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ESTESIOLOGIA – ANATOMIA DO OLHO Aula 1 Estudo dos sentidos: órgão da visão, órgão da audição e anexos cutâneos. ÓRGÃO DA VISÃO: há estruturas acessórias e estruturas essenciais. Estruturas acessórias : pálpebras superior e inferior, que são pregas móveis de pele que servem para proteção do bulbo. Nos bordos livres das pálpebras tem os cílios inseridos (chamados pestanas nos animais domésticos). Músculos bulbares, fáscia orbitária (que envolve tais músculos), conjuntiva e aparelho Lacrimal (responsável pela secreção e transporte da lágrima). Estruturas essenciais : globo ocular. É formado de 3 túnicas, descritas de externa para internamente – córnea (bem transparente em condições normais), esclera (branco dos olhos), pupila (orifício elíptico e central na íris) e íris (colorido dos olhos). PARTES ACESSÓRIAS: denominadas partes de “proteção do órgão da visão” PÁLPEBRAS: pregas móveis de pele (para proteção do bulbo ou globo ocular, ou órgão da visão) A pálpebra superior é mais extensa, móvel e côncava que a inferior. Fissura palpebral: espaço ou intervalo entre as duas pálpebras. Com o olho fechado, tem o formato de Fenda Oblíqua e com o olho aberto, biconvexa. Os extremos da fissura palpebral são chamados de ângulos ou cantos, são regiões . Ângulo\canto Lateral ou Temporal: canto mais arredondado quando o olho está aberto Medial ou Nasal (próximo ao osso Nasal): canto mais estreito do bulbo. Lago lacrimal: região mais avermelhada na região do ângulo nasal. Armazena as lágrimas, está normalmente bem umedecido por elas. Dentro dele há a Carúncula lacrimal : estrutura arredondada e pigmentada (escura) que auxilia na canalização das lágrimas até o saco lacrimal. Comissura palpebral: Pontos em que as pálpebras se unem ou encontram de cada lado (Há comissura lateral e medial) Face anterior das pálpebras: convexa e apresenta pelos curtos nos animais domésticos; Face posterior: adaptada à superfície do globo ocular; Bordos livres das pálpebras: região onde estão inseridas pestanas ou cílios. Pontos lacrimais: nas pálpebras superior e inferior, na transição entre a pele e mucosa palpebrais (conjuntiva palpebral), no canto medial dos olhos, nos bordos livres das pálpebras, próx ao ângulo medial ou nasal. Representam o ponto de entrada da lágrima para os Condutos Lacrimais (ou excretores), os quais chegarão no saco lacrimal, ducto nasolacrimal e se abrir no nariz. Servem para o escoamento da lágrima. Glândulas tarsais: localizamse internamente em relação ao bordo livre das palpebras, não visualizadas ao puxar a pálpebra, pois estão entre a pele e a mucosa, recobertas. Se abrem através de orifícios puntiformes e produzem secreção importante para o Bulbo. Pálpebra superior: 4550; pálpebra inferior: 3035; (não precisa saber a quantidade de orifícios). São responsáveis pela produção do Sebo Palpebral, que lubrifica o olho e impede a efusão (evaporação) das lágrimas. Saem ductos das glândulas para lançar o sebo na superfície ocular. CONJUNTIVA = MEMBRANA MUCOSA DOS OLHOS, é dividida em duas: ● Conjuntiva Palpebral: reveste internamente as pálpebras. A conj palpebral superior é perfurada pelos orifícios dos ductos excretores da gl lacrimal (de 12 a 16 orifícios). Visualizada ao puxar a pálpebra inferior, observando uma coloração mais vermelha, rósea ou pálido. OBS.: A Palpebral sai da pálpebra, se reflete na linha de reflexão, sobre a parte anterior do globo ocular e reveste a esclerótica ou esclera (branco dos olhos), parando na córnea, a qual está na frente da Íris, visando formar a Bulbar. Existe uma linha de transição entre a pálpebra e a esclera (linha de reflexão da palpebral). ● Conjuntiva Bulbar: Para formar a conjuntiva bulbar, a conjuntiva palpebral se reflete sobre a parte anterior do globo ocular e reveste a esclerótica. Ao puxar a pálpebra inferior e observar internamente, o que se vê é a conjuntiva palpebral, que é a membrana mucosa que reveste as pálpebras internamente. Estesiologia ‑ Blenda Fernandes Depois, essa palpebral se reflete na região anterior do globo ocular (linha de transição entre a pálpebra e o olho), e reveste a esclera. Quando a conjuntiva reveste a esclerótica ela é chamada de conj bulbar. Ao encostar no branco do olho, encosto na conjuntiva bulbar e não na esclerótica. Para chegar até ela, seria preciso furar a bulbar. OBS.: Se encosto no colorido dos olhos, estou encostando na córnea, acima da Íris. Local onde não há conjuntiva bulbar. Fórnice ou fundo de saco conjuntival: linha de reflexão da conjuntiva palpebral para a bulbar ou viceversa. Visualizado ao puxar a pálpebra inferior. Membrana nictitante (3ª pálpebra): presente no canto medial ou nasal. É uma prega semilunar de conjuntiva, por isso é descrita junto. Circunda e recobre uma placa de cartilagem hialina. Fechase longitudinalmente, sendo mais desenvolvida em felinos e répteis. Tem função de proteger mecanicamente e imunologicamente o globo ocular. É uma gl lacrimal , produz cerca de 30% das lágrimas e contém tecido linfóide (já que é glandular) antigamente achavase que o olho não tinha defesa, porém, o tecido linfoide para a proteção do bulbo encontrase nela. ➢ Prolapso de M. nictitante: ocorre principalmente por doenças sistêmicas (ex: raiva, tétano e desidratação) e enfermidades oftálmicas. Antigamente retiravase a membrana na cirurgia, porém, hoje reposicionase a membrana anatomicamente, visto que sem essa membrana o animal ficava predisposto a outras doenças oftálmicas, como a seratoconjuntivite seca, já que este deixava de produzir 30% das lágrimas no olho afetado. Ainda a respeito das porções acessórias: APARELHO LACRIMAL: dividese em 5. Glândula lacrimal : início do aparelho. Dorsolateralmente ao globo ocular, aplanada, oval e apresenta relação direta com a face ventral côncava do processo supraorbitário (acidente anatômico do osso frontal), na “Fossa da Glândula Lacrimal”. Responsável pela secreção de cerca de 70% das lágrimas. (outros 30% pela M. Nictitante). Da glândula saem de 12 a 16 ductos excretores (condizentes com os orifícios provenientes da gl lacrimal), que são pequenos ese abrem na parte lateral do saco conjuntival (na conj palpebral superior). A lágrima proveniente dos ductos vai escoar e banhar a superfície do bulbo, vai para o canto medial dos olhos, onde tem os pontos lacrimais e, posteriormente, vai para os canalículos. Os canalículos (condutos excretores das lágrimas) são superior (sai do ponto superior) e inferior (sai do ponto inferior), e convergem até o saco lacrimal. Saco lacrimal : É a origem dilatada do ducto nasolacrimal (tubo musculomembranoso), alojase na fossa do saco lacrimal no osso lacrimal. Ducto nasolacrimal : É um tubulo musculomembranoso. Percorre e localizase no sulco lacrimal do osso maxilar e se abre no assoalho da cavidade nasal na transição entre a pele e mucosa do nariz, numa região chamada vestíbulo nasal. Por isso quando se chora demais, sai água pelo nariz (transporte da lágrima vai até a cav nasal). Composição da lágrima : é um material aquoso, lipídico e mucoproteico, possuindo a mesma quantidade de sal do plasma sanguíneo, aproximadamente 7% (de NaCl). O pH da lágrima é de 7 – 7,4. Ainda partes essenciais: MÚSCULOS BULBARES: movimentação do globo ocular. São em número de 7, sendo 4 retos e 3 oblíquos 4 retos: 1. Reto Dorsal 2. Reto Ventral Dirigem o vértice da córnea para cima e para baixo, respectivamente. 3. Reto lateral 4. Reto medial Dirigem o vértice da córnea para fora e para dentro, respectivamente. ➢ Os quatro retos, quando agem juntos, retraem caudalmente o globo ocular levemente. Em situações de pânico, fecha a pálpebra e retrai para proteger. Estesiologia ‑ Blenda Fernandes 2 Oblíquos: 5. Oblíquo Dorsal 6. Oblíquo Ventral Fazem com que o olho gire ao redor de um eixo longitudinal (fazem volta dorsal ou ventral) 7. Retrator do Bulbo: sozinho faz a retração caudal do globo ocular. Ao redor do nervo existem fibras musculares que vêm da órbita e se inserem na esclera, formando este músculo único. ➢ São todos Mm estriados esqueléticos, portanto, todos SE ORIGINAM NA ÓRBITA (ou cavidade orbitária que aloja e protege o Globo ocular) e se INSEREM NA ESCLERA por tendões de inserção. A órbita é formada dos ossos frontal, lacrimal, zigomático e osso temporal. OBS.: O Nervo Óptico compõe o 2º par de nervos cranianos. 2º PARTE ESSENCIAL: Globo ocular, órgão da visão ou bulbo ocular propriamente dito, sempre descrito externa para internamente, dividido em 3 túnicas: TÚNICA FIBROSA: é a mais externa, formada por duas estruturas: Esclera: constitui a maior parte da túnica, é extremamente fibrosa, resistente, perfaz 4/5 da túnica fibrosa em extensão, é branca e externamente presta inserção aos Mm Bulbares (já que os 7 bulbares se inserem na esclerótica). Na porção caudal possui a área crivosa (orifícios para a entrada do nervo óptico perfura). Possui irrigação limitada. Nos animais observamos para a córnea e a íris. ➢ A esclera também reveste o bulbo por trás, pois é um elemento essencial!! Tanto dorsal, ventral, lateral, medial e caudal. Córnea: constitui a porção anterior da túnica fibrosa, é avascular, exceto em sua periferia, apenas em seu bordo há vasos sanguíneos. É transparente ou incolor em condições normais, por isso se observa a cor dos olhos através da córnea (reveste a íris externamente). Externamente: convexa, sendo que a face externa contém lágrimas e sebo palpebral; Internamente: côncava, sendo que a face interna possui contato direto com o humor aquoso. O humor aquoso é um dos conteúdos do bulbo ocular e é composto 98% água+2% albumina e sais, é produzido pelos processos ciliares (corpo ciliar), que são componentes da túnica vascular (rica em vasos sg), sendo lançados nas câmaras anterior e posterior do olho. Se perfurar a córnea, vaza o humor aquoso. AULA 2 continuação TÚNICA VASCULAR/OCULAR MÉDIA/ÚVEA: Localizada internamente em relação à túnica fibrosa, composta por vasos sanguíneos e musculatura lisa, sendo formada por três estruturas: coroide, corpo ciliar e a íris. A coroide compõe a maior parte. Coroide : é uma membrana delgada formada de vasos sanguíneos (capilares venosos e arteriais) e musculatura lisa entre a esclera (faz parte da túnica fibrosa branco dos olhos é recoberta pela conjuntiva bulbar) e a retina. A face interna da coroide está sempre unida à capa de células pigmentadas da retina. Tapete lucidum: presente na coroide dos animais domésticos, com exceção dos suínos . É uma área na região dorsal ao ponto de entrada do nervo óptico , SEM PIGMENTAÇÃO (já na coroide e na retina há pigmento de melanina e no tapete não). As células do tapete lucidum compõem a coroide e a retina (na porção óptica da retina) e são compostas por um pigmento cintilante e metálico, diferente da melanina. ➢ O tapete aparece na coroide E na retina, que constitui já a túnica nervosa ou ocular interna, descrita na coroide. É responsável por causar um brilho metálico variável na visão dos animais em ambiente escuro, quando o feixe de luz entra pela pupila e bate no fundo do olho (olhos do crepúsculo), sendo que a coloração varia de acordo com a espécie: em equinos e ruminantes é verde azulado, no cão é verde dourado e no gato é verde azulado ou amarelo dourado. Porém, a coloração pode variar individualmente, dentro da mesma espécie. A coloração serve para sinalizar o animal, por ex, em uma rodovia escura, sendo um sistema de proteção. Estesiologia ‑ Blenda Fernandes Coroa ou corpo ciliar : depois da coroide, é a continuação rostral da coroide, conecta a coroide à periferia da íris, é uma região escura. Na parte interna do corpo ciliar encontramos estriações chamadas processos ciliares, que são um círculo de pregas radiais que circundam o cristalino ou lente, que é descrito separadamente, junto do globo ocular. Para analisar o corpo ciliar, é preciso adentrar na túnica vascular. Os processos ciliares produzem um dos conteúdos do globo ocular: humor aquoso. O globo ocular tem 2 conteúdos, um menor em menos quantidade que é o humor aquoso e um maior que é o corpo vítreo. Quem produz ohumor aquoso é a parte interna do corpo ciliar que são os processos ciliares, e produzem constantemente, necessitando ser drenado pelo canal de Schelmes, ao redor do globo ocular. Dentro do globo ocular há estruturas avasculares, como o cristalino e a córnea, a qual é avascular centralmente, por isso o humor aquoso tem função de nutrir a córnea e o cristalino, além de remover substâncias (até medicamentosas que possam atingir a região). Canal de Schelmes: encaminhase para a Veia Episcleral, que passa na região mais dorsal do bulbo. Se a drenagem não for adequada pelo canal e, consequentemente, pela veia, ocorre o aumento da pressão intra ocular, visto que começa a ficar repleto de líquido nas câmaras oculares, passando a pressionar o nervo óptico (localizado caudalmente), causando Glaucoma, que tem como causas a idade avançada, predisposição para humanos asiáticos e afrodescendentes, diabetes, traumas (lesões oftálmicas), exagero no uso de corticoides. 10 a 20 mmHg é o valor normal de pressão intraocular. MÚSCULO CILIAR: localizase na porção externa do corpo ciliar, entre a esclera e os processo ciliares. É muito importante, pois a sua contração ou distensão vai promover a acomodação do cristalino (lente). ÍRIS: 3ª parte da túnica vascular, representando a porção colorida dos olhos. É um diafragma muscular, sendo uma musculatura pigmentada geneticamente, possui dois tipos de músculos, encontrase rostral ao cristalino, e é visível através da transparência da córnea. Regula a entrada de luz no globo ocular. Possui um orifício elíptico e central chamado de pupila. PUPILA: regula a entrada de luz no fundo do olho através da musculatura (contração ou dilatação) orifício elíptico e central que controla a quantidade de luz que incide na porção óptica da retina. Em todas as espécies é desse formato, porém, em algumas é uma elipse horizontal e, em outras, vertical, nos felinos, por exemplo. No pequeno ruminante, é uma elipse mais irregular, ou seja, suas pontas não se encontram, sendo mais arredondadas, semelhante a um retângulo, porém é também considerada uma elipse. A íris apresenta dois bordos: CILIAR: é o maior é e se continua com o corpo ciliar, estabelecendo conexão com a junção corneoesclerótica (no bordo, onde há conexão entre a esclera, o branco, e a córnea, por cima da íris). PUPILAR: está ao redor da pupila, é o bordo menor. Dorsalmente podem existir massas enegrecidas de tamanho variável, com exceção dos suínos , são chamados “grânulos da íris” ou “Córpuras Nigras” e é de função desconhecida. É independente da cor dos olhos, de variação individual, podendo existir ou não. A íris é formada por dois Mm: ESFÍNCTER DA PUPILA: apresenta fibras circulares, como todos os músculos esfinctéricos; DILATADOR DA PUPILA: fibras radiais, formando raios em torno da pupila, sendo que conseguimos observar o dilatador da pupila no espelho. A face externa da íris é recoberta pelo endotélio da córnea, enquanto a face interna é sempre negra, visto que é revestida por células pigmentadas da retina. A retina passa por cima do corpo ciliar (por isso os processos ciliares são escuros), e por cima da face interna da íris, que são duas porções da túnica vascular. Portanto, a íris será sempre enegrecida internamente, independente de sua coloração externa da musculatura. TÚNICA OCULAR INTERNA/NERVOSA/RETINA: é a mais interna de todas. Reveste a face interna da túnica vascular, desde o ponto de entrada do nervo óptico (que forma uma área clara e ovalada ao entrar, a papila óptica), passa sobre o corpo ciliar e vai até o bordo pupilar da íris. Estendese até o corpo ciliar e vai formar uma linha sinuosa chamada de ora ciliar/ora serrata da retina . Como os corpos ciliares são estriações, formase essa linha sinuosa entre os processos ciliares e a retina. Em corte histológico a retina tem cerca de 10 camadas e se divide em duas partes: Estesiologia ‑ Blenda Fernandes PORÇÃO ÓPTICA: presença das ramificações do nervo óptico. É a porção mais caudal, se localiza no fundo do olho descansando sob a coroide, sendo nessa porção que se encontram os neurônios, pois é ali que o nervo óptico adentra e se ramifica, no fundo olho. Apresenta a Papila Óptica , que é o local de entrada do nervo óptico, formando uma área clara e oval. PORÇÃO CEGA: rostralmente. Aqui a retina perde os elementos nervosos, não havendo mais neurônios nem ramificações do nervo óptico, é mais delgada, apresenta células pigmentadas com melanina, se continuando sobre o corpo ciliar e sobre a face posterior ou interna da íris. Subdividese em duas partes: PORÇÃO CILIAR: é a que está sobre o corpo ciliar. PORÇÃO IRÍDICA: reveste a face interna da íris. ➢ Corpo ciliar e íris são porções da túnica vascular, porém, a retina ainda passa sobre os dois, formando suas duas porções, revestindoos com células pigmentadas com melanina. O nervo se ramifica somente na porção mais caudal e nas laterais da retina. É na porção óptica que encontramos o tapete lucidum dorsalmente na retina. Já ao entrar na esclera, o nervo faz a área crivosa. CONTEÚDOS DO BULBO OCULAR: CÂMARAS OCULARES: Câmara anterior: humor aquoso preenchea completamente, e a mesma apresenta os seguintes limites: córnea, rostralmente, íris e cristalino caudalmente, sendo a maior câmara. Se a córnea for furada, vazará humor aquoso. Câmara posterior: é menor, delimitada pela íris rostramente, cristalino e ligamentos caudalmente, e processos ciliares (por fora). É considerada um pequeno espaço anelar. Ambas as câmaras estão completamente preenchidas e se comunicam através da pupila, já que os processos ciliares estão por fora e produzindo o humor aquoso, onde já lançam e preenchem a câmara posterior e lançam através dela para a câmara anterior. Relembrando a presença do canal de schelmes e a drenagem para a veia, auxiliando na manutenção da pressão intraocular. Corpo vítreo (estrutura): apresenta dentro de si o humor vítreo e preenche a maior parte do globo ocular. Vai desde o cristalino , que se acomoda rostralmente a ele, até a retina , encostando na porçãoóptica e cega. É gelatinoso, incolor, avascular , apresenta um volume constante . É produzido no período embrionário. Possui como funções a manutenção da pressão intraocular normal e manter a retina em seu posicionamento normal, pois encosta em toda ela, prendendoa. O corpo vítreo é nutrido pela lâmina basilar da coroide que apresenta pequenos vasos sg. Encosta na membrana vítrea e auxilia na nutrição do corpo vítreo. O corpo é formado por três estruturas: MEMBRANA VÍTREA: quando rompida, observase o estroma vítreo, o qual constitui uma armação de delicadas fibrilas, como o entrelaçar de canudinhos transparentes de gelatina, e vaza ao abrir o olho. Este estroma se condensa na periferia, formando uma membrana vítrea e lá dentro, correndo entre um ‘canudinho’ e outro há o humor vítreo. O corpo vítreo é considerado uma substância amorfa (sem formato, por isso vaza ao abrir), semifluida (consistência de gelatina), formado por fibras e células. CRISTALINO OU LENTE: avascular, sem nervos, transparente e biconvexo (convexidade anterior e posterior, sendo a posterior mais acentuada). É rostral ao corpo vítreo, encostando nele, e fica em contato com a face posterior (interna) da íris. Sua face anterior é convexa, banhada pelo humor aquoso, visto que ali há a câmara posterior, apresenta contato com a íris que está rostralmente, através da pupila. Sua face posterior (convexidade posterior) causa no corpo vítreo uma fossa, por isso ele não é bem redondo, devido à“Fossa Hialóidea”. Essa fossa não se encontra exatamente no cristalino, mas sim, é o que a convexidade posterior deste causa no corpo vítreo ao se encaixarem. Ligamento Suspensório ou Lig. Ciliar ou Zônula Ciliar : presente no Cristalino, são delicadas fibras de lig, desde o corpo ciliar até a cápsula do cristalino. Prende o cristalino no corpo ciliar (dentro do olho) Cápsula Elástica : presente também no cristalino, encerra o líquido do cristalino. Esse líquido possui uma região mais condensada que é o núcleo do cristalino. Estesiologia ‑ Blenda Fernandes O cristalino é formado no período embrionário, constituído por células que se organizam longitudinalmente, como se fossem uma casca de cebola, cheia de gomos. Quando terminam de se organizar para dar origem à lente biconvexa, perdem todas as suas organelas, sobrando apenas o citoplasma das células que se organizaram, sendo que no núcleo do cristalino é um citoplasma mais firme, condensado. Por fora ficam as membranas plasmáticas das células, com deposição de tecido elástico, constituindo a cápsula elástica . Quando o cristalino é formolizado, ele aparenta ser uma cebola em conserva, constituindo o arranjo longitudinal. *O cristalino é nutrido pelo humor aquoso. ANATOMIA COMPARADA: suínos têm o saco lacrimal ausente com relação ao aparelho lacrimal, então a lágrima oriunda da gl lacrimal passa pelos ductos excretores, se abre na conjuntiva palpebral superior, escorre na superfície do globo, é captada pelos pontos lacrimais, condutos lacrimais, e cai direto no ducto nasolacrimal, não havendo o armazenamento. O ducto nasolacrimal dos suínos é também mais curto devido à morfologia da face, com o focinho mais curto, não apresentam tapete lucidum e sua íris é sem grânulos ou corpora nigrans. ÓRGÃO DA AUDIÇÃO – ORELHA Antigamente chamado de “ouvido”. É o órgão responsável pela audição e equilíbrio, dividido em orelha externa, média e interna. ORELHA EXTERNA: é formada por duas partes, o pavilhão auricular e o conduto auditivo externo (ou meato acústico externo). PAVILHÃO AURICULAR: tem sua base ao redor do meato acústico externo e apresenta movimentos bastantes extensos nos animais domésticos relacionados a atenção destes animais. A morfologia varia muito nas diferentes espécies e, dentro de uma mesma espécie, nas diferentes raças. É formado por três cartilagens: Cartilagem auricular/conchal: é a cartilagem visualizada que apresenta diferentes morfologias e forma a parte externa do pavilhão auricular. Cartilagem anular: é uma lâmina quadrilátera em formato de anel, porém, as extremidades deste anel são unidas com tecido elástico. Está localizada ao redor do meato acústico externo, encaixando nesse acidente anatômico, e forma (com a base da cartilagem conchal) a porção cartilaginosa do meato acústico externo. Cartilagem escutiforme: é uma lâmina quadrilátera de formato irregular, localizada sobre o músculo temporal, rostralmente à base da cartilagem conchal, é semelhante a uma meia. ➢ A base da concha + cartilagem anular, são consideradas a porção cartilaginosa do conduto auditivo externo. E a porção óssea é constituída pelo acidente anatômico do temporal (meato acústico externo). O som entra na cavidade da concha, passa através da cartilagem anular, e entra no meato acústico externo, até bater na membrana do tímpano. As cartilagens da orelha externa são recobertas por uma pele, que na face convexa não apresenta características especiais, apenas pelo. Já a pele da face côncava apresenta cristas, pelos curtos (nem sempre) e finos, além de glândulas sebáceas. MEATO ACÚSTICO EXTERNO: responsável pela condução do som desde a cavidade da concha até membrana timpânica (membrana de tecido elástico). Possui uma parte óssea (meato acústico externo) e a parte cartilaginosa sobre ele, lateralmente, que é a base da cartilagem conchal + cartilagem anular, que encaixa nele e apresenta formato de anel. A parte óssea e cartilaginosa se unem por membranas elásticas, sendo que a cartilagem anular fecha o anel com membrana elástica e encaixa no meato ac externo, unindo meato ósseo e cartilaginoso através de membranas elásticas. Ambas as partes geram um tubo por onde o som é conduzido, sendo que, a medida que se adentra o som medialmente, em direção a membrana timpânica, a luz do corredor diminui. Tanto a parte cartilaginosa quanto a óssea do meato encontramse revestidas por uma pele delgada. Na pele da parte cartilaginosa (mais lateral) encontramse pelos finos e glândulas ceruminosas, já a pele da parte óssea (medialmente) possui glândulas ceruminosas pequenas ou inexistentes e sem pelos.AULA 3 Estesiologia ‑ Blenda Fernandes ORELHA MÉDIA: apresentase em sentido medial à orelha externa, vai desde a membrana timpânica até a orelha interna e possui a cavidade timpânica, um espaço na orelha média que possui sempre um conteúdo (os ossículos do ouvido). Nos Equídeos, na orelha média há uma grande dilatação, os sacos ou bolsas guturais . CAVIDADE TIMPÂNICA: espaço da orelha média sempre com conteúdo (ossículos, os quais são articulados) e sempre apresenta 3 paredes: Parede Membranosa : parede mais lateral da orelha média. Nada mais é do que a face interna da membrana do tímpano e é o tabique de separação entre a orelha externa e média. Essa parede membranosa (tímpano) transmite os sons para os ossículos do ouvido, pois o tímpano é elástico e o cabo do martelo se insere na membrana do tímpano, que é a parede membranosa da orelha média. ➢ O som entra pela cartilagem conchal, percorre o meato acústico externo, bate na membrana do tímpano (elástica) fazendo com que a mesma vibre, vibrando junto os ossículos articulados (conectados), auxiliando a transmitir os sons para o interior da cav timpânica, e o mesmo vai passando da orelha média para a interna, passando pela Cóclea, e o impulso será levado pelo nervo coclear. Parede Labiríntica : é + medial, separa a cavidade timpânica (orelha média) da orelha interna. Parede Tubárica ou Anterior : é mais ventral e mais estreita. Nela se encontra o óstio ou orifício timpânico da tuba auditiva (conduto que comunica a orelha média com a faringe\garganta). Promove a comunicação entre a tuba auditiva e a orelha média (cav timpânica propriamente dita) OSSOS DO OUVIDO: estendemse desde a parede lateral (membrana do tímpano) até a medial (parede labiríntica) da cavidade timpânica. Martelo : é o primeiro osso, a morfologia é semelhante a um martelo (cabeça e cabo). É o maior dentre os demais ossículos. Seu cabo se insere na membrana do tímpano. Bigorna : encontrase acima do nível da membrana do tímpano. Osso Lenticular : pequeno nódulo (dilatação) ao final da bigorna, que se articula com a cabeça do estribo. Estribo : morfologia semelhante a um estribo. Uma cabeça, ramas anterior e posterior, base, e com o espaço central fechado por uma membrana delgada. ➢ Todos os ossículos apresentam ligamentos, líquido sinovial, bolsa sinovial, etc. TUBAS AUDITIVAS: estruturas que fazem a comunicação da orelha média com a faringe. Há uma abertura (óstio) na parede tubárica\anterior da cavidade timpânica que a comunica à faringe (passagem de alimento e ar – direciona bolo alimentar para esôfago, e o ar para a laringe e, posteriormente, traqueia). Funções: 1. A tuba permite a chegada de ar na orelha média e iguala a pressão nas duas faces da membrana timpânica. O tímpano apresenta uma face externa (voltada para fora orelha externa), sendo que o ar entra pela orelha externa (cartilagem conchal e meato acústico externo). Apresenta também uma face interna, voltada para dentro da orelha média, sendo que o ar que chega na mesma provém da faringe, sobe na tuba auditiva, vai até a orelha média e encosta na face interna da membrana, igualando a pressão nas duas faces da memb do tímpano. 2. Auxilia na excreção de secreções na orelha média (assim como há na orelha externa), as quais são produzidas na cavidade timpânica, excretadas através da tuba, e direcionadas para a faringe, sendo excretadas junto às excreções de garganta. Essa tuba possui 2 orifícios: Óstio timpânico da tuba auditiva : orifício de abertura na cavidade timpânica Óstio faríngeo da tuba auditiva : abertura da tuba na faringe No caso dos equídeos há formações especiais chamadas: Estesiologia ‑ Blenda Fernandes BOLSAS ou SACOS GUTURAIS (EQUÍDEOS): são grandes dilatações da tuba auditiva, visto que as duas tubas se dilatam, existem duas bolsas (esquerda e direita). São grandes sacos mucosos, constituídas por um grande divertículo da tuba auditiva correspondente. Tem como função promover a termorregulação encefálica , pois a temperatura corporal normal dos equídeos: 37,5ºC a 38,5ºC e não é ideal que o sangue irrigue o encéfalo estando muito quente. Portanto, antes do sangue irrigar as estruturas encefálicas, passa pelas bolsas guturais e levemente o resfria. Localização : dorsalmente a faringe. Apresentam relações dorsalmente com a base do crânio, ventralmente com a faringe e o esôfago e, lateralmente com os Mm da região, gl salivares (parótida e mandibular), artérias, veias, nervos e linfonodos faríngeos ➢ Não há comunicação das bolsas uma com a outra, elas são individualizadas. ORELHA INTERNA (LABIRINTO): é a porção mais medial da orelha, a última delas. Contém os epitélios sensitivos do órgão acústico e estático (responsável pela audição e equilíbrio nos animais domésticos). Localizase no interior do osso temporal e se divide em 2 partes: labirinto ósseo e labirinto membranoso. Este último é um saco com células auditivas e ramificações do nervo auditivo e está repleto\preenchido de endolinfa , um líquido que é secretado pelo periósteo da cóclea (parte do labirinto ósseo). A endolinfa é semelhante aos líquidos intracelulares, rica em K e pobre em Na, e tem a função de amplificar o som para as células receptoras deste som. LABIRINTO ÓSSEO: é o mais externo. Representado por escavações na porção petrosa do osso temporal (pois o osso temporal é dividido em 3 porções: petrosa, escamosa e timpânica). O labirinto ósseo encerra o labirinto membranoso (ou seja, o segundo está dentro do primeiro). É um “canudão”, grande e calibroso. Ambos os labirintos estão separados pelo espaço perilinfático , que é repleto de perilinfa . A perilinfa é o líquor: incolor, alcalino, semelhante aos líqs extracelulares, nãocoagulável. Composição semelhante ao plasma sg, porém possui maior teor de água. É produzido pelos plexos coroides dos ventrículos. ➢ Formado quando coloco o canudinho centro do canudão (labirinto ósseo com o membranoso por dentro). Há trabéculas que fixam os labirintos um no outro (“pedacinhos de plástico” ligam o canudinho ao canudão), por dentro. Está localizadomedialmente à cavidade timpânica (depois da orelha média) e também está revestido por periósteo. É dividido em 3 partes, todas ossos (ac anatômicos da porção petrosa do Temporal): o vestíbulo, canais semicirculares e cóclea. Vestíbulo : porção central do lab ósseo, comunicase com a cóclea (à frente dele) e com os canais semicirculares. É uma pequena cavidade ovóide. Por ser um ac anatômico da parte petrosa do temporal, possui vários acidentes dentro dele: Crista do vestíbulo: crista oblíqua na parede medial do vestíbulo, que divide esse vestíbulo em 2 divertículos anterior\esférico e posterior\elíptico . O esférico é o menor, visto que a crista é mais dorsal, e aloja o sáculo (estrutura do lab membranoso). No divertículo esférico há 12 orifícios para a passagem dos ligamentos do nervo vestibular, por isso o nome de vestíbulo. Utrículo , estrutura interna localizada no divertículo elítico, que representa o labirinto membranoso. Canais Semicirculares : sempre em número de 3. Canais em forma de arcos, com 2 ramos em cada arco, sendo que cada canal tem uma dilatação em uma das extremidades. Localizamse atrás e em cima do vestíbulo, que é onde se abrem. São denominados dorsal, posterior (ambos com posicionamento vertical), e lateral (posicionamento horizontal). Cada canal semicircular apresenta uma ampola óssea , que é uma pequena dilatação em uma das extremidades do canal, sendo que cada canal semicircular possui uma, capazes de amplificar o som. Estesiologia ‑ Blenda Fernandes Cóclea/Caracol : porção final do lab ósseo. É um canal ósseo em espiral (lâmina óssea em caracol) que dá 2.5 voltas ao redor de uma coluna central denominada modíolo , um tubo ósseo. Além disso, do modíolo se projeta uma lâmina espiral óssea, que é uma delgada membrana óssea (tudo dentro do caracol), dividindo a cóclea em 2 compartimentos: Escala do vestíbulo : compartimento superior Escala do tímpano : compartimento inferior com um pequeno canal denominado aqueduto coclear , que comunica a escala do tímpano com o espaço subaracnóideo, permitindo o extravasamento do líquor e o preenchimento do espaço perilinfático com a perilinfa (igual ao líquor). Meato acústico interno/conduto auditivo interno : acidente anatômico da orelha interna, sendo um tubo condutor que permite a passagem de vasos e nervos para a orelha interna. LABIRINTO MEMBRANOSO (APARELHO VESTIBULAR ou APARELHO DO EQUILÍBRIO):. É mais interno (canudinho, fininho, bem no centro do canudão). É um saco com células auditivas e ramificações do nervo auditivo e preenchido totalmente pela endolinfa . Contém a Porção Estática e Auditiva . É um órgão membranoso oco, situado no interior do labirinto ósseo, inserindose nele por delicadas trabéculas, para não ficar solto dentro do osso. Dividese em 4 partes: Sáculo : saco membranoso esférico e menor, localizado no interior do divertículo esférico ou anterior do vestíbulo. Utrículo : no saco membranoso oval, que se localiza no interior do divertículo elíptico\posterior do vestíbulo. Recebe os orifícios (3) dos condutos semicirculares. Condutos semicirculares : correspondem aos canais ósseos, localizados dentro dos canais semicirculares. Por fora os canais semicirculares do lab ósseo e revestindo internamento, pertencentes ao lab membranoso, os 3 condutos semicirculares. Conduto coclear : porção do lab membranoso que reveste internamente a cóclea (lab ósseo). É a porção auditiva do labirinto membranoso e é um tubo de membrana delgada espiralada como a cóclea no interior da mesma (é o canudo fino, membrana dentro da cóclea). Órgão espiral de corti: é uma eminência epitelial, situada na parte interna da lâmina espiral membranosa, portanto dentro do conduto coclear (de labirinto membranoso), que se estende ao longo do conduto coclear e contém células auditivas. NERVOS: N. Vestibulococlear (8º par de N craniano), que é sensorial puro e apresenta duas porções: Porção vestibular : se ramifica no utrículo, sáculo e condutos semicirculares. Portanto, a porção vestibular se ramifica no lab membranoso e é responsável pelo equilíbrio. Porção coclear : penetra no canal central da cóclea (modíolo) e se ramifica no órgão espiral de corti (no conduto coclear – lab membranoso), sendo responsável pela captação de impulsos auditivos. Ou seja, penetra no lab ósseo e se ramifica no órgão espiral de corti (que contém cels aditivas) que tá no conduto coclear, que é do lab membranoso. Aula 4 SISTEMA CUTÂNEO CARNÍVOROS Estesiologia ‑ Blenda Fernandes COXINS OU TÓRUS OU TÓRULOS: na base encontrase tecido fibroelástico e adiposo. A epiderme é bastante grossa e queratinizada. São as almofadinhas. Existem 3 tipos de tórus: Tórus cárpico : distal e medialmente ao carpo acessório; Tórus metacárpico e\ou metatársico : na extremidade distal. É a almofadinha maior. Tórus digitais : pequeno no 1ºdedo do MT e inconstante no 1º dedo do MP. Encontrase glândulas écrinas nos cães e gatos (glandulas sudoríparas verdadeiras). GLÂNDULA ADANAL: formação cutânea encontrada nos carnívoros domésticos na região perineal. Tem 2, uma de cada lado do ânus, recobertas pelo músculo esfincter anal externo. Está relacionada com o sistema de demarcação territorial, produz uma secreção de amarelo até amarronzada, que no momento da defecação é lançada sobre as fezes, demarcando o território com seu odor característico. GLÂNDULAS SUDORÍPARAS: São chamadas de gl. Écrinas . Produzem uma secreção muito fluida conhecida como suor, e são as verdadeiras gl. sudoríparas, e está relacionada com o controle da temperatura corporal. Nos carnívoros as gl. Écrinas são as dos coxins. Nas outras espécies, animais de grande porte, a secreção é de pelagem é da gl apócrina, já as gl. Écrinas (verdadeiras) encontramse na região inguinal, de virilha. Gl. apócrinas : secretam secreção aquosa e odorífera, tendo importância na reprodução dos animais domésticos. Serve como um atrativo sexual. Seu ducto excretor sempre se abre no folículo piloso ou próximo a ele, e não existe glândulas apócrinas nos pelos sinusais (pelos táteis, como bigodes). ➢ O Dyce é diferentão e diz que as gl écrinas tempouca importância no controle da temperatura corporal, já as apócrinas tem importância no metabolismo salino e regulação térmica. RUMINANTES CORNOS: é diferente de chifre, pois estes são decíduos, caem e crescem anualmente. São estruturas queratinizadas que se formam ao redor dos processos cornuais , acidente anatômico localizado do seio frontal (cavidade interna com ar para dar leveza) no osso frontal, que se estende até o ápice do processo cornual. Variam em tamanho, forma e curvatura de acordo com a idade, sexo e raça dos ruminantes. Raiz : a borda da raiz dos cornos é bastante fina e se continua com a epiderme, com a pele da cabeça do animal. É recoberta por uma fina camada córnea macia. Próximo a raiz dos cornos encontrase anéis circulares, que no caso das fêmeas (bovinos) tem a ver com o número de gestações. Ápice : a espessura aumenta até que se torna uma massa sólida. MORFOLOGIA DOS CORNOS: nos bovinos tem um formato de circular até oval, nos ovinos, triangular, nos caprino é oval. Nos caprinos encontramos outro anexo cutâneo, as glândulas sebáceas do corno , que se encontram caudomediais à base. Tem tanto no macho quanto na fêmea, mas o odor é mais forte nos machos, serve como um atrativo sexual. Nos pequenos ruminantes, toda a parte queratinizada dos cornos sempre apresenta anéis característicos, que dão aspecto ondulado em ambos os sexos. Dentro dos cornos há 3 tipos de tecidos, sendo estes tecido conjuntivo fibroso, adiposo e cartilaginoso. OVINOS: SEIO INFRAORBITÁRIO\LACRIMAL: é uma invaginação de pele de mais ou menos 1,5cm, rostral ao ângulo medial do olho. Dentro dessa invaginação de pele encontramos pelos finos, gl sudoríparas e gl sebáceas, que produzem uma secreção oleosa. Servem como marcadores territoriais. SEIO INGUINAL\MAMÁRIO: nos machos é chamado só de inguinal, na fêmea se tem as 2 nomenclaturas. Nas femeas se localiza a cada lado das gl mamária e nos machos próximo ao escroto. Também é uma invaginação de pele. Dentro dele se encontra gl sebáceas e sudoríparas produzindo uma secreção oleosa e marrom, que serve como marcação territorial. No caso das fêmeas também ajuda o filhote a encontrar a gl mamária através do odor da secreção. SEIO INTERDIGITAL: invaginação tubular de pele (que nem todos) que se abre na parte dorsal da fenda interdigital. Os ruminantes são biungulados, então nessa fenda é onde tem o seio interdigital, dentro do casco. Dentro da bolsa de pele tem também pelos finos, gl sebáceas e gl sudoríparas que vão produzir uma secreção sebácea que ajuda na lubrificação da parede do casco e como marcador de trilhas. EQUINO, SUÍNO E RUMINANTE: Estesiologia ‑ Blenda Fernandes ÚNGULA OU CASCO: é uma adaptação dos artiodáctilos (apresentam nº par de digitos, nesse caso os suínos e ruminantes) e perissodáctilos (impar. Equinos) aos deslocamentos apoiados nos dígitos. O casco é formado por um envoltório córneo de queratina e pouco elástico. Encontrase, dentro do casco as seguintes estruturas: derme, coxim digital, falange distal, extremidade distal da falange média, sesamoide distal, bursa do navicular, ligamentos, tendões (extensor digital comum e flexor digital profundo), vasos e nervos. ➢ Bursa do navicular: anexo muscular. Bolsa sinovial bem pequena, derivada de periósteo, dentro tem líquido sinovial q impede o atrito entre o tendão do flexor dig prof e o sesamóide distal (osso navicular). CASCO DO EQUINO: Se diferencia em 3 partes : a parede, a sola e a ranilha. Rumin. e suínos só tem a parede e a sola. PAREDE: parte visível na fase de apoio do membro no solo. Se divide em 3 partes : Parte dorsal\ponta\pinça : porção mais alta da parede do casco. Parte colateral\quartos (lateral e medial) : quando a altura da parede decresce, são as laterais do casco. Ângulos\talões\calcanhares : parte posterior do casco, são arredondados. A face externa da parte do casco, no MT, tem de 45 a 50º, e no MP, 50 a 55º. Já a face interna é despigmentada e possui cerca de 600 lamelas epidérmicas, que marcam a parede região do casco. SOLA: tecido córneo de superfície côncava, junto à borda solear, internamente. Preenche o espaço entre a parede e a ranilha e forma a maior parte da superfície interior do casco. Por ser côncava, participa apenas com sua margem externa no apoio ao solo. Não apresenta tela subcutânea. Com relação ao formato, a sola do MT tem formato circular, já a do MP, elíptica. Existe uma linha de transição entre a parede e a sola, chamada de linha branca , de queratina. RANILHA\CUNHA DA ÚNGULA: tem forma de cunha, projetase na sola, possui base larga e fecha o espaço entre os talões (calcanhares da parede), é a estrutura amortecedora mais importante do órgão digital, sendo exclusiva dos equinos. Apresenta uma tela subcutânea bastante espessa, o coxim digital, e é limitada por dois sulcos: os sulcos paracuneais lateral e medial . Em corte transversal a ranilha tem formato da letra W. É formada por algumas estruturas anatômicas: o sulco central da ralinha (ou sulco médio ), pedúnculos paracuneais lateral e medial , e uma última estrutura, o ápice da ranilha . ➢ A ranilha é mais macia que o restante do casco, pois possui o coxim bastante desenvolvido com tec adiposo e fibroelástico. Possui gl apócrinas em sua superfície, que dão 50% a mais de umidade nessa parte do casco, além de servirem como marcador de trilha nos equídeos. REGIÕES DO CASCO: Após a exungulação (retirada do casco), no lado interno do estojo córneo, tirando esse estojo, encontramse 3 segmentos: limbo, coroa e parede do casco. Entre o limbo e a coroa encontrase um sulco, o sulco do limbo . Que circunda em faixa e em forma de semicircunferência. Limbo : faixa de poucos milímetros, abaixo da inserção dos pelos. Para ser visualizado não precisa de exungulação, só levantar os pelos próximos ao casco (é uma faixa de pele antes da queratinização). Tem função de reservatório de umidade (pro casco não ficar seco) e uma função seladora, pois suas células produzem um aglutinante lipídico,que conserva a umidade da região e lubrifica a parede do casco. Estesiologia ‑ Blenda Fernandes Coroa : faixa de aprox 15mm de largura, que se localiza distalmente ao limbo. Também chamada de camada de proteção , pois possui céls muito forte e unidas, faz com que o casco tenha resistência mecânica às forças de pressão e tração. Parede : porção interna ao estojo córneo, parte da parede. É coberta no terço proximal pelo limbo. CASCOS ACESSÓRIOS: os dedos atrofiados em ruminantes e suínos apresentam esses cascos. No caso dos suínos, os cascos possuem uma base óssea completa, enquanto nos ruminantes, pelo fato do dedo ser mais proximal, o casco sai da ponta do dedo. Os cascos acessórios laterais são mais compridos (V dedo), e os do MP posicionamse mais altos que os do MT. Funções: apoio em solos muito macios. CASTANHAS: anexos de pele que ocorrem nos equinos, é como se fosse uma calosidade, tem um formato oval e alongado. Localizase no palmo proximal ao carpo\tarso, pela face medial. Estesiologia ‑ Blenda Fernandes
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