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Facilitadora: Raquel de Serpa Enfermeira com formação em Obstetrícia e em Saúde da Família 2 OBJETIVOS Reconhecer os benefícios do planejamento familiar para indivíduos, família e comunidade; Identificar as características gerais dos métodos anticoncepcionais disponíveis no Brasil; Conhecer o papel do enfermeiro na assistência em Planejamento Familiar. CONCEITO Planejamento Familiar (PF) é um conjunto de ações de regulação da fecundidade que asseguram ao indivíduo/casal o direito de constituir, limitar ou aumentar o número de filhos (BRASIL, 1996). A atenção em Planejamento Familiar implica não só a oferta de métodos e técnicas para concepção e anticoncepção, mas também a oferta de informações e acompanhamento, num contexto de escolha livre e informada (BRASIL, 2010) 3 3 Planejamento Familiar 4 5 CONTEXTO HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO FAMILIAR Década de 60: controle do crescimento populacional; As décadas de 80-90: construção de políticas públicas mais amplas. 6 Programa de Assistência Integral à Saúde Mulher (PAISM), 1983; Em 12 de janeiro de 1996, foi definido a Lei nº. 9.263 do Planejamento Familiar. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) 2004. CONTEXTO HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO FAMILIAR 7 2005: Política Nacional dos Direitos Sexuais e dos Direitos Reprodutivos; 2007: Programa Mais Saúde: Direito de Todos (expansão das ações me PF); 2011: Rede Cegonha. CONTEXTO HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO FAMILIAR 7 CONSULTA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR A atenção em PF deve abranger os cuidados em concepção e anticoncepção, embasados em ações preventivas, educativas, clínicas, de aconselhamento e de acompanhamento, garantindo acesso igualitário a informações, métodos e técnicas disponíveis, com vistas a proporcionar uma escolha livre e responsável por parte dos usuários (BRASIL, 2010b). 8 Características dos métodos: 9 -Eficácia; -Efeitos secundários; -Aceitabilidade; -Disponibilidade; -Facilidade de uso; -Reversibilidade; -Proteção contra DST/HIV; CONSULTA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR 9 Consulta: anamnese, exame físico geral, de mamas e ginecológico, investigação do desejo pessoal e avaliação de fatores individuais, como fase de vida, vulnerabilidades, condições de saúde; Retorno: avaliação do uso, condição de saúde e satisfação com o método; 10 CONSULTA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR 10 11 CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE OMS 1: Pode ser usado sem restrições. OMS 2: As vantagens geralmente superam riscos possíveis ou comprovados. OMS 3: Os riscos possíveis e comprovados superam os benefícios do método. OMS 4: Risco inaceitável. 12 CONSULTA DE PLANEJAMENTO FAMILIAR VANTAGENS DO PLANEJAMENTO FAMILIAR Diminui o número de gestações não planejadas e de abortos provocados; Reduz a realização de cesáreas sem indicação; Reduz a opção por método irreversível; Aumenta o intervalo entre as gestações; 13 Métodos Anticoncepcionais 14 15 16 CICLO MENSTRUAL Hipófise Hipófise Hormônio Folículo- Estimulante (FSH) Hormônio Folículo- Estimulante (FSH) Proliferação dos folículos ovarianos Secreção de estrógeno. Hormônio Luteinizante (LH) Hormônio Luteinizante (LH) Estimula a ovulação. 17 17 Estrógeno Preparação do útero para a aceitação do embrião; Preparação das mamas para a secreção láctea. Progesterona Características femininas; Formação do endométrio; Formação do muco cervical. Hormônios Femininos CICLO MENSTRUAL 18 18 19 MÉTODOS BASEADOS NA PERCEPÇÃO DA FERTILIDADE TemperaturaTemperatura TabelaTabela Sinto- térmico Sinto- térmico Muco Cervical Muco Cervical MÉTODOS BASEADOS NA PERCEPÇÃO DA FERTILIDADE Características GeraisCaracterísticas Gerais - Podem ser utilizados tanto para a concepção quanto para a contracepção; - Não requerem custos; - Não causam efeitos colaterais; - Proporcionam um maior conhecimento sobre a anatomia e fisiologia do corpo humano; - Podem contribuir com a inclusão do homem no PF; - Possivelmente favorecem um melhor relacionamento do casal. 20 MÉTODOS BASEADOS NA PERCEPÇÃO DA FERTILIDADE Características GeraisCaracterísticas Gerais - Não previnem contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST); - São contra-indicados para mulheres com ciclos irregulares ou não estabelecidos. 21 MÉTODOS BASEADOS NA PERCEPÇÃO DA FERTILIDADE MÉTODO TAXA DE EFICÁCIA Muco Cervical 97% Temperatura Corporal Basal 99% Tabela 91% Sinto-térmico 98% 22 Eficácia dos Métodos Baseados na Percepção da Fertilidade Eficácia dos Métodos Baseados na Percepção da Fertilidade mediante uso correto e consistentemediante uso correto e consistente MUCO CERVICAL Esse método baseia-se na percepção do muco cervical ao longo do ciclo menstrual; No período infértil o muco é espesso e grumoso, produzindo na vulva sensação de secura; No período fértil o muco é transparente, abundante, fluído e elástico, produzindo na genitália feminina sensação de umidade. O último dia em que o muco apresenta-se dessa maneira é denominado dia ápice. 23 24 MUCO CERVICAL Período fértil MUCO CERVICAL Para casais que almejam a concepção deve ser orientado a concentração de relações sexuais no período fértil. 25 MUCO CERVICAL 26 Casais Interessados na anticoncepção devem ser orientados a:Casais Interessados na anticoncepção devem ser orientados a: 27 TEMPERATURA CORPORAL BASAL Baseia-se na elevação sutil da temperatura em decorrência dos níveis elevados de Progesterona. Antes da ovulação: níveis baixos; Após a ovulação: elevação sutil (0,2 a 0,5°C); Essa elevação permanece até o início do ciclo seguinte. TEMPERATURA CORPORAL BASAL O termômetro utilizado e a via de verificação da temperatura deve ser sempre a mesma; A temperatura pode ser verificada por via oral, retal ou vaginal; com tempo mínimo de verificação de 5, 3 e 3 minutos respectivamente. O registro da temperatura deve ser diário, a partir do 1º dia do ciclo e em papel quadriculado; 28 TEMPERATURA CORPORAL BASAL 29 TEMPERATURA CORPORAL BASAL Ao marcar a temperatura referente a cada dia e ligar os pontos com uma linha é possível perceber o padrão de temperatura; Deve-se passar uma linha na maior dessas temperaturas (linha de cobertura); A fase infértil inicia-se na manhã do 4º dia consecutivo em que a temperatura permanece acima da linha de cobertura. 30 31 TEMPERATURA CORPORAL BASAL TEMPERATURA CORPORAL BASAL Para alcançar a gravidez, o casal deve concentrar as relações no período fértil; Para evitar a gravidez, o casal deve abster-se das relações sexuais desprotegidas durante toda a 1ª fase do ciclo menstrual até a manhã do 4º dia em que se verificar a temperatura acima da linha de cobertura. Com o domínio do método. 32 33 Fatores que modificam a temperatura: Infecções; Ingestão de bebida alcoólica; Mudança de ambiente; Perturbações no sono; Relações sexuais na madrugada; Transtornos emocionais. TEMPERATURA CORPORAL BASAL 34 TABELA Baseia-se na identificação do período fértil da mulher, através da análise dos ciclos menstruais, considerando: Fase pós-ovulatória com duração de 11 a 16 dias; Sobrevida do óvulo após liberado de aproximadamente 24 horas; Sobrevida do espermatozóide no trato genital feminino de 48 a 72 horas. 35 TABELA Registrar o 1º dia da menstruação por 6 meses, paraverificar a duração dos ciclos; Identificar se o ciclo menstrual é regular: Ciclo Maior – Ciclo Menor= ?Ciclo Maior – Ciclo Menor= ? Se ≤9: Ciclo regularSe ≤9: Ciclo regularSe >9: Ciclo irregularSe >9: Ciclo irregular 36 Para identificar o período fértil: Ciclo menor –18 = A (primeiro dia fértil) Ciclo maior –11 = B (último dia fértil) TABELA Período fértil: A° ao B° dia do ciclo Período fértil: A° ao B° dia do ciclo 37 TABELA Exercício M.P.S., compareceu à consulta de retorno em Planejamento Familiar com o registro do 1º dia do ciclo menstrual nos últimos seis meses. 01/01/16 30/01/16 01/03/16 4) 29/03/16 5) 29/04/16 • 31/05/16 O uso da Tabela é indicado para essa mulher? Em caso de resposta afirmativa, identifique seu período fértil. 38 39 Ciclo regular? Sim, é regular, pois: 32 – 28 = 4 dias. Qual o período fértil? 28 – 18 = 10 32 – 11= 21 O Período fértil vai do 10º ao 21º dia do ciclo. TABELA SINTO-TÉRMICO Esse método é constituído pela junção dos métodos do muco cervical, temperatura corporal basal, tabela e outros sinais de fertilidade. 40 SINTO-TÉRMICO Sinais de ovulação: - Acne; - Dor em baixo ventre ou cólicas próximo do período de ovulação; - Mamas inchadas ou doloridas; - Variações de humor; - Variação de libido. 41 SINTO-TÉRMICO Casais interessados em conceber devem: - Concentrar relações sexuais no período fértil. Casais interessados na anticoncepção devem: - Evitar relações sexuais no período fértil. 42 43 Método da Lactação com Método da Lactação com Amenorréia (LAM)Amenorréia (LAM) 44 LAM A LAM é baseada no efeito fisiológico da amamentação em suprimir a ovulação. A sucção do bebê na mama altera a pulsatilidade da produção de GnRH pelo hipotálamo e, consequentemente, do LH e FSH pela hipófise, os quais são responsáveis pelo estímulo à ovulação. 45 POR QUE PROMOVER A LAM? Os métodos naturais são comprovados cientificamente como eficazes (CENPLAFAM). A LAM é bastante eficaz se usada corretamente: 1 a 2 gravidezes a cada 100 mulheres nos primeiros 6 meses pós-parto (98 a 99%). NÃO há efeitos colaterais com o uso da LAM. O método promove o aleitamento materno, trazendo benefícios ao bebê e à mãe. 46 EXISTEM CONTRA-INDICAÇÕES? Apenas em situações que não permitam a amamentação: • Se a mãe estiver infectada pelo HIV; • Se estiver usando medicamentos; • Se o RN tiver algum problema que dificulte a amamentação. 47 E COMO É O MODO CORRETO? O uso da LAM deve atender os seguintes critérios: 1- A dieta do bebê consiste de pelo menos 85% de leite materno, a mãe amamenta o bebê freqüentemente durante o dia e à noite. 2- A menstruação não retornou. Obs: O retorno da menstruação é definido como dois dias consecutivos de sangramento ou manchas de sangue após 2 meses pós-parto. 3- O bebê tem menos de seis meses de vida. • Se qualquer uma dessas condições não está presente, o casal deve fazer uso de outro método, preferencialmente aqueles que não interferem na amamentação. 48 A probabilidade de gravidez é de 1 a 2% A probabilidade de gravidez é de 1 a 2% Não Inicie outro método de Planejamento Familiar. Algoritmo para o uso da LAM O bebê recebe alimentação complementar regularmente? A menstruação retornou? O bebê tem mais de 6 meses de vida? Não Não Sim Sim Sim Outro método deve ser fornecido durante o uso da LAM para ser iniciado antes ou logo após um dos critérios deixar de ser aplicado. 49 Coito interrompido Consiste na retirada do pênis da vagina da parceira antes da ejaculação e o sêmen é depositado longe da genitália feminina; A eficácia do método depende do controle do homem; Cuidado principal: se o homem tiver ejaculado recentemente, deve urinar antes da próxima relação, a fim de eliminar todo o sêmen remanescente. 50 MÉTODOS DE BARREIRA Preservativo masculino Preservativo masculino Preservativo feminino Preservativo feminino DiafragmaDiafragma EspermicidaEspermicida 51 PRESERVATIVO MASCULINO Características: Imediatamente efetivo; Protege contra DSTs; Pode causar alergia (látex); Disponível em 2 tamanhos: Adulto e Adolescente; Eficácia: - Comumente: 86% - Corretamente: 97% 52 PRESERVATIVO MASCULINO Cuidados necessários: Guardar em local seco, sem calor excessivo; Nunca abrir com tesoura ou com os dentes; Deixar a ponta da camisinha livre, sem ar; Colocar apenas quando houver a ereção; Não usar óleo mineral, de bebê ou vaselina. 53 PRESERVATIVO MASCULINO 54 CAMISINHA FEMININA Características: Maior controle pela mulher sobre seu uso; Plástico que a constitui é mais resistente que o látex; Maior amplitude, mais confortável para os homens; Pode ser inserida antes do início da relação sexual (até 8 horas antes); Eficácia: - Comumente: 79% - Corretamente: 95% 55 CAMISINHA FEMININA Posições para inserção: 56 CAMISINHA FEMININA Passos para Inserção: 57 CAMISINHA FEMININA Observações Importantes: Durante a relação sexual, o casal deve direcionar o pênis para dentro do preservativo para que a penetração não ocorra por fora da camisinha; NÃO utilizar os preservativos masculino e feminino simultaneamente, pois há o risco de romper um deles. 58 DIAFRAGMA Artefato de borracha ou látex, em forma de cúpula, fixada a um anel flexível, que é inserido na vagina, recobrindo o colo uterino. Disponível em diversos tamanhos, sendo necessário que um profissional capacitado realize a medição, a qual deve ser repetida a cada parto ou a cada 2 anos, quando se faz necessário a substituição do diafragma. 59 DIAFRAGMA Mecanismo de ação: Impede que os espermatozoides tenham acesso a parte alta do trato genital feminino (útero e tubas uterinas). 60 DIAFRAGMA Características: Pode ser utilizado com ou sem espermicida; Não é recomendado utilizar durante a menstruação; Não interfere na relação sexual, podendo ser inserido até 2 horas antes; Só deve ser retirado 6 – 8 horas após a relação sexual e não deve permanecer mais de 24 horas, a fim de evitar efeitos colaterais; Pode provocar infecção urinária e alergia. 61 DIAFRAGMA Orientações quanto ao uso adequado: Esvaziar a bexiga; Lavar as mãos; Verificar se não há furos no diafragma; Se estiver usando o espermicida como método coadjuvante, colocar uma pequena quantidade de creme ou geléia na parte interna do diafragma; Escolher a posição mais confortável para inseri-lo. 62 DIAFRAGMA Passos para Inserção do Diafragma: 1. Apertar as bordas do diafragma entre o dedo polegar e o dedo indicador, formando um 8. 63 DIAFRAGMA 2. Introduzir o diafragma em direção ao fundo da vagina. 64 DIAFRAGMA 3. Conferir encaixe no osso. 4. Conferir cobertura do colo uterino. 65 DIAFRAGMA Como Retirar: Coloque o dedo indicador na frente da borda e puxe o diafragma para fora. Se necessário, ponha o dedo entre o diafragma e o púbis para romper a sucção antes de puxá-lo. 66 DIAFRAGMA Cuidados Importantes: Colocar o diafragma até 2 horas antes do ato sexual; Permanecer com o diafragma por, no mínimo, 6 horas após a ejaculação; Não é recomendado o uso de ducha vaginal; Lavá-lo com água e sabão neutro e secá-lo bem antes de guardá-lo no estojo; Permanecer, no máximo, por 24 horas com o diafragma. 67ESPERMICIDAS Mecanismo de ação: Rompem a membrana celular do sptz; Afetam o movimento do sptz; Reduzem a capacidade dos sptz em fertilizar o óvulo. Mais utilizado: Nonoxynol-9 68 ESPERMICIDAS Tipos: Aerossóis (espumas), Tabletes ou supositórios vaginais, Cremes e geléias, Películas que se dissolvem. Eficácia: Uso habitual: 74% Uso correto e consistente: 94% 69 ESPERMICIDAS Efeitos colaterais: Podem ser desagradáveis pela lubrificação excessiva; Irritação ou alergia local; Microfissuras e fissuras; O uso de N-9 pode aumentar o risco de transmissão de HIV e outras ISTs, já que o mesmo provoca lesões na mucosa, dependendo da frequência de uso e do volume aplicado; Não são recomendados para mulheres com risco aumentado para contrair ISTs. 70 ESPERMICIDAS Instruções ao uso correto: O espermicida é eficaz pelo período de uma hora após a sua aplicação; Reaplicar a cada relação sexual; Esperar 10-15 min após inserção antes do coito, se tabletes e supositórios; Podem ser utilizados associados com outros métodos de barreira (ex: diafragma); Lavar o aplicador após cada uso; Evitar duchas vaginais por, no mínimo, 6 hoas após relação sexual. 71 ESPERMICIDAS 72 73 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS (AHO) Combinados (AOCs) Exclusivos de Progestágeno (minipílulas) De emergência 74 AOC Contêm dois hormônios sintéticos: Estrogênio e progestogênio Podem ser: Monofásicas, bifásicas ou trifásicas É recomendável como primeira opção o uso de pílulas combinadas de baixa dosagem 75 AOC Mecanismo de ação: Inibem a ovulação, tornam o muco cervical espesso e alteram o endométrio. Efeitos colaterais: Cefaléia leve, tonturas, náuseas, vômitos, mal-estar gástrico, alterações de humor, acne, nervosismo, leve ganho de peso, mastalgia, alterações do ciclo menstrual (amenorréia e sangramento vaginal). 76 AOC Benefícios: Fácil utilização, redução do fluxo e cólicas menstruais, retorno da fertilidade logo após a interrupção de seu uso. Complicações: Acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e trombose venosa profunda. 77 CONTRA-INDICAÇÕES Gravidez confirmada ou suspeita; Lactantes com menos de 6 meses após o parto; Idade maior ou igual a 35 anos e fumante; Hipertensão arterial (PA sistólica 140-159 ou PA diastólica 90-99 ou níveis pressóricos mais elevados); Doença tromboembólica; Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada; Cardiopatia isquêmica e Antecedente de AVC; Enxaqueca com sinais neurológicos focais; Enxaqueca sem sinais neurológicos focais e idade menor que 35 anos (para continuação do uso); Enxaqueca sem sintomas neurológicos focais e idade maior ou igual a 35 anos (para início do uso); 78 AOC Quando começar? Qual a recomendação de uso? Se esquecer uma pílula? Duas ou mais? 1000 79 EXCLUSIVOS DE PROGESTÁGENO (MINIPÍLULAS) Mecanismo de ação: Inibem a ovulação (15 a 40% dos casos) e alteram o muco cervical e o endométrio. Efeitos colaterais: Sangramento vaginal, amenorréia, cefaléia e sensibilidade mamária. Benefícios: Fácil utilização, não afetam a amamentação, podem reduzir cólicas e sangramento menstrual, não aumentam o risco para complicações relacionadas ao estrogênio. 80 EXCLUSIVOS DE PROGESTÁGENO (MINIPÍLULAS) Quando começar? - Nas lactantes - Se a menstruação já retornou - Após o parto (mulheres que não estão amamentando) - Durante a menstruação normal Qual a recomendação de uso? E se esquecer um dia? 81 EXCLUSIVOS DE PROGESTÁGENO (MINIPÍLULAS) Eficácia: Para lactantes: Usada de forma correta e consistente tem taxa de falha de 0,5 em cada 100 mulheres. Altamente eficaz devido associação com a LAM. Para a não lactante: Em uso correto e consistente, a eficácia não é tão alta quando comparada com a pílula combinada. Não existe muita informação sobre a eficácia desse método em uso típico fora da lactação 82 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS INJETÁVEIS • Combinados (mensais) • Exclusivos de Progestágeno (trimestral) 83 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS INJETÁVEIS • Contra indicações: - Gravidez - Hipertensão arterial (PA sistólica 140-159 ou PA diastólica 90-99 ou níveis pressóricos mais elevados) - Diabetes há mais de 20 anos - História atual ou anterior de câncer de mama • Eficácia: -Uso comum: 97% -Uso correto e consistente: 99,5% 84 INJETÁVEL COMBINADO (AIC) Mecanismo de Ação: Inibem a ovulação e alteram o muco cervical e o endométrio. Efeitos colaterais: Náuseas e/ou vômitos, cefaléia, sensibilidade mamária, ganho de peso, sangramento leve, amenorréia. Benefícios: Uso fácil e que exige menor controle por parte da usuária, diminuição das cólicas. Contêm um estrogênio natural, o estradiol, e um progestogênio sintético 85 Quando começar? Quando será a próxima dose? INJETÁVEL COMBINADO (AIC) A recuperação da fertilidade após o uso de injetáveis mensais é rápida, quando comparada aos injetáveis trimestrais, levando, em média, 60 a 90 dias após a última injeção. 86 INJETÁVEL EXCLUSIVO DE PROGESTÁGENO (IEP) Mecanismo de ação: Inibem a ovulação e espessam o muco cervical. Efeitos colaterais: Aumento de peso, cefaléia, náuseas, sangramento leve, amenorréia. Benefícios: Não afetam a amamentação, podem reduzir cólicas e sangramento menstrual. Contêm um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino – Acetato de medroxiprogesterona (AMP-D) 87 INJETÁVEL EXCLUSIVO DE PROGESTÁGENO (IEP) O retorno da fertilidade, em média, pode levar quatro meses após o término do efeito (sete meses após a última injeção). Não possui as contra indicações do AOC e do AIC, por não possuir o componente estrogênico. 88 INJETÁVEL EXCLUSIVO DE PROGESTÁGENO (IEP) Quando começar? Quando será a próxima dose? 89 Mecanismo de Ação: - Antes da ovulação: inibe ou atrasa a ovulação; - Interfere na migração dos espermatozoides do colo uterino para as tubas uterinas. Como deve ser utilizada? - Deve ser usada somente como método de emergência e não de forma regular; - Método de Yuzpe x Pílula de Emergência. (pílulas combinadas) (somente levonorgestrel) ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 90 Eficácia: 75% - Varia conforme o tempo entre a relação sexual e sua administração; - Indicação de uso até 5 dias após relação sexual desprotegida. Efeitos secundários: alterações do padrão de sangramento, náuseas, vômitos, tontura, fadiga, cefaléia, mastalgia, diarréia, dor abdominal. Aconselhamento: menstruação, método não abortivo, relações posteriores, não protege contra DST, não provoca efeito adverso sobre feto, não é método de rotina. ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 91 DISPOSITIVO INTRAUTERINO - DIU 92 TIPOS E MODELOS DE DIU 93 TIPOS E MODELOS DE DIU TCu-380A, Multiload Cu 375 e DIU com levonorgestrel 94 DIU DE COBRE Mecanismo de AçãoMecanismo de Ação - Reação inflamatória pela presença de corpo estranho na cavidade uterina; - Assincronia no desenvolvimento endometrial; - Alterações no muco cervical. 95 DIU DE COBRE Eficácia:Eficácia: 99,2 a 99,4% no 1º ano de uso; Retorno à fertilidadeRetorno à fertilidade: Imediata; Validade:Validade: 02 a 07 anos, dependendo do fabricante; ArmazenamentoArmazenamento: Proteger contra a incidência direta da luz solar/calor; Duração do usoDuração do uso: 05 a 10 anos, dependendo do modelo. 96DIU DE COBRE Quem Pode UtilizarQuem Pode Utilizar - Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular (idade avançada, fumo, hipertensão e diabetes); - TVP ou embolia pulmonar; - CA de mama; - Tumores ovarianos benignos. 97 DIU DE COBRE Quem Não Pode UtilizarQuem Não Pode Utilizar - CA de ovário; - CA de colo uterino ou de endométrio; - DIP (atual ou nos últimos 3 meses); - DST (atual ou nos últimos 3 meses). 98 DIU DE COBRE Efeitos secundáriosEfeitos secundários Comuns (5 a 15% dos casos) - Alterações no ciclo menstrual (comum nos primeiros três meses); - Sangramento menstrual prolongado e volumoso; - Cólicas menstruais de maior intensidade; - Sangramento ou manchas (spotting) intermenstrual. 99 DIU DE COBRE Efeitos secundáriosEfeitos secundários Menos comuns (<5% dos casos) - Dor ou sangramento podem ocorrer imediatamente após a inserção (usualmente desaparecem em um ou dois dias); - Cólicas intensas ou dor até cinco dias após a inserção. 100 DIU DE COBRE ComplicaçõesComplicações - Gravidez ectópica: 1,5/1000 mulheres/ano de uso; - Gravidez tópica: retirar DIU se IG < ou = 13s; - Perfuração: 0,1% dos casos; - Expulsão: inserir novo DIU ou trocar MAC; - Sangramento: se hemorragia abundante, retirar DIU; - Infecção: se DIP, retirar DIU e iniciar ATBterapia. 101 DIU DE COBRE Período de inserçãoPeríodo de inserção - Se menstruação regular: a qualquer momento; - Após o parto: até 48 h ou após 4 semanas; - Após aborto (sem infecção): imediatamente; - Após aborto (com infecção): após 3 meses, se resolvida a infecção; - Interrupção do uso de outro MAC: imediatamente. 102 DIU DE COBRE Orientações às usuárias:Orientações às usuárias: - Verificar se o DIU está no lugar: semanalmente no primeiro mês e periodicamente após a menstruação; - Primeiro retorno: após a primeira menstruação depois da inserção; - Retornos subsequentes: a cada 6 meses no primeiro ano e demais retornos anuais. 103 DIU COM LEVONORGESTREL Mecanismo de Ação:Mecanismo de Ação: - Reação de corpo estranho; - Atrofia endometrial; - Inibição da ovulação (25% das mulheres); - Diminuição da produção e aumento da viscosidade do muco cervical. 104 DIU COM LEVONORGESTREL Eficácia: Eficácia: 99,8% - 100% Retorno à fertilidade:Retorno à fertilidade: Imediato; Validade e armazenamento: Validade e armazenamento: 3 anos; não pode ser reesterilizado; Duração do uso:Duração do uso: 05 anos. 105 DIU COM LEVONORGESTREL Quem Pode Usar o MétodoQuem Pode Usar o Método - Fumantes; - Hipertensas (≥ 160x100mmHg); - Diabéticas; - Obesas (IMC ≥ 30kg/m2); - História de tromboembolismo; - História de DIP. 106 DIU COM LEVONORGESTREL Quem Não Pode Usar o MétodoQuem Não Pode Usar o Método - CA de ovário; - CA endometrial; - CA de mama; - Tromboembolismo; - Risco aumentado para DSTs. 107 DIU COM LEVONORGESTREL Benefícios:Benefícios: - Pode ser utilizado no tratamento de hipermenorreia (menorragia) e no tratamento de reposição hormonal. 108 DIU COM LEVONORGESTREL Efeitos secundários: Efeitos secundários: - Manchas (Spotting): 2 a 5 meses após; - Amenorreia; - Sensibilidade mamária; - Acne; - Cefaléia; - Dor abdominal; - Náuseas; - Edema; - Depressão. 109 DIU COM LEVONORGESTREL ComplicaçõesComplicações - Semelhantes às presentes no DIU de Cobre. 110 DIU COM LEVONORGESTREL Período de inserçãoPeríodo de inserção - Mulher menstruando regularmente: entre o 1º e o 7º dia do ciclo menstrual; - Após o parto (amamentação): após 6 semanas; - Após o parto (sem amamentação): imediatamente ou 2 dias depois; - Após aborto (sem infecção): imediatamente; - Após aborto (com infecção): após 3 meses, se resolvida a infecção; 111 DIU COM LEVONORGESTREL Orientações às usuáriasOrientações às usuárias - Semelhantes às do DIU de Cobre 112 DIU COM LEVONORGESTREL Vídeo: Técnica de InserçãoVídeo: Técnica de Inserção - http://www.youtube.com/watch? v=aFSCaBZooJU&feature=related 113 Anticoncepção cirúrgica Anticoncepção cirúrgica voluntáriavoluntária 114 VASECTOMIA Consiste na ligadura dos ductos deferentes, que tem por objetivo interromper o fluxo de espermatozoides em direção à próstata e vesículas seminais para constituição do líquido seminal. 115 CARACTERÍSTICAS Método permanente, cuja a reversibilidade nem sempre é possível. De menor custo, mais segura e eficaz que a laqueadura; Eficácia após 1º ano: 99,85%; Eficaz após 3 meses ou após 20 ejaculações; Não protege contra DST; 116 Descanso por 48 horas; Manter a incisão limpa; Compressas frias no escroto; Vestir calça ou cuecas confortáveis; Não fazer sexo por pelo menos 3 dias; Usar preservativos ou outro método por 3 meses ou até 20 ejaculações; Realizar espermograma após esse período para confirmar azoospermia para então liberar atividade sexual sem outro método. ORIENTAÇÕES PÓS-VASECTOMIA 117 DESFAZENDO MITOS Não remove os testículos; Não diminui o desejo sexual; Não afeta a função sexual; Não faz com que o homem engorde ou fique mais fraco ou menos masculino. Não previne DST. 118 LAQUEADURA TUBÁRIA Secção ou oclusão (anéis, grampos) das trompas de falópio através de anéis ou suturas, impedindo o encontro do óvulo com o espermatozóide. 119 120 CARACTERÍSTICAS Método permanente; Eficácia depende de como as trompas foram ocluídas; Eficácia no 1º ano: 99,5%; Efícácia após 10 anos: 98,2%; Pode utilizar anestesia geral ou local e deve ser realizada por médico treinado; Exige repouso e evitar relações por 1 semana . Mais arriscada e mais cara que a vasectomia; Não protege contra DST. 121 DESFAZENDO MITOS Não enfraquece as mulheres. Não retira o útero da mulher. Não provoca desequilíbrios hormonais. Não tem alteração sobre a menstruação. Não altera o comportamento sexual. Não provoca alterações no peso ou apetite. 122 CONSENTIMENTO ESCLARECIDO LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996 Art.10 I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce; 123 § 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. § 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia. 124 § 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges. § 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei. 125 “Que cada gravidez seja uma escolha livre e segura do casal; que cada nascimento represente um momento de celebração da vida e concretude do AMOR (Escolástica Moura)” 126
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