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Descoberta proteína humana que dá efeito mortal a ricina

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Descoberta proteína humana que dá efeito mortal a ricina, um veneno da mamona
Cientistas descobriram uma proteína específica em nosso corpo que permite que a ricina seja tóxica para nós. A pesquisa é de cientistas do Instituto de Biotecnologia Molecular da Áustria, conhecido como IMBA. Após anos de pesquisa, os cientistas encontraram em nossas células a proteína Gpr107, responsável por se ligar a ricina, permitindo que ela tenha efeito mortal para os humanos. Isso é importante para estudar uma possível forma de bloqueio, não permitindo que a ricina alcance a Gpr107, desenvolvendo assim uma espécie de antídoto. O objetivo principal dos cientistas é evitar que a ricina seja usada como arma biológica em ataques terroristas ou guerras. A mamona (Ricinus communis), conhecida em nosso país por oferecer uma boa fonte de biocombustível pela alta taxa de óleo em suas sementes, produz a ricina, um tipo de proteína com efeito tóxico inacreditável. Botânicos afirmam que ela é sem dúvida a toxina mais mortal que existe no reino vegetal. Seu poder destrutivo se dá por uma característica especial em se ligar nos ribossomos de nossas células paralisando instantaneamente a produção de proteínas vitais a nossa sobrevivência, sendo por isso chamada de RIPs ou Proteína Inativadora do Ribossomo. Pesquisadores afirmam que apenas 1 grama de ricina é capaz de matar 36 mil pessoas! Sendo cerca de 500 vezes mais potente que o mais tóxico veneno de cobra e até 1.500 vezes mais mortífero que o cianeto usado nas câmaras de gás na Alemanha Nazista. Centros de inteligência de vários países estão em alerta, eles afirmam que grupos terroristas como o famoso Al Qaeda possui planos de ataques utilizando a ricina. O caso mais famoso de intoxicação com ricina ocorreu com Georgi Markov, dissidente búlgado de 49 anos, morto 3 dias depois de ser atingido pela ponta de um guarda-chuva, por um desconhecido na rua. Estima-se que a ponta continha uma quantidade ínfima de 0,005 g de ricina.
Ulrich Elling, pesquisador cujos experimentos descobriram essa proteína, considera que não levará muito tempo para criar um antídoto. O cientista utilizou uma nova tecnologia que permite manter em um curto espaço de tempo mutações no genoma de mamíferos e acredita que será revolucionária no mundo da biotecnologia. Dessa maneira, Elling pôde reproduzir milhões de mutações genéticas em células-tronco de roedores e descobrir a proteína. Além disso, os pesquisadores lembram que, a partir desta toxina que pode ser obtida das sementes da mamona, alguns grupos terroristas, como a Al Qaeda, tinham mostrado interesse em utilizá-la como arma para atacar shoppings e transportes públicos. Segundo os especialistas, um grama de ricina pode matar 36 mil pessoas, e é considerada 500 vezes mais potente que o veneno da cobra e 1,5 mil vezes mais letal que o cianureto. Um dos casos mais conhecidos de envenenamento com ricina foi o assassinato, em 1978, do dissidente búlgaro Georgi Markov, de 49 anos, na ponte de Waterloo de Londres. Markov morreu três dias depois de ter sido atigindo pela ponta envenenada do guarda-chuva de um desconhecido em um ponto de ônibus.

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