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oab1fase dip (1)

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Juiz 
Federal/
2016 
CURSO PREPARATÓRIO 
Concurso para 
JUIZ FEDERAL 
Prova escrita 
Alexandre Rossato da S. Avila 
2016 
AULA DE DIREITO 
INTERNACIONAL PÚBLICO 
Professor Mateus Silveira 
Facebook: Mateus Silveira 
mateussilveira.adv@gmail.com 
PERISCOPE: @profMateusSilveira 
Twitter: @profMateusCF 
Canal no YouTube: Professor Mateus Silveira 
 Dir. Internacional: É o conjunto de princípios e normas, 
positivas e costumeiras, representativos dos direitos e deveres 
aplicáveis no âmbito da sociedade internacional. 
 
 Dir. Inter. Público: regula ou regra a relação entre os 
Estados, os Estados e organismos internacionais 
intergovernamentais (ONU, BIRD, FMI) e os Estados e 
Particulares. Deste modo, podemos dizer que o DIPub regula as 
relações em que o Estado é parte ou outro ente com 
personalidade jurídica de direito internacional. 
 
 
 DIR. INTERNACIONAL PÚBLICO 
 
 O Direito Internacional Público tem como características 
fundamentais: a inexistência de uma autoridade superior, a falta 
de coercibilidade para o cumprimento dos regramentos 
estabelecidos, sistema de sanções frágeis, descentralização das 
decisões e o dever do respeito à soberania dos Estados. 
 
 E tem com fonte mais importante os tratados 
internacionais. 
 
 O q fundamenta o DIP é a soberania estatal (art. 1, I 
da CF/88), manifestação da vontade ou consentimento e o 
pacta sunt servanda. 
 
 SOBERANIA: é a qualidade que caracteriza o poder 
supremo de um Estado (independência, autoridade dentro e 
fora do seu território); Art. 1º, I; Art. 4º, I, III e V; Art. 170, I, 
todos da CF/88; 
 
 PACTA SUNT SERVANDA: liberdade de contrair 
obrigações (direitos e deveres), compromissos livremente 
firmados devem ser cumpridos. 
 
 
 
FONTES DE DIREITO INTERNACIONAL 
 
PRIMÁRIAS: tratados internacionais, o costume internacional e 
os princípios gerais de direito. 
 
SECUNDÁRIAS: doutrina, jurisprudência da Corte Internacional 
de Justiça de 1945 – Corte de Haia – art. 38 (decisões da corte, 
convenções e tratados, costumes e princípios gerais de direito). 
 
 Os costumes reconhecidos e praticados nas relações 
exteriores vinculam as partes, sem necessitar que esta norma 
esteja escrita. 
 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO: são os valores que 
apontam um caminho a seguir e que servem de base para as 
decisões internacionais. 
 
AS JURISPRUDÊNCIAS das cortes internacionais (CIJ (corte 
internacional de justiça) E TPI (tribunal penal internacional)) 
fazem fonte de direito intencional, no entanto as jurisprudências 
dos Tribunais Constitucionais internos de cada nação não), 
apesar de terem relevância do dir. internacional privado, não 
são fontes de DIP. 
 
OS ATOS UNILATERAIS dos Estados fazem fonte de DIP??? 
 
 
POPULAÇÃO: é o conjunto de habitantes que mantêm ligação 
estável com um determinado Estado, por meio de um vínculo 
jurídico, o vínculo da nacionalidade. Inclui os nacionais 
residentes dentro e fora do território. Não inclui os estrangeiros 
residentes no território do Estado. 
 
NACIONALIDADE: é o vínculo jurídico-político de fidelidade 
entre o Estado e o indivíduo, atribuído pelo Estado, na exercício 
de seu poder soberano. 
 TERRITÓRIO: é o espaço onde se exerce a soberania 
estatal. Ele determina os limites do exercício do poder do 
estado. Delimitar um território significa estabelecer seus 
limites, o que é feito por tratados ou costumes. Demarcar um 
território significa implantar marcos físicos sobre o território. 
 
 Limite não se confunde com fronteira. Limite é um 
ponto que determina com certa precisão até onde vai o território 
do Estado. Fronteira é uma região em torno do limite 
territorial, sobre o qual o Estado tem interesse de zelar para 
garantir sua segurança nacional. 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
DE DIREITO INTERNACIONAL 
 
 Os Estados e organizações internacionais 
intergovernamentais e os particulares ou indivíduos tem 
personalidade jurídica internacional ou seja, são sujeitos do 
Direito Internacional. 
 
 Atenção: A Anistia Internacional e o Comitê 
Internacional da Cruz Vermelha não são organizações 
internacionais, mas sim ONGs de atuação internacional, por 
este motivo não celebram tratados, e por este motivo não são 
considerados sujeitos de direito internacional. 
 
 ESTADOS: para que sejam sujeitos de direito 
internacional devem reunir 4 elementos constitutivos em sua 
formação: População Permanente; Território determinado; 
Governo e Soberania. 
 
 RECONHECIMENTO DE UM ESTADO: é o surgimento 
de um novo sujeito de direito internacional, atestado pelos 
demais Estados por meio de um ato discricionário, unilateral, 
irrevogável e incondicional; Cuja importância é fundamental 
para que o novo Estado se relacione com os seus pares na 
comunidade internacional. 
 
 
RECONHECIMENTO DE GOVERNO: é todo o governo que 
exerce a sua autoridade como sendo a única no Estado. 
Tem as seguintes FORMALIDADES: efetividade (controle da 
máquina e obediência civil), cumprimento das obrigações 
internacionais, Constituição própria e ser democrático. 
 
EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE UM GOVERNO: 
estabelecimento de relações diplomáticas; imunidade de 
jurisdição; capacidade para demanda em tribunal estrangeiro; 
admissão da validade das leis e atos governamentais. 
 
 
CHEFE DE ESTADO X CHEFE DE GOVERNO 
 
 No Brasil cabe Privativamente ao Chefe de Estado art. 
84, VII e VIII da CF/88 manter relações com outros Estados, 
acreditar seus representantes diplomáticos e celebrar tratados 
internacionais “ad referendum” do Congresso Nacional. 
 
 O Chefe de Estado goza de imunidade plena que é 
uma restrição ao direito fundamental dos Estados soberanos 
que se veem impedidos de sujeitar representantes de outros 
Estados presentes em seu território ao seu ordenamento 
jurídico. 
 
 
 
 No Brasil o Ministro das Relações Exteriores ou 
chanceler tem como principal função auxiliar o chefe de 
Estado na formulação e execução da política externa. 
 
PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. EXTERNO – República 
Federativa do Brasil; 
 
PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. INTERNO – UNIÃO 
FEDERAL; 
 
 
 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
INTERGOVERNAMENTAIS: são pessoas de direito público 
externo formadas pela reunião de Estados que têm uma 
finalidade em comum. Após serem constituídas adquirem 
personalidade internacional independente da de seus membros 
constituintes (ONU, OIT, FAO, UNESCO (educação, ciência e 
cultura), OTAN E FMI). 
 
 
 SANTA SÉ: é a aliança da Cúria Romana com o Papa, o 
Tratado de Latrão firmado em 1929 pela Itália e a Santa Sé, 
reconhece a personalidade internacional da Santa Sé, 
reconheceu a propriedade e a jurisdição soberana sobre o 
Vaticano e atribuiu ao Vaticano neutralidade permanente. 
 
 ESTADO DA CIDADE DO VATICANO possui 
personalidade jurídica própria que não se confunde com a da 
santa sé, nacionalidade própria (nacionalidade funcional ou jus 
domicilli + jus laboris); quem reside no Vaticano está submetido 
a soberania da Santa Sé que também tem direito a 
representação diplomática ativa e passiva (núncio apostólico); o 
Papa é chefe de Estado e da Igreja Católica; 
 
 
TRATADOS INTERNACIONAIS 
 
 É o acordo internacional celebrado por escrito entre dois 
ou mais Estados ou outros sujeitos sob égide do Direito 
Internacional. 
 
 Requisitos de Validade: CAPACIDADE DAS PARTES, 
HABILITAÇÃO DO AGENTE SIGNATÁRIO (representatividade 
derivada carta de plenos poderes),CONSENTIMENTO 
MÚTUO, OBJETO LÍCITO E POSSÍVEL. 
 
 
 NO BRASIL assinam e negociam tratados o Chefe de 
Estado e o Ministro das relações Exteriores e também o 
PLENIPOTENCIÁRIO (pessoa escolhida pelo Presidente com 
a confirmação do Min das rel. Exteriores) e Delegação 
nacional, ambos necessitam de “CARTA DE PLENOS 
PODERES”. Que significa que é um doc. expedido por 
autoridade competente dando os poderes necessários, para 
firmar, negociar e alterar acordos em nome da nação. 
 
 TRATADOS são normas de direito externo até serem 
internalizados pelos ordenamentos jurídicos de cada 
nação. O Brasil adotou a teoria da incorporação no art. 5º, §s 
2º, 3º e 4º da CF/88. 
 
 
 No Brasil, assinado o tratado, o mesmo é enviado com 
uma carta ao Congresso Nacional e deve ser aprovado nas 
duas casas, sendo aprovado é emitido pelo Presidente do 
Congresso Nacional um Decreto Legislativo autorizando o 
presidente a ratificar o acordo, uma vez ratificado por Decreto 
presidencial, o tratado será promulgado e publicado 
passando a valer no território nacional. 
 
 Conflito entre o tratado e norma interna, a doutrina 
majoritária prega a prevalência do direito internacional sobre o 
direito interno. No entanto, nenhum tratado internacional 
poderá contrariar a CF/88, para ser incorporado no 
ordenamento legislativo brasileiro. 
 
 
 
 “Reserva” significa uma declaração unilateral, qualquer 
que seja a sua redação ou denominação, feita por um Estado 
ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele 
aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de 
certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado. 
 
 A “Denúncia” é um ato unilateral, de efeito jurídico 
inverso ao da ratificação e da adesão, manifestando, o Estado, 
sua vontade de deixar de ser parte no acordo internacional. 
 AGENTES DIPLOMÁTICOS: são responsáveis pela 
represen-tação do próprio Estado em território estrangeiro, 
perante o governo. 
 
 Missão Diplomática: é formada pelo conj. De 
diplomatas que representam os Estados ou organizações 
intergovernamentais. 
 
 OS EMBAIXADORES são a própria representação da 
nação no estado estrangeiro ou no organismo internacional, são 
responsáveis pela representação política. Os prédios das 
embaixadas são invioláveis. 
 
 DIREITO DE LEGAÇÃO: consiste na prerrogativa dos 
Estados de enviar (ativa) e receber (passiva) agentes 
diplomáticos (Embaixadores) de outros Estados. 
 
 
 O Chefe da Missão Diplomática é chamado de 
embaixador ou núncio. Também em missões sem 
embaixadas o chefe poderá ser chamado de enviado ou 
ministro ou encarregado de negócios. 
 
 Embaixador é uma função ocupada e não uma classe 
da carreira diplomática, o último nível da carreira diplomática é 
ministro de primeira classe. 
 
 As Embaixadas, que são o local onde funciona a 
missão diplomática compreendendo o conjunto de suas 
instalações físicas, são invioláveis segundo a Convenção de 
Viena. 
 AGENTES CONSULARES: são funcionários públicos 
enviados pelo Estado para a proteção de seus interesses e de 
seus nacionais; 
 
 CONSULADOS são repartições públicas estabelecidas 
pelos Estados em portos ou cidades de outros Estados. São 
responsáveis pela representação comercial, administrativa e 
a de caráter notarial. 
 
 Espécies de cônsul: Honorário eleito entre os nacionais 
do país onde está o consulado; de Carreira funcionário público 
do país que o consulado representa; 
 
 
 Nomeação do Cônsul depende de aceitação prévia do 
nome indicado (feito mediante o exequatur que é a autorização 
concedida pelo Estado receptor que admite o agente consular 
para o exercício de suas funções), competindo tal função a cada 
Estado individualmente, nos termos de sua legislação 
específica. 
 
 CARTA PATENTE: é o documento que representa a 
investidura do agente consular; 
 
 
 OS LOCAIS DA MISSÃO DIPLOMÁTICA NÃO PODEM 
SER VIOLADOS; 
 
 O AGENTE DIPLOMÁTICO GOZA DE ISENÇÃO DE 
IMPOSTOS E TAXAS, HAVENDO EXCEÇÕES A ESSE 
RESPEITO; 
 
 OS BENS DA EMBAIXADA SÃO INVIOLÁVEIS E NÃO 
PODEM SER OBJETOS DE PENHORA. 
 
 A CORRESPONDÊNCIA E A COMUNICAÇÃO OFICIAL 
DA MISSÃO DIPLOMÁTICA É INVIOLÁVEL. 
 
 A MALA DIPLOMÁTICA NÃO PODERÁ SER ABERTA 
OU RETIDA. 
 
 
Imunidade 
 
 Em razão do desempenho das suas funções, o agente 
diplomático goza de privilégios e imunidades. 
 
 Esses privilégios e imunidades podem ser classificados 
em: inviolabilidade, imunidade de jurisdição civil, 
administrativa e criminal e isenção fiscal. 
 
 A inviolabilidade abrange o local da Missão diplomática e 
as residências particulares dos agentes diplomáticos. 
Nesses locais, o Estado acreditado não pode exercer qualquer 
tipo de coação (invasão pela polícia), a não ser que haja 
autorização do Chefe da Missão. Do mesmo modo, não pode 
haver uma citação dentro da Missão. 
 
 
 A inviolabilidade cessa se os locais da Missão forem 
utilizados de modo incompatível com as funções da Missão. 
Cessa ainda em caso de emergência (incêndio). 
 
 É inviolável também a correspondência. 
 
 A inviolabilidade também significa que os agentes 
diplomáticos não podem ser presos. 
 
 O Estado acreditado deverá proteger os imóveis da 
Missão, bem como a própria pessoa dos Agentes Diplomáticos. 
 
 Os atos da Missão, praticados como representante do 
Estado acreditante (assinatura de Tratado) não podem ser 
apreciados pelos tribunais do Estado acreditado. 
 
 O Agente Diplomático goza de imunidade de 
jurisdição criminal. É absoluta e aplica-se a qualquer delito. 
Ele tem ainda imunidade de jurisdição civil e administrativa. 
 
 A imunidade de jurisdição não significa que ele esteja 
acima da lei, mas significa apenas que ele deverá ser 
processado no Estado acreditante. 
 
 Poderá haver renúncia à imunidade de jurisdição do 
agente diplomático ou de qualquer pessoa que dela se beneficie. 
 
 De um modo geral, tem sido sustentado que a imunidade 
penal cessa em caso de flagrante delito que não esteja 
ligado ao exercício de suas funções. 
 
 
 A imunidade fiscal abrange o Estado acreditante e o 
Chefe da Missão. 
 ATENÇÃO AOS arts. 31 e 32 da Convenção de Viena de 
1961 dobre o Direito Diplomático: 
Artigo 31 
1. O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do 
Estado acreditado. Gozará também da imunidade de jurisdição civil e 
administrativa, a não ser que se trate de: 
a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado 
acreditado, salvo se o agente diplomático o possuir por conta do 
Estado acreditado para os fins da missão. 
b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a titulo 
privado e não em nome do Estado, como executor testamentário, 
administrador, herdeiro ou legatário. 
 
c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade 
comercial exercida pelo agente diplomático no Estado acreditado fora 
de suas funções oficiais. 
2. O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como 
testemunha. 
3. O agente diplomático não esta sujeito a nenhuma medida de 
execução a não ser nos casos previstos nas alíneas " a", " b " e " c " 
do parágrafo 1 deste artigo e desde que a execução possa realizar-se 
sem afetar a inviolabilidade de sua pessoa ou residência. 
4. A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado 
acreditado não o isenta da jurisdição do Estado acreditante. 
 
 
Artigo 32 
1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de 
jurisdição dos seus agentes diplomáticose das pessoas que 
gozam de imunidade nos termos do artigo 37. 
2. A renuncia será sempre expressa. 
3. Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de 
imunidade de jurisdição nos termos do artigo 37 inicia uma 
ação judicial, não lhe será permitido invocar a imunidade de 
jurisdição no tocante a uma reconvenção ligada à ação 
principal. 
4. A renuncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis 
ou administrativas não implica renúncia a imunidade quanto 
as medidas de execução da sentença, para as quais nova 
renúncia é necessária. 
Da isenção de impostos ao representante diplomático: 
 
Artigo 34 
 O agente diplomático gozará de isenção de todos os 
impostos e taxas, pessoais ou reais, nacionais, regionais ou 
municipais, com as exceções seguintes: 
a) os impostos indiretos que estejam normalmente incluídos no preço 
das mercadorias ou dos serviços; 
b) os impostos e taxas sobre bens imóveis privados situados no 
território do Estado acreditado, a não ser que o agente diplomático os 
possua em nome do Estado acreditante e para os fins da missão; 
 
c) os direitos de sucessão percebidos pelo Estado acreditado, salvo o 
disposto no parágrafo 4 do artigo 39; 
d) os impostos e taxas sobre rendimentos privados que tenham a sua 
origem no Estado acreditado e os impostos sobre o capital referentes 
a investimentos em empresas comerciais no Estado acreditado. 
e) os impostos e taxas que incidem sobre a remuneração relativa a 
serviços específicos; 
f) os direitos de registro, de hipoteca, custas judiciais e imposto de selo 
relativos a bens imóveis, salvo o disposto no artigo 23. 
 
DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL 
 
 TERRITÓRIO NACIONAL; pode incluir Navios, com a 
bandeira do país e aeronaves militares. 
 
 Mar Territorial compreende uma faixa de 12 milhas 
marítimas de largura, medidas da linha base. 
 
 Zona Contígua brasileira compreende uma faixa de 12 
a 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que 
servem para medir a largura do mar territorial. A finalidade é 
delimitar o exercício da fiscalização para evitar infrações às 
leis e reprimir infrações às leis. 
 
 
LEI Nº 8.617/93 
-O MAR TERRITORIAL 
Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze 
milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do 
litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de 
grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil. 
Parágrafo único. Nos locais em que a costa apresente recorte 
profundos e reentrâncias ou em que exista uma franja de ilhas ao 
longo da costa na sua proximidade imediata, será adotado o método 
das linhas de base retas, ligando pontos apropriados, para o traçado 
da linha de base, a partir da qual será medida a extensão do mar 
territorial. 
Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço 
aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo. 
 
ZONA CONTÍGUA 
Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de 
fiscalização necessárias para: 
I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, 
fiscais, de imigração ou sanitários, no seu territórios, ou no seu 
mar territorial; 
II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu 
território ou no seu mar territorial. 
 
 ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: uma faixa de 200 
milhas marítimas contadas a partir da linha base, onde há o 
direito exclusivo do BRASIL de investigação e exploração 
científica econômica. PLATAFORMA CONTINENTAL 
CORRESPONDE AO LEITO E AO SUBSOLO DAS ÁREAS 
SUBMARINAS que se estendem além do mar territorial. 
 
 Navios de todas as nacionalidades o direito de 
passagem inocente. 
 
 
-ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA 
Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de 
soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e 
gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas 
sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que 
se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao 
aproveitamento da zona para fins econômicos. 
Art. 8º Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua 
jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação 
científica marinha, a proteção e preservação do meio marítimo, bem 
como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas 
artificiais, instalações e estruturas. 
Parágrafo único. A investigação científica marinha na zona econômica 
exclusiva só poderá ser conduzida por outros Estados com o 
consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação 
em vigor que regula a matéria. 
 
Art. 9º A realização por outros Estados, na zona econômica exclusiva, 
de exercícios ou manobras militares, em particular as que impliquem o 
uso de armas ou explosivas, somente poderá ocorrer com o 
consentimento do Governo brasileiro. 
Art. 10. É reconhecidos a todos os Estados o gozo, na zona 
econômica exclusiva, das liberdades de navegação e sobrevôo, bem 
como de outros usos do mar internacionalmente lícitos, relacionados 
com as referidas liberdades, tais como os ligados à operação de 
navios e aeronaves. 
 
PLATAFORMA CONTINENTAL 
Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o 
subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar 
territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu 
território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até 
uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a 
partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em 
que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância. 
Parágrafo único. O limite exterior da plataforma continental será fixado de 
conformidade com os critérios estabelecidos no art. 76 da Convenção das 
Nações Unidas sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, em 10 de 
dezembro de 1982. 
Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, 
para efeitos de exploração dos recursos naturais. 
Parágrafo único. Os recursos naturais a que se refere o caput são os 
recursos minerais e outros não-vivos do leito do mar e subsolo, bem como os 
organismos vivos pertencentes a espécies sedentárias, isto é, àquelas que 
no período de captura estão imóveis no leito do mar ou no seu subsolo, ou 
que só podem mover-se em constante contato físico com esse leito ou 
subsolo. 
 
Art. 13. Na plataforma continental, o Brasil, no exercício de sua 
jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação 
científica marinha, a proteção e preservação do meio marinho, bem 
como a construção, operação e o uso de todos os tipos de ilhas 
artificiais, instalações e estruturas. 
§ 1º A investigação científica marinha, na plataforma continental, só 
poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio 
do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a 
matéria. 
§ 2º O Governo brasileiro tem o direito exclusivo de autorizar e 
regulamentar as perfurações na plataforma continental, quaisquer que 
sejam os seus fins. 
Art. 14. É reconhecido a todos os Estados o direito de colocar cabos e 
dutos na plataforma continental. 
§ 1º O traçado da linha para a colocação de tais cabos e dutos na 
plataforma continental dependerá do consentimento do Governo 
brasileiro. 
§ 2º O Governo brasileiro poderá estabelecer condições para a 
colocação dos cabos e dutos que penetrem seu território ou seu mar 
territorial. 
 
NACIONALIDADE 
 
Art. 12 da CF/88. 
 
ORIGINÁRIA – Jus soli e jus sanguinis; 
 
DERIVADA – ius domicilli (domicílio), ius laboris (trabalho), ius 
comumunicatio(casamento) 
 
Art. 112, da Lei nº 6.815/80, trata das condições para a 
naturalização. 
Art. 12, §1º, da CF/88 - Aos portugueses com residência 
permanente no País, se houver reciprocidade em favor dos 
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, 
salvo os casos previstos nesta Constituição. 
 
 O Decreto nº 3.927/01 promulgou o Tratado de 
Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República 
Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado 
em Porto Seguro em 22 de abril de 2000. 
 
 Nos arts. 12 ao 22 temos o que o tratado denominou 
como Estatuto de Igualdade entre Brasileiros e Portugueses. 
Artigo 12 - Os brasileiros em Portugal e os portugueses no 
Brasil, beneficiários do estatuto de igualdade, gozarão dos 
mesmos direitos e estarão sujeitos aos mesmos deveres dos 
nacionais desses Estados, nos termos e condições dos Artigos 
seguintes. 
 
Artigo 15 - O estatuto de igualdade será atribuído mediante 
decisão do Ministério da Justiça, no Brasil, e do Ministério 
da Administração Interna, em Portugal, aos brasileiros e 
portugueses que o requeiram, desde que civilmente capazes e 
com residência habitual no país em que ele é requerido. 
 
Artigo 17 
 1. O gozo de direitos políticos por brasileiros em 
Portugal e por portugueses no Brasil só será reconhecido 
aos que tiverem três anos de residência habitual e depende 
de requerimento à autoridade competente. 
 2. A igualdade quanto aos direitos políticos não abrange 
as pessoas que, no Estado da nacionalidade, houverem sido 
privadas de direitos equivalentes. 
 3. O gozo de direitos políticos no Estado de residência 
importa na suspensão do exercício dos mesmos direitos no 
Estado da nacionalidade. 
 
Artigo 21 
 Os Governos do Brasil e de Portugal comunicarão 
reciprocamente, por via diplomática, a aquisição e perda do 
estatuto de igualdade regulado no presente Tratado. 
 
Artigo 22 
 Aos brasileiros em Portugal e aos portugueses no Brasil, 
beneficiários do estatuto de igualdade, serão fornecidos, para 
uso interno, documentos de identidade de modelos iguais aos 
dos respectivos nacionais, com a menção da nacionalidade do 
portador e referência ao presente Tratado. 
DA PERDA DA NACIONALIDADE 
Art. 12, §4º, da CF/88 - Será declarada a perda da nacionalidade 
do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em 
virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 
brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição 
para permanência em seu território ou para o exercício de 
direitos civis; 
ESTRANGEIROS 
 Lei nº 6.815/80 Estatuto do estrangeiro; 
Art. 5º, caput da CF/88; 
 Atenção que apenas os cidadãos brasileiros e os 
portugueses equiparados pelo estatuto da igualdade têm 
direitos políticos. 
 A entrada de um estrangeiro no BR depende de um visto 
de entrada. 
 Visto é uma autorização dada pela autoridade brasileira 
para a permanência no país, por um determinado período de 
tempo (concedido pela autoridade consular no exterior ou DPF 
no BR). 
 
 Há diversas modalidade de vistos no Brasil: 
 
 Turista – 90 dias prorrogáveis por igual período , não 
pode ser excedido no prazo de 12 meses; 
 
 Temporário – prazos variados para estudantes, 
negócios, esportes, cientistas, jornalistas e religiosos; 
 
 Permanente; 
 
 Outros concedidos pelo Min. Das Rel. Exteriores, visto 
de cortesia e diplomático. 
 
 Enquanto o visto é o ato administrativo de competência 
do Ministério das Relações Exteriores que se traduz por 
autorização consular registrada no passaporte de estrangeiros 
que lhes permite entrar e permanecer no País, após 
satisfazerem as condições previstas na legislação de imigração. 
A Autorização de trabalho a estrangeiros é o ato administrativo 
de competência do Ministério do Trabalho exigido pelas 
autoridades consulares brasileiras, em conformidade com a 
legislação em vigor, para efeito de concessão de vistos 
permanentes e/ou temporário a estrangeiros que desejem 
permanecer no Brasil a trabalho. (art. 100, Lei nº 6.815/80) 
 Lei nº 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) nos seus art. 
4º, III e art. 15, V e VI da mesma lei, fala sobre a questão que 
envolve a mudança do motivo de permanência da pessoa no 
Brasil, se impõem a mudança do tipo de visto também. 
 
“VI - Jornalista: (Lei nº 6.815/80, art. 13, inciso VI) 
Para correspondentes de jornais, revistas, rádio, televisão ou 
agência noticiosa estrangeira, remunerados por empresa 
estrangeira. 
O visto autoriza a estada por, no máximo, 4 (quatro) anos, 
podendo ser prorrogada por igual período, mediante 
requerimento ao Ministério da Justiça, antes do vencimento.” 
“V - Trabalho: (Lei nº 6.815/80, art. 13, inciso V) 
Destinado àqueles que venham ao Brasil para exercer 
atividades laborais junto a empresas, com ou sem vínculo 
empregatício no Brasil. 
A empresa responsável pelo ingresso e estada do estrangeiro 
no Brasil deve solicitar previamente junto ao Ministério do 
Trabalho e Emprego, a autorização de trabalho correspondente, 
observadas as Resoluções do Conselho Nacional de Imigração 
– CNIg. O visto de trabalho é concedido por até 2 (dois) anos, 
podendo ser prorrogado por igual período e transformado em 
permanente. Em ambos os casos devem ser observadas as 
disposições da legislação em vigor.” 
 
“V - Trabalho: (Lei nº 6.815/80, art. 13, inciso V) 
Destinado àqueles que venham ao Brasil para exercer 
atividades laborais junto a empresas, com ou sem vínculo 
empregatício no Brasil. 
 A empresa responsável pelo ingresso e estada do 
estrangeiro no Brasil deve solicitar previamente junto ao 
Ministério do Trabalho e Emprego, a autorização de 
trabalho correspondente, observadas as Resoluções do 
Conselho Nacional de Imigração – CNIg. O visto de trabalho 
é concedido por até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado por 
igual período e transformado em permanente. Em ambos os 
casos devem ser observadas as disposições da legislação em 
vigor.” 
 
 Asilo Político e o Refúgio: O asilo político é a proteção 
concedida pelo Estado nacional ao estrangeiro perseguido 
por suas opiniões políticas, religiosas ou raciais. A proteção 
pode inclusive admitir o uso de apoio e força policial e a ajuda 
financeira do Estado receptor (perseguição a um indivíduo). 
 
 No Brasil, o asilo político se constituiu como garantia 
constitucional (art. 4º, X, da CF/88). Existem duas modalidades: 
o asilo diplomático e o asilo territorial. 
 
 O Refúgio é fundamentado em uma perseguição a um 
grupo de indivíduos, em função de sua raça, religião, 
nacionalidade ou opção política. O refugiado deve ter fundado 
temor de perseguição em seu país, onde não encontrará um 
julgamento justo, com o devido processo legal. É concedido 
mediante solicitação ao Comitê Nacional para os Refugiados 
(CONARE) ligado ao Ministério da Justiça. 
 
 Não poderão ser considerados refugiados aqueles que 
praticaram crimes contra a paz, crimes hediondos, crimes contra 
a humanidade, tráfico internacional de entorpecentes ou crimes 
comuns, fora do país que o acolhe, antes de serem aceitos como 
refugiados. 
 
 
Saída Compulsória de Estrangeiro. 
Fixação! 
Seus olhos no retrato. 
Extradição! 
Tem crime ou processo penal. 
Deportação! 
Tem problema administrativo. 
Expulsão! 
Tem crime ou interessenacional. 
As três são... 
Meios de retirada de estrangeiro. 
 
 
 
 Deportação: É a retirada do território nacional do 
estrangeiro irregular no país. A irregularidade pode ocorrer em 
decorrência de diversas causas, como: entrada irregular no 
território nacional; circulação por municípios para os quais o 
estrangeiro não tem autorização de ir, o que ocorre com aqueles 
habitantes de municípios fronteiriços e que podem circular por 
determinados municípios brasileiros sem visto; expiração do 
visto; exercício de atividade remunerada pelo detentor de visto 
de turista, de trânsito ou temporário; não comunicação ao 
Ministério da Justiça da mudança de endereço, até 30 dias após 
a efetivação da mudança. O estrangeiro arca com os custos da 
deportação, se não tiver recurso o Tesouro nacional arcará com 
os custos, contudo o estrangeiro não poderá retornar ao Brasil 
sem ressarcir ao Tesouro Nacional as despesas realizadas por 
sua deportação. 
 
 
 
 Deste modo, a deportação consiste em processo de 
devolução de estrangeiro irregular no BR ou que incorra nos 
casos do art. 57 da Lei nº 6.815/80. O estrangeiro deve retornar 
ou para o seu Estado ou para aquele de onde proveio. 
 
 
 Expulsão: É a retirada forçada do estrangeiro do 
território nacional, por questões de ordem criminal ou de 
interesse nacional. A razão não é apenas administrativa, 
como na deportação, mas criminal ou política. É ato unilateral 
do governo brasileiro e o Estatuto do Estrangeiro prevê as 
seguintes hipóteses: atentar contra a ordem política ou 
social, a tranquilidade ou a moralidade pública e a 
economia popular. 
 
 Consiste em medida coercitiva de caráter discricionário 
de um Estado. 
 
 
 Compete ao Diretor do Departamento de Estrangeiros, da 
Secretaria Nacional de Justiça, determinar a instauração de 
Inquérito de Expulsão em que são assegurados ao estrangeiro 
a ampla defesa e o contraditório e que irá compor o 
processo administrativo para fins de expulsão como peça 
instrutória, dentre outras. A decisão sobre a expulsão e sua 
revogação, desde maio de 2000, é de competência do 
Ministro de Estado da Justiça, delegada pelo Presidente da 
República por meio do Decreto nº 3.447, de 5 de maio de 
2000, vedada subdelegação. 
 
 O Estado possui direito soberano de expulsar os 
estrangeiros que desafiam a sua ordem pública. A expulsão não 
é uma pena, mas sim medida administrativa. Trata-se de ato 
discricionário (jurídico-político) do Presidente da República 
(mediante decreto). 
 
 Uma vez expulso, o estrangeiro é impedido de 
reingressar no território nacional, sob pena de configurar-se o 
delito tipificado no artigo 338, do CP, tratando-se de crime 
permanente cuja pena, de reclusão, é de um a quatro anos, sem 
prejuízo de nova expulsão após o cumprimento daquela. Trata-
se de crime que se consuma com o reingresso no território 
nacional, e cuja ação penal é pública incondicionada, de 
competência da Justiça Federal (art. 109, X, da CF). 
 
 
 Extradição: É o envio do estrangeiro que cometeu um 
crime no exterior, para ser processado ou julgado, ou então 
para lá cumprir sua pena, depois de ter sido condenado. É um 
ato bilateral que depende da solicitação do Estado interessado 
na extradição e também da manifestação de vontade do Brasil. 
A extradição não atinge brasileiros natos e os naturalizados 
atinge em casos específicos. 
 
 É instrumento típico de cooperação internacional em 
matéria penal. 
 
 Requisitos: especialidade, dupla incriminação e 
existência de tratado ou promessa de reciprocidade. 
 
ATENÇÃO AO ART. 5º, LI E LII, DA CF/88. 
 
 
 
 Atinge brasileiros naturalizados, por crime cometido 
antes da naturalização ou por tráfico ilícito de entorpecentes. A 
concordância do estrangeiro com a extradição não é relevante, 
bem como, não pode haver extradição por crimes políticos ou de 
opinião. 
 
 Os pedidos de extradição com base em promessa de 
reciprocidade de tratamento encontram respaldo legal e são 
instruídos, no País, na forma da Lei 6.815, de 19 de agosto de 
1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, 
bem assim nos compromissos internacionais firmados com 
vistas ao combate à impunidade. Tal promessa constitui 
declaração de Governo em que, ocorrendo situação análoga no 
país requerido, o país requerente compromete-se a conceder a 
extradição nos mesmos moldes. 
 
 O primeiro princípio fundamental da extradição é o 
Princípio da Especialidade, ou seja, o extraditando não poderá 
ser processado e/ ou julgado por crimes que não embasaram o 
pedido de cooperação e que tenham sido cometidos antes de 
sua extradição, podendo o Estado requerente solicitar ao Estado 
requerido a extensão ou ampliação da extradição ou extradição 
supletiva. 
 
 Outro princípio basilar da extradição é o da Dupla 
Tipicidade, também conhecido como Princípio da Identidade 
ou da Dupla Incriminação do Fato ou Incriminação 
Recíproca. Sob a égide deste, impõe-se que somente seja 
concedida uma extradição para um fato típico e antijurídico, 
assim considerado tanto no país requerente quanto no 
requerido. 
 
 
 No tocante aos pedidos de extradição passiva, o Estado 
brasileiro segue o Sistema de Contenciosidade Limitada. De 
acordo com este, a ação para julgamento do pedido de 
extradição junto ao Supremo Tribunal Federal não consiste na 
repetição do litígio penal que lhe deu origem. A Suprema Corte 
possui limitações que a impedem de reexaminar o quadro 
probatório ou a discussão sobre o mérito tanto da acusação 
quanto da condenação emanadas pela autoridade competente 
do Estado estrangeiro. 
 
 O Sistema de Contenciosidade Limitada não impede, 
contudo, que o Supremo Tribunal Federal analise os aspectos 
formais do processo criminal que embasa o pedido de 
extradição, garantias e direitos básicos da pessoa reclamada. 
 
ESQUEMA EXTRADIÇÃO PASSIVA DO BRASIL– 
SISTEMA JUDICIÁRIO 
 
1º Fase – Administrativa (Poder Executivo); 
2º Fase – Judiciária – STF examina a legalidade; 
3º Fase – Administrativa – entrega o extraditando ou comunica a 
recusa. 
 
Súmula 421 do STF 
Não impede a extradição a circunstância de ser o 
extraditado casado com brasileira ou ter filho brasileiro. 
 
 A Entrega de nacionais ou estrangeiros: é o envio de 
um indivíduo para ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional 
(TPI). Pode ocorrer com brasileiros natos, naturalizados ou 
estrangeiros. A CF/88 proíbe a extradição de brasileiros natos, 
porém quanto à entrega nada menciona, além disso, é 
importante salientar que o Brasil integra o TPI, fazendo parte do 
órgão, conforme dispõe o art. 5º, § 4º da CF/88. A entrega é 
promovida pela autoridade brasileira e deve ter a concordância 
do acusado. 
 
 
FIM! 
BOM ESTUDO E BOA 
PROVA PARA TODOS! 
SUCESSO!!!

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