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PROCESSO LEGISLATIVO 2014.1

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TATIANE CRISTINA CARMINO
PROCESSO LEGISLATIVO
INTRODUÇÃO
Este estudo apresenta uma reflexão sobre o processo legislativo, á luz da constituição da República Federativa do Brasil, da doutrina e da Jurisprudência.
As leis e o dia a dia
O Brasil tem vários tipos de leis que tratam de vários tipos de assunto, desde as relações de consumo, passando pela segurança e até pela aplicação de Lei Seca em estradas federais. O Congresso Nacional, formado pela Câmara dos Deputados e Senado federal, é o lugar onde os representantes do povo elaboram e fiscalizam todas as leis.
Para criar uma lei é preciso elaborar um projeto de lei, proposto por Deputado ou Senador, por comissões da Câmara ou do Senado e pelo Presidente da Republica. Também é possível apresentação de projeto de lei pelo poder judiciário, pelo Procurador Geral da República, e por iniciativa popular. 
A elaboração de um projeto depende da mobilização da sociedade, dos interesses dos parlamentares e dos partidos e da articulação do governo.
Antes de a Lei chegar ao plenário, ela percorre um longo caminho. Todos os projetos são analisados por comissões técnicas, por exemplo, se uma lei tratar sobre tributos, será discutido e analisado pela comissão de financias e tributação. Se for sobre Previdência Social, será analisada pela Comissão de Seguridade Social e família. 
Cada projeto tem um relator, que dará o parecer e sugerindo mudanças, aprovando ou rejeitando a matéria. E passa pela Comissão de Constituição e Justiça que avalia se a lei está de acordo com a Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988. Muitos projetos tem aprovação pela votação das próprias comissões, enquanto outros seguem para ser analisados pelo plenário. 
Depois de aprovado pela Câmara, é encaminhado para o Senado, o qual discutirá o assunto. E para valer como lei, deverá o Presidente da república sancionar, ou seja, ratificar a lei. Ou vetar total ou parcialmente, e os parlamentares podem confirmar ou derrubar o voto do chefe do executivo em votação secreta. Assim funciona o equilíbrio entre os poderes.
A Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 também é uma lei, a lei maior, a carta magna. E também pode ser alterada por via de propostas de emenda à constituição – PEC. 
A Proposta de emenda à constituição deve ser apresentada por no mínimo um terço dos deputados, ou um terço dos senadores, pelo presidente da republica, ou mais da metade dos membros das assembleias legislativas estaduais com apoio da maioria dos deputados estaduais. 
E também na Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 que define os tipos de lei. O projeto de lei ordinária é o mais comum, seguindo pelo projeto de lei complementar, e o de resolução, assim como a proposta de emenda à constituição e ainda a proposta de decreto legislativo.
Em caso de urgência ou relevância, o chefe do executivo poderá editar a medida provisória, que entra em vigor imediatamente, mas só vira lei depois da aprovação do congresso nacional. Devendo ser analisada no prazo estabelecido na constituição, caso não seja obedecido esse prazo, ela tranca a analise de projetos de lei no plenário e passa a ser o primeiro item de votação na pauta.
Na câmara, as regras para a tramitação de propostas estão no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que além de mostrar como as leis são aprovadas ou rejeitadas, o Regimento é fundamental que estabelece os direitos e os limites dos Deputados e dos partidos políticos durante uma votação. 
No geral, o grupo aprova ou rejeita o projeto em questão. A votação é conduzida pelo presidente da Sessão Legislativa. 
Há várias maneiras de acelerar o processo de votação dos projetos. O Poder Executivo pode pedir urgência para a apreciação do projeto de sua iniciativa, que deve ser votado em no máximo quarenta e cinco dias. Vendido esse prazo, como na Medida provisória, o projeto em urgência passa a frente dos demais projetos, nenhuma outra matéria poderá ser votada. 
Por isso é importante acompanhar o trabalho dos congressistas e participar das decisões tomadas no Senado e na Câmara. Todos os atos são públicos, e qualquer cidadão tem acesso. 
O PROCESSO LEGISLATIVO
É o conjunto de atos realizados pelos órgãos do Poder Legislativo, de acordo com regras previamente fixadas, para elaborar normas jurídicas (emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias e outros tipos normativos dispostos no art. 59 da Constituição Federal).
De acordo com o art. 61 da Constituição Federal,  um projeto de lei pode ser proposto por qualquer parlamentar (deputado ou senador), de forma individual ou coletiva, por qualquer comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, pelo Presidente da República, pelo Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais Superiores e pelo Procurador-Geral da República. A Constituição ainda prevê a iniciativa popular de leis, permitindo aos cidadãos apresentar à Câmara dos Deputados projeto de lei, desde que cumpram as exigências estabelecidas no §2º do art. 61. Outra forma de participação popular que a sociedade dispõe para propor projetos de lei é a apresentação de sugestões legislativas (SUGs) à Comissão de Legislação Participativa (CLP).
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 14, inciso III e art. 61, § 2º, prevê a apresentação de projetos de iniciativa popular à Câmara dos Deputados desde que disponham sobre temas que não sejam de iniciativa privativa do Presidente da República e contenham a assinatura de, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, originários de, pelo menos, cinco Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.
Além das exigências dispostas na Constituição Federal,  em seu art. 61, § 2º, a Lei 9.709 de 1998,  que regulamenta o exercício da iniciativa popular e de outras formas de soberania popular, estabelece que:
O projeto de lei de iniciativa popular deverá tratar de um só assunto e, não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo a esta Casa promover a correção de impropriedades técnicas (tanto legislativas quanto de redação).
O Regimento Interno da Câmara dos Deputados também discorre sobre a iniciativa popular de leis, em seu art. 252, e estabelece outras condições dentre as quais se podem destacar:
A assinatura de cada eleitor deve ser acompanhada de seu nome completo e legível, endereço e dados identificadores de seu título eleitoral;
As listas de assinaturas devem ser organizadas por Município e por Estado, Território e Distrito Federal, em formulário padronizado pela Mesa da Câmara;
O projeto será protocolizado na Secretária-geral da Mesa, que verificará se foram cumpridas as exigências constitucionais para sua apresentação.
EMENDA CONSTITUCIONAL  (ART. 60 CF)
Têm poderes de iniciativa para propor emendas à Constituição até um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, o Presidente da República; Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação (com manifestação da maioria simples dos membros de cada uma).
A proposta é discutida e votada em cada Casa (Senado e Câmara) em dois turnos e é aprovada se obtiver, em ambos, o voto favorável de três quinto dos seus membros, isto são 308 deputados e 49 senadores.
A Emenda Constitucional é promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. E não é permitido que matéria rejeitada ou prejudicada seja objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Também não é permitido que o objeto da Emenda tente abolir: A forma federativa de Estado; O voto direto, secreto, universal e periódico; Direitos e garantias individuais. Outra restrição é emendas na vigência de: intervenção federal ou estado de defesa.
LEIS COMPLEMENTARES (ART. 69 CF)
Somente são leis complementares aquelas que assim tiverem sido nomeadas na Constituição. Como o próprio nome indica, complementam o texto constitucional.
Para serem aprovadas devem obter o voto da maioria absoluta dos senadores e dos deputados.
LEI ORDINÁRIA  (ART. 61 CF)
São atoslegislativos que a Constituição trata, simplesmente por "leis", sem qualquer qualificativo, diferentemente do que prevê para as leis complementares e para as leis delegadas.
A iniciativa para propor leis ordinárias cabe a: Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional; Presidente da República; Supremo Tribunal Federal; Procurador-Geral da República; Cidadãos (por projeto subscrito por 1% do eleitorado, distribuído por 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um dos Estados).
Se a lei for emendada volta à casa iniciadora. O silêncio da casa implica sanção da lei.
Aprovado em uma casa é revisto na outra em um só turno de discussão e votação. O Presidente da República em 15 dias úteis para vetar o projeto e comunicar ao Presidente do Senado em 48 horas o motivo do veto. Se o veto não for mantido, o Presidente da República tem 48 horas para promulgar, senão o Presidente do Senado deve fazê-lo em 48 horas e caso não o faça o Vice-Presidente do Senado deverá promulgar a lei.
O veto à lei é apreciado em sessão conjunta dentro de 30 dias, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta.
LEI DELEGADA (ART. 68 CF)
A Constituição permite que o Congresso Nacional delegue poderes ao Chefe do Poder Executivo, por sua solicitação, para a elaboração de leis. A Constituição veda que seja objeto da delegação matérias sujeitas à lei complementar, matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional ou de competência privativa da Câmara ou do Senado Federal.
A Lei delegada tem a forma de resolução do Congresso Nacional. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única vetada emendas.
MEDIDAS PROVISÓRIAS (ART. 62 CF)
As medidas provisórias foram uma inovação da Carta de 1988. São de autoria exclusiva do Presidente da República, que deverá submetê-las ao Congresso para sua conversão em lei, no prazo de 60 dias. Esgotado esse prazo sem sua conversão em lei, perdem a eficácia desde a edição, cabendo ao Congresso Nacional, nesse caso, disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.
DECRETOS LEGISLATIVOS (ART. 49 CF)
O art. 49 da Constituição Federal alinha as matérias que são da exclusiva competência do Congresso Nacional, ou seja, sua iniciativa cabe aos membros ou Comissões da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, e sua tramitação se restringe ao âmbito do Congresso Nacional.
O Congresso Nacional dispõe sobre essas matérias por meio de decretos legislativos.
RESOLUÇÕES (ART. 68§ 2º CF)
As resoluções dispõe sobre matérias de competência provativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional.
Os projetos de resolução do Senado têm sua tramitação iniciada pelos Senadores ou Comissões da Casa.
CONCLUSÃO
O Processo Legislativo pode ser entendido pelo conjunto de disposições que dizem respeito ao procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes para que haja a produção de diversas espécies normativas em geral que derivam diretamente da própria Constituição, cada uma delas com suas variações, dessa forma, o conteúdo, a forma e a sequência de cada ato obedecem às regras próprias, de acordo com a espécie de lei a ser criada.
 Processo legislativo sofre variações de acordo com cada espécie normativa a ser introduzida no sistema. Muitas fases são comuns a cada tipo de procedimento, no todo ou em partes. O procedimento mais amplo e completo é o da elaboração de uma lei ordinária, ele comporta mais oportunidade para o exame, o estudo e a discussão do projeto.
BIBLIOGRAFIA 
TAVARES, André Ramos – CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL – 12° EDIÇÃO – SÃO PAULO - SARAIVA - 2014
Links Acessados
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/processolegislativo - Acessado em 12.01.2014

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