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Aula 4 - Burocracia

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Modelo Burocrático
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Formalização
O grau de formalização de uma estrutura é determinado pelo grau em que as regras que governam o comportamento são precisas e explicitamente formuladas e pela extensão em que as relações são prescritas independentemente das relações entre os indivíduos e do lugar que elas ocupam na estrutura.
A formalização torna mais explícita e visível a estrutura de relações - integrando as regras e os princípios que governam as relações dentro do sistema.
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Permite o funcionamento da máquina independentemente das ações particulares de um indivíduo.
Em organizações altamente formalizadas a ação inovadora e empreendedora é suplantada pela ação técnica administrativa.
A estrutura organizacional é um instrumento que pode ser modificado para melhorar o desempenho da organização.
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O conceito de organização burocrática.
Um sistema social pode ser muito ou pouco organizado; temos então agrupamentos praticamente inorganizados, até os completamente organizados.
Como exemplo de agrupamentos inorganizados temos o conjunto dos consumidores, o povo em geral, etc.
No extremo oposto temos os agrupamentos extremamente organizados, que seriam as organizações burocráticas, que são chamadas simplesmente de organizações ou burocracias.
Max Weber sociólogo alemão, no início do século XX, foi o primeiro a estudar sistematicamente as organizações burocráticas.
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O conceito de organização burocrática
No sentido popular, burocracia significa papelada, número excessivo de normas, procedimentos, tramitações, apego excessivo aos regulamentos, ineficiência, etc.
Estas condições são os defeitos do sistema ou as suas disfunções. 
No entanto a burocracia ou organização é um sistema social racional, em que a divisão do trabalho é racionalmente realizada, sistematicamente aplicada, tendo em vista os fins visados.
É o sistema social em que se busca atingir os fins através dos meios mais racionais.
Na burocracia o conjunto de indivíduos participantes mantêm entre si relações sociais.
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O conceito de organização burocrática
	
Sistema social em que a divisão do trabalho é sistemática e coerentemente realizada - racionalmente; tendo em vista os fins visados; é o sistema social em que há procura deliberada de economizar os meios para se atingir os objetivos.
O ato racional é aquele coerente em relação aos fins visados: ato eficiente ou produtivo é aquele que, não só é coerente em relação aos fins visados, como também exige o mínimo de esforços, o mínimo de custos, para um máximo de resultados.
A organização portanto é o sistema social que se administra segundo o critério da eficiência, no qual as decisões são tomadas sempre em vista o aumento de produtividade.
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Características das burocracias.
As burocracias têm sua fonte de legitimidade racional-legal, e não no poder patriarcal, patrimonial ou carismático. Em seu tipo “ideal puro” , as organizações são sistemas sociais racionais.
A racionalidade se expressa nas burocracias através dos seguintes aspectos:
São sistemas sociais formais;
São impessoais;
São dirigidos por administradores profissionais;
O controle é exercido sistematicamente.
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A burocracia e a autoridade
O formalismo se expressa nas burocracias no fato de que a autoridade deriva de um sistema de normas racionais, que definem com precisão as relações de mando e subordinação, distribuindo as atividades a serem executadas de forma sistemática, tendo em vista os fins visados.
Sua administração é formalmente planejada, organizada, e sua execução se realiza através de documentos escritos.
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A burocracia e a autoridade
A autoridade em uma burocracia deriva de normas racionais-legais. Assim as normas são válidas, não porque a tradição as legitime, mas porque, sendo racionais levam para os fins visados.
A autoridade burocrática é baseada no Direito, entendendo-se por Direito um sistema de normas cuja obediência pode ser imposta pela coação.
A autoridade é definida nos estatutos e regulamentos, através de um processo de delegação de autoridade. Os administradores têm a sua disposição meios coercitivos que lhes asseguram, pelo menos na teoria, a obediência por parte dos subordinados.
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A burocracia e as normas
As normas devem cobrir todas as áreas da organização, prevendo todas as ocorrências e enquadrá-las dentro de um comportamento definido.
Desta forma a alta administração mantém o controle, reduzindo o âmbito da decisão dos subordinados.
As normas racionais precisam a todo momento serem modificadas, adaptando-se aos fatores novos que surgem no ambiente, visando a consecução dos objetivos visados da forma mais econômica e eficiente possível.
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A burocracia e as normas.
Baseando-se nas diretrizes, nas normas organizacionais e disciplinares, nos métodos e rotinas, nos padrões previamente definidos; todo funcionário sabe como deve agir . 
Com as normas e procedimentos previamente determinados e exaustivamente escritos, todo comportamento, de todos os funcionários participantes da organização tornam-se mais previsíveis, muito mais preciso, muito mais controlável.
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A burocracia e a hierarquia.
A burocracia se caracteriza pelo seu caráter hierárquico, ou seja, por um sistema firmemente organizado de mando e subordinação mútua das autoridades, mediante supervisão das inferiores pelas superiores.
A organização toma forma de uma pirâmide.
Cada superior tem sob suas ordens um determinado número de subordinados (amplitude administrativa).
Nas burocracias a hierarquia deve ser monocrática, isto é, só existe um chefe para cada subordinado, não sendo aceitável que um superior de um nível elevado passe ordens diretas para um funcionário de escalão mais inferior.
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A burocracia e a divisão do trabalho.
Além da forma de divisão vertical do trabalho pela hierarquia, as burocracias apresentam uma divisão horizontal do trabalho, em que as diferentes atividades são distribuídas de acordo com os objetivos a serem atingidos. É o processo de departamentalização.
A divisão do trabalho em funções é realizada em termos de cargos abstratamente definidos e não de pessoas. A autoridade e a responsabilidade pertencem ao cargo, seja qual for a pessoa que o ocupe.
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A burocracia e a impessoalidade
O caráter impessoal das organizações é uma das formas básicas através das quais elas expressam a sua racionalidade. A administração burocrática é realizada sem levar em consideração as pessoas.
O governo das pessoas existe apenas na medida em que elas ocupam cargos dentro da organização.
O caráter estritamente impessoal de uma burocracia tem como característica a não derivação da personalidade do indivíduo participante, como acontece na liderança carismática.
Se a autoridade é impessoal, a obediência prestada pelo subordinado também o é. A obediência é limitada a uma competência, racional e objetiva ao superior dentro do que é outorgado pelo cargo.
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A burocracia e a impessoalidade.
A burocracia é bem desenvolvida quanto mais ela é desumanizada; quanto mais alcança as características que são consideradas como virtudes: a eliminação do amor, do ódio, de todos os elementos pessoais, emocionais e irracionais.
Em uma burocracia, no seu estado puro, não há lugar para sentimentos, para o favoritismo, para a gratidão, para as demonstrações de simpatia e antipatia.
O administrador burocrático é objetivo e imparcial, que tem como missão cumprir as obrigações do seu cargo e contribuir para a consecução dos objetivos da organização.

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