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SINAIS VITAIS (SSVV) As alterações das funções corporais geralmente se refletem na temperatura corporal, na pulsação, na respiração e na pressão arterial, podendo indicar enfermidades. Por essa razão são chamados sinais vitais. A avaliação dos sinais vitais instrumentaliza a equipe de saúde na tomada de decisão sobre as intervenções. Essas medidas fornecem informações muito importantes sobre as condições de saúde dos pacientes, pois é um método eficiente de monitoramento. TEMPERATURA Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal, sendo influenciada por meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso. A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo. AVALIAÇÂO DA TEMPERATURA CORPORAL O termômetro deve ser colocado em local o0nde existam rede vascular intensa ou grande vasos sanguíneos, e mantido por tempo suficiente para correta leitura da temperatura. Os locais habitualmente utilizados para a verificação são: cavidade oral, retal e região axilar. TEMPO DE MANUTENÇÃO DO TERMÔMETRO NO PACIENTE Oral – 3 minutos Retal – 3 minutos Axilar – 3 a 5 minutos. VALORES DE REFERÊNCIA PARA A TEMPERATURA Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C Temperatura retal: 37°C a 38°C TERMINOLOGIA Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C Afebril: 36,1°C a 37,2°C Febril: 37,3°C a 37,7°C Febre: 37,8°C a 38,9°C Pirexia: 39°C a 40°C Hiperpirexia: acima de 40°C PULSO É a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a freqüência de pulso equivale à freqüência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos lados do coração em um minuto. Na realidade, o pulso arterial é uma onda de pressão dependente da ejeção ventricular e, por isso, a análise do pulso arterial proporciona dados inestimáveis da ejeção ventricular esquerda, do mesmo modo que o pulso venoso expressa a dinâmica do enchimento ventricular direito. VALORES DE REFERÊNCIA PARA PULSAÇÃO Adultos – 60 a 100 bpm; Crianças – 80 a 120 bpm; Bebês – 100 a 160 bpm. TERMINOLOGIA Pulso normocádico: Batimento cardíaco normal Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais Pulso dicrótico: dá impressão de dois batimentos Taquisfigmia: pulso acelerado Brasisfigmia: frequência abaixo da faixa normal Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico RESPIRAÇÂO Na respiração, o oxigênio inspirado entra no sangue e o dióxido de carbono (CO2) é expelido, com frequência regular. A troca destes gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos pulmonares, que é a parte funcional do pulmão. É nesse processo que o sangue venoso se transforma em sangue arterial. A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto. VALORES DE REFERÊNCIA PARA RESPIRAÇÃO Adultos – 12 a 20 inspirações/ min; Crianças – 20 a 25 inspirações/ min; Bebês – 30 a 60 respirações/ min. TERMINOLOGIA Eupneia: respiração normal Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa. Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco profunda. Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade Apneia: ausência da respiração PRESSÃO ARTERIAL Esse sinal vital é a medida da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias. A pressão ou tensão arterial depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência dos vasos. Ao medir a pressão arterial consideramos a pressão máxima ou sistólica que resulta da contração dos ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias e a pressão mais baixa ou diastólica, que ocorre assim que o coração relaxa. A pulsação ventricular ocorre em intervalos regulares. A PA é medida em mmHg. Difícil definir exatamente o que é pressão arterial normal. VALORES DE REFERÊNCIA PARA PRESSÃO ARTERIAL Hipotensão – inferior a 100 x 60 Normotensão – 120 x 80 Hipertensão limite – 140 x 90 Hipertensão moderada – 160 x 100 Hipertensão grave – superior a 180 x 110 TERMINOLOGIA Hipertensão: PA acima da média Hipotensão: PA inferior à média Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam HGT ( GLICEMIA ) Entende-se por normoglicemia aqueles parâmetros, resultantes da medição da glicose, que se encontram entre valores de normalidade. Os valores normais de glicose no sangue em um dos testes devem mostrar valores entre 60 e 110 mg/dL. Valores inferiores a 60 ou superiores a 110 mg/dL correspondem a problemas relacionados com a hipoglicemia ou, talvez, com a diabetes mellitus. A hiperglicemia ocorre quando os valores de glicose no sangue em jejum superam a quantidade de 110mg/Dl. Para o diagnóstico da diabetes mellitus existem diferentes formas de detecção: Quando os parâmetros de glicose no sangue são iguais ou superiores a 126mg/dL (7mm/mol) em duas provas de medição de glicose em diferentes ocasiões. Quando uma glicemia ao acaso tem por resultados níveis superiores a 200mg/dL (11.11mm/mol) e com sintomatologia clínica de hiperglicemia associada (sede, visão turva, fraqueza, sensação de precisar de urinar constantemente,...). Quando duas horas após o teste de tolerância da glicose oral percebem-se valores iguais ou superiores a 200 mg/dl.
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