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Direito eleitoral

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Direito eleitoral
Professor Leandro Nava
Leis que usaremos em sala:
CF
Lei 4737/65. Código Eleitoral
Lei 9504/97. Lei das eleições
Lei 12.034/09. Lei dos Partidos Políticos
LC 64/90. Casos de inegibilidade
LC135/10. Lei da ficha limpa
Lei 13155/15. Mini reforma eleitoral
Art. 15 , CF : cai na prova
Direito eleitoral conceitos e fontes:
Fontes: O direito eleitoral é o ramo do direito público encarregado de regulamentar os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral conforme art. 22, I, CF a lei eleitoral é exclusivamente federal não podendo assim os estados e municípios disporem sobre tal regra.
OBS: O art. 62, §1º, I, “a” veda a criação de medidas provisórias que tratam sobre matérias de direito eleitoral, partidos políticos, direitos políticos, cidadania e nacionalidade.
O art. 1º, P.U., da lei 4.737/65 (código eleitoral) relata quanto a faculdade ofertada ao TSE para edição de instruções (resoluções) que auxiliarão a aplicação deste código.
Conceito de direito eleitoral:
!! Cai na prova !! 
Professor Joel José Cândido: “Direito eleitoral é o ramo do direito público que trata de instrumentos relacionados com os direitos políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado”.
Professor Djalma Pinto: “Direito eleitoral é o ramo do direito público que disciplina a criação dos partidos políticos, o ingresso do cidadão no corpo eleitoral para fruição dos direitos políticos, o registro das candidaturas, a propagando eleitoral, o processo seletivo e a investidura no mandato”.
Professor Marcos Ramayana: “Direito eleitoral é o ramo do direito público que disciplina o alistamento eleitoral, o registro de candidatos, a propaganda política eleitoral, a votação, apuração e diplomação, além de regularizar os sistemas eleitorais, os direitos políticos ativos e passivos, a organização judiciária eleitoral, dos partidos políticos e do MPE dispondo de um sistema repressivo penal e especial”.
Objeto e finalidade do direito eleitoral:
Finalidade: do direito eleitoral é garantir o exercício da cidadania em todas as suas formas e em toda sua plenitude.
Objeto: são as normas jurídicas positivadas (CF, lei 4.737/65 (sódigo eleitoral), LC 64/90 (inegibilidade), lei 9.096/95 (lei dos partidos políticos), lei 9.504/97 (lei das eleições), lei 12.034/2009 (lei dos partidos políticos, LC 135/2010 (lei da ficha limpa), lei 13.165/2015 (reforma eleitoral) e resoluções do TSE) e os princípios eleitorais (art. 1º e 16 da CF).
A doutrina divide o objeto do direito eleitoral em Direto e Indireto:
Objeto direito é subdividido em primário e secundário. 
Objeto direito primário são as normas eleitorais trazidas pela CF, anteriores ao processo eleitoral. Ex: alistamento eleitoral, filiação partidária.
Objeto direto secundário: são as normas que surgem com o processo eleitoral, ou que dele são decorrentes. Ex: registro de candidatura, propaganda eleitoral, votação, apuração, diplomação.
Objeto indireto são as normas que versam sobre matéria que possibilitam o exercício do objeto direito. Ex: sistema eleitoral, organização da justiça eleitoral.
Fontes de direito eleitoral:
Fonte é o local de onde emerge o direito, a doutrina classifica as fintes do direito em fontes formais e materiais.
Fonte Material: caracterizam-se aos órgãos que criam as normas. art. 1º, P.U., Cód. Eleitoral. (União privativamente, para qualquer coisa relacionada a direito eleitoral - CF art. 22, I) 
Fonte formal: são aquelas que dizem respeito ao modo de exteriorização do direito eleitoral. Divididas em:
Direta ou primária: CF Cód. Eleitoral, demais leis eleitorais (ex: 9.096/95, 9.504/97, LC 64/90, LC 135/2010, lei 13.165/2015).
Código Penal, Código Processo Civil, Código Civil, Código Processo Penal.
Eficácia das normas jurídicas eleitorais:
Art. 16, CF: a lei eleitoral sugue o principio da anterioridade da lei eleitoral (ou principio da anualidade), ou seja, a lei eleitoral entra em vigor na data de sua publicação, porém, só possuirá eficácia um ano após a entrada em vigor.
Deve aprovar até o dia 29 de Setembro do ano anterior (entra em vigor) para que possa gerar efeitos na próxima eleição. A eleição ocorre no primeiro domingo de Outubro. Para poder valer na próxima eleição deve haver período de um ano e um dia (lembrando que considera-se o mês da eleição e não a data específica que a eleição irá cair, ou seja, não poderia aprovar nada em Outubro para que valesse para a eleição no ano seguinte)
Princípios do direito eleitoral:
Os princípios de uma disciplina são os valores e fundamentos lógicos e estruturantes que emergem da leitura de seus diplomas leigais integrantes, servindo de parâmetro hermenêutico para os operadores do direito e de paradigma e fundamento para os legisladores.
A doutrina diverge quanto a classificação dos princípios eleitorais, porém quando convergem os dividem em constitucionais e infraconstitucionais.
Princípios Constitucionais:
Princípios republicano: art. 1º, CF - consagra o país como uma republica federativa formada pela união indissolúvel dos E/M/DF.
Principio democrático: fundamento pelo qual o Brasil é um Estado Democrático de Direito, ou seja, a ordem jurídica brasileira é democrática.
Segundo Abraham Lincon, a democracia é “governo do povo, pelo povo e para o povo”
Principio da soberania popular: está diretamente relacionado ao principio supracitado, pois todo poder emana do povo motivo pelo qual a vontade popular é soberana, se sobrepõe à vontade particular.
Princípio do pluralismo político - art. 1º, V, CF - significa que o Estado acolhe todas as formas de exercício da soberania e as diferentes ideologias existentes nas diferentes camadas sociais.
Princípios infraconstitucionais:
Principio da Legalidade: qualquer decisão ou ato jurídico eleitoral é necessária que seja observada os fundamentos legais e/ou constitucionais de cada ato ou decisão (judicial ou administrativo), ou seja, na observância da lei é conditio sine qua non (condição a qual) para que o ato ou decisão sejam legítimos e produzam seus efeitos.
Princípio da celeridade: na justiça eleitoral, todos os seus prazos (administrativos ou judiciais) possuem dilação temporal extremamente reduzida, pois todos os atos são executados da forma mais rápida e eficaz possível. DOE: diário oficial Eletrônico - a justiça eleitoral é muito rápida, prazo em horas ou dias.
Princípio da anualidade: também conhecido como princípio da anterioridade. Art. 16.
Princípio da preclusão: considerando que preclusão é a perda do direito de praticar atos processuais, devido a inércia do legitimado, no direito eleitoral os prazos são preclusivos, exceto quando tratar-se de matéria constitucional ou fato superveniente. Perdi o prazo e ai acontece a preclusão, não posso mais manifestar. Ex: art. 223, “caput”. 259 Código Eleitoral. São preclusivos os prazos para interposição de recursos, salvo se for constitucional.
Princípio da devolutividade dos recursos: a regra no Direito Eleitoral é de que os recursos eleitorais não possuem efeito suspensivo mas somente devolutivo, exceto quando tratar-se de matéria constitucional ou fato superveniente. Ex: art. 257, Código Eleitoral.
Justiça Eleitoral:
Organização: por se tratar de justiça especial responsável por todos os trabalhos eleitorais (do alistamento à proclamação dos eleitos) a justiça eleitoral possui a nobre missão de resguardar a democracia e o Estado Democrático de Direito (art. 1, CF), sendo assim composta:
Órgãos da justiça Eleitoral:
	Art. 92, V + 188, I a IV, ambos da CF - Ajustiça Eleitoral é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), Juízes Eleitorais e Juntar Eleitorais.
	Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - art. 119,CF. - 7 membros que são ministros 
TSE - 7 M - 3 STF - Presidente do TSE (obrigatório) e Vice presidente.
2 STJ - Corregedor Eleitoral
2 AdvogadosSão retirados de uma lista com 6.
Nomeados pelo Presidente
Indicados pelo STF (OSTF publica um edital e escolhe com requisitos subjetivos, os requisitos objetivos são: notável saber jurídico e idoneidade moral).
Prazo mandato dos ministros = 2 anos, renováveis por mais 2 anos.
Art. 133, CF.
FALTEI - aula dia 31/03
CF. art 92- são órgãos do poder judiciário
Art 92,V – os tribunais e juízes eleitorais
Art 118
Art 119
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – TER – ART 120 C.F.
26 estados+ D.F.= 27 ter art 120 cf.
TER – 7 membros 2 juízes dentre os desembargadores do TJ - presidente do TER
Desembargadores -2 JD (TJ)1ª instância Vice P.(correg.eleit.) do TER serão os desembargadores.
- 1 TRF
-2 Juiz deDir.( TJ)
-1 TRF
-2 ( escolhidos entre 6 advogados)
Quem faz a lista é o TJR,remete para a presidente da Rep.e ela nomeia 2 efetivos e 2 substitutos
Observação: Tanto no TSE como no TER o mandato de cada membro será de 2 anos , prorrogados por mais um mandato (2 anos).Portanto um Ministro ou Desmbargador podem ficar no total 4 anos, tem que dar uma parada de 1 mandato e se recandidatar.
Juízes Eleitorais : Não existe concurso para juiz eleitoral,porque os juízes de Direito é que são convidados para que avoquem mais uma competência, mas recebem uma quantia a mais.
Por se tratar de Justiça especial a Justiça eleitoral não tem magistrados investidos de forma permanente na jurisdição eleitoral ,motivo pelo qual as funções eleitorais são desempenhadas pelos juizes estaduais (juiz de direito ), cujo mandato será de no mínimo dois anos ( 1 mandato) e no máximo 4 anos ( 2 mandatos).
JUNTAS ELEITORAIS
São órgãos colegiados de atuação provisória , constituídos 60 dias antes da eleição e extintos logo após o fim de seus trabalhos ,tendo como função principal a apreciação e totalização dos votos.
Observação – Juiz de Direito – é o juiz estadual
Juiz Federal – juiz Federal
Delegado de Policia de Carreira- estadual
Delegado de Polícia Federal – Federal
Nas eleições municipais as juntas eleitorais permanecerão até a proclamação dos resultados das eleições e diplomação dos eleitos.
Funções da Justiça Eleitoral
São 4 :
1- Jurisdicional:
2- Administrativa
3- Normativa
4- Consultiva
Organização da justiça Eleitoral – visto na aula passada
Função Jurisdicional da Justiça Eleitoral:
- Função jurisdicional: visa solucionar os conflitos de interesse e zelar pela uniformidade das decisões da Justiça Eleitoral, atentando-se ao julgamento de processos eleitorais, tais como: pedido de registro de candidatura, representação sobre propaganda eleitoral, ações para apuração de crimes eleitorais, condutas vedadas a agentes públicos. Captação ilícita de sufrágio, entre outros, ou seja, sempre que a justiça eleitoral for submetida a uma disputa exercitará sua função jurisdicional, por intermédio de seus juízes que aplicarão o Direito ao caso concreto.
- Função administrativa: Trata-se de atos preparatórios das eleições, onde são consumidas questões financeiras (dinheiro), material e força de trabalho dos servidores visto que a justiça eleitoral é quem administra todo o processo eleitoral, sendo responsável por exemplo pelo alistamento eleitoral, emissão do título eleitoral, transferência de domicílio, fixação do local de votação, nomeação de mesários, apuração dos votos, e etc.
- Função normativa – art. 1º § único + art. 23, IX ambos do Código Eleitoral + art. 105 lei 9504/97: Instruções art. 1º = resoluções / art. 105 – conflito com o art. 16? – Não entra em conflito, pois não está criando ou alterando a legislação, apenas regulamenta o procedimento. Refere-se à competência para expedir instruções para a fiel execução da legislação eleitoral, motivo pelo qual não haverá conflito com o art. 16 da CF (princípio da anualidade ou anterioridade).
- Função consultiva – art. 23, XII + art. 30, VIII ambos do Código Eleitoral: Esta função determina que o TSE e os TREs respondam a questionamentos sobre assuntos relacionados a matéria eleitoral.
Observação: Referidas consultas e respectivas respostas não vinculam tribunais ou juízes, porém são utilizados como paradigmas para casos análogos.
 
Competência da Justiça Eleitoral
Tribunal Superior Eleitoral: Art. 22 + 23 ambos do código eleitoral. A principal competência é processar e julgar originariamente o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à presidência da república e vice.
Tribunais Regionais Eleitorais: Art. 29 código eleitoral.
 
ART 85 C.F.- Responsabilidade do Presidente da República
ART 22- C.E.- Compete ao tribunal Superior
-O TSE tem também :função consultiva – responde ás consultas.
-Solicitar força Federal para cumprimento da legislação.
Art .29 C.F. Compete aos Tribunais Regionais
TER –art 29 CE – Possui competência para processar e julgar o registro e o cancelamento de registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como o registro e cassação de registros de candidatos á governador, vice, membros do congresso nacional ( Senador, Deputado Federal) e da Assembléia Legislativa (Deputado Estadual) bem como, ainda cumprir decisões oriundas do TSE e ainda espedir diploma eleitoral para os cargos supre citados.
JUIZES ELEITORAIS: Considerando que os Juizes Eleitorais são Juizes de Direito ligados á justiça comum e Estadual e nomeados pelo TER , estes responderão por uma zona eleitoral pelo mandato de 2 anos renováveis por mais dois anos, bem como deverão cumprir ou fazer cumprir as decisões do TSE e do TER , sendo ainda responsáveis pelo registro e cassação do registro de prefeito ,vice e vereadores , bem como será ele o responsável pela outorga ( assinatura) ,do Diploma Eleitoral para esses cargos.
1-Observação: Zona Eleitoral – é a menor fração territorial dentro de uma circunscrição eleitoral para fins de organização do eleitorado.
2-Observação- em regra há uma zona para cada município, porem em determinados casos a zona eleitoral poderá avocar 2 ou mais municípios , ou ainda o mesmo município poderá ter duas ou mais zonas eleitorais , tudo dependendo do número de votantes.
Junta Eleitoral art. 40- Por se tratar de órgão formado 60 dias antes da eleição , a junta eleitoral possui como competência resolver as impugnações e incidentes durante o processo de apuração de votos, bem como para expedir Diploma Eleitoral de Prefeito ,vice e vereador eleito naquele respectivo município competente.
Quem assina é o Presidente da Junta eleitoral que será sempre um juiz de direito.
CIDADANIA- DIREITOS POLÍTICOS – SUFRÁGIO
DIREITOS POLÍTICOS:São os direitos do cidadão que permitem sua participação e influência nas atividades do governo, ou seja, são as prerrogativas , atributos faculdades ou poder de intervenção dos cidadãos ATIVOS no governo de seu pais, intervenção direta ou indireta , mais ou menos ampla , segundo a intensidade do gozo desses direitos.
DIREITO DE SUFRÁGIO: Direito público subjetivo de natureza politica que tem o cidadão de eleger ( direito ativo),ser eleito ( direito passivo) e de participar da organização e da atividade do poder estatal – art 14 caput da CF. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto , com valor igual para todos e nos termos da lei,mediante...
SUFRÁGIO E VOTO: Sufrágio – o direito de sufrágio é exercido pela prática do voto.
Voto- art 14,§1º,I,II CF
Características:
1-VOTO SECRETO: assim o é porque seu conteúdo não poderá ser revelado pela justiça eleitoral que tem a obrigatoriedade de garantir ao eleitor que seu voto será resguardado e mantido em sigilo.
2-VOTO DIRETO:é pessoal , direto, não cabe procuração. Assim o é porque o eleitor brasileiro escolhe os seus governantes sem intermediário, não cabe representação.
3-VOTO IGUAL: Cada pessoa ( eleitor) tem direito a um único voto de igual valor para todos independentemente de raça, credo, situação econômica ograu de instrução.
4-VOTO OBRIGATÓRIO: art 14,§1º,I C.F.
5- VOTO OBRIGATÓRIO: para os maiores de 18 anos é até quem tiver até 70 anos, pois, além de um direito é um dever jurídico, social e político.
OBSERVAÇÃO:
VOTO FACULTATIVO- art 14§1º,II- analfabetos ( não se trata de analfabeto funcional ou com baixíssimo grau de escolaridade) se a pessoa tirou título de eleitor é obrigada a votar ou justificar.
-os maiores de 70 anos
-Os maiores de 16 e menores de 18
TIPOS DE SUFRÁGIO
São 4:
1- Universal=todos os cidadãos do país podem votar
2- Igual- todos tem direito a votar igualmente
3- Restrito- quando é concedido a apenas determinadas categorias de classes de pessoas.
4- Desigual- determinados eleitores são classificados ( patrimônio, altos impostos, capacidade civil).
CIDADANIA- DIREITOS POLITICOS E SUFRÁGIO
Direitos Politicos:
As prerrogativas ,atributos, faculdades ou poder de intervenção dos cidadãos ativos no governo de seu pais ,intervenção direta ou só indireta ,mais ou menos ampla , segundo a intensidade do gozo desses direitos , ou seja, são as prerrogativas e os deveres inerentes á cidadania .Englobam o direito de participar direta ou indiretamente do governo, da organização e do funcionamento do direito de participar direta ou indiretamente do governo, da organização e do funcionamento do estado.
CLASSIFICAÇÃO:
1- Capacidade Eleitoral Ativa ( alistabilidade) – direito de votar, capacidade de ser eleitor.
2- Capacidade Eleitoral Passiva (Elegibilidade) – direito de ser votado.
DIREITO DE SUFRÁGIO
Direito público subjetivo de natureza política que tem o cidadão de:
I-eleger; II ser eleito e de III-participar da organização e da atividade do poder estatal.
OBS: O direito de sufrágio é exercido – praticando-se o voto – art 14 CF
CIDADANIA – DIREITOS POLÍTICOS – SUFRÁGIO
Observações gerais para entendimento sobre direitos políticos:
NACIONALIDADE – é um vínculo jurídico que liga um indivíduo a um Estado .EX: brasileiro porque preencheu as regras sobre nacionalidade brasileira previstas no art 12 da CF
CIDADANIA; pressupõe a existência de vínculo com o Estado (nacionalidade) e o efetivo alistamento eleitoral.
SOBERANIA POPULAR: É um postulado normativo que implica na absoluta atribuição do poder político ao povo. Ela é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto , com valor igual para todos , mediante plebiscito , referendo e iniciativa popular – art 14 CF.
SUFRÁGIO: é o direito de votar e de ser votado ,participar das decisões políticas do Estado.
OBS: sufrágio no Brasil é UNIVERSAL – o direito de votar no Brasil é concedido a todos os nacionais, independentemente de condições que diferenciem uns dos outros nacionais .Assim não existe em nosso país o sufrágio censitário e capacitário ( exigência de renda ou de qualificação dos nacionais).
VOTO- decorre do direito de sufrágio sendo o ato pelo qual o eleitor manifesta sua vontade.
PRINCÍPIO DA SOBERANIA POPULAR
A Soberania Popular é um postulado normativo tido como Princípio norteador do Direito Constitucional e Eleitoral que implica na absoluta atribuição do poder político ao povo – art 14 CF
PODER SOBERANO: consiste em um dos elementos que compõem o Estado , onde o Governo implementa as políticas públicas ,ou seja, é uma qualidade do poder significa poder mais alto ,o superpoder ,ou seja, não está sujeito há nenhum outro pois o Estado Democrático de Direito é aquele que se submete ás normas por ele próprio criadas , respeitando os direitos e garantias fundamentais, individuais ,políticos , sociais e coletivos.
FORMAS DE EXERCÍCIO DA SOBERANIA POPULAR – art 14 CF
A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e o voto direto e secreto, com valor igual para todos, mediante PLEBISCITO, REFERENDO E INICIATIVA POPULAR.
FORMAS DE EXERCÍCIO DA SOBERANIA POPULAR- art 14 CF
I-PLEBISCITO – consulta PRÉVIA feita aos cidadãos a respeito de mat´=eria política que será ainda discutida pelo Congresso Nacional .Ocorre ANTES da manifestação do Congresso.
II-REFERENDO: é uma consulta POSTERIOR sobre determinado ato governamental já editado, para Ratificá-lo ,Referendá-lo. Só se ratificou referenda algo a posteriori, para frente.
III-INICIATIVA POPULAR; é uma das formas de por em ação a soberania popular prevista na CF , em seu artigo 61,§2º, por meio da qual os cidadãos poderão, por conta própria, proporem á Câmara dos Deputados que votem um projeto de lei de seus interesses. EX: Lei Complementar nº135/2010 – lei da ficha limpa.
OBS: A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação á Câmara dos Deputados de Projeto de lei subscrito por, no mínimo ,um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados , com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
VOTO: decorre do direito de sufrágio,sendo o ato pelo qual manifesta sua vontade.
CARACTERÍSTICA DO VOTO
DIRETO- os eleitores elegem representantes por sí.
IGUALDADE: todos os eleitores (cidadãos) tem o mesmo valor , para cada cidadão um voto correspondente ;
PERIODOCIDADE: os mandatos políticos são temporários ,logo o voto também será periódico.
SIGILOSIDADE: o voto do eleitor não pode ser revelado para terceiros.
LIBERDADE: o eleitor não pode ser constrangido a escolher determinado candidato.
PERSONALIDADE: o voto não pode ser exercido por interposta pessoa , apenas pessoalmente.
OBRIGATÓRIO: o exercício do voto como regra é obrigatório (obrigatoriedade apenas de comparecer as urnas )
EXCEÇÃO: Voto Facultativo – analfabetos, maiores de 70 anos e os menores de 18 e maiores de 16 anos.
VOTO ART 14§2º
Art 14- A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos e ,nos termos da lei, mediante:
§2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e ,durante o período do serviço militar obrigatório ,os conscritos.
OBS: CF -88 art 12 §1º Aos portugueses com residência permanente no País , se houver reciprocidade em favor de brasileiros , serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
Conscritos – são aqueles , médicos, dentistas ,farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar obrigatório na forma a lei n.5292, e aqueles que prestam serviço militar na condição de prorrogação de engajamento.
Segundo a resolução –TSE n.5850/89 a palavra “conscritos” alcançará também aqueles matriculados nos órgãos de formação de reserva e os mencionados médicos,etc, que prestam serviço militar inicial obrigatório, ou seja, não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os conscritos dure=ante o serviço militar obrigatório.
CADASTRO ELEITORAL
São os direitos do cidadão que permitem sua participação e influência nas atividades do governo.
Decorre de um procedimento administrativo cartorário realizado nos postos de atendimento da Justiça Eleitoral por servidor da Justiça Eleitoral que colhe os dados pessoais e demais informações necessárias, conforme as exigências do processamento de dados, mediante a documentação apresentada pelo requerente.
CONCEITO: O procedimento administrativo –eleitoral pelo qual se qualifiquem e se inscrevem os eleitores. Nele se verifica o preenchimento dos requisistos constitucionais e legais indispensáveis á inscrição do eleitor. Uma vez deferido o indivíduo é integrado ao corpo de eleitores, podendo exercer direitos políticos , votar e ser votado, enfim ,participar da vida do país (direito de sufrágio), torna-se cidadão.
OBS- com o alistamento ,adquire-se apenas a capacidade eleitoral ativa ,o jussufragii, a passiva ou a elegibilidade depende de outros fatores.
CADASTRO ELEITORAL – prevê que o alistamento e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos e faculta para maiores de 16 e menores de 18 anos.
Obs. Aquele que até a data da eleição completar 16 anos poderá requerer seu alistamento eleitoral ,os analfabetos eos maiores de 70 anos .
Não podem alistar-se :
1- estrangeiros
2- os que estejam prestando serviço militar obrigatório – conscritos CF 14 §2º
Obs.O serviço militar obrigatório também impede o exercício do voto para aqueles que, anteriormente , efetuaram suas inscrições junto á Justiça Eleitoral .
3- os que perderam ou tiveram seus direitos políticos suspensos ( CE 5º nos casos de ler código eleitoral art 15,I,II,III,IV.
REVISÃO ELEITORAL :A revisão do título de eleitor destina-se :
A atualização de dados,alteração do local de votação no mesmo município , ainda que haja alteração de zona eleitoral,regularização da situação de inscrição cancelada na própria zona ou em zona diversa,
Para a realização da revisão será exigido:
-Documento de identificação, título eleitoral ( se o requerente possuir)
Documento do qual se infira a alteração que o requerente deseja registrar,
SEGUNDA VIA DO CÓDIGO ELEITORAL;
No caso de perda ou extravio do título eleitoral bem como de sua deterioração ou dilaceração , o eleitor deverá requerer uma segunda via.
Para a realização da segunda via , será exigido :
Documento de identificação;
Titulo eleitoral( se o requerente possuir)
A segunda via pode ser requerida até 10 dias antes da eleição ( art 52,CE,o seu pedido deve ser apresentado em cartório , pessoalmente pelo eleitor e instruído o requerimento, no caso de inutilização ou dilaceração, com a primeira via do título.
Quitação eleitoral:
A quitação das obrigações eleitorais é requisito obrigatório para que os cidadãos possam exercer atos da vida pública tais como: posse em cargos públicos , obtenção e renovação de passaportes , empréstimos bancários , carteira de habilitação ,obtenção de cadastro de pessoa física e matrícula em instituição de ensino.Nos termos do art 711 da lei n 9.504?97,§7º , a certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto ( não ter multas por não ter comparecido ás eleições ou não ter justificado sua ausência), o atendimento a convocação da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito , a inexistência de multas eleitorais aplicadas em caráter definitivo e não satisfeitas e a regular apresentação de contas de campanha eleitoral.
Segundo o art 15 da CF , decorre inocorrência de perda de nacionalidade , cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado,interdição por incapacidade civil absoluta, condenação criminal transitada em julgado , enquanto durarem seus efeitos, recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, condenação por improbidade administrativa, conscrição, inelegibilidade, e opção , em Portugal pelo estatuto da igualdade.
A certidão de quitação eleitoral pode ser espedida pela internet.
Dessa forma,os valores arrecadados com as Multas Eleitorais Administrativas e as Multas Judiciais de Natureza Civil, serão destinados ao Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos ( e o fundo partidário), conforme previsto no art 38, da lei n. 9.096/953 e na Res. TSE m.21.975/04. Já as quantias arrecadadas com as multas impostas em processos judiciais de natureza criminal serão destinadas ao Fundo Penitenciário Nacional, de acordo com a lei Complementar n. 79/94.
Multas Eleitorais de Natureza Criminal: aquelas aplicadas nos autos do processo criminal, tem sua regulamentação no art 286 CE
A Multa de caráter criminal é uma pena cuja quantia deve ser fixada na sentença: é calculada em dias – multa, mas, em regra , há controvérsias sobre o valor a ser considerado, então , dependendo do juiz o valor de cada dia-multa será calculado com base no art 49 do CP.
REVISÃO ELEITORAL;a revisão do título destina-se á: atualização de dados,alteração do local de votação no município , ainda que haja alteração de zona eleitoral,,regularização da situação de inscrição cancelada na própria zona ou em zona diversa,
CADASTRO ELEITORAL; São os direitos do cidadão que permitem sua participação e influência nas atividades de governo.
É o procedimento administrativo pelo qual se qualificam e se inscrevem os eleitores.Nele se verifica o preenchimento dos requisitos constitucionais e legais indispensáveis á inscrição do eleitor.Uma vez deferido ,o individuo é integrado ao corpo de eleitores, podendo exercer direitos políticos,votar e ser votado, enfim participar da vida política do país( direito de sufrágio),torna-se cidadão.
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA:Serve para formar e organizar o Estado.
-Direito político ,art 5ºCF- direito fundamental
Para entrar na vida política :
1- Alistamento eleitoral –capacidade eleitoral ativa ( direito de votar)
-Voto- sufrágio universal- direito de votar e ser votado.
Baseado na CF
Pilastras do Estado de Direito: igualdade e liberdade
O voto é obrigatório , mas também é um dever
2- Filiação ao partido político( capacidade eleitoral passiva)
3- Para se candidatar é preciso:
Ter idade
Morar na cidade
Se filiar ao partido a mais de 1 ano
Ser escolhido pelo partido em convenção
Registro de candidatura será preciso:
1-quitação eleitoral
2-prestação de contas eleitorais até uma semana antes da eleição pela
TEMPESTIVIDADE ( para quitação)
3-pela lei da ficha limpa lei 135/10- estará inelegível
4-faz o registro no Cartório Eleitoral, o juiz eleitoral tem dupla função: o ato pode ser administrativo e judicial .Ela pode ser agir . ex. oficio com a função administrativa.
JUSTIÇA ELEITORAL:
Exame do mérito da matéria, cabe na sentença apelação (TER) que faz o reexame da matéria , do resultado pode caber recurso para o STE – precisa haver admissibilidade ( os atos precisam ter vício formal ou material, se o STE decide continuar a sentença por ferir direito constitucional difuso vai para o STF.
-Até as eleições é essa sequência anterior que segue.
Para cassar o mandato eletivo : vontade política e fundamentação jurídica- decreto de lei 201/67 – rol taxativo- Para prefeito , vice-prefeito e vereadores.No decreto diz que o poder judiciário pode cassar ,ou a câmara dos vereadores,por meio do CEI ( pode ser denuncia de cidadão no CEI)- Comissão Especial de Investigação ,ou por CIP –Comissão de inquérito processante.
Crime de responsabilidade – é quebra de confiança , bastou ter quebra monta-se a CEI e a CIP
CASSAÇÃO DE MANDATO- vai para justifica comum- matéria do Código Civil .Se o juiz não der a liminar, decisão interlocutória, vai para agravo no TJ- pede liminar, se não der pode pela súmula 736 do STJ, pedir liminar para o STJ se tiver admissibilidade ( recurso especial) e por último o STF.
TIPOS DE AÇÕES ELEITORAIS;
1- Ação de impugnação de mandato eletivo: A AIME é uma ação eleitoral prevista da CF , que tem como objetivo impugnar o mandato obtido com abuso de poder econômico, corrupção ou fraude.
FUNDAMENTO LEGAL; art 14,§§ 10 e 11
LEGITIMIDADE ATIVA:partidos políticos, coligação, candidatos e MP
LEGITIMAÇÃO PASSIVA: candidato diplomado.
COMPETêNCIA: a competência é definida pelo juízo da diplomação
TSE- expede diploma para Presidente e vice
TER – expede diploma para governador,vice,senador,deputado federal e deputado estadual
Junta Eleitoral: expede diploma para prefeito,vice e vereadores
PROCEDIMENTO; LC 64/90 art 3º a 16- resolução 23.372/2011- TSE art 17
Segredo de Justiça: AIME é sigilosa conforme art 14§11 da CF
Observação : embora o julgamento seja público o andamento do processo se dá em segredo de justiça.
Prazo para impugnação : 15 dias á partir de diplomação , depois disso preclui o direito
Sansão: cassação
Observação: o efeito é imediato e não sofre aplicação do art 216 do CE
ANULAÇÃO DOS VOTOS: art 222 CE e 224 .Observação- se a anulação dos votos superar a metade dos que forem obtidos na eleição majoritária, serão realizadas novas eleições.
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA:
Objetivo: impugnar os candidatos que não preencheremos requisitos de elegibilidade
Aspecto Legal: CF art. 12 ao 15 norma constitucional
Lei complementar 64/90
Lei 9.504/97 norma infraconstitucional.
Observação: O procedimento é sumário pela necessidade e urgência
Legitimidade:
M.P.,Partidos Políticos, Coligação, Candidatos
PRAZOS: P.I.- 5 dias da publicação do pedido de registro de candidato
Contestação- 7 dias
Alegações finais- 5 dias
Sentença – 3 dias
Recuso- 3 dias
PERGUNTAS
Quais são as fontes do D.Eleitoral?
O que é D. Eleitoral?
Quais os fundamentos?

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