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Dor: Uma Experiência Multidimensional

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DOR
-É considerada uma experiência individual desagradável, multidimensional, subjetiva, de alta complexidade e a resposta a esta varia de sujeito para sujeito (personalidade, cultura, estado emocional, etc.)
-Também envolve aspectos físicos, sensorioperceptivos, psicológicos, emocionais, de aprendizado, éticos, ocupacionais, comportamentais, religiosos e morais.
-A severidade da dor não é diretamente proporcinal à quantidade de tecido lesado e muitos fatores podem influenciar a percepção deste sintoma: Fadiga, depressão, raiva, medo/ansiedade doença; sentimentos de falta de esperança e amparo.
-Porém, é um processo natural, essencial a sobrevivência, de alerta que indica presença de algum dano tecidual
-Pode estar associada a imagens negativas, como: sofrimento prolongado, transtornos psiquiátricos, inexistência de tratamento e abuso de medicamentos, tornando-se um problema p/ indivíduo, família e sociedade.
-Tem uma linguagem particular e qualificada e quantificada particularmente. A dor tem um significado pessoal.
-Dor crônica: fator limitante de funções; gera repercussões biopssicosociais que podem produzir mudanças na personalidade, nos hábitos e rotinas de vida e na funcionalidade do dujeito.
-A dor tem impacto nas atividades diárias.
-Dor deixa de ser considerada aguda (passando para crônica) quando perdura por mais de seis meses e persiste além do tempo esperado para a cura da lesão. Geralmente associada á doenças crônicas, sem uma localização bem definida, estando associada aos componentes subjetivos de cada indivíduo (não é uma extensão do quadro agudo).
-As incapacidades decorrentes da dor crônica ocorrem em 3 níveis: funcional, social e laborativo.
-Outras: Nociceptiva (somática e visceral: lesão de tecidos ou visceras); e neuropática (lesão SNC ou SNP)
AVALIAÇÃO:
Processo amplo, de escuta atenta de relato e observação (dor: muito subjetiva). 
 Três Componentes essenciais: descrição da dor; registro das respostas á dor; e a dimensão do impacto causado pela dor na vida do sujeito (questionários, autorrelatos e diários de dor, dependendo do contexto).
Obtenção de informações como:
-Data de início (história da dor pormenorizada)
-Localização
-Intensidade
-Duração e periodicidade dos episódios dolorosos
-Qualidades sensoriais e afetivas dos mesmos
-Fatores que geram, aumentam ou diminuem a intensidade da dor
-Significado dessa dor para paciente/família
-Interferência nas ativ. Diárias, nos relacionamentos afetivos e no trabalho
-Expectativa em relação á doença e ao tratamento
-Comportamento habitual em situações de estresse
-Tipos e resultado de tratamentos, ganhos secundários, análise social e psíquica
**Exame Físico minucioso e avaliação do estado funcional, psíquico e social
**Traumas não tratados ou injúrias teciduais (procedimentos/doenças anteriores): investigar
Instrumentos de MENSURAÇÂO da dor: Unidimensionais ou Multidimensionais:
-Unidimensional: Quantificam a experiência dolorosa em uma única dimensão, como a intensidade, comumente.
-Multidimensional: Quantificam em suas múltiplas dimensões, múltiplas qualidades, que incluem fatores fisiológicos, comportamentais, contextuais e autorregistros dos pacientes.
Escala verbal: Utiliza frases para quantificara a intensidade subjetiva de sua dor (“dor insuportável”, “dor leve”)
Escala Numérica: Qualifica a intensidade da dor usando números. 11 pontos (0 a 10) geralmente. 0: nenhuma dor, 10: piro dor possível. Demais números: quantidade intermediária crescente de dor. Aplicação gráfica ou verbalmente
Escala Analógica Visual: Linha reta, de 10cm, que representa o contínuo da dor, com as palavras ‘sem dor’ e ‘com dor’ nas extremidades opostas. Mas pode ser também uma linha vertical ou curva, de diferentes comprimentos. Indivíduo marca local que representa seu nível de dor, que é medido na sequência.
Escala de Faces: Série de faces expressando níveis progressivos de angústia. Paciente escolhe a que lhe representa sua dor.
Questionário de Dor de McGill (MPQ): Avaliação Multidimensional; aspectos sensoriais, afetivos e avaliativos da dor. Possui diagrama corporal para localização da experiência dolorosa, escala de intensidade de 78 descritores de dor agrupados em 4 grupos de 20 subgrupos. Dificuldade de aplicação em analfabetos (grande n° informações).
-A seleção da ferramenta de avaliação irá depender do tipo de paciente atendido e, para que seja confiável, deve-se levar em conta o contexto específico, adequando-se ao nível de compreensão do sujeito e da facilidade de aplicação.
-Essas avaliações são complementares. É interessantes usá-las no início, durante e ao final da intervenção.
OBJETIVOS GERAIS T.O: Maximizar o controle do sujeito sobre sua vida e seu nível funcional, e minimizar a perda de papéis e as competências relacionadas a esses papéis.
OBJETIVOS DE INTERVEÇÃO (voltados para a dor crônica):
- Reduzir a dor - Promover Saúde - Melhorar desempenho na manutenção da casa – Melhorar postura e mecânica corporal – Melhorar qualidade de vida – Aumentar independência – Aumentar responsabilidade por si – Aumentar controle da dor – Aumentar tolerância à dor – Aumentar autoestima – Manter e/ou Restabelecer competência, manter e/ou restabelecer papéis – Maximizar função – Recuperar equilíbrio nas atividades diárias – Recuperar controle e restaurar autoeficácia.
-Modalidades de atendimentos: Grupal e Individual.
RECURSOS TERAPÊUTICOS:
-Bastante diversos e dependem de cada caso.
-Treino de AVD, dispositivo assistivo, simplificação da tarefa, aconselhamento, treino de relaxamento, instrução da mecânica corporal, órteses, controle do estresse, treino vocacional, atividades individuais e grupais de diversão, treino de tolerância ao trabalho e terapia familar (STRONG, 1986)
-Podem ser agrupadas, voltadas para a dor, em seis categorias: 
1) Educação e controle do estresse – Educação sobre dor, modificação e avaliação atitudes relação á dor, técnicas de relaxamento, controle de estresse, uso de biofeedback, 
2) Intervenções comportamentais – aconselhamento, conservação de energia, ergonomia, treino de mecânica corporal e trabalho condicionado
3) Tratamento da mão – órtese, proteção articular e educação
4) Atividade de grupo – grupo de atividade/aconselhamento e retorno á escola
5) Tolerância de Atividade – Uso de atividades intencionais, tolerância/resistência à atividade e uso de órteses
6) Adaptação externa – Adaptações do ambiente e dispositivos assistivos/simplificação das ativ. Diárias.
 Princípios observados, na maioria dos artigos, na intervenção da dor: Proteção articular, conservação de energia, simplificação e trabalho, ergonomia, cinesiologia e as técnicas de relaxamento.

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