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Direito Penal I

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Introdução ao estudo de direito penal
Introdução: 
• Direito publico X Direito privado
• Direitos difusos e coletivos
• Publico / Constitucional / Administrativo / Penal / Direitos Humanos
• Direito de punir * Juspiniendi *
2- Conceito de direito penal
O que é Direito Penal, é o ramo do direito publico caracterizado pela reunião de regras jurídicas 
que dirigem o poder punitivo do Estado com a finalidade de atingir os fatos criminais e as 
providencias infligiveis a quem os pratica.
3 - Função de Tutela Jurídica 
O direito penal detêm a função de tutela jurídica que é de proteger bens jurídicos.
Denominação primeira vez usada:
Direito Penal:
Código Penal da Republica 1890
Ratificada Consolidação leis penais 1930
Código Penal 1940
Constituição Federal 1988
Direito Criminal: Época do Império
Direito Progressivo: Escolas
Direito Sancionador: Escolas
Direito Restaurador: Escolas
5 - Características do direito Penal
Exclusividade: Somente a norma penal deve definir crimes e cominar penas.
Generalidade: Erga omnes (direito penal é), ou seja aplica-se a todos, não sendo possível a 
designação de diferenças entre os integrantes da sociedade.
Imperatividade: O direito penal é obrigatório pois a norma penal é autoritária, imposta a todos e 
independentemente da sua vontade. Basta a pratica da conduta ilícita no tipo penal com culpa ou 
dolo para que a norma seja aplicada.
Impessoalidade: A norma penal não pode ser criada para incriminar pessoa determinada pois ela 
é abstrata (decorrência da generalidade).
Positividade: A única fonte do direito penal para definir crimes e cominar penas é a lei.
6- Direito penal objetivo e Direito Penal subjetivo:
Objetivo: É caracterizado pelo conjunto de normas penais que se encontram em vigor no território 
de um Estado.
Subjetivo: É caracterizado pelo direito de punir (jus puniende) que surge para o Estado com a 
pratica da infração penal pelo agente.
7- Direito Penal Comum / Especial:
Comum: É caracterizado pela aplicação a todos os indivíduos e aos fatos criminosos em geral.
Especial: É caracterizado pela aplicação a determinado grupo de pessoas (categorias), em razão 
de suas características pessoais.
8- Direito Penal Material / Formal:
Material (ou Substantivo): É caracterizado pela existência da lei penal que define as condutas 
típicas e estabelece as sanções.
Formal (ou Adjetivo): É aquele que define as regras do direito penal substantivo servindo de 
instrumento para a sua aplicação. (direito processual penal)
9 - Princípios orientadores do direito:
Princípios (gera) = função
(função decorre do principio, é uma conseqüência)
9.1 - Principio da Legalidade ou Reserva Legal:
Alexandre Moraes: 
Legalidade = todos (corrente contra o sinônimo de legalidade e reserva legal) - divergência
Reserva legal = Legislador (porque ele é obrigado a obedecer determinadas formalidades para a 
criação da lei)
Art 1 CP: Não ha crime sem lei anterior que a defina, nem...
Art. 5, XXIX (39), CF 88: Não ha crime....
nullum crimen nulla poena sine lege (...)
Não ha crime nem pena sem lei anterior (...)
Funções:
Irretroatividade penal:
Regra geral: A lei penal incriminadora jamais retroagira, só será aplicada a fatos posteriores a sua 
criação.
 Retroatividade da lei penal mais benéfica: Art. 2, Parágrafo Único, CP e art. 5, XXXX (40), CF 
88.
Taxatividade: 
O direito penal apresenta um rol exaustivo de condutas que configuram o delito, esse rol taxativo 
não admite aplicação dos costumes e nem da analogia "in malan partem".
"inbonam partem": afirma-se que se a aplicação no ramo do direito...
Determinação:
Determinar significa delimitar, delinear, especificar, são proibidos por tanto incriminações vagas, 
indeterminadas a norma deve ser exata, certa. "Nullum crimen nulla poenasine lese certa", ou seja 
"não a crime, não ha pena sem lei certa".
9.2 - Intervenção mínima:
O direito penal deve atuar minimamente nas relações sociais, só quando estritamente necessário.
Subsidiaridade:
O direito penal é a ultima ratio (razão) ou seja, para a solução de um conflito devem ser 
empregados todas as demais regras do direito, se não houver sucesso aplica-se o direito penal.
Fragmentariedade: 
O bem jurídico protegido deve ser dividido e o direito penal vai atingir apenas as parcelas em que 
for essencial.
9.3 - Humanidade:
Observa a dignidade da pessoa humana. (Art. 1 , III , CF).
9.4 - Culpabilidade:
É a habilidade de ter culpa "lato sensu", amplo.
9.5 - Lesividade ou ofensividade:
O direito penal não devera atuar quando não for atingido bem jurídico protegido alheio 
significante.
9.5.1- Alteridade:
O direito penal não devera atuar quando for atingido o bem jurídico protegido do próprio agente.
O direito penal não rege (não vai mexer, atingir...) atitudes meramente internas, são necessários 
atos de execução.
9.5.2 - Insignificância ou Bagatela:
O direito penal não devera atuar quando a lesão ao bem jurídico protegido alheio for ínfima.
Essa função não tem previsão legal. 
(não esta na lei, pode ser considerado principio o 9.5.1 e o 9.5.2)
Se não tem previsão legal o juiz não precisa aplicar necessariamente (ele escolhe se quer ou 
não).
Fundamento é doutrinário jurisprudencial, critérios:
Natureza objetiva: 1 salário mínimo. (ate ou abaixo disso insignificante).
Natureza subjetiva: O que o valor econômico significa para a vitima. (um salário mínimo para 
quem só ganha isso pode ser muito...). O que o valor (econômico) representa para o Estado.
Razoabilidade: (ex: pessoa rouba sabonete e não para de fazer isso..., por outro lado vai gastar 
dinheiro do Estado e tempo dos funcionários para resolver isso... = Deixa muito amplo o poder do 
juiz). 
* Não deve ser empregada a função (bagatela) na hipótese de crime continuado, violência ou 
agrave ameaça a pessoa.
Obs: Exemplo de crime continuado: tira todos os dias 100 reais de algumas contas bancarias.
9.6 - Personalidade ou Intranscedência da Pena:
A pena não deve ultrapassar a pessoa do réu, pois é personalíssima. (Art. 107, I, CP)
Historia do direito penal
1. Ciclos de Vingança penal
Vingança privada: Autotutela (cada um defendendo seus interesses), desproporcionalidade das 
penas.
Vingança Divina: O objetivo da vingança divina é a satisfação dos Deuses.
Vingança Publica: Garantir a segurança do monarca e estabelecer a pena como um exemplo para 
todos da sociedade. Ex: Código de Hamurabi empalamento.
2. Período Humanitário:
Século XVIII
Escola clássica (direito penal, única escola desse período, tem duas orientações:)
2.1 Teórico Filosófico:
1764
Jurista Cesare Bonesana "Marques de Beccaria" apresentou obra "Dos Delitos e das Penas" em 
1764
Postulados do aspecto teórico filosófico:
I - A pena não deve ultrapassar a pessoa do réu.
II - Para viver em sociedade cada pessoa cede uma parcela de seus direitos, a sanção penal não 
deve atingir parcelas de direitos não cedidos (cedemos a liberdade para viver em sociedade como 
por exemplo usar roupa na rua... não pode atingir a vida por exemplo, porque não cedemos essa 
parte).
III - Todas as provas devem ser admitidas em direito, inclusive a palavra do acusado. Só não pode 
ser admitido testemunho secreto e desconhecimento dos procedimentos adotados e os juízos de 
Deus.
IV - A prisão preventiva se justifica com a prova da existência do crime e pelo menos indícios de 
autoria.
V - Somente as leis definem crimes e cominar penas, sendo vedada a atuação arbitrária do 
magistrado.
2.2 Ético Jurídico:
1859
Francesco Carrara, obra "Programa do Curso de Direito Criminal", apresentou os seguintes 
postulados:
I - O delito é um ente jurídico (crime não é ação é uma infração porque constitui violação de 
direito).
II - O crime merece punição, a essência da punibilidadeé o livre arbítrio. (crime a pessoa tem que 
ter vontade e consciência, se não há algum deles não há punibilidade pela pena)
III - Uma conduta só pode ser considerada como crime quando colide com a lei.
IV - A pena é uma forma de proteção jurídica e retribuição da culpa moral, a finalidade da pena é a 
restauração da ordem externa da sociedade.
3. Período Criminológico:
Século XIX
Duas escolas: positiva e correcionalista
3.1 Escola Positiva:
O crime é um fenômeno natural/social
A responsabilidade penal é uma responsabilidade social
O criminoso é um anormal de forma permanente ou temporária.
Divide em fases:
1) Fase Antropológica: A fase foi inaugurada por Cesare Lombroso que em 1876 apresentou a 
sua obra "O homem delinquente".
2) Fase Sociológica: Em 1884, Enrico Ferri apresentou a sociedade a sua obra "Sociologia 
Criminal" essa obra traçava um paralelo entre as influências econômicas e sociais e os índices de 
criminalidade.
3) Fase Jurídica: Em 1885, Rafael Garófalo apresentou a sociedade a sua obra "Criminologia", 
segundo Garófalo a periculosidade é o fundamento da responsabilidade do agente. O agente 
pode ser banido ou morto, porque o criminoso deve ser eliminado. (Brasil não aproveita os 
elementos dessa fase).
3.2 Escola Correcionalista:
• 1839
• Karl Röeder (não teve base em obra, ele criou os parâmetros)
• Regeneração (corrigir o criminoso - objetivo dessa escola)
• Indeterminada (penas com duração indeterminada. Preso só sai quando regenerado).
Hoje usa a medida de segurança (para quem tem desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado): "pena" - tratamento- indeterminado.
4.0 Movimento de política criminal contemporâneo:
Dias atuais, só uma orientação
4.1 Nova defesa Social:
• 1945 (pós segunda guerra mundial)
• Fillipo Gramatica (criou a nova defesa social, não baseou em obra).
Características:
a) Antidogmatismo: nenhuma verdade (regra) deve ser considerada absoluta.
b) Universalidade: O movimento (de política) se encontra acima das legislações nacionais.
c) Mutabilidade: As suas concepções se alteram no tempo e no espaço, de acordo com as 
modificações sociais.
d) Multidisciplinariedade: O direito penal se relaciona com outros ramos do direito e outros 
ramos sociais. Se relaciona para buscar elementos para compreensão do fenômeno criminal.
5.0 História das legislações penais aplicadas no Brasil:
5.1 Ordenações Afonsinas:
• 1500 - 1514 (período de aplicação).
As ordenações Afonsinas eram caracterizadas por penas cruéis, tortura para obtenção da 
confissão, mutilações, confisco de bens e desprezo público. As penas eram aplicadas 
arbitrariamente pelo magistrado.
5.2 Ordenações Manuelinas:
• 1514 - 1569
As ordenações Manuelinas visavam apenas esclarecer as ordenações Afonsinas.
(não mudou muito as ordenações Afonsinas).
5.3 Código de D. Sebastião:
• 1569 - 1603
• Mais Extravagantes.
Copiaram as ordenações Manuelinas e uniram com a legislação extravagante.
5.4 Ordenações Filipinas:
• 1603 - 1830 (legislação aplicada por mais período)
• Religião
As normas eram fortemente influenciadas pela religião, o crime era um pecado. Penas eram ainda 
mais cruéis, os artigos eram muito longos de difícil interpretação (complexa exegese).
5.5 Código criminal do Império:
• 1830 - 1890
• Menores de 14 anos.
• Prescrição
As penas nunca prescrevem, há aplicação de prisão perpétua, pena de morte, castigos corporais. 
Não tinha maioridade penal, havia um procedimento especial para os menores de 14 anos.
5.6 Código Penal da República:
• 1890 - 1932
O código penal da república foi considerado o pior código penal da história, porque continha 
normas omissas, sendo severamente modificado ao longo dos anos.
Foram eliminados penas cruéis e a pena de morte.
5.7 Consolidação das Leis Penais:
• 1932 - 1940
Compilação Código Penal da República mais leis extravagantes (sem inovação).
5.8 Código Penal Brasileiro (CPB):
• 1940 (até os dias de hoje)
Dividido:
• Parte Geral (regras que se aplicam a todo direito penal).
• Parte Especial (crimes em espécie)
Parte Geral: art. 1 ao 120. Foi todo reformado em 1984.
Parte especial não mudou, apenas revogaram algumas coisas.
Fontes do direito Penal
1.0 Conceito
É a origem primária do direito penal, são fatores reais que condicionaram o aparecimento das 
regras jurídicas criminais.
Fontes podem ser:
2.0 Materiais:
As fontes materiais também são chamadas fontes de produção. A única fonte de produção do 
direito penal é o estado.
Art. 22, I, CF : Competência da União legislar direito Penal (ÚNICA).
3.0 Formais:
Chamadas também de fonte de conhecimento ou de cognição.
Podem ser:
I . Fonte formal direta: lei
II . Fonte formal indireta: 
II . a. Costumes: prática reiterada de atos com a convicção de sua obrigatoriedade. (só 
pode influenciar na revogação ou criação de uma lei).
II . b . Jurisprudência: Ela é composta de decisões reiteradas dos tribunais criminais 
sobre um determinado assunto em um dado sentido. Pode influenciar na modificação de uma lei 
(por isso indireta).
II . c . Doutrina: Pode interpretar e influenciar a modificação de uma lei.
4.0 Princípios gerais do direito:
São valores que apontam o caminho a seguir e que servem de base para as decisões judiciais. 
Ex: in dubio pro reu.
É elemento de integração do direito penal, não é fonte.
Eficácia da lei penal no tempo
1.0 Introdução
Para que possa cuidar da eficácia da lei penal no tempo tem que conhecer:
• Atividade
• Extratividade
Atividade da lei penal compreende o período de início da entrada em vigor da lei penal até a sua 
revogação.
Extratividade
(ultratividade)
AtividadeExtratividade
(retroatividade)
RevogaçãoInício Vigor
Extratividade da lei ocorre quando a lei penal opera seus efeitos fora desse período. Ou é antes 
da entrada em vigor da lei penal ou depois da sua revogação.
2.0 Princípios que orientam a eficácia da lei penal no tempo:
2.1 Novatio legis incriminadora:
Nova lei penal incriminadora, ou para incriminar.
Torna crime condutas que antes disso não eram delitivas. 
Não existe retroatividade.
2.2 Novatio legis in pejus:
Nova lei penal para pior.
É aquela que agrava, qualifica, insere elementos e circunstâncias não raro majorando a pena de 
crime já existente.
Ex: Lei 6.386/76 --> Pena mais grave --> lei 11.343/06
Não há retroatividade.
2.3 Novatio legis in mellius:
Nova lei penal para melhor
É aquela que apresenta atenuantes, privilegiadoras, minoritantes, há um crime já existente.
Existe retroatividade.
Ex: atentado violento ao pudor e estupro. Quando eram separadas as penas mínimas para cada 
delito somadas juntavam 12 anos de reclusão. Hoje com as duas unidas no mesmo delito a pena 
máxima que pode ser empregada é de 10 anos de reclusão.
2.4 Abolitio crimis, ou lei supressiva:
É aquela que deixa de considerar crime condutas anteriormente delitivas. Ex: crime de adultério.
Existe retroatividade.
3.0 Competência para aplicação da lei penal mais benéfica:
• Até a sentença: o juiz que preside o processo de conhecimento.
• Depois da sentença e antes do trânsito (em julgado - DSAT): do tribunal que julgar o 
recurso.
• Depois da sentença e depois do trânsito em Julgado (DSDT): o juiz das execuções penais 
(se a pena já está sendo executada).
4.0 Leis temporárias e leis exepcionais:
• Leis temporárias: A lei temporária é aquela que está vinculada a determinado período de 
vigência ou a sua entrada em vigor e sua revogação. É uma lei autorevogável.
(por data ou período).
Leis Excepcionais: É aquela que se vincula a determinado fato jurídico.
Efeitos ultrativos nesse caso para lei excepcional e temporária. Atingem o futuro desde que o fato 
tenha sido praticado durante vigência.
5. Norma penal em branco:
Edgard MagalhãesNoronha afirmou que a norma penal em branco é uma alma errante em busca 
de um corpo.
A norma penal em branco é indeterminada pois o seu conteúdo é incompleto necessitando de 
complementação por outra norma.
5.1 Lato sensu ou norma penal em branco heterogênea:
O complemento vem da mesma fonte formal. (não precisa ser da mesma lei, mas do mesmo tipo 
de lei. Ex: uma LO vem de outra LO - mesma escala hierárquica).
Ex: art. 304 CP, art. 237 CP (usa como fonte art. 1521 CC), art. 276 CP (lei que complementa a 
norma penal em branco é da CP mesmo).
Art. 59 CF:
obs: CP e CC são LO
Revogação
31/12/2014
Entrada em Vigor
1/1/2014
Período
1 ano
Ultratividade 
(depois da revogação)
10/06/14
1/01/14 31/12/14 1/1/15
CF
LO
resoluções (portarias)
5.2 Stricto sensu ou heterogênea:
Complemento deve vir de fonte formal diversa (diferente).
Ex: art. 33, lei 11.343/06 (lei de tráfico de drogas, na resolução do Ministério da saúde que explica 
o que é droga, fonte formal diferente), art. 269 Cp (doenças de notificação compulsória -> portaria 
do Ministério da saúde).
Normalmente a fonte diferente é mais baixa (que a norma em branco).
6.0 Tempo do crime:
É importante saber o tempo do crime quando iniciada a execução ainda não ocorreu o resultado e 
surge uma nova circunstância.
• Execução
• Resultado
• Nova (nova lei, novo acontecimento...)
Só usa uma das teorias por vez.
6.1 Atividade:
Considera-se praticado o crime quando a conduta ocorrer no momento da ação ou da omissão, 
ainda que outro seja o momento do resultado.
É o adotado no Brasil -> art. 4 CP
6.2 Resultado:
Considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que outro seja o instante da ação 
ou da omissão.
6.3 Ubiquidade ou mista:
Considera-se praticado o crime tanto no momento da ação ou omissão quanto no instante do 
resultado.
Conflito aparente de normas:
1.0 Conceito:
Ocorre o conflito aparente de normas quando existe um fato jurídico e há diversas normas 
aparentemente aplicáveis a ele (o FJ).
2.0 Princípios aplicáveis ao conflito aparente de normas:
(Não tem ordem, se usar um e resolver, não precisa usar outra e vice versa. Podem ser aplicados 
aleatoriamente, não tem regra)
- Especialidade: a norma especial prevalece sobre a regra geral. Ex: art. 334 CP X art. 33, lei 
11.343/06 (seria trazer lança perfume da Argentina para o Brasil, elemento ESPECIALIZANTE).
- Subsidiariedade: a norma primária deverá prevalecer sobre a regra subsidiária. Prevalece por 
ser mais grave. (ex: art. 157 X art. 146 - > o artigo que prevalece é o mais grave, o 157, norma 
primária. O art. 146 é subsidiário).
- Consunção: O crime mais grave absorve o crime menos grave.
(figura peixe maior comendo menor, menor um mais pequeno e assim em diante).
- Alternatividade: Diante de um crime com diversos verbos típicos praticado um, dois, ou todos 
eles comete-se o mesmo delito. ex: art. 136 CP, art. 33 lei 11.343/06.
(quanto maior o número de verbos típicos maior a pena. Número de verbos típicos serve para juiz 
cominar pena).
Eficácia da lei penal no espaço
1. Lugar do crime
É importante saber o lugar do crime no delitos a distância ou de espaço máximo.
1.1 Teoria da atividade:
Considera-se como lugar do crime o local em que ocorreu a ação ou omissão ainda que outro seja 
o do resultado.
1.2 Teoria do resultado:
Considera-se como lugar do crime o local em que ocorreu o resultado (consumação) ainda que 
outro seja o da ação ou omissão.
1.3 Teoria da ubiquidade ou mista:
Considera-se como lugar do crime tanto o local da ação ou omissão quanto o do resultado 
(consumação)
Teoria adotada no Brasil -> art. 6, CP
L ugar
U biquidade
T empo
A tividade
2. Territorialidade da lei penal (regra - extraterritorialidade exceção)
2.1 Conceito:
É o fenômeno pelo qual se aplica a lei penal brasileira aos fatos ocorridos no território nacional.
2.2 Território Brasileiro
I. Porção de terra limitada por suas fronteiras.
II. Mar territorial (desta 12 milhas náuticas contadas da costa brasileira).
III. Espaço aéreo correspondente
IV. Embarcações ou aeronaves brasileiras públicas ou a serviço do governo brasileiro em 
qualquer lugar do mundo onde se encontrem.
V. Embarcações ou aeronaves brasileiras privadas ou mercantes em região de domínio público 
internacional (ex: Antártica - Antártida, mares internacionais, espaço extra atmosférico, polo 
norte).
VI. Embarcações ou aeronaves alienígenas (estrangeiros - adventício) privadas ou mercantis em 
território nacional.
(12 milhas -> mar territorial, onde Brasil tem soberania, aqui vale a lei brasileira caso uma infração 
tenha sido cometida. 200 milhas é zona de exploração econômica exclusiva do Brasil, não tem 
exercício de soberania, vale apenas as leis "econômicas", um navio de fora não poderia pescar 
nessa zona mas se houver uma infração é a lei da bandeira que vale.)
(embaixada ou consulado = não é país - imunidade é por conta de tratados e convenções 
internacionais)
3. Extraterritorialidade da lei penal:
3.1 Conceito:
É o fenômeno pelo qual se aplica a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido fora do território 
nacional.
3.2 Extraterritorialidade incondicionada:
Não exige qualquer condição para aplicação da lei brasileira, quando o crime ocorre fora do 
território nacional, desde que se contemple o rol taxativo do Art. 7º, I, §1º, CP.
3.3 Extraterritorialidade condicionada:
(...) Ocorre com a exigência de determinadas condições. Condições são cumulativas e não 
alteradas.
Art. 7, II, § 2º, § 3º - CP
3.4 Princípios orientadores (da extraterritorialidade):
1) Princípio da proteção, competência real ou da defesa: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato 
criminal ocorrido no estrangeiro quando o bem jurídico atingido for de natureza pública. Art. 7º, I, 
a, b, c - CP (só de incondicionada).
2) Princípio cosmopolita ou da justiça universal: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal 
ocorrido no estrangeiro em razão de compromisso assumido pelo Brasil em tratados e 
convenções internacionais. Art. 7º , I, d - CP (também tratado (4.388/02 - 2889)) e Art. 7º, II, a - 
CP
3) Princípio da nacionalidade ativa: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido no 
estrangeiro quando o delito for praticado por brasileiro em qualquer lugar do mundo. Art. 7º, II, b - 
CP
4) Princípio da bandeira ou da representação: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal 
ocorrido no estrangeiro as embarcações e aeronaves brasileiras. Art. 7º, II, c - CP
5) Princípio da nacionalidade passiva: Aplica-se a lei penal brasileira ao fato criminal ocorrido 
no estrangeiro quando o crime for praticado contra brasileiro. Art. 7º, § 3º - CP
3.5 Pena cumprida no Estrangeiro:
(num bisen idem - incondicionada, ele pode vir para o Brasil e ser condenado também- no 
condicionado não tem isso)
Só se aplica no caso de extraterritorialidade INcondicionada.
Penas diversas (em sua natureza jurídica): Atenua
Pena Privativa de Liberdade (PPL) -> Brasil
Multa -> EUA
(para o mesmo crime)
(Atenua = considera uma minoração pela multa que já pagou - ex: iria pegar 10 anos de PPL no 
Brasil pega 9 pela multa já paga nos EUA).
Penas idênticas: Computo
PPL -> Brasil = 10 anos (tinha que cumprir 10 aqui)
PPL -> EUA = 5 anos (cumpre 5 lá)
5 anos (acaba tendo que cumprir apenas 5 anos aqui)
(se fosse ao contrário ele só iria chegar aqui e não ia ter mais prisão - não ganha crédito se pegou 
a mais - se a pena fosse de multa a mesma coisa se aplica)
4. Eficácia de sentença penal estrangeira no Brasil:
(Estrangeiro é diferente de internacional - Estrangeiro é feito em outro estado)
(Sentença internacional: proferida por CORTE INTERNACIONAL, ex: TPI...)
(Sentença Estrangeira: ex: feita pelo tribunal da Argentina, Gana...)
Sentençaestrangeira depende de Homologação do STJ. Art. 105, I, i, CF.
Sentença penal homologada: produz efeitos civis e para aplicação de medida de segurança.
(homologação = reconhecer.)
(Emenda 45/05 CF: STJ para homolagar)
(medida de segurança não é pena)
5. Contagem dos prazos penais:
A contagem do prazo penal se procede com a inclusão do "dies quo" (dias do início) e exclusão do 
"dies ad quem" (dia do final). Art. 10º, CP.
6. Frações não computáveis de pena:
PPL: 10 A 11 M 29 D 6H**
Multa: 10.546,90**
**(seis horas e os 90 centavos não contam, são excluídos)
Art. 11, CP
7. Legislação especial:
Art. 12, CP
(aplica as regras da parte geral a tudo que é legislação extravagante e parte especial, menos ao 
que a lei fala que não)
Teoria Geral do Crime
Noções Introdutórias:
1) Termos e Etiologia:
- Noxa (dano) - (se não tem dano não tem crime - vem do direito romano).
- Maleficium (vem da idade média - crime com finalidade de pecado)
- Delictum (séc. XVIII - delito vem de "delinquente" -> que é abandono de uma lei).
- Crimen (vem da expressão: "cerno" -> os mais graves delitos).
2) Conceito de crime:
Material + Formal
Conceito Material de crime: Crime é toda ação ou omissão consciente, voluntária, dirigida a uma 
finalidade que lesa ou expõe a risco juridicamente relevante e proibido bens considerados 
essenciais para a paz e convivência em sociedade.
Perigo Concreto (só há crime se há ele).
Perigo Abstrato (tem doutrinador que acredita nele).
Conceito formal de crime: É tudo aquilo que o legislador considerar como tal.
3) Classificação das Infrações penais:
- Tripartida: A orientação é que o sistema penal tem se contravenções, delitos e crimes conforme 
a gravidade que apresentem. Não é adotado no Brasil.
- Bipartida: contravenções, crimes ou delitos.
(Crime - sinônimo - Art. 1º Lei de Introdução do CP)
Contravenção penal: é um crime anão. (lei da contravenção penal - decreto lei nº 3688/41) (ex: 
art. 41, art. 38. e art. 30)
4) Sujeito ativo de crime:
É todo aquele que pratica isoladamente ou associado a outros o fato descrito no tipo penal com 
dolo ou culpa.
(sozinho = autor / mais de uma pessoa = Co-autor -> se tem mais de um todos são co-autores)
(Partícipe = participou de alguma forma do crime mais não realizou o verbo típico - todos 
respondem o mesmo crime mais com penas diferentes).
4.2 Capacidade penal do sujeito ativo:
Divide-se:
• Capacidade penal
• Incapacidade penal
• Capacidade penal da PJ
• Capacidade especial
Capacidade penal: se caracteriza pelo conjunto de condições exigidas para que um sujeito possa 
ser titular de direitos ou obrigações na esfera penal.
Incapacidade penal: existe quando não há no sujeito ativo a qualidade de pessoa humana viva. 
Ex: mortos, animais, objetos inanimados ( cadeira por exemplo)
Crime / Delito Reclusão, detenção e/ou multa (não tem só multa)
Contravenção Prisão simples e/ou multa isolada (pode ser multa isolada)
Capacidade penal da PJ: a excepcionalidade penal aqui está na CF. Rol taxativo ( só esses) . Art 
173, &5, CF : contra a ordem econômica e financeira.
Art. 225, & 3, CF: contra a economia popular.
Capacidade especial - são motivados por:
Condição de fato. Ex. Art. 124 CP só a gestante pode fazer. Art. 123 estado puerperal, só a mãe 
pode ter.
Condição jurídica. Ex. Art. 312 quem apropria é o funcionário público, capacidade especial de 
condição jurídica.
5. Classificação dos crimes
Só pode ser um de cada linha. Mas pode ser de mais de uma linha. Ex pode ser comum, formal e 
unissubsistente. Não pode ser comum e próprio.
Comum, próprio, de mão própria:
Comum: é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa.
Próprio: é aquele praticado por sujeito ativo com capacidade especial, no entanto 
excepcionalmente pode ser cometido por interposta pessoa. Interposta pessoa: ex - art. 312 - 
alguém ajuda a roubar dinheiro público mesmo não sendo funcionário público reponde como se 
fosse. Condição jurídica. Diferença doutrinária sobre a mesma coisa. Outro ex, art. 123 pessoa 
que ajudá acaba respondendo por infanticídio também. Condição de fato.
Crime de mão própria: é aquele que só pode ser praticado por pessoa com capacidade especial. 
É personalíssimo o agente não pode se utilizar de interposta pessoa. Ex: art. 319 só o funcionário 
público pode praticar. Se pedir para terceiro fazer ele não responde por nada, o crime é meu = 
personalíssimo. 
Material, formal, de mera conduta: 
Material: é aquele que a lei descreve a conduta, prevê o resultado exige a sua presença para a 
consumação do delito. Ex: art. 129, CP. Também é chamado de resultado.
Formal: é aquele que a lei descreve a conduta, prevê o resultado mas não exige a sua presença 
para a consumação de delito. Ex: art. 159 CP.
De mera conduta: é aquele em que a lei descreve a conduta, não prevê um resultado e portanto 
não exige a sua presença para a consumação do crime. Ex: Art. 140, CP.
Unissubisequente, plurissubsistente: 
Quer saber da CONDUTA.
Unissubisequente: é aquele que se realiza com um só ato, a conduta é indivisível, é una. Ex: art. 
147, CP.
Plurissubsistente: é aquele que a conduta pode ser fracionada em diversos atos. Ex: homicídio.
Monossubjetivo, plurissubjetivo:
Quer saber do AGENTE
Monossubjetivo: é aquele crime que pode ser praticado por uma só pessoa. Se praticado por 
várias ah concurso eventual.
Plurissubjetivo: é aquele crime que só pode ser praticado por várias pessoas. É chamado crime 
de concurso necessário. Ex: art. 288, CP e art. 137, CP.
Dano, perigo:
Dano: é aquele que para consumação se exige real ferimento ao bem jurídico protegido.
Perigo: é aquele que apresenta um bem jurídico protegido a um risco relevante e proibido.Ex 
direção perigosa (não atinge ninguém mais existem pedestres e oferece risco a eles).
Forma livre, forma vinculada:
Forma livre: é aquele que pode ser praticado de qualquer maneira, a lei não prescreve forma 
especial para a sua realização. Ex homicídio, tráfico de drogas (exemplos de formas na lei, 
apenas)...
Forma vinculada: é aquele que a lei determina a maneira pela qual ocorre a execução. Ex: art. 
260, CP.
Simples, complexo:
Simples: é aquele cuja redação estabelece as elementares deliciavas em sua figura fundamental.
Complexo: é aquele que resulta da fusão de dois ou mais crimes. Art. 157, & 3, CP.
Instantâneo, permanente: 
Instantâneo: é aquele em que a consumação se opera de uma só vez. Ex: furto.
Permanente: a consumação protrai no tempo. Protrai = elastece, distende. Ex: art. 159 - extorsão 
mediante sequestro.
Mono-ofensivo, pluriofensivo:
Mono-ofensivo: é aquele que atinge apenas um bem jurídico protegido. Ex: furto (só atinge 
patrimônio).
Pluriofensivo: é aquele em que há o atingimento de mais de um bem jurídico protegido. Ex 
latrocínio.
Uninuclear, plurinuclear:
Uninuclear: é aquele que possui apenas um verbo típico como núcleo do tipo. Ex furto ( verbo = 
subtrair)
Plurinuclear: é aquele que possui diversos verbos como núcleo do tipo. Ex tráfico de drogas (18 
verbos)
Principal, acessório: 
Principal: é aquele cuja existência não depende da ocorrência de delito (crime) anterior.
Acessório: é aquele cuja existência depende da ocorrência de crime anterior. Ex art. 180, CP e 
lavagem de dinheiro
Transeunte, não-transeunte:
Transeunte: fato é transitório. Sobre os vestígios do crime , natureza material ("pistas"). Não 
deixa vestígios. Ex injúria oral.
Não-transeunte: fato permanente. Deixa vestígios. Ex homicídio.
6) Sujeito passivo de crime:
6.1 conceito: é todo aquele considerado titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta 
criminosa.
6.2 espécies:
Constante ou formal: é o Estado, porque ele é o titular do mandamento proibitivo. 
Eventual ou material: é aquele titular imediato do bem jurídico protegidopela conduta criminosa. 
Ele pode ser: homem (ser-humano), pessoa jurídica ( ex art. 171,&2,V), coletividade destituída de 
personalidade jurídica (ex condomínio; art. 209, CP), Estado ( art. 312, CP).
Obs: Estado pode ser sujeito ao mesmo tempo dos dois, como por exemplo no peculato.
7) Objeto do crime: 
7.1 Conceito: é tudo aquilo contra o que se dirige a conduta humana delituosa.
7.2. Espécies:
Jurídico. Ex patrimônio. Bem jurídico protegido.
Material. Ex celular. Pessoa ou coisa.
8. Sistemas penais e elementos constitutivos do crime:
Finalista 
( maior parte da doutrina apoia que só existe uma no Brasil)
Fato tipico Antijuridicidade ou 
ilicitude
Culpabilidade Elementos 
Conduta Pressupõe-se Imputabilidade
Componentes
 Ação ou omissão Sempre Potencial consciência da 
ilicitude
 Dolosa ou culposa Presente Exigibilidade de conduta 
diversa
Resultado (PSP) (IPÊ)
Nexo causal
Tipicidade
Conduta : do agente
Resultado: só em crime material (não é todo crime que tem isso).
Nexo causal: relação entre conduta e resultado, só em crime material
IPE : duvidas porque? Culpabilidade é IPE! 
Imputabilidade: maior de 18 anos com desenvolvimento mental completo.
Exigibilidade de conduta diversa : poderia agir de outra forma.
Precisa de TODOS os elementos da tabela para configurar crime.
Tipicidade: previsão legal + subsunção 
Subsunção: adequação perfeita da norma com caso concreto.
Crime: 3 elementos - fato típico, antijuridicidade ou ilicitude, culpabilidade.
2 correntes no sistema penal: bipartida finalista e tripartida finalista.
Corrente minoritária - professor Damásio de Jesus - bipartida finalista.
A culpabilidade segundo o professor Damásio não integra a teoria finalista bipartida. 
Para a teoria finalista bipartida a culpabilidade é um pressuposto de aplicação de pena.
Apenas para aplicar a pena, serviria a culpabilidade. Baseado no art. 26 do CP. Essa teoria é 
baseada na frase " isento de pena ". 
Fato típico:
1.1 conceito de conduta: é toda ação ou omissão humana, consciente, voluntária, dirigida a uma 
finalidade que contraria os objetivos do direito penal.
1.2. Elementos da conduta: consciência, voluntariedade, finalidade e exteriorização. O direito 
penal não pune atos preparatórios, somente atos de execução.
1.3. Formas de conduta: 
1) Ação: é caracterizada pela manifestação de um movimento corpóreo, é portanto positiva. Um 
delito praticado por ação é um delito comissivo.
2) Omissão: é caracterizado pela indevida abstenha de um ato, é portanto negativa. O crime 
praticado por omissão é um delito omissivo.
1.4. Crimes omissivos - espécies:
Próprio (ou puros): é aquele em que o tipo penal incriminador descreve uma conduta omissiva e 
não faz referência a qualquer resultado. Ex art. 135, CP; art. 244, CP; 269, CP.
Impróprio, ou impuro, ou comissivo por omissão: a lei descreve uma conduta positiva e o 
indivíduo responde pelo crime porque estava juridicamente obrigado a impedir o resultado é 
podendo fazê-lo se omite. Ex art. 13, &2, CP.
O dever de agir incube a quem:
A) dever de agir ou imposição legal. Art. 13,&2,a, Cp. Ex mãe dever de amamentar o seu filho.
B) Dever ou posição de garantidor. Art. 13,&2,b,Cp. Ex pessoa não tem dever de cuidar do filho 
do outro, mas quando é contratado como babá , ai tem que cuidar. Não por dever legal, mas 
Como garantidor.
C) Ingerência da norma. Art. 13, &2, c, Cp. Ex eu sei que outra pessoa não sabe nadar e 
convenço ela a ir, não ligo para a pessoa e ela acaba se afogando.
2.0. Dolo:
Teoria da vontade, teoria do assentimento, teoria da representação.
2.1 Teoria do dolo:
Vontade: atua com dolo aquele que comete a ação ou omissão de forma consciente em relação a 
conduta e o resultado, com Voluntariedade.
Teoria da representação: atuando dolo quem comete a ação ou omissão tendo 
obrigatoriamente a previsão do resultado.
Teoria do assentimento: atua com dolo quem comete ação ou omissão com s previsão do 
resultado mesmo que não o deseje.
Teorias adotadas no Brasil: Teoria do assentimento e da vontade.
2.2 Conceito de dolo: é a vontade livre e consciente da pratica da conduta prevista no tipo penal 
com a previsão do resultado mesmo não o querendo.
2.3 Elementos do dolo:
• Consciência
• Vontade
2.4. Espécies de dolo:
• Direto ou determinado
• Indireto
• Dolo alternativo
• Dolo eventual
• Específico ou elemento subjetivo do injusto ou elemento subjetivo do tipo
Dolo direito ou determinado: É aquele é, que o agente deseja produzir determinado resultado. 
Art 18, I, primeira parte (até a palavra resultado), CP.
Dolo indireto ou indeterminado: (diferença entre eles está na cabeça do agente (entendimento 
dele), não tem diferença na consequência Jurídica) 
 Dolo alternativo: na existência de dois ou mais resultados o agente aceita qualquer deles. 
Ex dirige carro rápido, se matar ou só machucar tanto faz.
 Dolo eventual: o agente assume o risco da produção do resultado. Seria um foda-se, tanto 
faz o que. Assume o risco de produzir o resultado. Art. 18, I, segunda parte, CP.
Dolo específico: com uma finalidade especial. Ex art 155,CP : para si ou para outrem, se não 
tiver isso não tem crime. Ex receptação se não for para si ou para outrem é outro crime.
3.0. Culpa:
3.1. Conceito de culpa: culpa é a pratica da conduta sem a observação do dever de cuidado 
objetivo. Com consequente resultado lesivo involuntário previsto no tipo penal. É sempre 
normativa. (Só existe crime culposo quando tem previsão legal, ex art 121,&3,CP).
3.2 modalidades de culpa:
Negligência: se opera como uma inércia psíquica, uma displicência do agente que se omite pois 
podendo adotar as cautelas necessárias, não o faz. Omissão.
Imprudência: Se opera pela pratica de uma conduta sem a observância do dever de cuidado 
objetivo o agente atua sem a devida cautela, foi aflito, afoito. Ação.
Imperícia: se caracteriza pela falta de capacidade, pelo despreparo e/ou ausência de 
conhecimentos técnicos essenciais para o exercício da arte, profissão ou ofício. Ação.
Negligencia-> omissão (Deixar criança pegar veneno em prateleira baixa)
Imprudência -> ação (Sabe dirigir mais faz uma ultrapassagem onde não pode)
Imperícia -> ação ( não tem conhecimento técnico)
4. Praeter dolo ou praeter intencional: É aquele qualificado pelo resultado, a conduta do agente 
é dolosa mais o resultado é culposo. É o dolo no antecedente, culpa no resultado. (Dolo no 
antecedente, culpa no consequente) 
3.3 Espécies de dolo:
Culpa inconsciente: o agente não prevê o resultado que é previsível. Não existe no agente o 
conhecimento do perigo que sua conduta provoca no bem jurídico alheio significante. Ex deixar o 
inseticida próximo a criança, que se intoxica.
Culpa consciente: na culpa consciente o agente prevê o resultado mas espera sinceramente que 
ele não ocorrerá.
Dolo eventual: é foda-se 
Culpa consciente: ih fodeu 
Culpa própria: é aquela em que o agente não quer o resultado e nem assume o risco de produzi-
lo.
Culpa imprópria: é aquela que deriva do erro de tipo incriminador essencial indesculpável e de 
discriminantes putativos (falsas).
5. Preterdolo
6. Resultado
Conceito:
Teoria naturalistica: resultado é a modificação do mundo exterior provocada pela ação/omissão.
+
Teoria jurídica: resultado é toda lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico tutelado pela regra 
penal.
Classificação: dos crimes quanto ao resultado
Material, formal e de mera conduta.
6. Relação de causalidade ou de nexo causal: no Brasil são utilizadas duas teorias.
6.1 teoria da equivalência dos antecedentes criminais:
Causa é toda a circunstância anterior sem a qual o resultado ilícito não teria ocorrido. Se houver a 
eliminação de um evento anterior e o fato posterior não ocorrer esse evento será consideradouma 
causa. Essa teoria também recebe o nome de " CONDITIO SINE QUA NON"
Critica a essa teoria: AD INFINITUM (retorno ao infinito)
Solução: só será concausa a conduta dolosa. Art 13, caput, CP.
6.2. Teoria da causalidade adequada:
Art 13, &1, CP.
De acordo com a teoria da causalidade adequada causa é todo acontecimento antecedente 
idôneo e de interferência decisiva na produção concreta do resultado.
Exs:
Exclui imputação: ambulância (morre por outra coisa).
Exclui imputação: autoria colateral (veneno) (dois dão veneno)
Não exclui imputação: pontapé, voadora (morre ferido no hospital)
Não exclui imputação (causa pré-existente): da veneno a alguém, atiram na pessoa, mas ela 
morre por conta do veneno. A pessoa do veneno responde por homicídio e a do tiro responde por 
tentativa de homicídio.
Exclui a imputação, causa superveniente absolutamente independente: viga do teto.
7.1. Tipicidade:
Nota: todo crime que tem previsão legal mais subsunção sempre tem elemento objetivo. Os outros 
dois não parecem em todos.
Conceito: previsão legal mais subsunção. 
Para analizar se existe tipicidade, ver se tem o 7.1, 7.2, e 7.3.
7.1. Elemento normativo do tipo:
É aquele que exige um juízo de valor do criminoso, do defensor, do acusador e do magistrado.
Ex: "mulher honesta" art. 219, CP (revogado). E art. 155:
Subtrair: elemento objetivo
Coisa móvel: objeto
Alheia: elemento normativo do tipo (aqui tem julgamento de valor)
Para si ou para outrem: elemento subjetivo do injusto.
7.2. Elemento objetivo: 
É o verbo típico. Todo crime tem.
Ex art 155 (subtrai- elemento objetivo)
7.3. Elemento subjetivo do injusto:
É o dolo específico. ("... Com uma finalidade especial - tem que ter esse elemento). Ex art 155 - 
para si ou para outrem, elemento subjetivo do injusto.
Erro no direito penal
O que é erro: erro é uma falsa percepção da realidade motivada por uma condição de fato ou de 
direito. A causa é proveniente de fatores intrínsecos de extrínsecos do indivíduo.
O erro de tipo atinge o fato típico (conduta, ação, omissão, dolo ou culpa) e o erro de proibição 
atinge a culpabilidade (atinge o potencial conhecimento da ilicitude).
Erro, espécies:
• Erro de tipo incriminador:
• Essencial
• Acidental
• Erro de tipo permissível
• Erro provocado por terceiro
• Erro de proibição:
• Direto
• Indireto.
1.3. Espécies de erro
1.3.3 erro de tipo INCRIMINADOR
A) essencial
-vencível (inevitável) é um erro indesculpável
- invencível (inevitável) é desculpável
B) acidental
- sobre o objeto (mauval)? Da infração
- sobre o modo de execução
1.3.2. Erro de tipo permissivo
É aquele que cuida das discriminantes putativas
1.3.3. Erro provocado por terceiro
O terceiro vai responder pelo erro que provocou
1.3.4. Erro de proibição
A) direito
- vencível ( evitável) ou indesculpável
- Invencível (inevitável) ou desculpável
B) indireto
- vencível
- Invencível
2. Incidência
O erro do tipo recai sobre o FATO TÍPICO (*conduta)
O erro de proibição recai sobre a culpabilidade (*PCI)
3. Erro de tipo incriminador
3.1. Conceito
É o erro do agente que recai sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime de circunstância 
qualificadora, agravantes e causas de aumento de pena. O erro do tipo é irrelevante nas 
privilegiadoras, nas atenuantes e nas causas de diminuição de pena.
3.2. Erro de tipo essencial
É aquele que incide sobre elementais circunstâncias do crime, pode ser:
- vencível (inevitável), indesculpável, sem perdão.
É aquele em que a mediana prudência poderia ter evitado o equívoco. Ex caçador experiente. 
EXCLUI O DOLO MAS SUBSISTE A CULPA. ART. 20, CP.
- invencível (inevitável), ou seja desculpável.
É aquele que exige um cuidado excepcional, extraordinário do sujeito ativo para evitar a prática 
criminosa. A exigência de cuidado está além da vista em eu, assim sendo, prudência não poderia 
ter evitado o erro. Ex caça.
NESSE CAO EXCLUI O DOLO E A CULPA.
3.3. Erro do tipo incriminador acidental
É aquele que recai sobre dados irrelevantes do crime e cuida de circunstâncias acessórias do 
objeto material da infração. Pode recair:
- sobre o objeto material da infração
ERROR IN PERSONAE
( erro sobre a pessoa)
Art. 20, &3. Ex tentar matar próprio pai e matar outro.
ERROR IN OBJETO
(Erro recai sobre o objeto)
O equívoco recai sobre o objeto maleável do crime. Não exclui culpa ou dolo. Ex roubar milho 
achando que é feijão.
3.4. Erro de tipo incriminador acidental sobre o modo de execução
ABERRATIO ICTUS
É o erro na execução. Art. 37, CP.
A diferença está na cognição ou entendimento do agente. No erro sobre a pessoa o agente pensa 
ser uma vítima, quando na verdade é outra.
No erro de execução (ABERRATIO ICTUS) o agente inidentificável corretamente a vítima, mas 
executa o alvo errado( prática o direito de forma atrapairada/ atabalhoada)
ABERRATIO CRIMINIS
É o erro no crime.
Quer cometer um crime, mas acaba cometendo outro.
ABERRATIO CAUSAE
É o erro na causa.
O crime subsiste , o crime permanece.
Ex queria matar pro afogamento, mas matou por esfacelamento da calota craniana, responde pelo 
crime.
4. Erro de tipo permissivo
É aquele que recai sobre discriminantes putativas (falsas) são discriminantes:
- a legítima defesa
- O estrito cumprimento do dever legal
- Exercício regular do direito
- Estado de necessidade
Vencível -> é evitável, indesculpável
Invencível -> é inevitável, desculpável
Ex exclui-se o dolo, permanece a culpa = homicídio culposo. Se exclui o dolo e culpa, não há 
crime, pois não há conduta, ou seja, não há fato típico.
Art. 20, &1, CP = discriminantes putativas
5. Erro provocado por terceiro (art. 20, &2, CP)
Quem provoca o erro responde dolosamente mesmo o crime sendo culposo, mas se a provocação 
for dolosa.
6. Erro de proibição
6.1. Conceito
É o erro sobre a ilicitude do fato (art. 21, CP).
6.2. Espécies:
- erro de proibição direto
Vencível
Invencível
É aquele em que o agente comete o crime na crença de que age licitamente por considerar 
inexistente norma punitiva ou se existente, não atingirá o seu caso.
A) Vencível, evitável: (indesculpável) mediana prudência poderia ter evitado o erro. Agente não 
tem consciência da ilicitude do fato, mas pode alcançá-la. Ex: pessoa pra aula de teatro anda 
com arma desmuniciada sem ter porte. Diminuição da pena de 1/3 a 1/6.
B) Invencível, inevitável, desculpável: ex: pessoa simples que puxa a tomada do amigo 
(eutanásia) é isento de pena nesse caso, não tem conhecimento da ilicitude.
6.2.2 indireto:
Discriminante putativa por erro de proibição.
A) Vencível, evitável, indesculpável: mediana prudência evita erro.
B) Invencível, inevitável, desculpável: nem mediana prudência teria evitado o erro.
7. Delito putativo por erro de tipo
O agente considera a sua conduta antijurídica em razão de um equívoco na elementar do crime. 
Mas é irrelevante penal. Ex: furto de coisa própria, violação de correspondência própria.
8. Delito putativo por erro de proibição:
O agente considera a sua conduta antijurídica por equívoco em relação a norma. É irrelevante 
penal. Ex: agente acha que comete crime do incesto mais não é.
Crime consumado e tentativa
1. Inter criminis: caminho do crime
Duas teorias:
CONDITIO sine qua NON (concausa só no dolo - por causa do retorno ao infinito)
Causalidade adequada
Se pune apenas atos de execução ! Não atos preparatórios!
2. Crime consumado
Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Art. 14,I, CP
Ex: furto
Subtrair -> elemento objetivo
Coisa móvel -> objeto material
Alheia -> elemento normativo do tipo
Para si ou outrem -> elemento subjetivo do injusto
3. Tentativa 
É crime!!!
O crime é tentado quando iniciada sua execução, o crime não se consuma por circunstâncias 
alheias à vontade do agente. Art. 14, II, CP.
Se o agentedesiste voluntariamente ou se arrepende com eficácia, não se configura a tentativa.
3.1. Sistemas de tentativa:
1. Sistema penal subjetivo: não se diferencia crime tentado de crime consumado, punição é a 
mesma.
2. Sistema penal objetivo: há enorme diferença entre crime consumado e crime tentado, tanto 
que a tentativa pode ficar até isenta da pena.
3. Sistema misto: a pena da tentativa é abrandada em relação ao crime consumado. É o sistema 
adotado no Brasil. Art. 14, parágrafo único, CP.
3.2. Admissibilidade da tentativa:
Tentativa ou conatus
Crimes que não admitem tentativa:
• Unissubsistente 
• Omissivo puro
• Culposo
3.4. Espécies de tentativa: 
Tentativa inacabada
Tentativa acabada
Tentativa cruenta
Consumação 
Tentativa incruenta (branca)
Tentativa inacabada (imperfeita): 
O agente mal inicia a execução e existe uma interrupção no processo. O crime não se consuma.
Tentativa acabada (perfeita):
Ocorre quando o agente realiza tudo que é essência, é suficiente para realização do delito, porém 
o efeito querido não ocorre.
Tentativa cruenta (pode ser acabada ou inacabada):
Aquela em que o objeto material do delito é lesionado, pois foi colocado sob risco relevante é 
proibido.
Tentativa incruenta (branca - pode ser acabada ou inacabada):
Aquela em que o objeto material do delito não é lesionado, apesar de ter sido colocado sob risco 
relevante proibido.
4. Desistência voluntária e arrependimento eficaz ( tentativa abandonada):
Se houve coação não tem desistência
Dar queixa -> notícia criminis
Desistência voluntária
Ocorre quando em uma tentativa inacabada, o agente voluntariamente deixa de prosseguir com a 
execução. O criminoso responde pelos atos praticados até então, sendo inexistente a tentativa 
pode ter estímulo externo (alguém falar com o criminoso, mas não segurar a mão da 
pessoa para não atirar).
Arrependimento eficaz:
Em uma tentativa acabada, o criminoso voluntariamente se arrepende e impede a consumação.
! Não tem consumação! Responde pelos atos praticados, não existindo a tentativa.
5. Arrependimento posterior
Ato voluntário do agente, não necessariamente espontâneo
6. Crime impossível (art. 17)
Ineficácia absoluta do meio
Absoluta impropriedade do objeto
Ilicitude ou antijuridicidade 
1. Conceito
A ilicitude ou antijuridicidade se configura por uma oposição do fato com o ordenamento jurídico 
por meio da exposição a perigo de dano ou lesão efetiva de um bem juridicamente protegido pela 
norma penal.
2. Excludentes
Art. 23, CP
3. Estado de necessidade
3.1. Conceito 
O estado de necessidade ocorre quando existe uma situação de perigo atual com mais de um 
bem jurídico em perigo e a pessoa sacrifica um deles em favor do seu.
3.2. Requisitos
1. A existência de ameaça de direito próprio ou alheio
2. Existência de um perigo atual é inevitável
3. A inexigibilidade de sacrifício do bem ameaçado
4. Uma situação não provocada voluntariamente pelo agente
5. A inexistência do dever legal de enfrentar o perigo
6. Conhecimento da situação de fato justificante
4. Legítima defesa
4.1. Conceito
A legítima defesa se configura com uma causa de justificação para uma conduta ilícita pois há 
uma autorização legal para realização de ato que comprove conduta criminosa no caso da falta 
dessa permissão.
4.2. Requisitos
1. A reação a uma agressão atual ou eminente é injusta
2. Defesa de direito próprio ou alheio
3. Moderação nos meios empregados a repulsa
4. Conhecimento da situação de fato justificante
4.3. Estado de necessidade DIFERENTE legítima defesa
5. Estrito cumprimento do dever legal
Ocorre quando o agente realiza uma conduta em consonância com uma obrigação imposta pela 
lei agindo dentro de seus limites.
6. Exercício regular de direito
Se caracteriza pela realização de uma faculdade legal de acordo com as respectivas causas 
jurídicas é uma excludente de criminalidade objetiva.
Estado de necessidade Legítima defesa
Ação Reação 
Bem jurídico exposto ao perigo Bem jurídico exposto a uma agressao
Sacrificar bem jurídico de inocente para garantir o 
seu
Realizar um comportamento em relação ao 
agressor
Culpabilidade
1. Conceito
Juízo de retroabilidade que recai sobre o autor de um fato antijurídico.
2. Imputabilidade
2.1. Conceito
Imputável é o indivíduo mentalmente sao e que tenha a capacidade plena de compreender o 
caráter ilícito do fato é determinar-se de acordo com esse entendimento.
2.2. Elementos 
Intelectivo é caracterizado pela integridade biopsíquico consistente na perfeita saúde mental que 
permite ao indivíduo a cognição do caráter ilícito do fato.
Volitivo é caracterizado pelo domínio da vontade pois o agente não apenas controla mas 
comanda os seus impulsos relacionados à compreensão do caráter ilícito do fato. Determinando-
se de acordo com esse entendimento.
2.3. Inimputabilidade
Art. 26, "caput", CP
A inimputabilidade é proveniente de enfermidade mental que exige prova de que o transtorno 
afetou a capacidade de compreensão do caráter ilícito do fato ou da determinação segundo este 
conhecimento no instante da ação delituosa.
2.4. "Actio libera IN causa" 
Consiste na hipótese em que o agente coloca-se intencionalmente em condição de 
inimputabilidade para o cometimento do crime praticando-o em estado de inconsciência é 
fuNdamental que o resultado tenha sido desejado pelo agente previsto ou no mínimo previsível.
3. Semi-imputabilidade
Art. 26, Parágrafo Único, CP
Demi fous -> semi imputável 
1/3 a 1/6 de redução na pena
No Brasil se adota o sistema vicareante, por esse sistema: ou se aplica a pena ou se aplica 
medida de segurança.
Não se aplica o sistema duplo binário: pena + medida de segurança
Medida de segurança não vira pena
Pena pode virar medida de segurança
4. Menoridade:
Art. 27, CP
Legislação especial ECA
Aplica medida socioeducativa
Cuida-se de cláusula pétrea constitucional art. 228, CF
Critério objetivo que não admite prova em contrário "jure et de jure"
5. Potencial consciência da ilicitude
O agente deve ter a cognição da proibição legal para que sua conduta seja reprovável; ou no 
mínimo a possibilidade de alcançar esse conhecimento, pois o desconhecimento da lei é 
inescusável. Art. 21,CP.
6. Exigibilidade de conduta diversa
Ocorre quando o agente tinha a sua disposição uma alternativa válida de conduta e dela não se 
aproveitou preferindo praticar o delito.
6.1. Causas de inexigibilidade de conduta diversa
São excludentes de culpabilidade
Art. 22, CP: só será punível o autor da coação e da ordem
Coação física irresistível (só pune o autor da coação): o autor não dispõe de voluntariedade pois 
está submetido a uma força maior. 
Coação moral irresistível (só pune o autor da coação): existe a vontade do agente mas ela é 
movida pela ameaça, se houver inexigibilidade de conduta conforme o direito não responde o 
coagido, mais o coator.
Obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico ( só pune o autor da 
ordem): só pune o autor da ordem. Só se fala em hierarquia administrativa não se leva em conta 
familiar, laboral ou religiosa.
Requisitos:
1. Que a ordem seja emanada de autoridade competente
2. Qua a ordem não seja manifestamente ilegal
3. Que o agente tenha atribuições para a prática do ato.
7.0. Emoção e paixão
Art. 28, I, CP
Não excluem imputabilidade penal
Emoção : a emoção se caracteriza por um estado afetivo intenso de curta duração que surge de 
modo imprevisto, provocando reações a curtos acontecimento produzindo violenta e repentina 
perturbação do estado psíquico. (Irá)
Paixão: se constitui por uma emoção permanente e menos intensa que trás uma profunda e 
aguda crise psicológica que ofende a integridade e que pode arrastar (levar) o sujeito ao crime.
8. Embriaguez
8.1. ConceitoÉ a intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool ou outras substâncias de efeitos análogos 
que elimina ou diminui no agente a capacidade de cognição e/ou autodeterminação
8.2. Classificação
Regra: não exclui culpabilidade
Exceção: exclui culpabilidade (quando é acidental)
Culposa: é aquela em que o agente ingere a substância mais não prevê que irá embriagar-se. Se 
queria beber responde pelo delito.
Voluntária: é aquela em que o agente quer ingerir a substância mas não deseja cometer crime. 
Responde pelo crime.
Preordenada: é aquela em que o agente se embriaga cominuição de cometer crime, para liberar 
seus freios inibitórios. Responde pelo crime mais responde com agravante genérica (art. 61, II, l, 
CP)
Acidental: é aquela em que o agente se embriaga em razão de cão fortuito ou força maior. Não é 
prevista pelo agente nem desejada. Ex: trote violento. Agente não responde pelo delito.
Concurso de pessoas
1. Conceito
O concursos de pessoas se aperfeiçoa quando existir indivíduos reunidos para a prática da 
conduta prevista no tipo legal de crime. Conexas pelo liame subjetivo.
2. Espécies
Eventual: monosubjetivo
Necessário: plurissubjetivo (espécies de conduta: convergentes, contrapostas, paralelas)
Conduta convergentes: as condutas dos agentes confluem para o mesmo objetivo. Ex: art. 235
Condutas contrapostas: as condutas das pessoas se dirigem umas contras outras. ex art. 137
Condutas paralelas: as condutas dos criminosos se auxiliam mutuamente. Ex art. 228
Art. 29, CP -> tipo extensor
3. Formas de realização de crimes
Autoria: uma pessoa realiza o verbo típico (conduta)
Codelinquencia: 
• Coautoria: todos os agentes envolvidos realizam o verbo do tipo
• Participação: foram realizadas condutas acessórias circunstanciais ao delito
• Coautoria culposa é possível
• Participação culposa não é possível

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