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Parasito 1 P3 - Nematelmintos

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P3 - PARASITOLOGIA 1 
AULA 12 - Várias lombrigas 
Oesophagostomum spp​ : verme robusto, presença de estruturas cuticulares na região anterior (alguns autores 
chamam de vesícula cefálica, outros de asa cervical, etc, pro professor tanto faz), que pode ser única, ter uma 
constricção. Existem várias espécies e tem como característica de tamanho 0,7 cm até 2,2 cm, dependendo da 
espécie. Todos eles tem uma cápsula bucla curta e pouco desenvolvida. Parasitam IG de suínos e bovinos. 
Oesophagostomum columbianum​ : em tese é de pequenos ruminantes e parasita o colon, assim como o ​O. 
venulosum. O. radiatum ​ é mais típico de grandes ruminantes e pega o IG grosso como um todo (ceco e colón). O. 
dentatum e ​O. quadrispinulatum​ ocorrem em suínos também em ceco e cólon. 
➢ São estrongilidas de IG de ruminantes e suínos. 
O macho possui bolsa copuladora curtinha (vassourinha) e a larva é robusta, possui uma cauda da bainha bem 
longa, normalmente bainha enrugada. 
 
CICLO: macho e fêmea no IG, cópula, ovos típicos, fezes, meio ambiente, eclode L1, L2, L3 (filariforme forma 
infectante). A infecção é passiva (através da ingestão), penetra na mucosa do intestino (qualquer um) faz o período 
histotrófico, forma pequenos nódulos, muda pra L4 e volta pra luz intestinal. Migram até o ceco-cólon, evolui pra 
L5 e em 5 semanas têm o verme adulto. PPP: 40 dias. 
 
Importância​: os nódulos provocados pelo período histotrófico são muito pequenos na primeira infestação, porém 
nas reinfestações seguidas o animal desenvolve uma imunidade responsável por uma resposta inflamatória muito 
grande que faz um nódulo muito grande, quase um granuloma. O tecido fibroso que se forma após a cicatrização do 
tecido não tem nenhuma elasticidade, ou seja, o tecido da parede intestinal perde a elasticidade (importante 
economicamente pela venda de tripas para fazer embutidos e fios de sutura). 
 
FAMÍLIA SYNGAMIDAE 
Características: cavidade bucal bem desenvolvida, altamente hematófago. A cápsula parece uma taça, é rasa e 
possui dentes, sem coroa radiata. Os casais vivem em cópula permanente (♥). 
 
Syngamus trachea​ : parasita vias aéreas superiores (não é verme pulmonar, que parasita vias inferiores) de aves. 
Tem uma coloração bem vermelha quando colhido a fresco, devido a hematofagia. O macho é pequeno e a fêmea 
pode ser até 10x maior, vivem em cópula permanente, tendo um formato de Y. 
É um ovo strongylida, morulado, porém bioperculado. 
 
CICLO: O ovo é botado na traqueia e com o batimento ciliar há mais produção de muco, o ovo ascende a árvore 
brônquica, chega na orofaringe da galinha, uma parte pode ser expectorada, mas a grande maioria é engolida e vai 
para as fezes pelo meio ambiente. No meio ambiente em mais ou menos 3 dias há a forma infectante (L3) dentro do 
ovo. Possui uma característica que é a capacidade de adaptação a diferentes condições, favorecendo a infecção do 
hospedeiro, pois o ovo larvado pode ser ingerido pela ave diretamente, ou por um hospedeiro paratênico (anelídeo, 
artrópode, molusco), onde fica encistada até que a ave coma o hospedeiro paratênico. O ovo larvado pode também, 
após alguns dias, eclodir no meio ambiente, dessa forma, a galinha pode ingerir diretamente a larva, ou o 
hospedeiro paratênico pode ingerir a larva, e depois a ave ingere esse hospedeiro paratênico com a larva incistada. 
Após isso, penetra na mucosa, corrente sanguínea, coração, pulmão, ascende árvore brônquica, traqueia e se 
desenvolve até o estado adulto, onde põe ovos. PPP = 2-3 semanas. 
➢ Ou seja, pode ingerir ovo larvado, larva, ou hospedeiro paratênico que ingeriu ovo larvado ou larva. 
 
Mammomonogamus laryngeus​ : vive também em cópula permanente. No brasil é conhecido por ​Syngamus 
laryngeus​ na área médica. Tamanho semelhante ao anterior, é parasito de laringe de ruminantes e SH. 
Ovo não operculado, morulado com parede dupla. 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
A infecção em seres humanos se dá por ingestão da larva ou dos ovos. A infecção é do mesmo jeito ,a larva penetra 
mucosa, cai nas vias intestinais, corrente sanguínea, coração, pulmão, vira adulto, onde os adultos botam ovos. 
Área endêmica é praticamente só o Brasil. 
 
FAMÍLIA STEPHANOLIDAE 
Stephanurus dentatus​ : costuma acontecer na gordura peri-renal ou na própria parede do ureter, principalmente de 
suínos. Forma nódulos fistulados, onde vivem os casais e pelas fístulas os ovos caem na bexiga, uretra e pela urina 
chegam no meio ambiente. (Ovo strongylida que aparece na ​urina) 
Tem uma aparência manchada, devido a sua cutícula transparente. Cápsula bucal bem rasa com presença de dentes 
no fundo, e coroa radiata pouco desenvolvida. É extremamente adaptado antes de chegar no seu hospedeiro, pode 
fazer infecção ativa pela pele, ou passiva pela ingestão. 
 
CICLO: no meio ambiente evolui pra L1, eclode, evolui pra L2 e L3, forma infectante. Pode ocorrer um hospedeiro 
paratênico (minhoca) ou não. Se o hospedeiro paratênico ocorrer, só é possível infecção ativa. O suíno pode se 
infectar de 3 formas: penetração percutânea ativa na pele, ou ingestão da larva, ou ingestão do HP. Caso ocorra 
penetração percutânea: cai na corrente sg, pulmão, coração, circulação, fígado. 
Ingestão: penetra na mucosa estomacal, sistema porta, corrente sg, e chega mais rapido no fígado. Ao chegar lá, 
fica 3 meses migrando pelo fígado, o que causa lesões bastante graves. 
Não importa a via de infecção, sempre termina no fígado. De lá, sai e vai pra cavidade abdominal, onde chega na 
região do rim, se instala na gordura perirrenal, pelve, parede do rim, macho e fêmea botam ovos, urina, meio 
ambiente. 
Se for uma porca, quando faz a migração, sai do coração e vai pra grande circulação, se tiver prenha uma ou outra 
larva vai para o feto, onde se incista e morre, sem conseguir evoluir no rim. 
 
SUPER FAMILIA ANCYLOSTOMATOIDEA 
Possui também cápsula bucal bem desenvolvida, por serem muito hematófagos, não tem lábio nem coroa radiata. 
Região anterior (cabeça) curvadinha, dando aspecto de anzol ou gancho. São parasitos de ID (duodeno local de 
preferência) e os machos possuem bolsa copuladora bem desenvolvida. 
Podem ter na cavidade ou abertura oral dentes ou lâminas cortantes. Em alguns esses dentes são fundidos e viraram 
lâmina ou placa cortante. É a presença de dente ou de lâmina que divide a família em 2 subfamílias: 
 
SUBFAMÍLIA ANCYLOSTOMATINAE: com dentes, super importante para fazer o diferencial das espécies. 
Ancylostoma spp​ , em geral, pode no SH ser responsável pela ​larva migrans cutânea​ (bicho geográfico). Ocorre pois 
não é um verme de SH, e quando dá nele, por ser um hospedeiro inadequado, a resposta imune é exacerbada e ele 
fica restringido a região da pele, não conseguindo atingir os vasos sanguíneos pra completar seu ciclo. O sistema 
imune tenta acabar com o verme, que foge pela pele, causando o aspecto de mapa na pele. 
 
A. caninum​ : parasita o cão, alguns autores citam também o gato. Tem como característica apresentar 3 pares de 
dentes grandes e o macho possui um espículo menor que 1 mm (é importante essa informação pois há o ​A. 
tubaeforme​ no gato, que tem mais ou menos o mesmo tamanho, 3 pares de dentes também, então o diferencial é o 
espículo). Tanto no ​A. caninum​ quanto no ​A. tubaeforme​ , ocorre infecção transplacentária, normalmente no final da 
gestação. As larvas que tão fazendo migração (pouco comum, pois geralmente a infecção é passiva), passam pro 
ceco, coração, e faz um desvio pra corrente sg geral, indo pro feto. No caninum, pode ocorrer também infecção via 
leite e colostro. 
A. braziliense​ : parasita cão, gato e SH. Possui apenas 1 par de dentes. 
A. duodenale​ : Ancylostoma do ser humano, porém já foi descrito em outros animais. Tem 2 pares de dentes. A 
penetração é sempre percutânea. 
Agriostomum vryburg​ : pouco comum, é de bovinos, tem 4 pares de dentes. Não tem o ciclo biológico conhecido,mas acredita-se que seja semelhante aos outros Ancylostomas; 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
 
CICLO: macho e fêmea no ID, cópula, ovos, fezes, meio ambiente. Forma L1, eclode, cresce pra L2, L3 forma 
infectante.Pode então ocorrer 2 possíveis formas de infecção: 
- Ingestão da larva: penetra no estômago (nas gl gástricas) ou no intestino (nas tripas) e faz o período 
histotrófico virando L4, volta pra luz, vai pro intestino, vira L5, cresce, adulto. Forma mais comum. 
- Penetração percutânea: ciclo de Loss. Larva penetra na pele, corrente sg, coração, pulmão, vira L4 nesse 
período, orofaríngea, deglutida, cai no estômago, período histotrófico sem ocorrer mudança, volta pra luz, 
vira L5, adulto. Essa infecção ativa é o modo que mais ocorre em seres humanos. 
➢ Larva ingerida pode fazer ciclo de Loss penetrando no estômago (pois tem bainha, consegue sobreviver). 
 
AULA 13 - ​SUBFAMÍLIA NECATORINAE: com placa cortante. 
Dois gêneros mais importantes: ​Necator spp​ e ​Bunostomum spp​ . Alguns autores chamam a subfamília de 
Necatorinae de Necatorinae, outros de Bunostominae. 
 
Necator americanus​ : é um parasita de ID do SH, muito pouco frequente em cão e suínos, possui mais ou menos 
1cm de tamanho. Ocorre com muita incidência no Brasil\america do sul em geral. Apresentam um par de placas ou 
laminas cortantes na cápsula bucal. 
CICLO: igual Ancylostoma spp, porém só faz penetração percutânea (ativa). Não ocorre infecção transmamária. 
 
Bunostomum trigodnocephalum​ : atinge pequenos ruminantes no ID. Cápsula bucal bem desenvolvida. Apresenta 
além da lâmina cortante, tem também um par de dentes no fundo da cápsula bucal. 
Bunostomum phlebotomum​ : 2 pares de dentes no fundo da cápsula bucal. 
Ambos causam o que o Ancylostomum spp causa em cães: destrói a mucosa com sua atividade hematofágica, sai 
muito líquido e sangue, sendo extremamente prejudicial e gerando anemia muito grave, porém são raros. 
 
CICLO: Semelhante ao Ancylostoma. Porém, de cada 100 larvas penetradas, mais ou menos 70 delas consegue 
sobreviver, enquanto via ingestão, apenas 10% (dados tirados de experimento), portanto acredita-se que a via 
cutânea, por ser mais efetiva, ocorra com mais frequência. 
 
Globocephalus urosubulatus​ : É o Ancylostomatideo de suínos, sendo bem pequeno, e possui as ​placas cortantes 
atrofiadas​ (ou até ausentes). Ciclo biológico desconhecido. 
 
FAMILIA TRICHOSTRONGYLOIDAE 
São os parasitas que causam mais patogenicidade, e ocorrem com mais frequência em ruminantes. Cápsula bucal 
pequena, mesmo os hematófagos (como Ostertagia e Haemonchus), podendo ter lábios. Bolsa copuladora bem 
desenvolvida com normalmente 2 espículos, podendo apresentar gubernáculo e telamon. 
As fêmeas têm aparelho genital duplo que se une a uma única vagina, ou seja, ​anfidelfas​. 
 
Haemonchus spp​ : parasitam abomaso de ruminantes, possuem papilas cervicais fortes voltadas para trás e a 
presença de uma lanceta retrátil no interior da cápsula bucal, que ele expõe para fazer a hematofagia. Os machos 
possuem bolsa copuladora com espículos e gubernáculos, já a fêmea apresenta a vulva localizada no terço posterior 
apresentando flap vulvar. Sua cutícula é transparente e isso permite observar ovários e úteros opacos enrolados 
dentro do intestino, que é vermelho (espiral). 
Há 3 espécies ​H. contortus​ (parasita ruminantes),​ H. placei​ (bovinos) e ​H. similis ​ (bovinos). 
 
É atualmente hematófago e é ​um dos maiores problemas sem solução na parasitologia​ em bovinos, junto com 
carrapatos. Não existe, hoje em dia, medicamentos que controlem Haemonchus de forma adequada, por serem 
extremamente resistentes a qualquer remédio do mercado, tornando haemonchose um fator limitante na criação de 
ruminantes. Controla-se a doença com um vermífugo que funcione de maneira média, utilização do ​método de 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
famacha​ (evitar usar vermífugos para que o verme não se torne ainda mais resistente, mantendo vermes mais 
sensíveis no meio ambiente), manejo, rotação de pastagem etc, para diminuir a contaminação e conviver com 
haemonchose. 
 
Ostertagia spp​ : possui de meio até 2 cm, com papilas cervicais. Parasitam abomaso de ruminantes. Os machos 
também tem gubernáculo, quando colhido a fresco tem coloração acastanhada devido a hematofagia. A 
extremidade posterior da fêmea tem formato de bisel. 
4 espécies importantes: ​Ostertagia ostertagi​ (ruminantes), ​Teladorsagia trifurcata​ (ruminantes), ​Ostertagia hurata 
(bovinos) e ​Teladorsagia circuncinta​ (pequenos ruminantes). 
 
O diferencial de cada espécie é pelo espículo dos machos. A principal lesão observada numa necrópsia de 
ruminante infectado por Ostertagia são os ​nódulos no abomaso​. Na hora que ela penetra para fazer o período 
histotrófico, leva a uma reação inflamatória bastante intensa, que se traduz nesses nódulos. 
 
Trichostrongylus spp​ : bem pequeno, tem a característica da região anterior ser mais fina que a posterior e não 
apresentam papilas cervicais. 3 espécies: ​T. axei ​ (abomaso de Ru, estômago de equinos, Su e SH), ​T. colubriformis 
(ID Ruminantes) e ​T. vitrinus​ (ID de pequenos ruminantes, SH e coelhos). 
Novamente os espículos são utilizados para fazer a diferenciação: T. axei possui espículos desiguais em tamanho, 
porém tem o mesmo formato. O T. vitrinus é em formato de folha e o T. colubriformes, em formato de arpão. 
 
Cooperia spp​ : Medem de meio a 1cm, parasita ID de Ru. A extremidade anterior apresenta uma dilatação\vesícula 
cefálica com estrias transversais (não é afilada na cabeça). Os machos não apresentam gubernáculo. Algumas 
espécies: C. curtici (ruminantes), C. oncophora (bovinos,ovinos, equinos). 
 
Nematodirus spp​ : Parasita ID de Ru, é um pouco maior e não apresenta papilas cervicais. Pequena dilatação 
cefálica, como a copéria. ​É o único que expõe o espículo​. Estes espículos são duplos, porém se fundem em 1 só e 
se expõe. Os ovos são extremamente grandes comparados com os outros Estrongilidae. 
Seu formato no corpo é sempre meio dobrado, enrolado. Espécies: ​N. spathiger​ e ​N. filicollis​ . 
 
Hyostrongylos rabidus​ : é como se fosse o “haemonchus” de suídeos, parasita estômago de Suínos e javalis. 
Extremamente hematófago, coloração avermelhada. Possui papilas cervicais, gubernáculo e espículos curtos. 
Ovo típico de estrongilida. É um verme raro. 
 
CICLO DA FAMÍLIA TRICHOSTRONGYLIDAE: Ovos, fezes, exterior, L1, L2, L3 forma infectante, que 
permanece no solo por vários meses até um ano desde que tenham condições adequadas (principalmente de 
umidade). Esse verme apresenta geotropismo negativo, ou seja, tem tendência a ficar na parte de cima da pastagem 
fazendo o ​movimento de vela​ (se apoia na cauda da larva e fica se movimentando). 
A infecção ocorre de forma passiva, há liberação da bainha no aparelho digestório, penetra na mucosa, onde faz 
período histotrófico (com exceção do ​C. oncophora​ , que não faz o período, só fica na luz). A maioria origina 
nódulos (porém a maioria são nódulos passageiros), passando para L4 até L5, vira adulto na luz intestinal onde põe 
ovos, fechando o ciclo. PPP: 2-4 semanas. Nesse período histotrófico, tratando-se de Haemonchus, ocorre a 
hipobiose​ (para o desenvolvimento quando o ambiente não está adequado, e continua quando melhora). Outros 
gêneros pode acontecer também, mas no Haemonchus é mais caracterizado. 
No Nematodirus spp, há 2 diferenças biológicas: a L3 é formada ainda dentro do ovo e liberada na pastagem, 
demandando temperatura acima de 24ºC 
 
FAMÍLIA DICTYOCAULIDAE 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
Em vermes de TGI, quando a larva faz o ciclo hepato-traqueal, passa pelo pulmão causando lesões. Em alguns 
casos a passagem dessa larva pode causar uma pneumonia e problemas respiratórios, porém não é comum. Agora, 
abordaremos parasitos que vivem no pulmão, ou seja, geralmenteevoluem para pneumonia. 
 
Dictyocaulus spp​ : corpo filiforme e esbranquiçado, possuem orifício oral circundado por 4 pequenos lábios, 
possuindo cápsula bucal reduzida. Parasitam brônquios e bronquíolos e as fêmeas são ovovivíparas (já coloca o 
ovo larvado, que na maioria dos casos eclode já dentro do aparelho respiratório - diagnóstico procura por larva). 
Há 3 espécies: ​D. filaria​ (pequenos ruminantes),​ D. viviparus ​ (é o mais patogênico, parasita grandes ruminantes) e 
D. arnfieldi ​ (equídeos. Os asininos são reservatórios naturais). Normalmente em ruminantes pode ocorrer em 
qualquer idade, porém o de equinos ocorre geralmente em potros. 
 
Características​: ovo é colocado nos bronquíolos, por ser um corpo estranho o batimento ciliar joga ele pra faringe, 
que secreta muco, ajudando a empurrar para a orofaringe, onde alguns ovos são espectorados e outros são 
ingeridos. A grande maioria eclode no TGI antes de sair das fezes (procura-se larva), com exceção no de equinos, 
onde metade dos ovos eclode e metade não (precisa diferenciar de Strongyloides que também tem ovo larvado, 
porém os ovos são menores). 
 
A larva é gordinha e não tem bainha e está cheia de um líquido escuro, que é glicogênio. Isso ocorre, pois ela não 
se alimenta, então utiliza o glicogênio como reserva energética enquanto larva, pois não se alimenta no meio 
ambiente. Como ela tem uma reserva limitada, é uma larva que não sai muito do seu ambiente, evita andar para não 
gastar energia. Por isso, ela desenvolveu uma ​simbiose ​com o fungo ​Pilobulus spp​ , que ocorre em fezes. Para se 
reproduzir, o fungo esporula, explodindo e liberando as larvas, que junto com o vento, tira a larva do bolo fecal. 
➢ Diferenças: larva de Dictyocaulus possui um botão na região anterior, e a cauda é romba\gordinha. 
 
CICLO: geralmente eclodem nos bronquíolos, no muco pode ser encontrado ovo larvado ou L1, nas fezes só 
encontra-se larva. As larvas são, em sua maioria, deglutidas, cai no TGI, meio ambiente, L1, L2, L3 (FI) sem 
bainha e sem se mexer. Larva é ingerida, chega no ID e penetra a mucosa, atingindo os linfonodos mesentéricos 
através da corrente linfática. Dos linfonodos, cai na corrente sanguínea, onde chega no lado direito do coração, vai 
para o pulmão, brônquios, onde cresce para L5 e adulto e faz a cópula na própria luz pulmonar, botando ovos 
larvados. 
➢ Contrariando a grande maioria das verminoses, ocorre mais em meses frios e úmidos, sendo mais comum 
na américa do norte e na europa. No caso do equino, pode ocorrer eclosão do ovo no exterior (encontrando 
ovos e não larvas nas fezes). É o único verme que utiliza-se vacina para combater. Existe desde os anos 80, 
são larvas L3 irradiadas, que não conseguem virar adulto, mas gera RI. 
➢ Pode ocorrer infecção pré natal, porém sem importância epidemiológica. 
Diagnóstico​: pesquisa de larva: método de Baermann (funil) ou de Ueno (cálice de sedimentação). 
 
SUPERFAMILIA METASTRONGYLOIDEA 
FAMILIA METASTRONGYLIDAE 
Metastrongylus spp​ : helmintos finos, com cápsula bucal pequena, as fêmeas são ovovivíparas, porém os ovos não 
eclodem, saem inteiros, ou espectorados ou fezes. Parasita brônquios ou bronquíolos.. 
Espécies: ​M. apri​ (parasita suídeos, raros bovinos e ovinos), ​M. salui​ (suídeos) 
 
CICLO: macho e fêmea no pulmão, cópula, ovo larvado, óreo faringe. De lá, uma parte expectorada e outra é 
deglutida. Vai para as fezes, cai no meio ambiente. Há então ingestão dos ovos ou de L1 pelo HI (minhoca), onde 
se desenvolve até L3. A infecção do suíno ocorre pela ingestão da minhoca com a L3 ou ingestão de L3 livre (por 
exemplo se a minhoca morrer e liberar a larva). Para nos linfonodos mesentéricos, onde vira L4, cai na circulação 
sanguínea, lado direito do coração, pulmão, L5, adulto, ovos embrionados. PPP: 1 mês. 
➢ Quase não acontece mais hoje em dia, pois suínos são criados em piso de concreto. 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
 
FAMÍLIA PROTOSTRONGYLIDAE 
Muelleris capillaris​ : verme de pequenos ruminantes, tem apenas em torno de 1cm. Não é das vias aéreas, mas fica 
em nódulos dentro do parênquima pulmonar dos pequenos ruminantes. É aparentemente apatogênico. Possui 
cápsula bucal pequena com algumas papilas, o macho normalmente tem a cauda em espiral e uma bolsa copuladora 
pequena. ​A cauda da larva é fina e tem um pequeno espinho​., que pode ser confundido com o Dictyocaulus filaria, 
pois este possui um botão e a cauda é romba. 
 
CICLO: Fêmea ovípara (Soulsby) ou ovovípara (Urqhart). Nas fezes há larva de primeiro estágio, a larva é ingerida 
ou penetra de forma ativa no ​HI, um molusco​, que cresce até L3 dentro dele. A infecção do pequeno ruminante se 
dá pela ingestão do HI com a L3, que digere o molusco, linfonodos, circulação, coração, pulmão, adultos, fim. 
 
FAMÍLIA FILAROIDIDAE 
Aelurostrongylus abstrusus​ : verme pequeno, fica no parênquima pulmonar e bronquíolos de gatos. Não possuem 
cavidade bucal, a bolsa copuladora é pequena, os espículos são iguais, curtos e fortes, com gubernáculo (não 
precisa saber). Fêmea considerada ovípara ou ovovivípara, dependendo do autor. 
 
CICLO: ovipostura, vias aéreas, eclode e libera a larva no aparelho respiratório, ascende, é deglutido, digerido, sai 
nas fezes. Penetra no HI (moluscos) onde evolui até L3. Ocorre infecção passiva quando o gato pega o caramujo 
com a L3, ou quando um hospedeiro paratênico, ingere o HI, digere e libera a larva, que se incista nos tecidos do 
HP. O gato então ingere o HP ou HI, que vai para mucosa, linfonodo, coração, pulmão, fim. 
➢ Soulsby se acha o vanguardista e diz que as larvas, do estômago. cai na cavidade peritonial, depois 
atravessa para a cavidade torácica, ou pode cair no estômago ainda na cavidade torácica, direto sem ir pro 
pulmão (não dá a volta pla corrente sg). Poucos concordam com ele e dizem ser o ciclo normal.. 
 
AULA 14 - ORDEM SPIRURIDA 
SUPERFAMILIA SPIRUROIDEA 
Principal característica um ovo larvado, com larva em U, bem pequenos e transarente, além de ter alta densidade, 
embora sejam muito pequenos (por este motivo, é bom usar a técnica de sedimentação neles, o que pode se tornar 
difícil de ver devido a sujeira da técnica) e macho com bolsa copuladora muito bem desenvolvida, além de ter 
sempre asa caudal. 
Na região anterior, pode ter dois lábios que podem ser subdivididos (só visualizável em ME de varredura). Macho 
com papila posterior geralmente enrolada, tem papilas e apresenta dois espículos desiguais, alguns podem ter 
gubernáculo. 
 
FAMÍLIA SPIRURIDAE: 
Habronema spp​ : todos parasitam estômago de equinos. ​H. muscae​ e ​H. megastoma ​ (ou​ Draschia 
megastoma\muscae​ ), têm como HI a mosca doméstica, e​ H. microstoma​ , Stomoxys calcitrans (moscas de 
estábulos). 
➢ H. megastoma costuma viver dentro dos nódulos no estômago, enquanto os outros dois vivem na luz. 
 
CICLO: verme no estômago, macho e fêmea copulam, botam ovos larvados nas fezes, que no meio ambiente 
eclodem. As larvas são liberadas nas fezes, então as moscas, HI, vão nas fezes, depositam um ovo, de onde sai uma 
larva que se alimenta de fezes. Quando se alimenta das fezes de equino contaminado, ingere a larva e vira ​pupa​ e 
depois ​imago​ (inseto adulto). Durante esse processo da larva da mosca virar imago, ocorre evolução da larva do 
verme de L1 a L3. A L3 na mosca adulta fica localizada na probóscite (aparelho sugador\lambedor), portanto, a 
hora que a mosca pousa em água ou alimento, a larva L3 sai de dentro da mosca e contamina a água e alimentos do 
cavalo, que ingere então a larva. Depois de ingerida, ela migra até o estômago onde evolui até a forma adulta, 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
sendo que no caso do ​H. megastoma​ , ela tem a característica de penetrar em nódulos no estômago para se 
desenvolver. 
 
Além da habronemose gástrica que pode levar a uma diarreia, temos a ​habronemose cutânea​. Estaocorre quando 
o animal apresenta algum ferimento que libere secreções, que serve de alimento pras moscas. Estas vão se 
alimentar e soltam a larva, que não consegue chegar no estômago, pois o SI do animal debilita o verme, causando 
um processo inflamatório severo e granulomatoso, cuja lesão é chamada de ​ferida espônjea, ou ferida de verão​. Há 
também ​habronemose ocular​: quando ocorre na região do olho, pois este lacrimeja e a secreção atrai as larvas, 
mesmo sem ter ferida. 
 
Além de vermífugos, usa-se bastante como tratamento a crioterapia, cauterizando a lesão e matando a larva. Obs: 
não adianta curar a cutânea e não curar a gástrica. 
 
FAMÍLIA THELAZZIDAE 
Existem diversas espécies (​Thelazia rhodesii, T. lacrimalis, Oxyspirura mansoni, Ascarops strongylina, 
Gougylonema pulchrum​ …), sendo que todos possuem um artrópode como HI, e podem dar em diversos locais, 
como estômago, pulmão, membrana nictitante etc. Abordaremos apenas um verme principal, ​Spirocerca lupi​. 
Curiosidade: ​Congylonema spp​ : pode dar em Ru e aves. Vive na mucosa do esfôfago, ficando embaixo da mucosa 
e causando uma lesão bem característica (toda ondulada), além de possuir​ placas cuticulares​ em seu corpo todo. 
 
Spirocerca lupi​ : No esôfago, dentro de nódulos (fistulados) nas paredes é onde há os indivíduos adultos, macho e 
fêmea, que fazem cópula, botam ovo, meio ambiente, ingerido, estômago, etc… 
Os nódulos podem evoluir para um tumor malígno, sarcoma. Esse verme também pode ser chamado de​ Spirocerca 
sanguinolenta​ . Ovos típicos embrionados e larvadinhos, porém pode às vezes aparecer um não larvado. 
 
CICLO: No esôfago, temos os nódulos cheio de vermes adultos, que fazem cópula, botam ovos, luz, meio 
ambiente, fezes. No meio ambiente, são ingeridos por besouros. Dentro deste HI o ovo eclode no TGI, vai para a 
hemocele e evolui para a L3 (forma infectante). Câo pode se infectar ingerindo o besouro, ingerindo um HP que 
tenha ingerido o besouro. 
Uma vez ingerida a L3 ou o besouro, ou o HP, a larva penetra na parede estomacal, cai na circulação do estômago, 
artérias gástricas e na grande circulação, até chegar na aorta (alguns autores dizem que não cai na grande 
circulação), de onde, por contiguidade, parte para o esôfago e evolui até a forma adulta. 
➢ Pode formar nódulos no estômago, na própria aorta, e no esôfago. 
Há uma dificuldade diagnóstica grande, pois se o animal não apresenta sintomas, não vai se procurar. Se apresentar 
sintomas (refluxo, principalmente), é sinal de que já estão sendo formados nódulos no esôfago. 
 
Temos também dentro dessa superfamília, as famílias Acuarridae e a Tetrameridae, cuja fêmea pós cópula, fica 
achatada feito um platelminto. *curiosidade. 
SUPERFAMÍLIA FILAROIDEA 
Nematoides alongados e finos, macho pode ou não apresentar asas caudais, espículos desiguais, fêmeas bem 
maiores que os machos e são ​ovovíparas​. São parasitos de vasos sanguíneos ou linfáticos (vivem dentro destes), 
tecido muscular, conjuntivo ou soltos na cavidade de mamíferos. 
 
Dirofilaria immitis​ : parasita cães e gatos, no SH ocorre normalmente sem evoluir para a forma adulta, formando 
nódulos no pulmão (zoonose). Nos carnívoros, vive principalmente nas cavidades cardíacas no lado direito do 
coração e artérias pulmonares e os HI são mosquitos em geral. Os ovos de microfilária são compridos, larvados, e 
possuem motilidade. 
CICLO: A larva fica na corrente sanguínea (microfilaremia), o mosquito fêmea vêm alimentar-se do sangue e 
ingere a microfilária, que na cavidade geral do mosquito diminui de forma (salsichiforme) e volta ao tamanho 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
normal, evoluindo para L3. Migra pra problóstide e, num novo repasto sanguíneo, a hora que ela vai se alimentar 
em um animal sadio, joga a saliva e o contamina com a L3. Da corrente sanguínea ela migra para o coração onde 
cresce até a forma adulta. 
➢ Caso haja suspeita, o ideal é que o sangue seja colhido por volta das 18h, pois é a hora que as 
moscas\microfilária estão mais ativas. 
 
Nessa doença pode ocorrer endocardite (lesão na parede devido a adultos), ou endoarterite (microfilárias nos vasos 
sg), que gera um processo inflamatório, diminuindo a capacidade da câmara cardíaca e luz, dificultando a 
passagem de sangue e aumentando a pressão arterial. Essa hipertensão pulmonar faz com que o coração faça mais 
força, gerando uma hipertrofia ventricular, que ao longo dos anos torna-se uma ICC. Principais sintomas: cansaço e 
respiração ofegante, tosse seca, edema e ascide. 
Nos SH a larva tem uma tendência de ir para o parênquima pulmonar, onde lá o SI atua, mata a larva e a mantém 
encapsulada, não causando problemas. 
 
Wuchereria bancrofti​ : causa a elefantíase, parasita SH nos vasos linfáticos e sanguíneos, obstruindo a linfa, que 
extravasa formando acúmulo de líquidos. HI: mosquitos, especialmente o ​Culex quinquefasciatus​ . 
 
CICLO: Semelhante ao anterior: mosquito ingere no repasto, vive salsichiforme, evolui até L3, volta até a cabeça 
do mosquito, quando faz novo repasto inocula a L3 infectante. É uma doença bastante crônica, demora pra evoluir, 
o verme vive até 10 anos. Áreas endêmicas: Brasil, África, Índia, China. 
 
FAMÍLIA SETARIIDAE 
Dipetalonema reconditum Cão Tec subcutâneo, Cavidade peritonial Artópode 
Dipetalnema grassi cão Tecido subcutâneo, cav peritonial Artrópode 
Stenofilaria stilesi Bovino Subcutâneo, região inferior do abdômen Artrópode 
? Equino Artrópode 
Todos com artrópode (picador, sugador, hematófago) pois têm o mesmo ciclo: precisam liberar a microfilária 
quando for se alimentar, passando a microfilária para o animal, porém não são muito comuns. 
 
FAMÍLIA ONCHOCERCIDAE 
Pode ocorrer em equinos, SH, bovinos… Característica principal são nódulos nas peles. No caso de humanos, o 
verme pode chegar até 20 cm. No Brasil há poucos relatos, mas é mais na população indígena amazônica. 
Onchocerca volvulus: ​ veiculado pelos simulídeos (borrachudos), vê-se alta incidência na África, onde é chamada 
“cegueira dos rios”, pois geralmente a larva vai parar no olho, cegando as pessoas. 
 
Dentro da classe nematoda, foi comentado que são divididas em 2 subclasses de acordo com o aparelho excretor. 
SUBCLASSE ADENOPHOREA - ORDEM ENOPLIDA 
Dentro dessa ordem, normalmente macho não apresenta asas caudais. 
 
SUPERFAMÍLIA TRICHUROIDEA - FAMÍLIA TRICHINELLIDAE 
*Trichinella spiralis​ : em tese, não ocorre no Brasil, porém toda carne exportada passa pelo teste de Trichinella. Os 
hospedeiros são roedores, carnívoros, suínos e SH (pela ingestão de carne infectada). Os adultos vivem na mucosa 
intestinal, e as larvas espiraladas vivem na musculatura estriada, dentro de nódulos. 
Verme muito pequeno, normalmente a região anterior do corpo é ligeiramente mais fina que a posterior, o macho 
não possui espículo e a fêmea é vivípara (já pare a larva). 
 
CICLO: Macho e fêmea no ID do roedor, cópula, pare a larva, que penetra mucosa intestinal, corrente sg, coração, 
grande circulação, musculatura estriada, onde fica dentro de um cisto, enovelada em si mesma. Ela pode então 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
maturar, e voltar pro intestino, virando adulto no próprio ratinho, sem demandar um hospedeiro (autoxeno). Porém, 
pode ser também ingerida (cão\suíno ingere o rato infectado). Há então digestão do cisto, liberação das larvas que 
sofre 3 mudas e vira adulto nesse novo hospedeiro. 
Normalmente, diafragma, masseter e língua são as musculaturas mais infectadas no suíno, pois são músculos muito 
vascularizados, tornando-se num ambiente ideal pro desenvolvimento da larva. 
 
Triquinoscópio​: duas lâminas com um aparelho de pressão onde se coloca um fragmento de carne (1cm³), e é 
espremido até virar uma lâmina, que permite a observação da carne triquinada. 
Está caindo em desuso, por ser muito caro, demorado, trabalhoso e de resultado poucoconfiável. Hoje em dia se 
usa a técnica da digestão péptica, onde se pega fragmentos maiores e mais tecidos musculares, digerí-lo em uma 
solução péptica (estômago artificial), filtra e leva para observação em microscópio. 
 
FAMÍLIA TRICHURIDAE 
Trichuris spp​ : Há para ruminantes, carnívoros, SH, suínos e pequenos ruminantes, sendo que todos eles parasitam 
IG e variam entre 3 e 6 cm. Verme em chicote. Normalmente os machos possuem a cauda bem enrolada com 
espículo único em uma bainha (só visto em microscópio), a fêmea tem a região posterior reta. Seus ovos são 
bioperculados​ (bandeja). 
CICLO: macho e fêmea no IG, cópula, ovos, fezes, meio ambiente, onde morula. A larva de primeiro estágio, ​L1, é 
a forma infectante dentro do ovo!​! Infecção obrigatoriamente passiva, no ID digere e libera a larva, que penetra 
na mucosa, periodo histotrófico, migra pro IG, sofrem 4 mudas e viram adultos. 
PPP: em geral, 1 mês e meio, porém pode chegar até quase 3 dependendo da espécie. 
● Não costuma ser um verme muito patogênico, mas os vermífugos de mercado não atuam corretamente no 
Trichuris. 
 
FAMILIA CAPILLARIDAE 
Capillaria spp​ : animal muito pequeno e fino, tanto que não dá pra conservar (ele desmancha). Ocorre em aves, 
sendo no papo, ID, IG destas. Em Ru, no ID, e em carnívoros, na bexiga (ovo sai na urina) ou fígado. Há poucos 
casos em ser humano, todos os 78 casos foram fatais. 
De maneira geral, o corpo anterior é ligeiramente mais fino que o posterior (como o Trichuris) e os machos 
possuem apenas um espículo. Os ovos são bem parecidos com de Trichuris, porém, o Trichuris normalmente tem 
as pontinhas dos opérculos bem pronunciadas, enquanto a Capillaria é mais achatada. 
 
CICLOS: As de aves e ruminantes tem um ciclo semelhante ao do Trichuris. 
Exceção: ​C. annulata​ (aves), pode ser direto igual ao anterior, mas também pode haver um ciclo onde o ovo é 
ingerido por uma minhoca, porém não se sabe se é HI ou HP. Acredita-se que a passagem pela minhoca funciona 
como um estímulo para eclosão da L1. A ave então ingere a minhoca com L1, que faz mudas e vira adulto. 
 
C. plica​ (carnívoros): vive na bexiga ou pélvis renal. Bota ovos na urina, saindo junto com a urina para o meio 
ambiente. Há ingestão do ovo com a L1, que é liberada no ID e evolui para L2 e L3. Esta penetra na mucosa do 
intestino, cai na corrente sg, penetra nos glomérulos, bexiga, onde faz mudas e vira adulto. 
 
C. hepatica​ (carnívoros): também chamada de ​Hepaticola hepatica​ ou Calodium hepaticum. Macho e fêmea 
vivendo no parênquima hepático, copulam e botam o ovo no parênquima. Uma vez lá, não tem como sair, gerando 
duas formas de ativação do ovo: o animal morre e no meio ambiente o fígado dele se dissolve e ficam dispostos, 
OU numa briga ou predação o fígado é ingerido. Após ingeridos, os ovos vão para o TGI, onde são ativados 
(larvados). Aí então, volta para o meio ambiente, e tem-se a L1 infectante, que o hospedeiro ingere, libera no 
intestino, penetra na mucosa, sistema porta, fígado, mais mudas, forma adulta. 
➢ Infecçao espúria: ovos nas fezes, mas não causa infecção, há apenas ativação dos ovos. 
 
SUPERFAMÍLIA DIOCTOPHYMATOIDEA - FAMÍLIA DIOCTOPHYMIDAE 
Dioctophyme renale​ : boca sem lábios com algumas papilas. Verme grande, cutícula estriada transversalmente, 
bolsa copuladora do macho em forma de sinos, ovos elíticos de casca espessa e rugosa (granada de mão). Parasita 
cães e outros mustelídeos, mas ocorre raramente equínos felinos, Ru, SH. Normalmente fica dentro do rim, mas as 
vezes encontramos soltos. 1ºHI: minhocas aquáticas, 2ºHI: peixes. 
CICLO: ovo sai na urina do cão infectado, vai para o meio ambiente e de alguma forma precisa chegar na água. Lá, 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes 
 
ocorre os estímulos necessários pro desenvolvimento da larva dentro do ovo, que é ingerida pela minhoca aquática, 
onde evolui pra L2. A minhoca serve de alimento para os peixes, onde dentro se desenvolvem mais 2 estados 
larvais (L4). O cão ingere o peixe e se infecta, a L4 penetra e atravessa a parede intestinal, caindo na cav 
abdominal, vai para os rins, L5, adulto. 
● Ação histolítica: o parasito destrói o parênquima renal, mas não causa sinais clínicos na maioria. 
Resumo Parasito P3 - Blenda Fernandes

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