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EXAME FÍSICO DA COLUNA CERVICAL Prof. Esp. Thiago Dantas Anatomia Aplicada Anatomia Aplicada • A coluna cervical é uma área na qual a estabilidade foi sacrificada em favor da mobilidade, tornando-se assim particularmente vulnerável à lesão. Anatomia Aplicada • Articulações atlantooccipitais (C0-C1): – Articulações mais superiores – Principal movimento: flexão-extensão (15° a 20°) – flexão lateral (10°) – C1 = atlas Anatomia Aplicada • Articulação atlantoaxiais (C1-C2) – Articulação mais móvel da coluna – Flexão-extensão: 10° – Flexão lateral: 5° – Rotação: 50° (principal movimento) – Processo odontóide: eixo da rotação Anatomia Aplicada • A rotação da coluna cervical além de 50°, pode levar ao dobramento da artéria vertebral contralateral; • A artéria ipsilateral pode dobrar-se com 45° de rotação; • Esse dobramento pode levar à vertigem, náusea, zumbido, desmaio, perturbações visuais e em casos raros derrame cerebral ou morte Anatomia Aplicada Anatomia Aplicada • A maior flexão-extensão ocorre entre C5-C6 • A quase tanto movimento entre C4-C5 e C6-C7 Anatomia Aplicada • Os discos intervertebrais constituem aproximadamente 25% da altura da coluna cervical; • Não há discos entre C0-C1 e C1-C2; • São os discos que dão a coluna cervical a forma lordótica • O núcleo pulposo funciona como amortecedor para compressão axial; • O anel fibroso atua para resistir a tensão no interior do disco Exame • Um exame completo da coluna cervical deve ser realizado, incluindo o pescoço e os membros superiores. • Muitos dos sintomas originam-se do pescoço, a não ser que haja um histórico definido de trauma de uma articulação periférica Exame • Movimentos Ativos – Flexão: ADM de 80 a 90° – Extensão: ADM de 70° – Flexão Lateral: ADM de 20 a 45° – Rotação: ADM de 70 a 90° Exame • Movimentos Passivos – Se o paciente não tem ADM completa ou o examinador não tiver aplicado sobrepressão para determinar a sensação final do movimento, deve- se solicitar que o paciente se deite em decúbito ventral; – O examinador testa passivamente a flexão, extensão, flexão lateral e rotação – Sensação final: estiramento tecidual Exame • Movimentos Isométricos Resistidos – Testa ações musculares e suprimento nervoso Exame • Exploração das articulações periféricas – ATM • Boca aberta • Boca fechada – Cintura Escapular • Abdução do ombro • Flexão do ombro • Elevação do plano da escápula • Rotação interna e externa do ombro Exame • Exploração das articulações periféricas – Articulação do cotovelo • Flexão • Extensão • Pronação • Supinação – Punho e mão • Flexão • Extensão • Desvio radial • Desvio ulnar • Oposição Exame • Miótomos – Flexão do pescoço: C1-C2 – Flexão lateral do pescoço: C3 – Elevação do ombro: C4 – Abdução do ombro: C5 – Flexão do cotovelo e/ou extensão de punho: C6 – Extensão do cotovelo e/ou flexão de punho: C7 – Extensão do polegar e/ou desvio ulnar: C8 – Abdução e/ou adução dos intrínsecos da mão: T1 Exame • Avaliação Funcional – Atividades da vida diária • Deglutição • Olhar para o teto • Olhar para baixo • Olhar por cima do ombro • Pôr o queixo para dentro • Pôr o queixo para frente Exame • Testes especiais – Teste de compressão foraminal (Spurling) – Teste de distração (tração) – Teste de tensão do membro superior – Teste de depressão do ombro – Teste da artéria vertebral – Teste para Síndrome do desfiladeiro torácico Exame • Teste de Spurling – Esse teste serve para identificar radiculopatia cervical; – Paciente sentado, solicita ao mesmo que vire a cabeça para o lado em que sente dor, fisioterapeuta aplicará uma força sobre o topo da cabeça do paciente para estreitar o forame intervertebral, o teste é positivo se houver o aumento da dor. Exame • Teste de Distração – Esse teste serve para identificar radiculopatia cervical; – Examinador põe uma mão sob o queixo do paciente e a outra mão em torno do occipício, em seguida levanta a cabeça lentamente. O teste será positivo so houver alívio da dor. Exame • Teste de tensão do membro superior Nervo mediano Nervo radial Exame • Teste de tensão do membro superior Nervo ulnar Exame • Teste de depressão do ombro – O examinador flexiona a cabeça do paciente para um lado, enquanto aplica uma pressão para baixo sobre o ombro oposto – Se a dor aumentar, indica irritação ou compressão das raízes nervosas, invasões foraminais ou aderências Exame • Teste para artéria vertebral – paciente é colocado em decúbito dorsal, com a cabeça para fora do leito, então realiza-se uma hiperextensão, leve inclinação e rotação lateral da cervical, a artéria testada será a contralateral ao lado da rotação da cervical, mantendo essa posição por no mínimo 30s, quando positiva paciente relatará tontura e poderá apresentar nistagmo Teste de Roos ◦ Verifica se há compressão de algum canal do desfiladeiro do tórax, paciente em 90º de abdução do ombro com 90º de flexão de cotovelo, pede a ele para abrir e fechar as mãos durante dois minutos, se referir, parestesia ou paresia o teste é positivo para compressão do feixe vasculonervoso. Exame • Feixe Vasculonervoso – Sob o músculo escaleno (plexo braquial e artéria subclávia); – Entre a clavícula e 1ª costela (plexo braquial e artéria subclávia); – Sob o músculo peitoral menor (artéria axilar). Exame • Teste de Adson ◦ Palpa-se o pulso radial do paciente, estende e faz uma rotação interna do ombro do paciente, pede para ele inspirar, prender a respiração, virar a cabeça para o mesmo lado do braço. Se o pulso diminuir o teste é positivo para compressão do feixe vasculonervoso pela tensão do músculo escaleno. Exame Teste de Eden ◦ Palpa-se o pulso radial do paciente, pede para ele forçar os ombros para trás e levar o queixo em direção ao tórax, inspirar e prender a respiração. Se a pulsação diminuir, o teste é positivo para compressão do feixe vasculonervoso pela redução do espaço entre a clavícula e 1ª costela. Exame • Teste de Wright ◦ Palpa-se o pulso radial do paciente e o examinador faz uma hiperabdução do braço, e pede ao paciente que inspire e prenda a respiração. Se o pulso radial diminuir, o teste será positivo para compressão da artéria axilar por tensão do músculo peitoral menor. Exame
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