Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* Escoamento Superficial – Rios e Canais Prof. Dr. Marcelo Gonçalves Resende * Tipos de escoamentos Difuso - o escoamento da massa líquida ocorre sobre uma área da superfície do solo, sendo possível identificar um sentido preferencial do movimento mas não um caminho preferencial para o deslocamento; o escoamento dá-se em uma camada de pequena espessura, aproximadamente uniforme. Torrentes, enxurradas e pequenas drenagens. Escoamento Superficial > Velocidade de Infiltração * * * Tipos de escoamentos Concentrado - o escoamento da massa líquida ocorre sobre uma área da superfície do solo, sendo possível identificar um sentido preferencial do movimento e, claramente, um caminho preferencial para o deslocamento; o escoamento ocorre em pequenos canais que vão aumentando de largura e profundidade na medida que seguem sua trajetória * * * * * Escoamento de Rios e Reservatórios Deslocamento da água na superfície da bacia nos rios, canais e reservatórios. Uma das parcelas mais importantes do ciclo hidrológico; Trata da ocorrência e do transporte de água na superfície terrestre. * Escoamento de Rios e Reservatórios Regido por leis físicas; Representado quantitativamente por variáveis como: Vazão; Profundidade e Velocidade * Escoamento de Rios e Reservatórios Divide-se em: Escoamento permanente ou não-permanente Escoamento uniforme ou não-uniforme * Escoamento permanente ou não-permanente Permanente – não variável com o tempo; Não permanente – escoamento variável com o tempo – corresponde a maioria dos problemas de hidrologia superficial. * Escoamento não-permanente Gradualmente variado: escoamento em rios e em reservatórios durante inundações. Variado: escoamento em canalizações e rompimento de barragens. * Escoamento uniforme ou não-uniforme Escoamento Uniforme – Escoamento permanente uniforme e velocidade constante. Escoamento não Uniforme: Escoamento com variação de velocidade. * Cálculo do fluxo Fórmula empírica de Manning: V = (1/n)R2/3S1/2 Onde: V = velocidade de fluxo (m/s) R = raio hidráulico (m) ; S = Declividade do canal e n = Coeficiente de fricção de Manning. n varia de 0,024 (rios grande e largos) até 0,079 (pequenas drenagens) Raio hidráulico R = A/P Onde A = área molhada (m2) e P = perímetro molhado (m) * Cálculo do fluxo Fórmula empírica de Chezy: V = C(RS)1/2 Onde: C = Coeficiente de Chezy (m1/2/s) R = raio hidráulico (m) ; S = Declividade do canal Coeficiente de Chezy: 79 m1/2/s para rios grandes e largos e 11 m1/2/s para pequenas drenagens. Valores típicos entre 40 m1/2/s e 70 m1/2/s. * Cálculo do fluxo Da equação anterior pode-se calcular a profundidade hidráulica: S = fF2 Onde: fator dimensional de fricção = g/C2 F = Número de Froude = V/(gD)1/2 O valor de f varia de 0,0016 para rios grandes e largos até 0,081 para pequenas drenagens. Valores típicos estão entre 0,002 e 0,006. D = Profundidade hidráulica * Cálculo do fluxo Comparando as equações de Manning e de Chezy temos que: C = (1/n)R1/6 * Escoamento em rios e reservatórios Característica da bacia hidrográfica: Área Forma Relevo Densidade da drenagem Declividade do rio/bacia Depressões acumuladores/retentoras de água * Escoamento em rios e reservatórios Condições da superfície de solo e sub-solo: Vegetação Capacidade de Infiltração do solo Geologia * Escoamento em rios e reservatórios Obras de controle e utilização da água à montante: Irrigação ou drenagem do terreno Canalização ou retificação de cursos d’água Barragens Retirada/aporte de água na bacia * * * * Estágios de fluxo de um rio Existem três estágios: Baixo fluxo – Típico de estações secas – origem basicamente de escoamento de água subterrânea Fluxo médio – Ocorre na transição entre estações secas e chuvosas. Contribuição de runoff + escoamento sub-superficial + escoamento subterrâneo Alto fluxo – Típico de estação chuvosa. Contribuição de runoff + escoamento sub-superficial + escoamento subterrâneo * Cálculo de vazão em rios Equação da continuidade: É a equação que mostra a conservação da massa de líquido no conduto, ao longo de todo o escoamento. Isto quer dizer que em qualquer seção transversal da canalização o produto r.A.V será constante, sendo "r" a densidade do líquido. Desprezando-se a compressibilidade da água temos para as n seções do escoamento * Cálculo de vazão em rios Equação da continuidade: A1.V1 = A2.V2 = = An.V = Q onde, Q = a vazão em estudo; Ai= a área da seção molhada em "i"; Vi= a velocidade de escoamento pela mesma seção. * Cálculo de vazão em rios Outra forma de cálculo é: Q = a(h-ho)b Onde Q = vazão; h = nível da água; ho = nível zero da régua; a e b são parâmetros associados a cada região. O cálculo de a e b é feito utilizando transformando a equação em uma reta por logaritmos: lnQ = lna + bln(h-ho) * Escoamento em Reservatórios: Regularização de Vazões Regularização de vazões ao longo do tempo: Uso Consuntivo: Abastecimento de água Irrigação em áreas agrícolas * Escoamento em Reservatórios: Regularização de Vazões Regularização de vazões ao longo do tempo: Uso Não Consuntivo: Regularização do nível de água para navegação de um rio; Regularização do nível de água para produção de energia elétrica; Regularização do nível de água para diluição de poluentes; Regularização de inundações. * DEFICIT DE ESCOAMENTO A avaliação do déficit de escoamento de uma bacia hidrográfica, para um longo período de tempo, pode ser feita pelo déficit de escoamento na equação P + R = Q + E + (R + R) Onde: P = precipitação média anual sobre a bacia hidrográfica, em mm Q = volume de água escoado pela seção S convertido em altura média anual de lâmina de água uniformemente distribuída sobre a área planimétrica da bacia, em mm E = evapotranspiração no período considerado, em mm R = reserva de água subterrânea no início do período R + R = reserva de água subterrânea no fim do período
Compartilhar