê-lo se omite. Ex art. 13, &2, CP. O dever de agir incube a quem: A) dever de agir ou imposição legal. Art. 13,&2,a, Cp. Ex mãe dever de amamentar o seu filho. B) Dever ou posição de garantidor. Art. 13,&2,b,Cp. Ex pessoa não tem dever de cuidar do filho do outro, mas quando é contratado como babá , ai tem que cuidar. Não por dever legal, mas Como garantidor. C) Ingerência da norma. Art. 13, &2, c, Cp. Ex eu sei que outra pessoa não sabe nadar e convenço ela a ir, não ligo para a pessoa e ela acaba se afogando. 2.0. Dolo: Teoria da vontade, teoria do assentimento, teoria da representação. 2.1 Teoria do dolo: Vontade: atua com dolo aquele que comete a ação ou omissão de forma consciente em relação a conduta e o resultado, com Voluntariedade. Teoria da representação: atuando dolo quem comete a ação ou omissão tendo obrigatoriamente a previsão do resultado. Teoria do assentimento: atua com dolo quem comete ação ou omissão com s previsão do resultado mesmo que não o deseje. Teorias adotadas no Brasil: Teoria do assentimento e da vontade. 2.2 Conceito de dolo: é a vontade livre e consciente da pratica da conduta prevista no tipo penal com a previsão do resultado mesmo não o querendo. 2.3 Elementos do dolo: • Consciência • Vontade 2.4. Espécies de dolo: • Direto ou determinado • Indireto • Dolo alternativo • Dolo eventual • Específico ou elemento subjetivo do injusto ou elemento subjetivo do tipo Dolo direito ou determinado: É aquele é, que o agente deseja produzir determinado resultado. Art 18, I, primeira parte (até a palavra resultado), CP. Dolo indireto ou indeterminado: (diferença entre eles está na cabeça do agente (entendimento dele), não tem diferença na consequência Jurídica) Dolo alternativo: na existência de dois ou mais resultados o agente aceita qualquer deles. Ex dirige carro rápido, se matar ou só machucar tanto faz. Dolo eventual: o agente assume o risco da produção do resultado. Seria um foda-se, tanto faz o que. Assume o risco de produzir o resultado. Art. 18, I, segunda parte, CP. Dolo específico: com uma finalidade especial. Ex art 155,CP : para si ou para outrem, se não tiver isso não tem crime. Ex receptação se não for para si ou para outrem é outro crime. 3.0. Culpa: 3.1. Conceito de culpa: culpa é a pratica da conduta sem a observação do dever de cuidado objetivo. Com consequente resultado lesivo involuntário previsto no tipo penal. É sempre normativa. (Só existe crime culposo quando tem previsão legal, ex art 121,&3,CP). 3.2 modalidades de culpa: Negligência: se opera como uma inércia psíquica, uma displicência do agente que se omite pois podendo adotar as cautelas necessárias, não o faz. Omissão. Imprudência: Se opera pela pratica de uma conduta sem a observância do dever de cuidado objetivo o agente atua sem a devida cautela, foi aflito, afoito. Ação. Imperícia: se caracteriza pela falta de capacidade, pelo despreparo e/ou ausência de conhecimentos técnicos essenciais para o exercício da arte, profissão ou ofício. Ação. Negligencia-> omissão (Deixar criança pegar veneno em prateleira baixa) Imprudência -> ação (Sabe dirigir mais faz uma ultrapassagem onde não pode) Imperícia -> ação ( não tem conhecimento técnico) 4. Praeter dolo ou praeter intencional: É aquele qualificado pelo resultado, a conduta do agente é dolosa mais o resultado é culposo. É o dolo no antecedente, culpa no resultado. (Dolo no antecedente, culpa no consequente) 3.3 Espécies de dolo: Culpa inconsciente: o agente não prevê o resultado que é previsível. Não existe no agente o conhecimento do perigo que sua conduta provoca no bem jurídico alheio significante. Ex deixar o inseticida próximo a criança, que se intoxica. Culpa consciente: na culpa consciente o agente prevê o resultado mas espera sinceramente que ele não ocorrerá. Dolo eventual: é foda-se Culpa consciente: ih fodeu Culpa própria: é aquela em que o agente não quer o resultado e nem assume o risco de produzi- lo. Culpa imprópria: é aquela que deriva do erro de tipo incriminador essencial indesculpável e de discriminantes putativos (falsas). 5. Preterdolo 6. Resultado Conceito: Teoria naturalistica: resultado é a modificação do mundo exterior provocada pela ação/omissão. + Teoria jurídica: resultado é toda lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico tutelado pela regra penal. Classificação: dos crimes quanto ao resultado Material, formal e de mera conduta. 6. Relação de causalidade ou de nexo causal: no Brasil são utilizadas duas teorias. 6.1 teoria da equivalência dos antecedentes criminais: Causa é toda a circunstância anterior sem a qual o resultado ilícito não teria ocorrido. Se houver a eliminação de um evento anterior e o fato posterior não ocorrer esse evento será consideradouma causa. Essa teoria também recebe o nome de " CONDITIO SINE QUA NON" Critica a essa teoria: AD INFINITUM (retorno ao infinito) Solução: só será concausa a conduta dolosa. Art 13, caput, CP. 6.2. Teoria da causalidade adequada: Art 13, &1, CP. De acordo com a teoria da causalidade adequada causa é todo acontecimento antecedente idôneo e de interferência decisiva na produção concreta do resultado. Exs: Exclui imputação: ambulância (morre por outra coisa). Exclui imputação: autoria colateral (veneno) (dois dão veneno) Não exclui imputação: pontapé, voadora (morre ferido no hospital) Não exclui imputação (causa pré-existente): da veneno a alguém, atiram na pessoa, mas ela morre por conta do veneno. A pessoa do veneno responde por homicídio e a do tiro responde por tentativa de homicídio. Exclui a imputação, causa superveniente absolutamente independente: viga do teto. 7.1. Tipicidade: Nota: todo crime que tem previsão legal mais subsunção sempre tem elemento objetivo. Os outros dois não parecem em todos. Conceito: previsão legal mais subsunção. Para analizar se existe tipicidade, ver se tem o 7.1, 7.2, e 7.3. 7.1. Elemento normativo do tipo: É aquele que exige um juízo de valor do criminoso, do defensor, do acusador e do magistrado. Ex: "mulher honesta" art. 219, CP (revogado). E art. 155: Subtrair: elemento objetivo Coisa móvel: objeto Alheia: elemento normativo do tipo (aqui tem julgamento de valor) Para si ou para outrem: elemento subjetivo do injusto. 7.2. Elemento objetivo: É o verbo típico. Todo crime tem. Ex art 155 (subtrai- elemento objetivo) 7.3. Elemento subjetivo do injusto: É o dolo específico. ("... Com uma finalidade especial - tem que ter esse elemento). Ex art 155 - para si ou para outrem, elemento subjetivo do injusto. Erro no direito penal O que é erro: erro é uma falsa percepção da realidade motivada por uma condição de fato ou de direito. A causa é proveniente de fatores intrínsecos de extrínsecos do indivíduo. O erro de tipo atinge o fato típico (conduta, ação, omissão, dolo ou culpa) e o erro de proibição atinge a culpabilidade (atinge o potencial conhecimento da ilicitude). Erro, espécies: • Erro de tipo incriminador: • Essencial • Acidental • Erro de tipo permissível • Erro provocado por terceiro • Erro de proibição: • Direto • Indireto. 1.3. Espécies de erro 1.3.3 erro de tipo INCRIMINADOR A) essencial -vencível (inevitável) é um erro indesculpável - invencível (inevitável) é desculpável B) acidental - sobre o objeto (mauval)? Da infração - sobre o modo de execução 1.3.2. Erro de tipo permissivo É aquele que cuida das discriminantes putativas 1.3.3. Erro provocado por terceiro O terceiro vai responder pelo erro que provocou 1.3.4. Erro de proibição A) direito - vencível ( evitável) ou indesculpável - Invencível (inevitável) ou desculpável B) indireto - vencível - Invencível 2. Incidência O erro do tipo recai sobre o FATO TÍPICO (*conduta) O erro de proibição recai sobre a culpabilidade (*PCI) 3. Erro de tipo incriminador 3.1. Conceito É o erro do agente que recai sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime de circunstância qualificadora, agravantes e causas de aumento de pena. O erro do tipo é irrelevante nas privilegiadoras, nas atenuantes e nas causas de diminuição de pena. 3.2. Erro de tipo essencial É aquele que incide sobre elementais circunstâncias do crime, pode ser: - vencível (inevitável), indesculpável, sem perdão. É aquele em que a mediana prudência poderia ter evitado o equívoco. Ex caçador experiente. EXCLUI O DOLO MAS SUBSISTE A CULPA. ART. 20, CP. - invencível (inevitável), ou seja desculpável. É aquele que exige um cuidado excepcional, extraordinário do sujeito ativo para evitar a prática criminosa. A exigência de cuidado está além da vista em eu, assim sendo, prudência não poderia ter evitado o erro. Ex caça. NESSE CAO EXCLUI O DOLO E A CULPA. 3.3. Erro do tipo incriminador acidental É aquele que recai sobre dados irrelevantes do crime e cuida de circunstâncias acessórias do objeto material da infração. Pode recair: - sobre o objeto material da infração ERROR IN PERSONAE ( erro sobre a pessoa) Art. 20, &3. Ex tentar matar próprio pai e matar outro. ERROR IN OBJETO (Erro recai sobre o objeto) O equívoco recai sobre o objeto maleável do crime. Não exclui culpa ou dolo. Ex roubar milho achando que é feijão. 3.4. Erro de tipo incriminador acidental sobre o modo de execução ABERRATIO ICTUS É o erro na execução. Art. 37, CP. A diferença está na cognição ou entendimento do agente. No erro sobre a pessoa o agente pensa ser uma vítima, quando na verdade é outra. No erro de execução (ABERRATIO ICTUS) o agente inidentificável corretamente a vítima, mas executa o alvo errado( prática o direito de forma atrapairada/ atabalhoada) ABERRATIO CRIMINIS É o erro no crime. Quer cometer um crime, mas acaba cometendo outro. ABERRATIO CAUSAE É o erro na causa. O crime subsiste , o crime permanece. Ex queria matar pro afogamento, mas matou por esfacelamento da calota craniana, responde pelo crime. 4. Erro de tipo permissivo É aquele que recai sobre discriminantes putativas (falsas) são discriminantes: - a legítima defesa - O estrito cumprimento do dever legal - Exercício regular do direito - Estado de necessidade Vencível -> é evitável, indesculpável Invencível -> é inevitável, desculpável Ex exclui-se o dolo, permanece a culpa = homicídio culposo. Se exclui o dolo e culpa, não há crime, pois não há conduta, ou seja, não há fato típico. Art. 20, &1, CP = discriminantes putativas 5. Erro provocado por terceiro (art. 20, &2, CP) Quem provoca o erro responde dolosamente mesmo o crime sendo culposo, mas se a provocação for dolosa. 6. Erro de proibição 6.1. Conceito É o erro sobre a ilicitude do fato (art. 21, CP). 6.2. Espécies: - erro de proibição direto Vencível Invencível É aquele em que o agente comete o crime na crença de que age licitamente por considerar inexistente norma punitiva ou se existente, não atingirá o seu caso. A) Vencível, evitável: (indesculpável) mediana prudência poderia ter evitado o erro. Agente não tem consciência da ilicitude do fato, mas pode alcançá-la. Ex: pessoa pra aula de teatro anda com arma desmuniciada sem ter porte. Diminuição da pena de 1/3 a 1/6. B) Invencível, inevitável, desculpável: ex: pessoa simples que puxa a tomada do amigo (eutanásia) é isento de pena nesse caso, não tem conhecimento da ilicitude. 6.2.2 indireto: Discriminante putativa por erro de proibição. A) Vencível, evitável, indesculpável: mediana prudência evita erro. B) Invencível, inevitável, desculpável: nem mediana prudência teria evitado o erro. 7. Delito putativo por erro de tipo O agente considera a sua conduta antijurídica em razão de um equívoco na elementar do crime. Mas é irrelevante penal. Ex: furto de coisa própria, violação de correspondência própria. 8. Delito putativo por erro de proibição: O agente considera a sua conduta antijurídica por equívoco em relação a norma. É irrelevante penal. Ex: agente acha que comete crime do incesto mais não é. Crime consumado e tentativa 1. Inter criminis: caminho do crime Duas teorias: CONDITIO sine qua NON (concausa só no dolo - por causa do retorno ao infinito) Causalidade adequada Se pune apenas atos de execução ! Não atos preparatórios! 2. Crime consumado Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Art. 14,I, CP Ex: furto Subtrair -> elemento objetivo Coisa móvel -> objeto material Alheia -> elemento normativo do tipo Para si ou outrem -> elemento subjetivo do injusto 3. Tentativa É crime!!! O crime é tentado quando iniciada sua execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Art. 14, II, CP. Se o agentedesiste voluntariamente ou se arrepende com eficácia, não se configura a tentativa. 3.1. Sistemas de tentativa: 1. Sistema penal subjetivo: não se diferencia crime tentado de crime consumado, punição é a mesma. 2. Sistema penal objetivo: há enorme diferença entre crime consumado e crime tentado, tanto que a tentativa pode ficar até isenta da pena. 3. Sistema misto: a pena da tentativa é abrandada em relação ao crime consumado. É o sistema adotado no Brasil. Art. 14, parágrafo único, CP. 3.2. Admissibilidade da tentativa: Tentativa ou conatus Crimes que não admitem tentativa: • Unissubsistente • Omissivo puro • Culposo 3.4. Espécies de tentativa: Tentativa inacabada Tentativa acabada Tentativa cruenta Consumação Tentativa incruenta (branca) Tentativa inacabada (imperfeita): O agente mal inicia a execução e existe uma interrupção no processo. O crime não se consuma. Tentativa acabada (perfeita): Ocorre quando o agente realiza tudo que é essência, é suficiente para realização do delito, porém o efeito querido não ocorre. Tentativa cruenta (pode ser acabada ou inacabada): Aquela em que o objeto material do delito é lesionado, pois foi colocado sob risco relevante é proibido. Tentativa incruenta (branca - pode ser acabada ou inacabada): Aquela em que o objeto material do delito não é lesionado, apesar de ter sido colocado sob risco relevante proibido. 4. Desistência voluntária e arrependimento eficaz ( tentativa abandonada): Se houve coação não tem desistência Dar queixa -> notícia criminis Desistência voluntária Ocorre quando em uma tentativa inacabada, o agente voluntariamente deixa de prosseguir com a execução. O criminoso responde pelos atos praticados até então, sendo inexistente a tentativa pode ter estímulo externo (alguém falar com o criminoso, mas não segurar a mão da pessoa para não atirar). Arrependimento eficaz: Em uma tentativa acabada, o criminoso voluntariamente se arrepende e impede a consumação. ! Não tem consumação! Responde pelos atos praticados, não existindo a tentativa. 5. Arrependimento posterior Ato voluntário do agente, não necessariamente espontâneo 6. Crime impossível (art. 17) Ineficácia absoluta do meio Absoluta impropriedade do objeto Ilicitude ou antijuridicidade 1. Conceito A ilicitude ou antijuridicidade se configura por uma oposição do fato com o ordenamento jurídico por meio da exposição a perigo de dano ou lesão efetiva de um bem juridicamente protegido pela norma penal. 2. Excludentes Art. 23, CP 3. Estado de necessidade 3.1. Conceito O estado de necessidade ocorre quando existe uma situação de perigo atual com mais de um bem jurídico em perigo e a pessoa sacrifica um deles em favor do seu. 3.2. Requisitos 1. A existência de ameaça de direito próprio ou alheio 2. Existência de um perigo atual é inevitável 3. A inexigibilidade de sacrifício do bem ameaçado 4. Uma situação não provocada voluntariamente pelo agente 5. A inexistência do dever legal de enfrentar o perigo 6. Conhecimento da situação de fato justificante 4. Legítima defesa 4.1. Conceito A legítima defesa se configura com uma causa de justificação para uma conduta ilícita pois há uma autorização legal para realização de ato que comprove conduta criminosa no caso da falta dessa permissão. 4.2. Requisitos 1. A reação a uma agressão atual ou eminente é injusta 2. Defesa de direito próprio ou alheio 3. Moderação nos meios empregados a repulsa 4. Conhecimento da situação de fato justificante 4.3. Estado de necessidade DIFERENTE legítima defesa 5. Estrito cumprimento do dever legal Ocorre quando o agente realiza uma conduta em consonância com uma obrigação imposta pela lei agindo dentro de seus limites. 6. Exercício regular de direito Se caracteriza pela realização de uma faculdade legal de acordo com as respectivas causas jurídicas é uma excludente de criminalidade objetiva. Estado de necessidade Legítima defesa Ação Reação Bem jurídico exposto ao perigo Bem jurídico exposto a uma agressao Sacrificar bem jurídico de inocente para garantir o seu Realizar um comportamento em relação ao agressor Culpabilidade 1. Conceito Juízo de retroabilidade que recai sobre o autor de um fato antijurídico. 2. Imputabilidade 2.1. Conceito Imputável é o indivíduo mentalmente sao e que tenha a capacidade plena de compreender o caráter ilícito do fato é determinar-se de acordo com esse entendimento. 2.2. Elementos Intelectivo é caracterizado pela integridade biopsíquico consistente na perfeita saúde mental que permite ao indivíduo a cognição do caráter ilícito do fato. Volitivo é caracterizado pelo domínio da vontade pois o agente não apenas controla mas comanda os seus impulsos relacionados à compreensão do caráter ilícito do fato. Determinando- se de acordo com esse entendimento. 2.3. Inimputabilidade Art. 26, "caput", CP A inimputabilidade é proveniente de enfermidade mental que exige prova de que o transtorno afetou a capacidade de compreensão do caráter ilícito do fato ou da determinação segundo este conhecimento no instante da ação delituosa. 2.4. "Actio libera IN causa" Consiste na hipótese em que o agente coloca-se intencionalmente em condição de inimputabilidade para o cometimento do crime praticando-o em estado de inconsciência é fuNdamental que o resultado tenha sido desejado pelo agente previsto ou no mínimo previsível. 3. Semi-imputabilidade Art. 26, Parágrafo Único, CP Demi fous -> semi imputável 1/3 a 1/6 de redução na pena No Brasil se adota o sistema vicareante, por esse sistema: ou se aplica a pena ou se aplica medida de segurança. Não se aplica o sistema duplo binário: pena + medida de segurança Medida de segurança não vira pena Pena pode virar medida de segurança 4. Menoridade: Art. 27, CP Legislação especial ECA Aplica medida socioeducativa Cuida-se de cláusula pétrea constitucional art. 228, CF Critério objetivo que não admite prova em contrário "jure et de jure" 5. Potencial consciência da ilicitude O agente deve ter a cognição da proibição legal para que sua conduta seja reprovável; ou no mínimo a possibilidade de alcançar esse conhecimento, pois o desconhecimento da lei é inescusável. Art. 21,CP. 6. Exigibilidade de conduta diversa Ocorre quando o agente tinha a sua disposição uma alternativa válida de conduta e dela não se aproveitou preferindo praticar o delito. 6.1. Causas de inexigibilidade de conduta diversa São excludentes de culpabilidade Art. 22, CP: só será punível o autor da coação e da ordem Coação física irresistível (só pune o autor da coação): o autor não dispõe de voluntariedade pois está submetido a uma força maior. Coação moral irresistível (só pune o autor da coação): existe a vontade do agente mas ela é movida pela ameaça, se houver inexigibilidade de conduta conforme o direito não responde o coagido, mais o coator. Obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico ( só pune o autor da ordem): só pune o autor da ordem. Só se fala em hierarquia administrativa não se leva em conta familiar, laboral ou religiosa. Requisitos: 1. Que a ordem seja emanada de autoridade competente 2. Qua a ordem não seja manifestamente ilegal 3. Que o agente tenha atribuições para a prática do ato. 7.0. Emoção e paixão Art. 28, I, CP Não excluem imputabilidade penal Emoção : a emoção se caracteriza por um estado afetivo intenso de curta duração que surge de modo imprevisto, provocando reações a curtos acontecimento produzindo violenta e repentina perturbação do estado psíquico. (Irá) Paixão: se constitui por uma emoção permanente e menos intensa que trás uma profunda e aguda crise psicológica que ofende a integridade e que pode arrastar (levar) o sujeito ao crime. 8. Embriaguez 8.1. ConceitoÉ a intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool ou outras substâncias de efeitos análogos que elimina ou diminui no agente a capacidade de cognição e/ou autodeterminação 8.2. Classificação Regra: não exclui culpabilidade Exceção: exclui culpabilidade (quando é acidental) Culposa: é aquela em que o agente ingere a substância mais não prevê que irá embriagar-se. Se queria beber responde pelo delito. Voluntária: é aquela em que o agente quer ingerir a substância mas não deseja cometer crime. Responde pelo crime. Preordenada: é aquela em que o agente se embriaga cominuição de cometer crime, para liberar seus freios inibitórios. Responde pelo crime mais responde com agravante genérica (art. 61, II, l, CP) Acidental: é aquela em que o agente se embriaga em razão de cão fortuito ou força maior. Não é prevista pelo agente nem desejada. Ex: trote violento. Agente não responde pelo delito. Concurso de pessoas 1. Conceito O concursos de pessoas se aperfeiçoa quando existir indivíduos reunidos para a prática da conduta prevista no tipo legal de crime. Conexas pelo liame subjetivo. 2. Espécies Eventual: monosubjetivo Necessário: plurissubjetivo (espécies de conduta: convergentes, contrapostas, paralelas) Conduta convergentes: as condutas dos agentes confluem para o mesmo objetivo. Ex: art. 235 Condutas contrapostas: as condutas das pessoas se dirigem umas contras outras. ex art. 137 Condutas paralelas: as condutas dos criminosos se auxiliam mutuamente. Ex art. 228 Art. 29, CP -> tipo extensor 3. Formas de realização de crimes Autoria: uma pessoa realiza o verbo típico (conduta) Codelinquencia: • Coautoria: todos os agentes envolvidos realizam o verbo do tipo • Participação: foram realizadas condutas acessórias circunstanciais ao delito • Coautoria culposa é possível • Participação culposa não é possível
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