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Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 1 A primeira grande construção jurídica doutrinária dos Princípios do Direito do Trabalho é do jurista uruguaio Américo Plá Rodrigues. Segundo ele, no Direito Laboral há um princípio maior, um princípio protetor que, diante da sua finalidade de origem, é a proteção jurídica do trabalhador, compensadora da inferioridade em que se encontra no contrato de trabalho, pela sua posição econômica de dependência ao empregador e de subordinação às suas ordens no serviço. Visto que o direito do trabalho é um conjunto de direitos conferidos ao trabalhador como meio de dar equilíbrio entre os sujeitos do contrato de trabalho, diante da natural desigualdade que os separa, e favorece uma das partes do vínculo jurídico, a patronal. O princípio protetor engloba três vertentes: In dubio pro operario; Aplicação da norma mais favorável; Condição mais benéfica. O polo mais fraco da relação jurídica de emprego merece um tratamento jurídico superior, por meio de medidas protetivas, para que se alcance a efetiva igualdade substancial, ou seja, promovendo-se o equilíbrio que falta na relação de trabalho, pois, na origem, os seus titulares normalmente se apresentam em posições socioeconômicas desiguais. De acordo com o in dubio pro operario, na interpretação de uma norma jurídica que pode ser entendida de diversos modos, ou seja, havendo dúvida sobre o seu efetivo alcance, deve-se interpretá-la em favor do empregado. é no sentido de que, havendo diversas normas válidas incidentes sobre a relação de emprego, deve-se aplicar aquela mais benéfica ao trabalhador. Isso significa que, existindo mais de uma norma jurídica válida e vigente, aplicável a determinada situação, prevalece aquela mais favorável ao empregado, ainda que esta norma esteja em posição hierárquica formalmente inferior no sistema jurídico. Há alguns critérios para se saber qual é, efetivamente, a norma mais favorável: Teoria da acumulação: as diversas disposições contidas nos instrumentos normativos devem ser comparadas individualmente, escolhendo aquelas mais favoráveis, Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 2 aproveitando-se certas disposições (muitas vezes isoladas) de diversas normas, o que cria uma verdadeira “colcha de retalhos jurídicos”. Teoria do conglobamento: os instrumentos normativos devem ser comparados em seu todo, optando por aquele que, no conjunto, é mais benéfico ao empregado. Significa não se admitir, em tese, que o empregado renuncie, ou seja, abra mão dos direitos assegurados pelo sistema jurídico trabalhista, cujas normas são, em sua grande maioria, de ordem pública, dotadas de natureza cogente. Sendo assim, as normas que regulam as relações de trabalho não podem ser modificadas livremente pelo empregador, ou seja, não são dispositivas. Por exemplo, não são consideradas válidas estipulações, no contrato de trabalho, de salário inferior ao mínimo legal, nem de férias por período menor do que o previsto em lei, ainda que o empregado concordasse com tais derrogações de direitos trabalhistas, conforme disposição dos arts. 9º e 444 da CLT. Indica que, na relação de emprego, deve prevalecer a efetiva realidade do ocorrido, e não eventual forma construída em desacordo com a verdade. Em razão disso, por exemplo, na avaliação de certo documento pertinente à relação de emprego, deve-se verificar se ele corresponde ao ocorrido no plano dos fatos, pois deve prevalecer a verdade real. Quando se discute se determinada relação de trabalho é um vínculo de emprego, nem sempre a roupagem atribuída à contratação corresponde à realidade. Aliás, pode ocorrer que mesmo no ajuste de vontades, pertinente à prestação do trabalho, as partes indiquem não se tratar de relação de emprego. No entanto, por meio da noção de “contrato realidade”, deve prevalecer o reconhecimento do vínculo empregatício, caso presentes os seus requisitos. Tem o objetivo de preservar o contrato de trabalho, fazendo com que se presuma ser a prazo indeterminado e se permita a contratação a prazo certo apenas como exceção. A importância desse princípio revela-se não apenas ao conferir segurança ao empregado durante a vigência de seu contrato, mas também na sua integração à empresa, favorecendo a qualidade do serviço prestado. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 3 As fontes do direito do trabalho podem ser classificadas em materiais e formais. Fontes materiais são os fatores sociais, políticos, históricos que deram origem ao direito, influenciando a criação de normas jurídicas. Ex: greve, movimentos sociais,... Fontes formais referem-se às formas de manifestação do direito no sistema jurídico, pertinentes, assim, à exteriorização das normas jurídicas. Para a teoria monista, o Estado é o único centro de positivação, do qual emanam todas as normas jurídicas. A teoria pluralista, de forma mais acertada, reconhece a pluralidade de centros de poder, ou seja, núcleos de produção dos quais se originam. No direito do trabalho, o pluralismo das fontes é demonstrado pela existência de normas jurídicas emanadas não só do Estado, mas de certos grupos sociais, como ocorre com as convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho (por exemplo). Em razão desse pluralismo, verificado de forma nítida no direito do trabalho, as fontes formais podem ser classificadas em autônomas e heterônomas, conforme a sua origem e a participação, ou não, dos destinatários principais das normas jurídicas, na sua produção. As normas heterônomas são decorrentes da atividade normativa direta do Estado, como a Constituição, as leis, os decretos e a sentença normativa. As normas autônomas são as normas produzidas por certos grupos sociais organizados, como os usos e costumes, e os instrumentos normativos decorrentes da negociação coletiva (acordos e convenções coletivas). Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 4 É corrente a utilização dos termos relação de emprego e contrato de trabalho significando o vínculo empregatício existente entre empregado e empregador. Trata- se, assim, do contrato individual de trabalho. Pode-se dizer que a relação de trabalho é um gênero, que tem como uma de suas espécies a relação de emprego. Outras modalidades de relação de trabalho são, por exemplo: o trabalho eventual, autônomo, avulso e voluntário. Na realidade, seria mais precisa a expressão contrato de emprego, correspondendo à relação de emprego. Mesmo assim, a expressão contrato de trabalho encontra-se consagrada não só na doutrina e na jurisprudência, mas na própria legislação. Nesse sentido tem-se a disposição do artigo 442 da CLT: “contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”. O contrato de trabalho pode ser conceituado como o negócio jurídico em que o empregado pessoa natural, presta serviços de forma pessoal, subordinada e não eventual ao empregador, recebendo, como contraprestação, a remuneração. São requisitos da relação de emprego: a prestação de serviços por pessoa física (pessoa natural), com pessoalidade, de forma não eventual, subordinada e com onerosidade (arts. 2º e 3º da CLT). I. Pessoa natural: o empregado é sempre pessoa física (pessoa natural). Pessoalidade significa a prestação dos serviços pelo próprio trabalhador, sem queseja substituído constantemente por terceiros, aspecto este relevante ao empregador, que o contratou tendo em vista a sua pessoa. O contrato de trabalho, portanto, é intuitu personae. Mesmo assim, a substituição, em uma ou outra ocasião, do empregado, com a anuência do empregador, não é apta a descaracterizar um longo vínculo de emprego. II. Não eventualidade: trabalho não eventual significa a prestação de serviços ligados às atividades normais do empregador, ou seja, realizando serviços permanentemente necessários à atividade do empregador ou ao seu empreendimento. III. Subordinação: considerado o requisito de maior importância na caracterização da relação de emprego, significa que a prestação dos serviços é feita de forma dirigida pelo empregador, o qual exerce o poder de direção. O empregado, inserido na Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 5 organização da atividade do empregador, deve seguir as suas determinações e orientações, estabelecidas dentro dos limites legais. A subordinação, no caso, decorre do contrato de trabalho, referindo-se ao modo de o empregado prestar os serviços ao empregador. Trata-se, assim, de subordinação jurídica, que é a modalidade de subordinação essencial para caracterizar a relação de emprego. IV. Onerosidade: significa que os serviços prestados têm como contraprestação o recebimento da remuneração, não se tratando, assim, de trabalho gratuito. O empregado trabalho com o fim de receber salário, sendo este seu objetivo ao firmar o pacto laboral. A onerosidade pode estar presente mesmo que a remuneração, em si, não tenha sido quitada, encontrando-se o empregador inadimplente com esta obrigação. Contrato bilateral: envolve obrigações de ambas as partes, caracterizando-se por ser sinalagmático, tendo em vista a reciprocidade no conjunto das prestações. Contrato consensual: aperfeiçoa-se com o consenso na manifestação da vontade, expressa ou tácita (artigo 443 da CLT), não exigindo a entrega da coisa, nem qualquer formalidade ou solenidade. Contrato comutativo: no contrato de trabalho as prestações são equivalentes, o que é conhecido desde o início do pacto. Contrato oneroso: o empregado presta serviços e tem o direito de receber, como contraprestação, a remuneração, não se tratando de contrato gratuito. Contrato de trato sucessivo: a relação jurídica apresenta duração, ou seja, continuidade no tempo, não se tratando de contrato instantâneo. Elementos jurídicos formais do contrato de trabalho (art. 104, CC) Aplicando-se a teoria dos negócios jurídicos, pode-se visualizar o contrato de trabalho no plano da existência, validade e eficácia, vejamos: de acordo com o artigo 7º, XXXIII, da CF/88, é proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de menor aprendiz, a partir dos 14 anos. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 6 Cabe destacar a diferença entre o trabalho ilícito e o trabalho proibido. O proibido é aquele prestado em desacordo com normas de proteção trabalhista. É o caso do menor de 16 anos (não sendo hipótese de aprendizagem), ou do menor de 18 anos em horário noturno. Nesses casos, embora o trabalho ocorra em afronta de norma trabalhista de ordem pública, todos os efeitos do contrato são resguardados, pois a disposição que tutela o trabalhador não pode ser interpretada e aplicada de forma contrária a quem ela visa a proteger. Constatado o trabalho nessas condições (trabalho proibido), a autoridade competente deve tomar as providências necessárias para fazer cessá-lo, de modo a se restaurar a ordem jurídica violada, fazendo jus o trabalhador ao recebimento de todos os direitos decorrentes do trabalho já prestado. No trabalho ilícito, o próprio objeto do contrato de trabalho (ou seja, a prestação de serviço) apresenta-se ilícito, afrontando o ordenamento jurídico e a própria lei penal. Têm-se como exemplo os casos de trabalho envolvendo contrabando e tráfico de entorpecentes. Nos termos da Orientação Jurisprudencial 199 da SDI-I do TST, o contrato de trabalho envolvendo jogo do bicho, tendo objeto ilícito, é eivado de nulidade. Assim, nos casos de trabalho ilícito propriamente, não se reconhece a produção dos efeitos, não se podendo alegar o desconhecimento da vedação legal. A nulidade, no entanto, apenas se verifica se o objeto do contrato, em si, for ilícito. Ou seja, no caso de clínica ilegal de aborto, a nulidade não atinge aquele que presta serviços desvinculados da atividade ilícita. De acordo com a Súmula 386 do TST: “Preenchidos os requisitos do art.3º da CLT, é legítimo o reconhecimento da relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar”. Assim, de acordo com a jurisprudência, trata-se de trabalho proibido. Pode-se dizer que o trabalho de estrangeiro em situação irregular, da mesma forma, acarreta hipótese de trabalho proibido, reconhecendo-se os efeitos produzidos. Sabendo-se que, no contrato de trabalho, em regra, não se exige forma especial, podendo ser acordado de forma tácita ou expressa, verbal ou por escrito (art. 443, clt), todavia, há disposições específicas, prevendo a necessidade de ser o contrato de trabalho firmado por escrito, como ocorre com o contrato de aprendizagem (art. 428, CLT), o contrato de trabalho temporário (Lei 6.019/74, art. 11),... Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 7 LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997. Cabo Eleitoral Art. 100. A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes. Lei nº 11.788/2008 Estagiário Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: (...) Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984 Trabalho prisional Art. 28 - O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. § 2º - O trabalho do preso não está sujeito ao regime da CLT. DECRETO No 80.281, DE 5 DE SETEMBRO DE 1977. Médico Residente Art. 1º A Residência em Medicina constitui modalidade do ensino de pós- graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, em regime de dedicação exclusiva, funcionando em Instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 8 (art.58, CLT) A CF/88, art. 7º, XIII, prevê a duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais, permitindo a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Observe que, além do limite diário, existe a limitação semanal. A CLT, de igual modo, regula a duração do trabalho quando aduz que a duração normal do trabalho não excederá de 8 horas diárias. A jornada pode ser prorrogada mediante acordo ou convenção coletiva, em número não excedentea 2 horas diárias (com o pagamento das horas extras). _______________________ (art.58,§ 1º, CLT, Súm. 366, TST) Minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho. Em muitos casos é impossível que os empregados se comportem de forma homogênea, ordenada, para a marcação do ponto, sendo impraticável que todos os trabalhadores marquem o ponto no mesmo horário. Desta forma, não serão descontadas nem compensadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 5 minutos, observado o limite máximo de 10 minutos diários. É dizer: aquele pequeno atraso ou excesso na assinatura do ponto não será descontado, nem cobrado. Se o empregado fizer horas extras, todo o período além de oito horas, por exemplo, será considerado como extra e não apenas o que exceder o limite de tolerância de cinco minutos. O período de cinco minutos é apenas para marcar o cartão de ponto. Se há horas extras, todas elas devem ser consideradas, independentemente da tolerância mencionada. (art.58,§ 2º, CLT; Súm. 90 e 320 do TST; Precedente n. 114) É o tempo correspondente à ida e volta da residência do trabalhador ao local de trabalho, em transporte fornecido pelo empregador, o § 2º do art. 58 esclarece que tal percurso não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. Dito de outra maneira: para que o tempo de deslocamento casa/trabalho/casa integre, possa ser incluído na jornada de trabalho, dois requisitos: O local tem de ser de difícil acesso ou não servido por transp. público regular; O empregador deve fornecer a condução. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 9 Portanto, a Súmula 90 do TST exige, para ser considerada in itinere a jornada, que haja condução fornecida pelo empregador e não exista transporte público para o local de trabalho ou o local seja de difícil acesso. O Precedente n. 114 dá a mesma orientação. O requisito básico aqui é se a condução for fornecida pelo empregador; caso não o seja, não haverá o cômputo como horas in itinere. Se existe transporte público, mas ele é insuficiente, não há direito a pagamento de horas in itinere (Súm 90, III, do TST). Havendo, porém, transporte particular em parte do percurso em que a empresa fornece condução, as horas in itinere remuneradas se limitam ao trecho não alcançado pelo transporte público (Súmula 90, IV). Por fim, o fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso, ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção do pagamento das horas in itinere (Súm 320 ). ____________________ (art.58-A, CLT) Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a 25 horas semanais, desta forma, perfeitamente possível o pagamento de piso salarial ou salário-mínimo proporcional ao tempo trabalhado, nesse sentido: OJ 358, TST. O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções tempo integral. O salário é fixado à base horária à razão do divisor 220 (§ 1º do art. 6º da Lei n. 8.542/92) que corresponde ao nº de horas mensais, observado o módulo semanal de 44 horas. Por fim, mesmo já tendo sido contratado para trabalhar em tempo integral, é possível a alteração para o trabalho em regime parcial, desde que haja, nesse caso, previsão expressa em instrumento coletivo. Cabe ressaltar que nessa modalidade de trabalho é proibido a prestação de horas extras. OJ n. 358 SDI-I. Salário mínimo e piso salarial proporcional à jornada reduzida. Possibilidade. Havendo contratação pra cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário-mínimo proporcional ao tempo trabalhado. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 10 São as pausas que ocorrem dentro da jornada de trabalho, objetivando o repouso e alimentação do trabalhador. Se a duração da jornada exceder de 4 horas, mas não ultrapassar 6 horas, o intervalo intrajornada será de 15 minutos, não sendo computado o intervalo na duração da jornada. Se a jornada exceder de 6 horas, o empregado terá direito a um intervalo de, no mínimo 1 hora e, no máximo 2 horas para repouso e alimentação, não sendo computado o intervalo na duração da jornada. _______________________ É a pausa concedida ao trabalhador entre o final de uma jornada de trabalho e o início de nova jornada, para descanso do trabalhador. Será concedido um intervalo entre um dia e outro de, no mínimo, 11 horas consecutivas, salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção coletiva. OJ nº. 35: Intervalo interjornadas. Inobservância. Horas extras. Período pago como sobrejornada. Art. 66 da CLT. Aplicação analógica do § 4º do art. 71 da CLT. O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº. 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. Intervalo interjornada. Horas extras. natureza jurídica. A não concessão de intervalo interjornada gera como consequência o pagamento deste período como hora extraordinária, por analogia do disposto no art. 71 § 4º da CLT. O RSR consiste na interrupção semanal do contrato de trabalho, com a paralisação pelo prazo de 24 horas da prestação de serviços pelo empregado, sem prejuízo de sua remuneração e demais vantagens, preferencialmente aos domingos. Não será concedido o pagamento do RSR e dos feriados quando, sem motivo, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior. Também perde os referidos pagamentos se o empregado faltar injustificadamente durante a semana. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 11 Férias: a CF/88, em seu art. 7º, XVII, assegura o direito ao gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Desta forma, percebe-se claramente que é hipótese de interrupção, pois o trabalhador não presta serviços, todavia, recebe integralmente a sua remuneração, tal afastamento remunerado visa preservar a saúde e a segurança do trabalhador. Convenção Internacional 132. CLT 129 até 153. Períodos de descansos: intervalos, descanso semanal remunerado e férias. As férias podem ser individuais ou coletivas Individuais: são aquelas concedidas individualmente a cada trabalhador em particular. Coletivas: podem ser concedidas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados setores dentro da empresa. Para as férias individuais, o fracionamento só pode ocorrer em casos excepcionais e desde que um dos dois períodos de férias não seja inferior a 10 dias corridos. As férias coletivas poderão ser gozadas em 2 períodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos. Natureza jurídica: interrupção do contrato de trabalho. É um direito dever, isto é, tem o direito de usufruir das férias e um dever de não trabalhar durante as férias. Período aquisitivo: para obter direito às férias, o empregado deve trabalhar o chamado período aquisitivo. Assim, o período aquisitivo de férias é de 12 meses de vigência do contratode trabalho (art. 130, CLT). Duração das férias: (art. 130 e 130-A, CLT) o trabalhador terá direito a férias, na seguinte proporção: Dias de férias Faltas injustificadas 30 Até 5 24 De 6 a 14 18 De 15 a 23 12 De 24 a 32 Não terá direito Mais de 32 Desta forma, se o empregado tiver mais de 32 faltas injustificadas, passa a não ter direito a férias. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 12 No caso do empregado que trabalha em regime de tempo parcial, após cada período de doze meses do contrato, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: Dias de férias Quantidade de horas trabalhadas (semanais) 18 Mais de 22 até 25 16 Mais de 20 até 22 14 Mais de 15 até 20 12 Mais de 10 até 15 10 Mais de 5 até 10 8 Inferior a 5 O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de 7 faltas injustificadas, ao longo do período aquisitivo (doze meses iniciais), terá o seu período de férias reduzido à metade. O empregado que deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saída; que permanecer em gozo de licença, recebendo salários, por mais de 30 dias; que deixar de trabalhar, com percepção de salários, por mais de 30 em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa e o obreiro que tiver recebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos, perderá o direito às férias. Após a aquisição do direito de férias, elas devem ser concedidas pelo empregador, respeitando o período concessivo, que é de 12 meses seguintes ao término do período aquisitivo. Desde que observado o período concessivo, a época da concessão das férias será a que melhor atenda aos interesses da empresa. Cabe ressaltar que durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido. Tanto as férias individuais quanto as coletivas, podem ser concedidas de forma fracionada, em dois períodos. Todavia, quanto as individuais, tal fracionamento pode ocorrer somente em casos excepcionais, restrição que não se aplica para as férias coletivas. A CLT exclui a possibilidade do fracionamento das férias aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos de idade Os membros de uma família, que trabalharem na mesma empresa, terão direito a tirar férias no mesmo período, se assim desejarem e se não trouxer prejuízo para o serviço. O empregado estudante, menor de 18 anos terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 13 o empregado deve ser comunicado, por escrito, com antecedência de 30 dias. deverá ser observada a remuneração devida na época da concessão das férias. Todavia, se não forem concedidas as férias, será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou da extinção do contrato. O pagamento do terço constitucional é devido nas férias integrais ou proporcionais, gozadas ou não. O pagamento da remuneração das férias deve ser efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. a CLT faculta ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário (dinheiro), no valor da remuneração que lhe seria devida. Não se pode confundir o abono pecuniário de férias com o 1/3 constitucional. O abono de férias será requerido até 15(quinze) dias antes do término do período aquisitivo. Os trabalhadores em regime parcial não terão direito ao abono pecuniário. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 14 Direito a Férias: Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Artigo 129 CLT Período Concessivo: Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias. Artigo 130 CLT O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. Artigo 130§ 2º, CLT As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Artigo 134, CLT Fracionamento de Férias: Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos. Artigo 134,§ 1º, CLT Aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. Artigo 134 § 2º, CLT A concessão de férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 dias. Dessa participação o interessado dará recibo. Artigo 135, CLT O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua CTPS, para que nela seja anotada a respectiva concessão. Artigo 135, § 1º, CLT Direito potestativo: A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. Artigo 136, CLT Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. Artigo 136, §1º, CLT O empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Artigo 136, § 2º, CLT Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 15 Pagamento em dobro: Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Artigo 137, CLT Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. Artigo 138, CLT Última remuneração: O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. Artigo 142, CLT É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. Artigo 143, CLT O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Artigo 143 §1º, CLT Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono. Artigo 143, § 2º, CLT O pagto da remuneração das férias e, se for o caso do abono referido no art. 143, serão efetuados até 2 dias antes do início do respectivo período. Artigo 145, CLT Na cessação do contrato de trabalho, após 12 meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias. Artigo 146, CLT O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. Artigo 147, CLT. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.comPágina 16 Prescrição no Direito do Trabalho: prescrição é a perda da exigibilidade do direito, em razão da falta do seu exercício dentro de um determinado período. Prazos prescricionais: dispõe o art. 7º, XXIX, CF: “... com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho”. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne à pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquídio da data da extinção do contrato. (Súm. 308). Noutro dizer: a prescrição quinquenal abrange os cinco anos anteriores ao ajuizamento da reclamatória e não os cinco anos anteriores à data da extinção do contrato. Na hipótese de o empregado ajuizar ação após dois anos da ruptura do contrato, nenhum direito lhe será assegurado, pois a pretensão está fulminada pela prescrição total. Quanto aos créditos decorrentes do FGTS, o prazo prescricional é de 30 anos desde que respeito o biênio subsequente à extinção do contrato. Súmula 362,TST Prescrição total ou parcial: O prazo bienal é contado da extinção da relação de emprego, sendo a prescrição total. Após esses dois anos, estão atingidas pela prescrição todas as pretensões relativas ao extinto pacto laboral. O prazo quinquenal tem aplicabilidade para lesões de direito ocorridas durante a vigência do contrato de trabalho. Portanto, ajuizada a ação dentro do prazo bienal, tem-se asseguradas a tutela do direito dos últimos cinco anos, prescrição parcial. Causas impeditivas da prescrição: Contra menores de 18 anos não corre a prescrição (art. 440) Causas suspensivas da prescrição: (paralisam o curso da prescrição já iniciada e, cessada a causa que a determinou, o prazo já transcorrido será adicionado ao restante, para a consumação da prescrição): Ausência do titular da ação, que se encontre fora do Brasil, a serviço público U/E/Municípios. Período em que a pessoa está servindo as Forças Armadas em tempo de guerra; O período compreendido entre a provocação da CCJ e a declaração de conciliação frustrada (art. 625-G) Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 17 Causas impeditivas da prescrição: (paralisam a contagem do prazo já iniciado, que será desprezado, quando então começará um novo prazo prescricional): A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos (Súm. 268) Prescrição e aviso prévio: o aviso prévio é tempo de serviço para todos os efeitos, desta forma, o prazo prescricional só começará a fluir quando do seu término (OJ 82) Anotação da CTPS. Prescrição: não flui a prescrição da pretensão cujo objeto seja anotação em CTPS ou de outro documento para fins junto à Previdência Social (art. 11§ 1º). Nesses casos, a ação é declaratória e visa apenas ao reconhecimento do vínculo empregatício. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 18 1. Pedro Antônio, policial militar, buscando melhorar o padrão de vida da família, passou a trabalhar nas folgas como segurança de um condomínio residencial. Além dele, ali prestavam serviços outros cinco policiais militares, de maneira que havia segurança 24 horas todos os dias da semana. Analisando o caso concreto é CORRETO dizer que: a) Não há vinculo de emprego, pois é proibido ao policial militar prestar serviços de segurança privada. b) Há vinculo de emprego, mas este é nulo de pleno direito, haja vista que o policial militar não poderia fazer segurança particular. c) É possível reconhecer o vínculo de emprego, desde que não haja penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. d) Há vínculo e emprego legítimo entre Pedro Antônio e o condomínio; e) Não há vínculo de emprego devido à ausência de pessoalidade na prestação de serviços. 2. Para a configuração da relação de emprego a) não é necessário o recebimento de salário, uma vez que há relação de emprego configurada mediante trabalho voluntário. b) é necessária a existência de prestação de contas, requisito inerente à subordinação existente. c) é preciso que o empregado seja uma pessoa física ou jurídica que preste serviços com habitualidade, onerosidade, subordinação e pessoalidade. d) não é necessária a exclusividade da prestação de serviços pelo empregado. e) é necessária a existência de prestação de trabalho intelectual, técnico ou manual, de natureza não eventual, por pessoa física, jurídica ou grupo de empresas, sem alteridade e com subordinação jurídica. 3. Sobre as expressões "relação de trabalho" e "relação de emprego", assinale a alternativa correta. a) A relação de trabalho é gênero do qual a relação de emprego é espécie. Além da relação de emprego, são também formas de relação de trabalho o trabalho autônomo, o eventual, o avulso, o estágio, entre outros. b) Relação de trabalho sempre foi utilizada como sinônimo de relação de emprego, presumindo a ocorrência de trabalho pessoal, subordinado, sob dependência econômica e habitual. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 19 c) Pode haver relação de trabalho entre pessoas jurídicas, embora jamais seja possível uma relação de emprego entre pessoas jurídicas, dada a imprescindibilidade de existência de pessoalidade na relação de emprego. d) A relação de emprego não admite sazonalidade, pois pressupõe continuidade, característica que se eleva, inclusive, à condição de princípio do Direito do Trabalho. 4. No tocante às horas in itinere, considere: I. Afasta o direito às horas in itinere o fato do empregador não cobrar pelo fornecimento do transporte para local de difícil acesso. II. A mera insuficiência de transporte público enseja o pagamento das horas in itinere. III. A Consolidação das Leis do Trabalho, permite o desconto de 10% dos gastos com transporte do empregado quando do pagamento das horas in itinere. IV. Se o transporte regular existir, mas em horário in- compatível com a jornada de trabalho do obreiro, este terá direito ao pagamento das horas in itinere Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e IV. c) II. d) II e III. e) IV. 5. No tocante às horas in itinere, considere: I. Afasta o direito às horas in itinere o fato do empregador não cobrar pelo fornecimento do transporte para local de difícil acesso. II. A mera insuficiência de transporte público enseja o pagamento das horas in itinere. III. A Consolidação das Leis do Trabalho, permite o desconto de 10% dos gastos com transporte do empregado quando do pagamento das horas in itinere. IV. Se o transporte regular existir, mas em horário in- compatível com a jornada de trabalho do obreiro, este terá direito ao pagamento das horas in itinere Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 20 Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e IV. c) II. d) II e III. e) IV. 6. De acordo com disposição legal e jurisprudência do TST, em relação às horas em trajeto, também denominadas como horas in itinere, está correto afirmar que: a) Elas serão sempre devidas quando o local de trabalho for de difícil acesso. b) Elas serão devidas,bastando que o transporte público não seja suficiente. c) Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, serão remuneradas apenas as horas despendidas no trecho não servido pelo mencionado transporte. d) Não serão devidas quando o transporte, embora fornecido pelo empregador, seja pago, ainda que parcialmente pelo empregado. e) A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular não se constitui em circunstância que gera o direito às horas in itinere. 7. Para as microempresas e empresas de pequeno porte, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, a) o tempo médio despendido pelo empregado deverá ser fixado obrigatoriamente através de sentença normativa, havendo dispositivo legal expresso neste sentido. b) o tempo médio despendido pelo empregado não poderá ser fixado, por meio de acordo ou convenção coletiva, tratando-se de norma de caráter público vedado pela Carta Magna. c) a natureza da remuneração não poderá ser fixada, por meio de acordo ou convenção coletiva, tendo em vista que a Consolidação das Leis do Trabalho já prevê a sua natureza salarial. d) o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração poderão ser fixados, por meio de ACT e CCT. e) a natureza da remuneração deverá ser fixada obrigatoriamente através de sentença normativa, havendo dispositivo legal expresso neste sentido. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 21 8. De acordo com a CLT, é obrigatória a concessão de um intervalo intrajornada de quinze minutos quando a duração do trabalho ultrapassar a) 2 horas e não exceder 4 horas. b) 3 horas e não exceder 5 horas. c) 4 horas e não exceder 6 horas. d) 5 horas e não exceder 7 horas. e) 6 horas e não exceder 8 horas. 9. Considere as seguintes assertivas a respeito dos períodos de descanso: I. Nos serviços que exijam trabalho aos domingos será estabelecida escala de revezamento, semestralmente organizada e constando de quadro sujeito a fiscalização sindical. II. No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. III. Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. IV. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 15 horas consecutivas para descanso. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I e III. d) II e III. e) II, III e IV. 10.No que tange à duração do trabalho é correto afirmar: a) O divisor para cálculo do salário hora do empregado que trabalha em jornada de 6 horas é 220. b) O repouso de 10 minutos para o digitador é dedutível da duração normal do trabalho, considerando uma jornada de 8 hs, o digitador deve ter cinco repousos de dez minutos. c) Nas atividades insalubres e perigosas, quaisquer prorrogações de jornada só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de medicina, higiene e segurança do trabalho. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 22 d) O limite legal de intervalo intrajornada pode ser elastecido, a critério do empregador, desde que respeitada a jornada diária de 8 horas de trabalho efetivo. e) O limite mínimo de intervalo de uma hora, para jornada que exceda seis horas, pode ser reduzido, por ato do Ministro do Trabalho, se o estabelecimento atender as exigências relativas a refeitórios e os empregados não estiverem sob regime de prorrogação de jornada. 11.O trabalho em regime de tempo parcial a) não dá direito à férias por expressa disposição legal, tendo em vista que a sua jornada de trabalho não atinge quarenta e quatro horas semanais. b) é aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais c) é aquele cuja duração não exceda a vinte e oito horas semanais. d) dá ao empregado direito ao seu período de férias reduzido pela metade se tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo. e) dá ao empregado direito a seis dias de gozo de férias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. 12.As irmãs Cleodete e Carmina são empregadas da empresa F. Ambas pretendem requerer a conversão de 1/3 do período de férias em abono pecuniário. Neste caso, este requerimento é a) possível, devendo ocorrer até 60 dias antes do término do período aquisitivo. b) impossível em qualquer hipótese, tendo em vista que as férias devem ser gozadas na sua integralidade, tratando-se de norma pública que deve ser respeitada. c) possível, devendo ocorrer até 5 dias antes do término do período aquisitivo. d) possível, devendo ocorrer até 10 dias antes do término do período aquisitivo. e) possível, devendo ocorrer até 15 dias antes do término do período aquisitivo. 13.Ana, Bárbara, Carmem e Débora são empregadas da empresa Trevo. Ana tem 17 anos; Bárbara tem 51 anos; Carmem tem 61 anos e Débora tem 71 anos de idade. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, as férias serão concedidas de uma só vez para a) Bárbara, apenas. b) Carmem e Débora, apenas. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 23 c) Ana e Débora, apenas. d) Ana, Carmem e Débora, apenas. e) todas as empregadas. 14.Fabiano e José são empregados da empresa FJ. Durante o período aquisitivo de férias, Fabiano teve 4 faltas injustificadas e José teve 22 faltas injustificadas. Nestes casos, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, Fabiano e José terão, respectivamente, direito de gozo de a) 24 e 15 dias corridos de férias. b) 30 e 24 dias corridos de férias. c) 30 e 18 dias corridos de férias. d) 30 e 12 dias corridos de férias. e) 28 e 18 dias corridos de férias. 15.A duração máxima do contrato por prazo determinado, destinado a serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo, é de noventa dias. Certo Errado 16. No contrato de trabalho existem obrigações contrárias e contrapostas em decorrência da característica específica desse contrato a. Ser consensual b. Ser sinalagmático c. Apresentar alteridade d. Apresentar onerosidade e. Possuir formalidade legal 17. O contrato de trabalho é bilateral, consensual, oneroso, comutativo e de trato sucessivo. 18.O trabalho ilícito e o trabalho proibido acarretam as mesmas consequências para a relação de emprego. 19.Conforme orientação jurisprudencial do TST, a relação de trabalho entre o apontador do jogo do bicho e o dono da banca deve ser preservada para os efeitos trabalhistas. Direito do Trabalho I Prof. Marcos Aurélio Melo marcosaurelio.melo@gmail.com Página 24 20.É lícito o trabalho prestado por menor de 18 anos em atividades insalubres 21.O contrato de trabalho por tempo determinado pode ser celebrado verbalmente. 22.O contrato de experiência pode ser prorrogado por diversas vezes desde que não ultrapasse o limite de 90 dias. 23.A CLT fixa o prazomáximo de dois anos para os contratos a prazo determinado em geral. 24.O limite máximo de duração de um contrato de experiência é de 90 dias. 25.É vedada a prorrogação de contratos de experiência. 26.Em relação à duração do trabalho é correto afirmar que será considerado trabalho noturno para o trabalhador urbano aquele executado entre às 22 horas de um dia e às 05 horas do dia seguinte. 27.o adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno. 28.Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, não será devido o adicional quanto às horas prorrogadas. 29.A hora do trabalho noturno será computada como de cinquenta e dois minutos e trinta segundos. 30.O horário noturno para empregados rurais que trabalham na pecuária é aquele compreendido entre as 21h de um dia e as 4h do dia seguinte, com, no mínimo, o adicional de 25% sobre o valor da hora trabalhada em jornada diurna. 31.É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos para a propositura da ação. 32.A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias não alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS, à medida que a prescrição fundiária é trintenária, observando o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho.
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