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ROBERTA SATTO RODRIGUES O USO DO TWITTER COMO CANAL DE DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO: #BIBLIOTECA Campo Grande/MS 2015 ROBERTA SATTO RODRIGUES O USO DO TWITTER COMO CANAL DE DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO: #BIBLIOTECA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior da FUNLEC – IESF, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia. Orientadora: Ma. Ana Paula Soares. Campo Grande/MS 2015 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Rodrigues, Roberta Satto. O uso do Twitter como canal de disseminação seletiva da informação : #biblioteca / Roberta Satto Rodrigues. – Campo Grande, MS, 2015. 24 f. ; 30 cm. Orientadora: Ana Paula Soares. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Instituto de Ensino Superior da FUNLEC. Curso de Biblioteconomia, Campo Grande, MS, 2015. 1. Fontes de informação eletrônica. 2. Disseminação seletiva da informação. 3. Informação digital. 4. Hashtag. 5. Twitter. I. Soares, Ana Paula. II. Instituto de Ensino Superior da FUNLEC. Curso de Biblioteconomia. III. Título. CDD 025.525 CDU 025.49 O USO DO TWITTER COMO CANAL DE DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO: #BIBLIOTECA Roberta Satto Rodrigues Ma. Ana Paula Soares1 Resumo Com o passar dos anos o convívio social sofreu alterações e as bibliotecas precisaram se adaptar a essas mudanças. Atualmente, as redes sociais proporcionam facilidade para obtenção de informação, porém com tantos dados dispersos no ambiente virtual, acaba dificultando a disseminação correta para quem precisa. Para a Biblioteconomia, a importância em organizar informações está na eficiência da recuperação para o usuário. Durante a confecção do trabalho estudou-se o uso do Twitter como canal para disseminar informações e foi analisado o alcance da informação difundida na rede social. Para descobrir se a rede social Twitter promove a interação com o usuário, foi elaborada uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa. As interações e postagens da biblioteca foram analisadas, bem como foram enviados questionários para doze bibliotecas selecionadas na busca #biblioteca do microblog. A conclusão aponta que a informação está sendo corretamente difundida no meio virtual, porém falta ainda a interação do usuário com a biblioteca. Palavras-chave: Fontes de informação eletrônica. Disseminação seletiva da informação. Informação digital. Hashtag. Twitter. Abstract Over the years the social life has suffered many changes through the years and the libraries need to adapt to these changes. Currently, the social media provides an easy way to obtain information, however with so many discattered data in the virtual environment, it makes difficult the correct dissemination for those who need. For the Librarianship, the value of organizing is in the recovery efficiency for the user. During the development of this Project, the Twitter use was studied as a channel to disseminate information and the range of widespread information in the social network 1 Mestra em Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, professora do Instituto de Ensino Superior da FUNLEC, no curso de Biblioteconomia. was analyzed. To find out if the social network Twitter promotes interaction with the user, an exploratory research was elaborated, with qualitative approach. The library’s interaction and posts were analyzed and were sent questionnaires to twelve of the selected libraries in the research #library inside the microblog. It was concluded that the information was correctly widespread in the virtual environment, however there’s still a lack of the user interaction. Keywords: Electronic information sources. Selective dissemination of information. Digital information. Hashtag. Twitter. 4 INTRODUÇÃO A perspectiva de convívio social vem mudando na atual sociedade contemporânea, pois o compartilhamento de experiências virtuais superou a roda de bate papo que outrora existia. O avanço da World Wide Web (WWW) proporcionou às pessoas facilidade para obtenção de informação. Apesar disso, um ambiente com tal disponibilidade acaba fadado a ser consumido por informações dispersas. No contexto biblioteconômico existe uma grande preocupação com a recuperação e disseminação da informação. Atualmente, o advento da Internet, nos leva à discussão, à utilização e à procura da eficácia no emprego de novas ferramentas usadas para recuperar a informação nas redes sociais, mais especificamente no Twitter. A automação trouxe vários benefícios para grande parte da população. Muitas vezes utilizamos as redes sociais, porém não compreendemos que, durante a simplicidade do uso de uma hashtag existe um complexo processo de busca e recuperação de informações sobre o mesmo tema. Justifica-se a pesquisa por ser esse um assunto relativamente novo, sendo assim, existe pouca abordagem teórica atinente ao assunto dentro do contexto da Biblioteconomia brasileira. O microblog Twitter, com a famosa frase “o que está acontecendo?”, é responsável por um dos maiores produtores de folksonomia, indexação colaborativa em linguagem natural, no ambiente digital. Os usuários do microblog utilizam a ferramenta hashtag como marcador de assunto para agregar um tópico ao tweet (mensagem). Servindo como um novo canal para comunicação entre usuários e bibliotecas, pode-se dizer que a rede social Twitter promove a interação com o usuário? Para responder tal pergunta faz-se necessário analisar o processo de disseminação seletiva da informação por meio do uso do microblog, além de verificar as estratégias utilizadas pelas bibliotecas para disseminar a informação no ambiente virtual. No que concerne ao assunto abordado ainda há pouca discussão, o presente trabalho visa, então, avaliar os fluxos de informação utilizando uma abordagem qualitativa. Sob uma perspectiva exploratória, foram analisadas as interações e postagens realizadas pelas doze primeiras bibliotecas que aparecem na busca do 5 Twitter, utilizando a #biblioteca. Também foram enviados questionários via e-mail e Twitter para verificar suas contribuições na disseminação da informação virtual. FONTES DE INFORMAÇÃO ELETRÔNICA A criação da Internet foi responsável pelo desenvolvimento da interação e sociabilidade virtual do mundo globalizado. O avanço da tecnologia facilitou o acesso ao maior repositório de informação eletrônica da atualidade, pois todo e qualquer tipo de informação está a um click de distância. Pensando nisso, Vidotti e Bueno (2001) comentam que “A Internet é uma grande fonte eletrônica de informação que, por meio da World Wide Web, coloca à disposição documentos hipertextuais dos mais variados assuntos e de diferentes arquiteturas de informações textuais, sonoras e imagéticas.” As autoras citam ainda que a informação eletrônica é essencial às bibliotecas, pois com a utilização das tecnologias é possível alavancar o uso dos novos produtos e serviços na era virtual. Desse modo, diminui-se otempo de busca e resposta por informação. Podemos pensar na Internet como uma grande biblioteca, na qual os usuários são agentes ativos do processo de armazenamento, indexação, recuperação e disseminação de documentos eletrônicos hipertextuais. Uma biblioteca auto-organizada em permanente mutação (VIDOTTI; BUENO, 2001, p. 44). Os documentos eletrônicos são uma evolução para a biblioteca tradicional. Além da agilidade em se conseguir informação, o recinto utilizado para armazenamento é muito menor. Atualmente as bibliotecas digitais, virtuais e híbridas vêm ganhando espaço e expandindo o universo da biblioteca, pode-se dizer que o futuro das bibliotecas é amparado na realidade virtual. Refletindo sobre a ideia da virtualidade da informação, Tomaél, Alcará e Silva (2008) comentam a importância de se verificar a qualidade das fontes recuperadas no ambiente virtual. O excesso de informação também pode ser um problema para aqueles que não sabem avaliá-las. Ressaltando assim o valor de um profissional capacitado para selecionar e recomendar fontes. 6 Levando em consideração que os recursos eletrônicos estão alcançando cada vez mais espaço, Tomaél e Silva (2004), afirmam que os profissionais devem estar preparados para gerenciar o uso das tecnologias eletrônicas que se encontram totalmente sem fronteiras geográficas. São utilizadas técnicas novas para tratar a informação, destacando dessa forma, a necessidade de desenvolver serviços específicos de seleção, tratamento e recuperação da informação. As fontes de informação eletrônicas, via Internet, possibilitaram o acesso às informações/conteúdos, e transformaram-se em instrumentos de trabalho para os profissionais da informação: arquivistas, bibliotecários, museólogos e outros que devem prover de informações relevantes as empresas, instituições, órgãos, ong’s nas quais atuam (ALMEIDA JÚNIOR; ALMEIDA; FRANCISCO, 2004, p. 136). Esse é um nicho de trabalho ainda pouco explorado pela área biblioteconômica, mas que compete aos profissionais da informação aproveitar a oportunidade e elaborar meios de tratar a informação para difundi-la posteriormente. É importante lembrar que o tratamento está intimamente associado à qualidade da informação recebida e o valor real que é atribuído para informação é dado por quem precisa dela. FLUXO DA INFORMAÇÃO EM REDES SOCIAIS A rede mundial de computadores foi extremamente convidativa para unir universos de conhecimentos que antes se encontravam separados. Em virtude deste fato, o convívio social está ascendendo e acaba talhando globalmente as distâncias entre indivíduos. A sociedade em rede foi originada pelo fato de não haver mais distâncias entre as pessoas que utilizam a tecnologia e os indivíduos se socializarem com maior facilidade e rapidez. Especificamente neste caso, a expressão redes sociais será utilizada para denominar as conexões de pessoas que possuem como objetivo principal a interação social e o compartilhamento de informações. Em um mundo onde o consumo de informação diário deve ser de acordo com a explosão como ele acontece, a participação das redes sociais para propagação da 7 informação é cada vez mais essencial. Entretanto, o ato de compartilhar informações não garante que seja possível a recuperação com qualidade e eficiência, sendo assim, é necessário estruturar os dados de forma que eles possam transitar e serem encontrados pelo usuário que deles necessite. Nas redes sociais, para que a informação consiga alavancar condições fragorosas de divulgação, é oportuno que se consiga estruturar seu fluxo. Pode-se mencionar que o fluxo informacional que perpassa as camadas de conhecimento é o principal responsável por influenciar comportamentos e criar opiniões. Ao referir-se ao compartilhamento de informações, é necessário realizar a associação com uma grande quantidade de fluxos informacionais lançados no ambiente digital. Nesse sentido, Valentim (2010, p. 17) comenta que “os fluxos informacionais trafegam com dados e informação, de modo a subsidiar a construção de conhecimento nos indivíduos [...], objetivando uma ação”. Ainda segundo a autora, os fluxos de informação não estruturados são resultados da carga informacional que o indivíduo possui. O sujeito cognoscente é quem atribui valor a ela. Os dados, informações e conhecimento estruturados são aqueles acessados dentro ou fora da organização e podem ser entendidos como aqueles que compõem bancos e bases de dados internos e externos, redes de comunicação como Internet, intranet's, publicações impressas etc. Dados, informações e conhecimento estruturáveis basicamente são aqueles produzidos pelos diversos setores da organização, porém sem seleção, tratamento e acesso. Como exemplo pode-se citar: cartões de visita, colégio invisível, nota fiscal, atendimento ao consumidor, entre outros. Dados, informações e conhecimento não-estruturados são aqueles produzidos externamente à organização, porém sem filtragem e tratamento. Alguns exemplos: informações veiculadas na mídia, mais especificamente TV e rádio, boatos, acontecimentos sociais e políticos (VALENTIM, 2002). Nesse contexto, a subjetividade é intrínseca em cada usuário e o mesmo irá absorver o que lhe for útil e descartar o que é desnecessário. Cada usuário pode trafegar por uma série de dados sem estruturação que, se porventura, chegarem ao destinatário correto, podem ajudar a construir conhecimentos. Tudo depende da quantidade de usuários conectados à rede na qual o sujeito está inserido, quanto maior a interatividade maior será a possibilidade de o receptor receber a mensagem. Santaella e Lemos ressaltam a importância da vontade de se comunicar em rede, segundo as autoras os atores podem comandar uma rede de acordo com a sua influência nela. 8 Assim, um ator-rede, que não é necessariamente um indivíduo, mas pode ser um coletivo, está sujeito a crescer e sua importância depende do número de atores que é capaz de atrair. [...] Uma vez que as redes consistem em um grande número de atores que têm diferentes potenciais de influenciar outros membros da mesma rede, o poder específico de um ator depende da sua posição dentro da rede (SANTAELLA; LEMOS; 2010, p. 51). Para Marteleto e Tomáel (2005) no artigo intitulado: “Redes sociais: posições dos atores no fluxo da informação”, a conexão realizada pelas redes de socialização é motivada pela amizade e por relações de trabalho, e cada participante da ligação obtém ganhos. De acordo com as autoras, a centralidade na rede identifica o quão intensamente um indivíduo pode se comunicar diretamente com outros, aumentando assim a probabilidade do fluxo informacional alcançar o seu objetivo e trazendo uma posição mais vantajosa para o disseminador. Desta forma, as autoras destacam que, A centralidade dos atores lhes confere poder; quanto maior o índice de centralidade maior a influência e importância de um ator na rede. Um ator influente pode interferir no compartilhamento da informação, direcionando seu fluxo, controlando as informações veiculadas, disseminando-as e, sobretudo, pode incentivar as interações que intensificam o compartilhamento, a discussão, a reflexão e a construção do conhecimento (TOMAÉL; MARTELETO, 2005, p. 10). Então, a posição de receptor da mensagem pode ser totalmente influenciável pelo difusor dela. Tendo que realizar o julgamento apropriado da intenção da transmissão da mensagem, antes de difundir a ideia. A consolidação do comportamento informacional se tem quando o usuário sabe o que fazer com os dados recebidos e para quem transmiti-los. Porquanto, o uso das redes sociais otimizao tempo do leitor. Parafraseando Ranganathan (2009) pode-se deduzir que é aplicada a quarta lei da Biblioteconomia, “poupe o tempo do leitor”. TWITTER: UMA FERRAMENTA DE INDEXAÇÃO SOCIAL Criado em 2006, o Twitter é o mais famoso microblog das redes sociais. A popularidade do Twitter se deu pela facilidade em compartilhar mensagens (tweets) em tempo real, que podem ser escritas em até 140 caracteres. 9 O Twitter conta com aproximadamente 302 milhões de usuários ativos e diariamente são transmitidos 500 milhões de tweets. Como é uma rede de socialização pode-se optar por seguir usuários de todas as partes do mundo, além de ter a alternativa de ser seguido por amigos e usuários diversos.2 Com essa nova era de interação vão surgindo estrangeirismos na língua portuguesa, como a palavra “tuitar”. Os usuários do microblog são conhecidos como followers (seguidores), a influência de um usuário é medida de acordo com seu relacionamento na rede, quanto maior a popularidade maior a possibilidade de se conseguir seguidores. Desse modo, quanto maior interação e quantidade de usuários seguidos, maior é a quantidade de informações recebidas diariamente. Funciona como um jornal da vida, com manchetes e opiniões pessoais partilhadas pelos usuários que são acompanhados no microblog. Contando com um espaço de 140 caracteres, os usuários conseguem transmitir uma grande quantidade de informações na rede social. Mensagens estas que se situam em forma bruta, utilizando linguagem natural, sem tratamento. Com o intuito de que a informação não fique dispersa na exorbitante quantidade de notícias espalhadas, são utilizados alguns marcadores de direção como o @ (arroba) e a # (cerquilha), a fim de que a notícia flua com facilidade e chegue ao usuário destinado. O símbolo @ - acrescido do nome de usuário - é utilizado para mencionar um usuário na mensagem disseminada. Já o símbolo #, conhecido como hashtag, é utilizado para deixar em evidência palavras ou frases importantes e facilitar a recuperação da mesma. A # será abordada no tópico “o uso da hashtag como ferramenta de disseminação seletiva da informação”. No contexto da Biblioteconomia, o ato de elaborar índices para que seja possível a recuperação é incumbência da indexação. A representação do conhecimento, elaborado de forma natural pelos usuários gera um caos organizacional na rede. Nesse sentido, para Guedes e Dias (2010) a ubiquidade da informação virtual é a principal responsável pela alteração dos atores que constituem o contexto 2Fonte: Twitter.com 10 informacional, um mesmo documento está à disposição em diversas partes do mundo ao mesmo tempo, tornando a web um ambiente com informações descentralizadas. Os autores afirmam que os usuários que manipulam o documento utilizam de uma organização própria, sem controle. Correndo o risco de haver ambiguidades, polissemias e outros problemas semânticos que atrasariam a obtenção do assunto desejado. A partir desses conceitos e analisando a situação do ambiente virtual de interação social, é possível descrever o Twitter como um ambiente de indexação social. No qual cada participante desta rede torna-se autor e colaborador na construção de conhecimento. A indexação social, também conhecida como folksonomia, é a classificação por assuntos realizada de forma livre e colaborativa, sem utilização de uma linguagem controlada. Pode ser descrita como uma inovação que explora o potencial das redes sociais na organização e no compartilhamento dos recursos informacionais. Desse modo, ela agrega as manifestações da linguagem contextualizada e, por vezes, caótica de sujeitos em colaboração (ASSIS; MOURA, 2013, p. 87). A organização “aleatória” realizada pelos usuários da Web pode trazer benefícios relacionados à facilidade de uso, porém pode existir um caos organizacional se pensado semanticamente. A função do bibliotecário é inerente à indexação. Está intimamente ligado à criação de índices, representação, organização e recuperação de documentos. Métodos colaborativos de indexação são, obviamente, mais viáveis em ambiente de biblioteca digital. Isto é, usuários de uma biblioteca podem oferecer novos termos de indexação aos itens que consultam [...]. [...] Pode-se avançar ainda mais com o princípio da indexação orientada para o usuário ao sustentar que, em relação a determinado acervo de documentos e determinado grupo de usuários, qualquer conjunto ideal de termos de indexação será ideal somente em determinado ponto no tempo (LANCASTER, 2004, p. 12). Os métodos colaborativos podem trazer benefícios aos usuários em curto prazo, mas quando pensa-se em um longo período de tempo, os termos anteriormente utilizados podem não ser mais correntes para descrever o documento. 11 O USO DA HASHTAG COMO FERRAMENTA DE DISSEMINAÇÃO SELETIVA DE INFORMAÇÃO A tag3 mais conhecida do Twitter é a hashtag4, simbolizada pelo uso da cerquilha seguido da palavra a ser indexada. Os usuários da rede social utilizam a hashtag para agrupar e dar destaque em uma publicação. Ex: #biblioteca. Na página de ajuda do Twitter é possível aprender como utilizar o marcador: Como usar marcadores para categorizar Tweets por palavra-chave: As pessoas usam o símbolo de marcador # antes de uma palavra-chave ou frase relevante (sem espaços) nos Tweets que postam para categorizar esses Tweets e facilitar a sua localização em uma busca no Twitter. Clicar na palavra com o símbolo # em uma mensagem mostra todos os outros Tweets marcados com essa palavra-chave. Os marcadores (#) podem ocorrer em qualquer parte de um Tweet – no início, meio ou fim. Palavras marcadas que passam a ser muito populares são, muitas vezes, assuntos do momento (TrendingTopics). Como usar os marcadores corretamente: Se você Tweetar com um marcador em uma conta pública, qualquer pessoa que fizer uma busca por esse marcador poderá encontrar o seu Tweet. Não #mande spam #com #marcadores. Não use marcadores demais em um único Tweet. (As melhores práticas recomendam que se usem no máximo 2 marcadores por Tweet) Use os marcadores apenas nos Tweets relevantes para o tópico. Fonte: Twitter.com As mensagens transmitidas podem ter uma abrangência disseminativa ainda maior quando são retuitadas (retweets/RTs), ou seja, são retransmitidas na página principal do usuário para que os seguidores a vejam. Dependendo do usuário que recebe a mensagem é possível assimilar significados distintos, nesse sentido, Barros diz que, 3 Tag significa etiqueta em português, são marcadores de palavras-chave, metadados, utilizados para indexar uma publicação. 4 As Hashtags são indexadores de temas, tópicos e/ou palavras-chave que agregam todos os tweets que as contêm em um mesmo fluxo (SANTAELLA; LEMOS, 2010, p. 108). 12 [...] o volume de informação produzido pela humanidade não é captado pelos indivíduos da mesma forma, diante das diferentes possibilidades de acesso, com diferentes fontes de motivação; nem com a mesma capacidade de absorção, seja por fatores intrínsecos, seja por fatores extrínsecos ao próprio feito de participar do circuito da informação (BARROS, 2003, p. 18). Disseminar seletivamente uma informação é identificar o perfil do usuário e divulgar o assunto que o instiga, concedendo o material adequado de acordo com o seu perfil de interesse. As ferramentas utilizadas no Twitter têm prioritariamente a função de direcionar a informação. A popularização do microblogcontribuiu para a seletividade da informação com maior qualidade. Na página principal o usuário pode ter acesso aos tópicos mais comentados do momento, que são personalizáveis de acordo com a área de interesse, recebe as notificações direcionadas ao perfil e verifica o que está acontecendo atualmente com os perfis seguidos. Eirão (2009, p. 23) descreve como característica da Disseminação Seletiva da Informação (DSI). A DSI possui a característica de antecipar as necessidades do usuário, facilitando as pesquisas, permitindo ao usuário ganhar tempo e obter um produto personalizado. A difusão do computador e métodos eletrônicos alterou a estrutura do serviço de disseminação seletiva da informação, permitindo inclusive a prestação deste serviço de forma automática [...]. Nesse contexto, é possível verificar que o microblog utiliza ferramentas de DSI, personalizando a página de usuário de acordo com opções escolhidas na entrevista de cadastro de usuário, ainda que não transpareça para o mesmo. Obviamente as redes sociais não são utilizadas somente por indivíduos habituais, o mercado da informação é muito valioso. Existe uma gama de profissionais competindo e buscando um espaço para interagir nesse ambiente virtual. As organizações utilizam o movimento virtual para ganhar notoriedade e implantar tendências subjetivas em suas tags, alavancando clientes para os negócios como podemos ver a seguir. O mercado mundial de informação, de maneira geral, é vasto e cresce a um ritmo exagerado. Existem mais de dois mil bancos de dados on-line, sem contar as inúmeras organizações que produzem e vendem informações em formatos não-automatizados e as milhões de fontes de informações da Web. Esse quadro de informação externa pode ser uma fonte valiosa para as organizações[...] sua participação ativa pode resultar na criação significativa de valor adicional para os usuários e suas organizações, na medida que 13 podem vincular as necessidades internas às fontes externas[...] (DAVENPORT, 2002, p. 264). A DSI elaborada pelas corporações é bem estruturada e procuram alavancar o interesse de quem a visualiza. Existem profissionais bem conceituados desenvolvendo tags que buscam uma maior repercussão para que a marca alcance o maior número de indivíduos possível. MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa foi de abordagem qualitativa. Em consonância com Silva e Menezes (2005, p. 20) a pesquisa qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos de abordagem. Articulado com o campo empírico, os estudos bibliográficos serão constantes e relevantes para a produção científica produzida durante e ao final da trajetória de pesquisa. Esta pesquisa é caracterizada como pesquisa exploratória, onde serão realizados levantamentos pertinentes a respeito da literatura selecionada para o campo de estudo, porquanto São investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos (MARCONI; LAKATOS, 1999, p. 87). Para realizar este trabalho foi escolhida inicialmente a rede social Twitter por ter sido a difusora da ferramenta #hashtag em âmbito nacional, como disseminadora da informação seletiva. Uma estratégia totalmente nova utilizada por usuários da rede para agrupar tweets e ter uma recuperação rápida do que se procura. 14 Os dados foram coletados por meio de uma procura no campo de busca do Twitter utilizando o termo #biblioteca, e foram selecionadas as doze primeiras bibliotecas brasileiras que aparecem nos resultados da busca do dia 24 de setembro de 2015. Além da análise dos dados coletados no microblog, também foi enviado um questionário via e-mail e pelo próprio Twitter. Foram escolhidas doze, pois dentre essas estão grandes bibliotecas que se encontram tanto no ambiente virtual quanto no físico. São elas: Biblioteca Nacional - @FBN – Fundação Biblioteca Nacional Biblioteca de SP - @BSPbiblioteca – Biblioteca de São Paulo Biblioteca Virtual - @bvsp – Biblioteca Virtual de São Paulo Biblioteca da ECA - @bibliotecadaeca – Biblioteca da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) Biblioteca FEAUSP - @bibliotecaFEA – Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP Biblioteca FD/USP - @BibliotecaFDUSP – Biblioteca da Faculdade de Direito da USP SMBibliotecas - @BibliotecasSP – Sistema Municipal de Bibliotecas – Prefeitura de São Paulo Biblioteca da FAUUSP - @bibfauusp – Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Biblioteca IPUSP - @BibliotecaIP – Biblioteca do Instituto de Psicologia da USP Biblioteca do TSE - @TSE_Biblioteca – Biblioteca do Tribunal Superior Eleitoral Biblioteca FGV em SP - @FGV_BKAB – Biblioteca da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo Biblioteca FMVZ/USP - @BibliotecaFMVZ – Biblioteca da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP Durante a observação foram estudadas as postagens das Bibliotecas e analisado, por exemplo, como estão utilizando o Twitter, o papel do microblog para disseminar informações e as interações com os seguidores. 15 ANÁLISE DOS RESULTADOS Dentre as 12 bibliotecas selecionadas para realizar a análise do Twitter como disseminador de informação, apenas 5 responderam as questões enviadas por e-mail ou pelo próprio Twitter. São elas: Biblioteca de SP, Biblioteca da ECA, Biblioteca do TSE, Biblioteca FMVZ/USP e Biblioteca FGV/SP. Os dados a seguir foram coletados das contas do Twitter de cada biblioteca analisada. Tabela 1- Lista de bibliotecas analisadas e dados do perfil Bibliotecas Ingressou no Twitter Nº de seguidores Nº de Tweets Seguindo Biblioteca Nacional 11/2008 95,7 mil 11,2 mil 91 Biblioteca Virtual 11/2008 25,6 mil 6.384 356 Biblioteca de SP 02/2010 24,4 mil 8.260 428 Biblioteca da ECA 10/2009 6.052 6.208 572 Biblioteca FAUUSP 06/2010 4.649 2.585 1589 Biblioteca FEAUSP 05/2009 4.608 2.916 46 SM Bibliotecas 08/2009 4.407 1.921 95 Biblioteca FD/USP 03/2010 3.870 1.596 70 Biblioteca IPUSP 08/2009 3.806 1.479 120 Biblioteca do TSE 02/2010 3.791 9.304 57 Biblioteca FMVZ/USP 08/2010 2.560 1.309 122 Biblioteca FGV em SP 10/2010 1.795 3.007 89 Fonte: Própria. A tabela acima evidencia que a maioria das bibliotecas têm muitos seguidores, seguem poucos perfis e postam relativamente com intensidade. No Brasil, o Twitter ainda perde em popularidade para outras redes sociais, mas algumas bibliotecas perceberam o nicho de usuários importante que utilizam o microblog e ingressaram nessa rede para suprir a carência de informação específica que faltava. 16 O número de seguidores supõe que a informação veiculada interessa a muitas pessoas que, portanto desfrutam das notícias publicadas em tempo real no microblog. Entendendo isso, a periodicidade de publicações vem aumentando gradativamente.Para explicar essa situação, Santaella e Lemos (2010, p. 73) mencionam o que chamam de inflow e outflow. Inflow são as escolhas de alimentação de informação recebidas no perfil, “[...] cada pessoa que seguimos torna-se um canal provedor de determinado tipo de conteúdo para nosso fluxo pessoal, agregando o seu conteúdo ao total de nosso inflow.” Utilizar o Twitter basicamente para receber/ler notícias publicadas por pessoas que seguimos, sem necessariamente interagir no canal. Outflow no sentido literal da palavra é o escoamento de informações originadas pelo usuário. É fornecer/divulgar notícias por meio de tweets para seus seguidores. Ainda completa, É importante lembrar que, se alguém escolhe usar o Twitter apenas como veículo de distribuição de informações, então pouco ou nenhum interesse haverá em relação ao seu fluxo interno de inflow. Pelo contrário, se a escolha é usar o Twitter apenas como meio para acessar um conjunto de canais emissores, então não haverá interesse algum no fluxo externo de outflow. Algumas pessoas fazem escolhas extremas, como usar o Twitter apenas como microfone (100% de foco no outflow), ou somente como headphone (100% de foco no inflow) (SANTAELLA; LEMOS, 2010, p. 74). O Twitter das bibliotecas, por serem canais de propagação de informação, são mais utilizados na perspectiva do outflow. O interessante é conseguir abranger as duas características para poder criar um organismo envolvente por completo. Porém, o fato de seguirem poucos canais não influencia diretamente na informação veiculada, visto que a maioria das notícias é específica da área. Com relação às pesquisas enviadas para as bibliotecas foram perpetradas perguntas relacionadas à responsabilidade de publicações, periodicidade, tipo de conteúdo veiculado, utilização do Twitter para serviços essenciais em bibliotecas físicas como renovações e reservas, participação em outras redes sociais, utilização da #hashtag, interação do usuário com a biblioteca e feedback recebido. Para fins de anonimato, as bibliotecas foram enumeradas em Biblioteca 1, 2, 3, 4 e 5 de acordo com a ordem de respostas recebidas. A Biblioteca 1 informou que os responsáveis pela publicação são os analistas de comunicação, eles publicam diariamente no microblog conteúdos específicos da área, não utilizam o canal para renovações e reservas. Além do Twitter só utilizam o 17 Facebook como canal de comunicação virtual e nem sempre usam a hashtag. Os usuários frequentemente interagem com a biblioteca e em relação ao feedback recebido informaram o seguinte: “Sim. Na (Biblioteca 1) postamos com muita frequência sobre assuntos de programação e posts sobre o universo da leitura. Os nossos seguidores normalmente retuítam e favoritam os nossos posts. Também recebemos solicitações de informações sobre os serviços, que são direcionados para um email da Central de Atendimento das bibliotecas.” A Biblioteca 2 respondeu que o responsável pelas publicações é o bibliotecário, divulgando diariamente informações da área de conhecimento da biblioteca, porém não utiliza o Twitter para serviços essenciais como renovações e reservas nem as hashtags. Utilizam a rede social Facebook como canal de comunicação. Frequentemente os usuários tuitam para a biblioteca e a respeito do feedback complementam que “Esta verificação é feita pela Biblioteca - é possível rastrear visualizações nas páginas das redes sociais.” Na Biblioteca 3 o responsável pelas publicações é o atendente, que as faz semanalmente, postando sobre conhecimentos gerais, áreas específicas da biblioteca, cultura e sociedade, também não utilizam o canal para renovações e reservas, nem a hashtag. Os usuários raramente entram em contato com a biblioteca pelo Twitter, informando assim, que existe muito pouco feedback. As publicações da Biblioteca 4 são feitas diariamente pelo técnico administrativo, tuitando sobre áreas específicas do conhecimento, sem utilizar para renovações e reservas, contam com uma conta no Facebook também. Raramente os usuários entram em contato por meio do Twitter e usam pouco a hashtag. Segundo a própria biblioteca “Dificilmente os usuários utilizam o recurso da DM (Direct Messages) como canal de comunicação com a biblioteca. Em geral, eles retuítam os posts.” Já na Biblioteca 5 o responsável pelas publicações realizadas diariamente é o bibliotecário, publicando sempre sobre áreas específicas do conhecimento, também sem utilizar para renovações e reservas. Participam das redes Facebook, Flickr, Pearltrees, Pinterest. A ferramenta hashtag raramente é utilizada, contudo os usuários frequentemente interagem com a biblioteca sendo a mesma regularmente retuitada e mencionada nos tweets. Segundo a biblioteca: “Trabalhar nas redes sociais melhorou bastante nossa comunicação com os usuários. Nosso blog também ajuda bastante a divulgar informações de maneira informal e (acreditamos) simpática. Quanto à questão sobre renovações e reservas, esses serviços podem ser feitos remotamente 18 pelo nosso sistema de empréstimo. Mas, naturalmente, se recebermos um pedido de renovação pelas redes sociais, atenderemos. Também atendemos pelo chat, e-mail ou telefone.” Conforme as respostas recebidas, observa-se que o bibliotecário não é sempre o responsável pelas publicações, porém o canal no qual o bibliotecário interatua, recebe mais feedback do usuário. Neste sentido, Yamashita, Cassares e Valencia (2012) dizem que o profissional bibliotecário precisa estar capacitado para atuar nas redes sociais, conhecer as ferramentas que o auxiliem a alcançar a eficácia na postura profissional, voltado ao atendimento e conquista do usuário. Permitindo que os usuários recebam um conteúdo relevante, idôneo e de acordo com interesse daqueles que o acompanham, tornando-se um especialista proativo. O profissional com esse perfil procura se informar sobre o assunto de interesse do seu público, e consequentemente, recebe a devolutiva do seu trabalho em forma de tweets, curtidas ou seguidores. O fato de retuitar uma publicação demonstra a importância da notícia para o usuário, e que o mesmo quer compartilhar para seus seguidores também. Mas, nem sempre os profissionais que utilizam o canal de comunicação Twitter aproveitam todas as ferramentas disponíveis para a veiculação da informação. No caso da hashtag, esse instrumento agregaria um valor incomensurável para os visitantes que querem descobrir a respeito de um determinado assunto. Por exemplo: A Biblioteca Nacional lançou um ciclo de conferências que estava sendo realizado no seu recinto, no entanto, não havia como postar a programação e dados sobre o evento em 140 caracteres, a solução seria utilizar uma #ciclodeconferenciasnabn para agrupar os posts e informar ao usuário o conteúdo completo da programação. Facilitando o trabalho de localização da notícia que precisa em meio a grande quantidade de posts da biblioteca. Muitas pessoas não entendem o significado de usar o marcador # ou usam erroneamente apenas por modismo. Com o uso correto das ferramentas que são disponibilizadas pelo Twitter, o alcance da informação toma proporções enormes de reprodução. 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS O aumento de utilização das fontes eletrônicas é responsável pela imensa carga de informação que se recebe diariamente, mas com todo esse conhecimento disponível fica cada vez mais difícil lapidar o que realmente é importante. Como a representação do conhecimento é uma das grandes preocupações técnicas da Biblioteconomia, a fluidez é diretamente dependente da organização realizada para armazená-lo e de como ele será difundido. Os atores responsáveis pelofluxo da informação têm extrema influência na recepção da mensagem pelo usuário correto. Atualmente as redes sociais são grandes responsáveis pela interação de pessoas ao redor do mundo, porém se não houver uma conformidade no uso, as informações dificilmente poderão ser encontradas. Profissionais e usuários utilizam as redes sociais para difundir as mais variadas informações, notícias, mensagens e etc., mas o alcance da mensagem depende de como difundi-la na rede. Para indexar corretamente as mensagens os responsáveis têm a sua disposição ferramentas com características inovadoras para o mundo virtual. A hashtag é uma das ferramentas agrupadoras de tweets, que facilitam a recuperação da informação com a mesma palavra-chave no microblog Twitter. Com tantas funcionalidades, a indexação torna-se mais eficiente. As mensagens disseminadas seletivamente têm maior chance de chegar ao receptor correto, poupando o tempo do usuário e agilizando o processo de uso. As bibliotecas têm acompanhado a modernização da forma de difundir mensagens, apesar disso ainda há muito a se explorar para as unidades de informação virtuais tornarem-se ferramentas poderosas de comunicação entre o usuário e a biblioteca. Considerando os resultados obtidos na pesquisa conclui-se que a rede social analisada oferece recursos para alavancar a notoriedade da biblioteca como um veículo de informação digital. Independente de onde a informação esteja a biblioteca tem se adequado para existir também. Contudo, tendo como objeto de reflexão as características apresentadas neste trabalho, percebe-se que a interação (retweets e curtidas) ainda é muito fraca entre usuário e biblioteca, todavia não há como esquecer que o objetivo maior está sendo cumprido, que é transmitir informações. Não há como negar que a falta de tempo dos profissionais da área afeta diretamente a logística digital. 20 A quantidade de seguidores no microblog é um fato concreto de que muitas pessoas estão recebendo informações. Em uma descrição simplificada, quanto mais seguidores, maior o sucesso na rede, independente da quantidade de curtidas ou retweets. Portanto, o processo de disseminar informações está sendo bem desenvolvido por algumas bibliotecas, mas ainda falta a interação do usuário com a rede social. Os mesmos ainda procuram receber informações passivamente, ao invés de atuar ativamente compartilhando e divulgando notícias. Dado o exposto, é proeminente a necessidade de descobrir sob a perspectiva do usuário o que é primordial para haver a interação biblioteca-usuário via Twitter e esclarecer o que se espera quando o usuário opta por usar esse canal de comunicação. Sugere-se que esta resposta possa ser considerada, portanto, em um possível estudo futuro. REFERÊNCIAS ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de; ALMEIDA, Carlos Cândido de; FRANCISCO, Lucilene Aparecida. Fontes de informação pública na Internet. In: TOMAÉL, Maria Inês; VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Orgs.). Avaliação de fontes de informação na Internet. Londrina: EDUEL, 2004. ASSIS, Juliana de; MOURA, Maria Aparecida de. Folksonomia: a linguagem das tags. Encontros Bibli: revista eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, [s.l.], v. 18, n. 36, p. 85-106, jan./abr. 2013. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5007/1518-2924.2013v18n36p85>. Acesso em: 19 ago. 2015. BARROS, Maria Helena T. C. de. Disseminação da informação: entre a teoria e a prática. Marília: [s.n.], 2003. DAVENPORT, Thomas H. Ecologia da informação. São Paulo: Futura, 2002. EIRÃO, Thiago Gomes. Disseminação seletiva da informação: uma abordagem. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 7, n. 1, p. 20-29, jul./dez. 2009. Disponível em: <http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/view/412>. Acesso em: 05 jun. 2015. GUEDES, Roger de Miranda; DIAS, Eduardo José Wense. Indexação social: abordagem conceitual. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina. Florianópolis, v.15, n.1, p.39-53, jan./jun. 2010. Disponível em: <http://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/686>. Acesso em: 15 jul. 2015. 21 LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2004. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. RANGANATHAN, S.R. As cinco leis da biblioteconomia. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2009. SANTAELLA, Lucia; LEMOS, Renata. Redes sociais digitais: a cognição conectiva do Twitter. São Paulo: Paulus, 2010. (Coleção Comunicação). SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4. ed. rev. e atual. Florianópolis: UFSC, 2005. SILVA, Terezinha Elisabeth da; TOMAÉL, Maria Inês. Fontes de informação na Internet: a literatura em evidência. In: TOMAÉL, Maria Inês; VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Orgs.). Avaliação de fontes de informação na Internet. Londrina: EDUEL, 2004. TOMAÉL, Maria Inês; ALCARÁ, Adriana Rosecler; SILVA, Terezinha Elisabeth da. Fontes de informação na Internet: critérios de qualidade. In: TOMAÉL, Maria Inês (Org.). Fontes de informação na Internet. Londrina: EDUEL, 2008. TOMAÉL, Maria Inês; MARTELETO, Regina Maria. Redes sociais: posições dos atores no fluxo da informação. In: Encontro nacional de pesquisa em Ciência da Informação, 6., 2005, Florianópolis. Anais... Florianópolis: UFSC, 2005. Disponível em: <http://hdl.handle.net/123456789/327>. Acesso em: 01 jun. 2015. TWITTER. Inc. [US]. Disponível em: <https://about.twitter.com/company>. Acesso em: 05 jun. 2015. ______. Disponível em: <https://support.twitter.com/articles/255508>. Acesso em: 05 jun. 2015. VALENTIM, Marta Lígia Pomim. Ambientes e fluxos de informação. In: VALENTIM, Marta (Org.). Ambientes e fluxos de informação. São Paulo: Cultura Acadêmica, c2010. ______. Inteligência competitiva em organização: dado, informação e conhecimento. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, ago. 2002. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/ago02/Art_02.htm>. Acesso em: 05 ago. 2015. VIDOTTI, Silvana Ap. B. Gregorio; BUENO, Márcia Correa. Ferramentas de busca na Internet: para quê, por quê e como utilizá-las. In: Actas do Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, 7., 2001, Porto. Anais... Porto, 2001. Disponível em: <http://www.bad.pt/publicacoes/index.php/congressosbad/article/view/692>. Acesso em: 24 ago. 2015. 22 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por ter me dado a oportunidade, saúde, força de vontade para superar todas as dificuldades e me ajudar a concluir esta etapa extremamente importante da minha vida. A minha família, em especial a minha amada filha, que entendeu a minha ausência, as nossas restrições e mesmo assim, com todo seu amor e atenção, me deu forças e incentivo para continuar. Ao meu pilar e exemplo, minha mãe, que sempre me encorajou quando eu quis desanimar, que sempre me ajudou com sua sabedoria de vida e foi capaz de me trazer paz para concluir esta etapa. Ao meu pai que não está mais presente, mas sempre me estimulou a realizar os meus sonhos. Minha irmã, cunhado, sobrinhas e avô, simplesmente por me trazerem felicidade. Agradeço também aos meus amigos de faculdade, que, sempre juntos amparamos uns aos outros, a Jakeline pela parceria e sábia orientação quando precisei, ao Alex, Fernanda, Juliana e Juliano pelas risadas que demos para descontrair e trabalhos que concluímos com seriedade. Ao Léo que me ajudou a organizar a ideia inicial para confecção deste trabalho. E também asminhas amigas, parceiras de vida e irmãs de coração, Marcia, Emília, Carol, Cintia, Zaira e Guadalupe, por entenderem a minha ausência em suas vidas. A Pablina que com toda a sua eficiência e carinho, prontamente me auxiliou quando precisei. A minha orientadora e professora, Ana Paula Soares, pela paciência e auxílio no decorrer deste trabalho, que com sua experiência e sabedoria tornou tudo mais alegre e simples para a produção deste TCC. Ao professor Rodrigo Pereira, que me fez continuar, me incentivou e inspirou “ao extremo” para alcançar os meus objetivos. E finalmente, a todos aqueles que de alguma forma estiveram presentes em minha vida e me auxiliaram neste percurso. 23 APÊNDICE A Uso do Twitter como canal de disseminação de informação *Obrigatório Qual o nome da Biblioteca? Quem é o responsável pela alimentação de informações no Twitter? * Quem tuita? Bibliotecário Técnico em biblioteconomia Atendente Estagiário Outro: Qual a periodicidade de publicações? * Com qual frequência são publicadas notícias no Twitter? Diariamente Semanalmente Mensalmente Outro: Qual o tipo de conteúdo veiculado? * Características de notícias publicadas. Específicas da área do conhecimento da Biblioteca Cultura e sociedade Conhecimentos gerais Outro: Utilizam o Twitter para realizar serviços da Biblioteca física tais como: Renovações e reservas? * Sim Não A Biblioteca participa de outras redes sociais digitais? Quais? * 24 Utilizam a ferramenta #Hashtag para disseminar informação seletivamente? * A #hashtag é utilizada para agrupar e dar destaque em publicações. Sim Não Raramente Não sei como funciona Outro: Os usuários tuitam (interagem) com a biblioteca? * Frequentemente Raramente Nunca Recebem algum tipo de feedback dos usuários? * Recebem alguma devolutiva para saber se estão sendo vistos ou se a informação que veiculam é importante para os usuários. Comentários Espaço aberto para troca de ideias, sugestões e comentários diversos. Enviar
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