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A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA E COMERCIAL PROFESSOR: ALBERTO SOARES ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO DAS EMPRESAS 1 O TAMANHO DAS EMPRESAS O tamanho da empresa representa para o gestor um elemento importante tanto interna quanto externamente. Imagine-se uma empresa que pode ter iniciado suas atividades como um pequeno negócio e que, com a fluência do tempo, tenha evoluído para média e, posteriormente para grande empresa. Certamente, essa ascensão da empresa deve ter exigido, bem como continuar exigindo maior empenho dos gestores, no sentido da boa aplicação dos princípios de administração, tais como planejamento, controle, comando coordenação, direção etc. É certo que quanto maior for a empresa, mais complexa e atuante deve ser a sua administração. Externamente, o tamanho da empresa desperta atenção das diversas instituições que direta ou indiretamente se relaciona com a empresa, por exemplo: os bancos – sentem-se mais seguros no tocante aos recursos aplicados na empresa ou que estejam a sua disponibilização; os fornecedores – também se sentem mais à vontade para fornecer suas mercadorias a prazo; o governo – por sua vez conta com maior arrecadação tributária etc., que deve ser devolvida à sociedade em forma de serviços públicos. 1.1 Empresa quanto ao porte Essa classificação também denominada de tradicional agrupa as empresas em pequenas, médias e grandes, considerando os seguintes parâmetros: capacidade instalada e volume de vendas. A capacidade instalada diz respeito à infraestrutura da empresa; por exemplo, com apenas duas máquinas de costura e duas costureiras, será que uma empresa, nessa condição, poderá fabricar, por mês, 1000 vestidos para senhoras? Certamente, não. Essa empresa não terá condições de produzir a quantidade acima, pelo fato de não possuir capacidade instalada. O volume de vendas relaciona-se estritamente com a dinâmica da empresa e expressa a sua receita bruta, indispensável à formação de seu resultado operacional, responsável pelo crescimento da empresa. Muitos autores entendem que esse tipo de classificação leva em conta critérios universalmente aceitos tais como: o número de empregados; o volume de vendas; o volume de depósitos; e a infraestrutura da empresa etc., cabendo à instituição que tem interesse em conhecer o porte da empresa, optar por determinado critério, por exemplo, que parâmetros um banco leva em conta para classificar as empresas que compõem o seu cadastro de clientes em pequenas, médias e grandes? O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social divulgou, no início de março de 2010, a seguinte classificação de empresas. Segundo esse, o porte das empresas é determinado pela receita operacional bruta (ROB) anual ou anualizada, conforme ilustra a Figura 9. Microempresas ROB ≤ $2.400.000 Pequenas empresas $2.400.000 < ROB ≤ $16.000.000 Médias empresas $16.000.000 < ROB ≤ $90.000.000 Médias-grandes empresas $90.000.000 < ROB ≤ $300.000.000 Grandes empresas ROB ≥ $300.000.000 Figura 9 – Tabela de classificação das empresas, segundo o BNDES Fonte: BNDES A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 2 E a Receita Federal, como classifica as empresas? A classificação pertinente a essa instituição vai ser explicada na seção seguinte. 1.2 Empresa quanto ao enquadramento tributário A Receita Federal é o principal órgão do governo, responsável pela arrecadação da maioria dos tributos1 federais. Acredita-se que o governo de qualquer país, sempre vai estar interessado na arrecadação tributária, a qual deve variar de acordo com a classificação da empresa para efeitos tributários. Tributariamente, as empresas classificam-se na área federal nos grupamentos expressos na Figura 10. Microempresas RBA ≤ $360.000 Empresa de pequeno porte $360.000 < RBA ≤ $3.600.000 Empresa – lucro presumido $3.600.000 < RBA ≤ $78.000.000 Empresa – lucro real RBA ≥ $78.000.000 Empresa – lucro arbitrado Descumprimento da condição de lucro real Figura 10 – Tabela de classificação das empresas, segundo a legislação tributária Fonte: elaboração do autor. 1.2.1 Microempresa e empresa de pequeno porte Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I) no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II) no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). § 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Situação-1. Certa empresa entrou em atividade no dia 5 de setembro do ano-calendário. Considera-se o período de 4 (quatro) meses completos (setembro, outubro, novembro e dezembro), sendo, nesse caso, o limite para enquadramento como ME será de até $120.000,00 [(360.000 12) x 4] e como EPP o valor será de até $1.200.000,00 [(3.600.000 12) x 4]. Situação-2: Certa empresa entrou em atividade no dia 5 de dezembro do ano-calendário. Considera-se o período de um mês completo (dezembro), sendo, nesse caso, o limite para enquadramento como ME o de $30.000,00 e como EPP o de $300.000,00. Vedações à condição de ME e EPP Segundo o § 4º, art. 3º, LC 123/06, não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nessa, inclusive o regime de que trata o art. 12 (instituição do regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidas pelas ME e EPP- Simples Nacional), para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: I) de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 1 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. São tipos de tributos: imposto, taxa, contribuição de melhoria e contribuições sociais ou especiais. A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 3 II) que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; III) de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos dessa Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de microempresa ou empresa de pequeno porte; IV) cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de microempresa ou de empresa de pequeno porte; V) cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasseo limite de microempresa ou de empresa de pequeno porte; VI) constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII) que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII) que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX) resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; X) constituída sob a forma de sociedade por ações. Vedações ao ingresso no Simples Nacional De acordo com o art. 17 da LC nº 123/06, não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: I) que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); II) que tenha sócio domiciliado no exterior; III) de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; IV) que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; V) que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; VI) que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; VII) que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; VIII) que exerça atividade de importação de combustíveis; IX) que exerça atividade de produção ou venda no atacado de a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; b) bebidas a seguir descritas: 1) alcoólicas; 2) refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; 3) preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado; 4) cervejas sem álcool; X) que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; XI) que realize cessão ou locação de mão-de-obra; XII) que realize atividade de consultoria; A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 4 XIII) que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. XIV) que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS; XV) com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível. As vedações relativas a exercício de atividades previstas acima não se aplicam às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades referidas nos §§ 5º-B a 5º-E do art. 18 da LC 123/06, ou as exerçam em conjunto com outras atividades que não tenham sido objeto de vedação no caput deste artigo. As atividades acima, em termos de imposto, devem compor os anexos III, IV e V, os quais serão abordados mais adiante. Nesse momento, diz-se apenas que: as atividades do § 5º-B do artigo 18 são tributadas conforme Anexo III; as atividades do § 5º-C do artigo 18 são tributadas conforme Anexo IV; as atividades do § 5º-D e § 5º-E desse mesmo artigo, são tributadas conforme Anexo V. 1.2.1.1 Microempreendedor individual Art. 18-A. O microempreendedor individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista nesse artigo. § 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406/02 – Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até $60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista nesse artigo. § 2o No caso de início de atividades, o limite de que trata o § 1º será de $5.000,00 (cinco mil reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro. § 3º, V. O microempreendedor individual recolherá, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas: a) $45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a título da contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário na qualidade de contribuinte individual; b) $1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII do caput do art. 13 dessa LC, caso seja contribuinte do ICMS; e c) $5,00 (cinco reais), a título do imposto de contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. O MEI terá isenção dos tributos, tais como: a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; b) Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI; c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; d) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins; e) Contribuição para o PIS/Pasep; f) Contribuição Patronal Previdenciária - CPP. Benefícios fiscais As microempresas e empresas de pequeno porte poderão optar pelo regime de tributação simplificada – Simples – sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte, que deu origem ao Simples Nacional. Simples Nacional Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela LC nº 123/06. O Simples Nacional, que ficou popularmente conhecido como Supersimples, estabelece normas gerais relativas ao tratamento tributário diferenciado e favorecido a ser dispensado às A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 5 microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias. O Simples Nacional prevê a unificação de oito tributos - seis federais, um estadual e um municipal - com o objetivo de desburocratizar a tributação para essas empresas, reduzir a carga tributária que incide sobre elas, aumentar a adimplência fiscal e facilitar a abertura e a regularização de empresas. Ele faz parte da lei geral da micro e pequena empresa, que prevê também políticas nas áreas do acesso ao crédito, compras governamentais, tecnologia, desburocratização e representação do segmento. Qual o objetivo do Simples Nacional? O Simples Nacional veio para atender a uma demanda do próprio setor e tem como objetivo central a redução, em regra, da carga tributária para as ME e EPP, além da simplificação do seu recolhimento e das obrigações acessórias a esse recolhimento. Grande parte da burocracia tributária federal, estadual e municipal está reunida no pagamento via Supersimples. Além disso, outras vantajosas mudançasestão no programa, como: desoneração tributária nas exportações; o acréscimo de mais ramos empresariais que antes não podiam usufruir desses benefícios e a arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais por meio de um único documento de arrecadação. A opção pelo Simples Nacional implica pagamento mensal unificado dos seguintes tributos: a) imposto de renda das pessoas jurídicas – (IRPJ), cuja alíquota é 15% mais 10% sobre oe excesso de lucro líquido; b) imposto sobre produtos industrializados – (IPI), cuja alíquota pode variar de zero a 200%, ou mais do custo de produção; c) contribuição para financiamento da seguridade social – (Cofins), cuja alíquota é 7,6% da receita bruta; d) contribuição para: programa de integração social – (PIS), cuja alíquota é 0,65% da receita bruta; programa de formação do patrimônio do servidor público – (Pasep), que tem a mesma alíquota do PIS; e) contribuição social sobre o lucro líquido, cuja alíquota é 9% do lucro líquido; f) contribuição patronal previdenciária – CPP para a seguridade social a cargo da pessoa jurídica (20%, sobre o valor bruto da folha de pagamento e seguro acidente de trabalho de 1%, 2% ou 3% do valor bruto da folha de pagamento e contribuição para terceiros, que pode varia de 2% a 5,8% do valor bruto da folha de pagamento). g) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS h) imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS. Obrigação tributária da ME e EPP enquadrada no Simples O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte, cuja atividade seja comercial ou industrial, inscritas no Simples Nacional, será determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta mensal auferida, dos percentuais elencados nas Figuras 11, cuja partilha se verifica nos Anexos I e II A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 6 Figura 11 – Faixas de valores acumulados e porcentagens para ME e EPP comercial e industrial Fonte: Adaptado dos Anexos I e II da Lei nº 123/06 O percentual a ser aplicado em cada mês, será o correspondente à receita acumulada até o próprio mês, por exemplo, a Figura 12 mostra a incidência do imposto sobre a receita bruta mensal de uma microempresa comercial que apresenta os seguintes movimentos: A tributação das microempresas e empresas de pequeno porte cuja atividade seja prestação de serviços deve obedecer aos Anexos III, IV e V da Lei nº 123/06. Atividades do Anexo III I) Para a microempresa, em relação à receita bruta acumulada dentro do ano-calendário Receita bruta acumulada em R$ (ME) ME contribuinte comercial ME contribuinte industrial a) até 180.000,00 4,00% 4,50% b) de 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 5,97% II) Para a empresa de pequeno porte, em relação à receita bruta acumulada dentro do ano-calendário Receita bruta acumulada em R$ (EPP) EPP contribuinte comercial EPP contribuinte industrial c) de 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 7,34% d) de 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 8,04% e) de 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 8,10% f) de 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 8,78% g) de 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 8,86% h) de 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 8,95% i) de 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 9,53% j) de 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 9,62% k) de 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 10,45% l) de 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 10,54% m) de 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 10,63% n) de 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 10,73% o) de 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 10,82% p) de 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 11,73% q) de 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 11,82% r) de 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 11,92% s) de 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 12,01% t) de 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 12,11% A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 7 As atividades de prestação de serviços de comunicação e de transportes interestadual e intermunicipal de cargas, deduzida a parcela correspondente ao ISS e acrescida da parcela correspondente ao ICMS prevista no Anexo I. As atividades de locação de bens móveis, deduzindo-se da alíquota o percentual correspondente ao ISS previsto nesse Anexo. Meses Receita mensal Receita acumulada Imposto Janeiro 40.000,00 40.000,00 4,00% x 40.000 = 1.600 Fevereiro 30.000,00 70.000,00 4,00% x 30.000 = 1.200 Março 80.000,00 150.000,00 4,00% x 80.000 = 3.200 Abril 70.000,00 220.000,00 4,00% x 30.000 = 1.200 220.000 – 180.000 = 40.000 70.000 – 40.000 = 30.000 5,47% x 40.000 = 2.188 total . . . . . . . . . . . . 3.388 Maio 100.000,00 320.000,00 5,47% x 100.000 = 5.470 Junho 90.000,00 410.000,00 5,47% x 40.000 = 2.188 410.000 – 360.000 = 50.000 90.000 – 50.000 = 40.000 6,84% x 50.000 = 3.420 total . . . . . . . . 5.608 Julho 120.000 530.000,00 6,84% x 120.000 = 8.208 Agosto 100.000 630.000,00 6,84% x 10.000 = 2.592 630.000 – 540.000 = 90.000 100.000 – 90.000 = 10.000 7,54% x 90.000 = 6.786 total . . . . . . . . . . . . 9.378 Setembro 90.000 720.000,00 7,54% x 90.000 = 6.786 Outubro 100.000 820.000,00 7,60% x 100.000 = 7.600 Novembro 100.000 920.000,00 7,60% x 80.000 = 6.080 920.000 – 900.000 = 20.000 100.000 – 20.000 = 80.000 8,28% x 20.000 = 1.656 total . . . . . . . . . . . . 7.736 Dezembro 100.000,00 1.020.000,00 8,28% x 100.000 = 8.280 Figura 12 – Cálculo do imposto de ME/EPP durante um exercício social Fonte: elaboração do autor. As seguintes atividades de prestação de serviços: I) creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres, exceto: as academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; (serão tributadas, conforme anexo V); as academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes (serão tributadas, conforme anexo V; II) agência terceirizada de correios; III) agência de viagem e turismo; IV) centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; V) agência lotérica; VI) serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; VII) transporte municipal de passageiros; e A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 8 VIII) escritórios de serviços contábeis, desde que a) promovam atendimento gratuito relativo à inscrição, à opção do MEI – microempreendedor individual, inclusive à primeira declaração anual simplificada da microempresa individual, podendo, para tanto, por meio de suas entidades representativas de classe, firmar convênios e acordos com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio dos seus órgãos vinculados; b) forneçam, na forma estabelecida pelo Comitê Gestor, resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas relativas às microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas; c) promovam eventos de orientaçãofiscal, contábil e tributária para as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas. Na hipótese de descumprimento das obrigações acima, o escritório será excluído do Simples Nacional, com efeitos a partir do mês subsequente ao do descumprimento, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. Atividades do Anexo IV As atividades de prestação de serviços seguintes serão tributadas na forma do Anexo IV. As ME e EPP cujo imposto deve ser calculado com base nesse anexo, deve calcular a CPP – contribuição patronal previdenciária segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis. Ou seja, a ME e EPP deve calculá-los e recolhê-los tal como um empresa normal. São atividades desse grupo: I) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; II) serviço de vigilância, limpeza ou conservação. Atividades do Anexos V As atividades de prestação de serviços seguintes serão tributadas na forma do Anexo: I) cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; II) academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; III) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; IV) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; V) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; VII) empresas montadoras de estandes para feiras; VIII) produção cultural e artística; IX) produção cinematográfica e de artes cênicas; X) laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; XI) serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; XII) serviços de prótese em geral. 1.2.2 Empresa lucro presumido Lucro presumido, como o próprio nome determina, presume-se o lucro de uma empresa com base na aplicação de alguns percentuais sobre a receita bruta, conforme pode ser observado em exemplos que adiante serão detalhados. As pessoas jurídicas optantes pelo sistema tributário denominado lucro presumido devem recolher o IRPJ à alíquota de 15% sobre o percentual de lucro, que é presumido à sua atividade econômica e aplicado sobre seu faturamento, sendo devido o adicional de 10% sobre o lucro que superar o valor de $60.000,00 no trimestre (a apuração é trimestral). Os lucros para o IRPJ são presumidos, conforme ilustra as Figuras 11 e 12. Para efeito de cálculo do imposto de renda e contribuição social, considera-se receita bruta total o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, acrescidos das demais receitas, tais como, A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 9 rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável), receita de locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio etc. e dos ganhos de capital (RIR/1999, arts. 518, 519 e 521). Tributos Vendas mercadorias Prestação de serviços PIS 0,65% 0,65% Cofins 3,00% 3,00 % Imposto de Renda (*) 0,24% a 1,20% 1,20% a 4,8% Contribuição Social (*) 1,08% 2,88% ISS (**) Não incide 2% a 5% ICMS (sobre vendas) Verificar por mercadoria Não incide Figura 11 – Tabela de tributação por tipo de empresa em porcentagem Fonte: elaboração do autor. (*) = Ver a figura seguinte. (**) = Verificar a atividade de serviço no município. O imposto de renda com base no lucro presumido é determinado pelo valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de lucro (variáveis conforme o tipo de atividade operacional exercida pela pessoa jurídica) sobre a receita bruta auferida nos trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano- calendário (RIR/1999, art. 518 e §§ 1º ao 6º do art. 519). Atividade Percentual de presunção Alíquota do IR Percentual direto Contribuiç social Revenda para consumo de combustível, derivado de petróleo, álcool etílico, carburante e gás natural 1,6% 15% 0,24% 1,08% Revenda de mercadorias 8,0% 15% 1,20% 1,08% Venda de produtos de fabricação própria 8,0% 15% 1,20% 1,08% Prestação de serviços hospitalares 8,0% 15% 1,20% 1,08% Serviços de transporte de cargas 8,0% 15% 1,20% 1,08% Atividade rural 8,0% 15% 1,20% 1,08% Industrialização por encomenda (material fornecido pelo encomendante) 8,0% 15% 1,20% 1,08% Transporte de passageiros (exceto sociedades simples, profissão regulamentada – médicos, dentistas, contadores, engenheiros, advogados) 16% 15% 2,40% 2,88%(**) Prestação de serviços por sociedades simples 32% 15% 4,80% 2,88%(**) Prestação de serviços em geral 32%(*) 15% 4,80% 2,88%(**) Serviços relativos à profissão legalmente regulamentada 32% 15% 4,80% 2,88%(**) Intermediação de negócios (Inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de seguros, imóveis e outros). 32%(*) 15% 4,80% 2,88%(**) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza, como por exemplo: franchising, factoring, etc. 32%(*) 15% 4,80% 1,88%(**) Construção por administração ou por empreitada, unicamente de mão-de-obra 32%(*) 15% 4,80% 2,88%(**) Construção por administração ou por empreitada com fornecimento de materiais e mão-de-obra 8% 15% 1,20% 1,08% Figura 12 – Tabela de presunção de lucro Fonte: elaboração do autor. A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 10 (*) = Caso o faturamento não ultrapassar o limite de $120.000, o imposto será reduzido à metade. (**) = Alteração da contribuição social a partir de 01/09/03 (Lei nº 10.684/03). Quando houver receitas financeiras e outros ganhos de capital deve-se aplicar a alíquota de 15% para o cálculo do imposto de renda (IRPJ) e de 9% para a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) sobre o valor bruto dessas receitas. Mas não é só. Caso a empresa venha a apurar "lucro presumido" superior a $60.000,00, no trimestre, deve ainda calcular o valor do adicional de imposto de renda. Aplica-se, então, a alíquota de 10% sobre o excesso. Exemplo. Certa construtora faturou $4.500.000,00 em determinado trimestre pelas vendas de imóveis e faturou $800.000 em serviços de manutenção teve rendimentos de aplicações financeiras de $200.000,00. Calcule o valor do imposto de renda. Receitas principais e lucro presumido Receita bruta de vendas 8% x 4.500.000 360.000 Receita bruta de serviços 32% x 800.000 256.000 Receitas adicionais Receitas de juros ----- 200.000 Total da base de cálculo do IR . . . . . . . . . . . . . 816.000 Cálculo do imposto: 15% sobre 816.000 = 122.400 Sobre o valor que excede a $20.000 por mês, isto é, $60.000 por trimestre, deve-se calcular o imposto adicional: Base mensal: $20.000 (três meses) = $60.000 Base de cálculo do imposto 816.000 Diferença entre a base do imposto e a base trimestral 816.000 – 60.000 = 756.000 Imposto adicional: 10% x 756.000 75.600 Imposto a ser recolhido (pago): 122.400 + 75.000 = 197.400 1.8.2.3 Empresa lucro real Qualquer empresa pode optar por calcular imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, tomando por base esse método. É o método mais exato possível, ou senão o mais completo. Entretantopelo fato de ser mais detalhado, exige todo um aparato contábil. É necessário, pois que a empresa disponha de todos os procedimentos de contabilidade. Se a empresa optar por esse regime tributário, é sinal de que ela quer que seja feita uma contabilidade fidedigna, sendo, portanto, indispensável as suas tomadas de decisão. Nesse regime, necessariamente são elaboradas as demonstrações contábeis, tais como balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício entre outras. Isso significa dizer que os tributos sobre o lucro são encontrados quando da elaboração das demonstrações contábeis. Principais características São características especiais da tributação com base no lucro: Balanço patrimonial O regime de tributação com base no lucro real exige o levantamento de Balanços Patrimoniais, fundamentados nas normas das legislações comerciais e fiscais e de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Os Balanços são levantados ao final de cada trimestre ou de cada ano, de acordo com o período de apuração escolhido pela pessoa jurídica. Apuração do lucro real A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 11 O lucro real é apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurídica, ou seja, do resultado das receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das despesas e das perdas, demonstrados através da escrita contábil. O lucro real corresponde ao resultado contábil ajustado pelas adições e exclusões ou compensações estabelecidas em lei, que são feitas extracontabilmente através do livro de apuração do lucro real - Lalur. Pagamento do imposto de renda O imposto de renda é pago: a) trimestralmente, em quota única ou em até 3 parcelas mensais, iguais e consecutivas, se a empresa optar pela apuração trimestral do imposto; b) mensalmente, pelo regime de estimativa, se a empresa optar pela apuração anual do imposto. Nesse caso, se apurada diferença positiva entre o imposto estimado pago e o devido anualmente, esta deverá ser recolhido até o último dia útil de março do ano- calendário seguinte. Principais vantagens A forma de tributação com base no lucro real implica as principais vantagens: Cálculo do imposto com base no lucro efetivo Como o imposto incide sobre o lucro efetivo da pessoa jurídica, não existe possibilidade de pagamento a maior ou a menor do que o devido. Compensação de prejuízos O imposto somente é devido se o resultado for positivo. Ocorrendo prejuízos fiscais, a pessoa jurídica fica dispensada do pagamento do imposto. Além disso, é permitida a compensação total dos prejuízos contábeis nos períodos de apuração subsequentes de forma a não prejudicar a situação patrimonial da pessoa jurídica. Entretanto, os prejuízos fiscais possuem limite de compensação equivalente a 30% do lucro real apuração no período. Opção por incentivos fiscais O lucro real é o único regime de tributação que permite o gozo dos diversos incentivos fiscais estabelecidos pela legislação do Imposto de Renda, tais como: a) Isenção ou redução do imposto; b) Depreciação ou amortização acelerada incentivada; c) Benefícios decorrentes das doações ao Fundo de Apoio à Criança e ao Adolescente, à Cultura e ao Cinema, ao Programa de Alimentação do Trabalhador etc. 1.8.2.4 Lucro real ou presumido No início de cada ano-calendário, é comum o contador e/ou empresário fazer um planejamento tributário para saber qual a melhor opção para tributar os resultados de sua empresa. As pessoas jurídicas que podem optar pelo lucro presumido normalmente podem também optar pelo lucro real trimestral ou anual, sem maiores problemas. Excluindo as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, todas as demais podem optar pelo lucro presumido, exceto as que são obrigadas pelo lucro real, na forma como dispõe o art. 14 da Lei nº 9.718/98, tais como: I) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de $48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses (dispositivo alterado pelo art. 46 da Lei nº 10.637/02); II) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 12 IV) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430/96; VI) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); e que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do VII) agronegócio. (dispositivo incluído pelo art. 22 da MP nº 472/09, convertida na Lei nº 12.249/10). As pessoas jurídicas, inclusive as sociedades cooperativas, podem optar pelo lucro presumido ou lucro real, quando não estiverem enquadradas nos itens elencados anteriormente. A escolha da opção deve ser feita pelo contribuinte no primeiro recolhimento do imposto de renda (IR) ou da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL). A opção é irrevogável e irretratável. A Figura 13 ilustra a classificação econômica e as possibilidades de enquadramento tributário. Figura 13 – Classificação econômica x classificação tributária Fonte: elaboração do autor Ainda sobre a figura acima, afirma-se que a classificação tributária leva em conta o porte da empresa acrescido do tipo de atividade e a natureza jurídica da organização, por exemplo, uma sociedade anônima não pode ser enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte. A classificação tributária da empresa é um dos passos importante no momento de constituição do empreendimento. A seguir, apresenta-se um exemplo prático de apuração do lucro presumido, especificando os percentuais de presunção de lucro, com a determinação da base de cálculo e apuração do imposto de renda e da contribuição social. 1.8.2.5 Lucro arbitrado O lucro arbitrado é tanto uma forma de cobrança pela autoridade fiscal do imposto devido como pode ser uma opção do contribuinte em função de este não ter elaborado a contabilidade exigida para provar o lucro real. Assim, o lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando: Falta de escrituração - a pessoa jurídica tributada com base no lucro real é obrigada a manter escrituração contábil completa, de acordo com as leis comerciais e fiscais. Quando o contribuinte, por qualquer motivo, deixar de escriturar os livros exigidos pela legislação, perder e/ou destruir os mesmos ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, poderá ter seu lucro arbitrado pela autoridade tributária Pequenas empresas Médias empresas Grandes empresas Microempresa e Empresa de pequeno porte Lucro presumido lucro real lucro arbitrado lucro real lucro arbitradoA Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 13 Escrituração com falhas - quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária, ou determinar o lucro real. Recusa da apresentação de livros ou documentos - quando a pessoa jurídica, não obrigada a tributação com base no lucro real, deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou livro caixa, nos quais deverá ser escriturada toda a movimentação financeira, inclusive a bancária. Opção indevida pelo lucro presumido - o contribuinte que optar indevidamente pelo lucro presumido estará sujeito a ter o seu lucro arbitrado. Representante de pessoa jurídica estrangeira - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deve escriturar os seus livros comerciais, de modo a demonstrar, além dos próprios rendimentos, o lucro real apurado nas operações de conta alheia, em cada ano. Nos trimestres em que a empresa apresentar documentação contábil adequada, não se aplicará o cálculo do lucro de forma arbitrada. ANEXO I - DA LEI COMPLEMENTAR Nº123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (vigência: 01/01/2012) (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23 % 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32 % 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42 % 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51 % 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61 % 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 14 ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR Nº123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (vigência: 01/01/2012) (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50% De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50% De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50% De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 15 ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (vigência: 01/01/2012) (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de Locação de Bens Móveis e de Prestação de Serviços não relacionados nos §§ 5º-C e 5º-D do art. 18 desta Lei Complementar. Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00% De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79% De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 16 ANEXO IV DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (vigência: 01/01/2012) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar. Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00%2,79% De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 17 ANEXO V - (vigência: 01/01/2012) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5º-D do art. 18 desta Lei Complementar. 1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo: (r) = [Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)] / [Receita Bruta (em 12 meses)] 2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos centesimais da Tabela V-A, onde ―<‖ significa menor que, ―>‖ significa maior que, ―≤‖ significa igual ou menor que e ―≥‖ significa maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP corresponderão ao seguinte TABELA V-A Receita Bruta em 12 meses (em R$) (r)<0,10 0,10≤ (r) e (r) < 0,15 0,15≤ (r) e (r) < 0,20 0,20≤ (r) e (r) < 0,25 0,25≤ (r) e (r) < 0,30 0,30≤ (r) e (r) < 0,35 0,35≤ (r) e (r) < 0,40 (r) ≥ 0,40 Até 180.000,00 117,50% 115,70% 113,70% 111,82% 110,47% 99,97% 88,80% 8,00 % De 180.000,01 a 360.000,00 117,52% 115,75% 113,90% 112,60% 112,33% 110,72% 99,10% 8,48% De 360.000,01 a 540.000,00 117,55% 115,95% 114,20% 112,90% 112,64% 111,11% 99,58% 9,03% De 540.000,01 a 720.000,00 117,95% 116,70% 115,00% 113,70% 113,45% 112,00% 110,56% 9,34% De 720.000,01 a 900.000,00 118,15% 116,95% 115,30% 114,03% 113,53% 112,40% 111,04% 10,06% De 900.000,01 a 1.080.000,00 118,45% 117,20% 115,40% 114,10% 113,60% 112,60% 111,60% 10,60% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 118,55% 117,30% 115,50% 114,11% 113,68% 112,68% 111,68% 10,68% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 118,62% 117,32% 115,60% 114,12% 113,69% 112,69% 111,69% 10,69% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 118,72% 117,42% 115,70% 114,13% 114,08% 113,08% 112,08% 11,08% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 118,86% 117,56% 115,80% 114,14% 114,09% 113,09% 112,09% 11,09% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 118,96% 117,66% 115,90% 114,49% 114,45% 113,61% 112,78% 11,87% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 119,06% 117,76% 116,00% 114,67% 114,64% 113,89% 113,15% 12,28% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 119,26% 117,96% 116,20% 114,86% 114,82% 114,17% 113,51% 12,68% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 119,56% 118,30% 116,50% 115,46% 115,18% 114,61% 114,04% 13,26% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 220,70% 119,30% 117,45% 116,24% 116,00% 115,52% 115,03% 14,29% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 221,20% 220,00% 118,20% 116,91% 116,72% 116,32% 115,93% 15,23% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 221,70% 220,50% 118,70% 117,40% 117,13% 116,82% 116,38% 16,17% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 222,20% 220,90% 119,10% 117,80% 117,55% 117,22% 116,82% 16,51% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 222,50% 221,30% 119,50% 118,20% 117,97% 117,44% 117,21% 16,94% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 222,90% 221,80% 220,00% 118,60% 118,40% 117,85% 117,60% 17,18% 1) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV a esta Lei Complementar. 2) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP arrecadadas na forma deste Anexo será realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B, onde: (I) = pontos percentuais da partilha destinada à CPP; (J) = pontos percentuais da partilha destinada ao IRPJ, calculados após o resultado do fator (I); (K) = pontos percentuais da partilha destinada à CSLL, calculados após o resultado dos fatores (I) e (J); (L) = pontos percentuais da partilha destinada à Cofins, calculados após o resultado dos fatores (I), (J) e (K); (M) = pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o PIS/Pasep, calculados após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L); (I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100 N = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100; P = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1. TABELA V – Alíquotas e partilha do Simples A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 18 Receita Bruta em 12 meses (em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP I J K L M Até 180.000,00 N x 0,9 0,75 (100 -I) P 0,25 (100-I) P 0,75 (100- I – J - K) 100 - I - J - K - L De 180.000,01 a 360.000,00 N x 0,875 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 -I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 360.000,01 a 540.000,00 N x 0,85 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 -I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 540.000,01 a 720.000,00 N x 0,825 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 720.000,01 a 900.000,00 N x 0,8 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 900.000,01 a 1.080.000,00 N x 0,775 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 N x 0,75 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 N x 0,725 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 N x 0,7 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 N x 0,675 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 N x 0,65 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 N x 0,625 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 N x 0,6 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 N x 0,575 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 N x 0,55 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 N x 0,525 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 N x 0,5 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 N x 0,475 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 N x 0,45 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 N x 0,425 0,75 (100 - I) P 0,25 (100 - I) P 0,75 (100 - I - J -K) 100 - I - J - K - L Micro e pequenas empresas são fundamentais para a economia brasileira De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o crescimento das micro e pequenas empresas na última década é motivado pelo melhor ambiente de negócios, como a criação dos Supersimples (que reduziu e unificou impostos para os pequenos negócios), o aumento da escolaridade do brasileiro e o incremento do mercado consumidor e da classe média. Além disso, ele considera que as pessoas estão abrindo pequenos negócios por acreditar no empreendedorismo, não apenas por falta de empregos, como antigamente. ―Esses três fatores têm motivado o brasileiro a empreender por oportunidade e não mais por necessidade. Antes as pessoas abriam um negócio próprio quando não encontravam emprego. Hoje, de sete a cada 10 pessoas iniciam um empreendimento por identificar uma demanda no mercado, o que gera empresas mais planejadas e com melhores chances de crescer‖, diz Barretto. De acordo com o levantamento do Sebrae, são mais de 8,9 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil. O último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicou que os pequenos negócios representam 99% dos estabelecimentos formais do País. A Lei Geral protege os pequenos negócios para seguir a Constituição e promover distribuição de renda e geração de emprego. Veja como acompanhar sua evolução. A Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi instituída em 2006 para regulamentar o disposto na Constituição Brasileira, que prevê o tratamento diferenciado e favorecido à microempresa e à empresa de pequeno porte. Foi concebida com ampla participação da sociedade civil, entidades empresariais, Poder Legislativo e Poder Executivo e já atravessou quatro rodadas de alteração, sempre com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento e a competitividade das microempresas e empresas de pequeno porte brasileiras, como estratégia de geração de emprego, distribuição de renda, inclusão social, redução da informalidade e fortalecimento da economia. A Sabedoria é a única arma invencível de um povo. 19 Através da Lei Geral, foi instituído o regime tributário específico para os pequenos negócios, com redução da carga de impostos e simplificação dos processos de cálculo e recolhimento, que é o Simples Nacional. Além disso, a Lei prevê benefícios para as pequenas empresas em diversos aspectos do dia a dia, como a simplificação e desburocratização, as facilidades para acesso ao mercado, ao crédito e à justiça, o estímulo à inovação e à exportação. Qual a diferença entre MEI, EI, ME e EPP? A legislação civil empresarial do país tem se modernizado bastante, e vem oferecendo cada vez mais ótimas possibilidades para a formalização de negócios e incentivos para os empreendedores. Para os gestores que querem lançar novas ideias no mercado, empresariado e profissionais de contabilidade, é essencial entender as diferenças entre cada enquadramento empresarial. Isso porque há vantagens e regras bem diferentes para cada tipo de pessoa jurídica, e só será possível aproveitá-las a partir da adequada compreensão das características e da ideia por detrás de cada espécie empresarial. Com intenção de facilitar o uso diário dos tipos empresariais, existem algumas siglas, entre elas MEI, EI, ME e EPP. Você sabe o que cada uma delas significa? No post de hoje você vai conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas siglas e poderá perceber qual delas é a mais interessante para seu negócio! MEI Esta é a sigla para 0 Microempreendedor Individual. Trata-se de uma empresa individual, voltada para a formalização das pessoas que trabalham por conta própria. O tipo foi criado pela Lei Complementar nº 123/2006, devendo ter faturamento anual de até R$60 mil, podendo se ajustar ao Simples Nacional. O MEI não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Em contrapartida, pode ter um empregado que receba salário-mínimo ou o piso da categoria. A abertura da empresa e o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) são efetuados rapidamente — tudo pela internet. Há diversas vantagens tributárias, com pagamentos mensais fixos e baixos, além de acesso a específicos benefícios previdenciários. Se você acha que o MEI pode se adequar ao seu negócios, conheça 7 motivos valiosos para se tornar um Micro Empreendedor Individual. ME ME é a sigla para Microempresa, ou seja, empreendimentos que visam o lucro e que apresentam um faturamento anual de até R$360 mil. Sua formalização deve ser feita na Junta Comercial e o titular seleciona o enquadramento tributário pelo Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido. A legislação brasileira assinala como requisito ao enquadramento como ME (e também como EPP) simplesmente o faturamento da empresa. Nesse sentido, apesar de, em geral, ter menos funcionários do que uma corporação de grande porte, não é a quantidade de empregados ou o capital social, por exemplo, que vai ditar se o tipo empresarial será ME ou EPP. Para a empresa se enquadrar no Simples Nacional é necessário ser um empresa ME ou EPP. Você sabe a diferença entre os enquadramentos tributários Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real? Conheça aqui. EPP As empresas que tenham faturamento anual no limite de R$3,6 milhões podem ser registradas como Empresas de Pequeno Porte, cuja sigla comum é EPP. A formalização e o enquadramento tributário seguem as mesmas indicações da Microempresa. Sua legislação é a Lei Complementar nº 139/2011, a mesma do ME. Cada uma destas siglas conferem a sua empresa um tratamento perante o fisco e a legislação, para se ter um exemplo as empresas ME e EPP são dispensadas da contratação de Jovem Aprendiz e podem ser beneficiadas em licitações públicas. Portanto, na hora de realizar o melhor enquadramento da empresa e garantir o seu investimento é importante contar com ajuda especializada de um Contador.
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