Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica Síntese e Processamento de Proteínas Profa. Dra. Lady Clarissa Rocha • As proteínas são o produto final da expressão da informação genética contida nas sequências de bases do DNA; • O papel central das proteínas, especialmente enzimas, nos processos metabólicos justificam o alto grau de fidelidade das moléculas de DNA ao longo das gerações celulares e também da transcrição do DNA em RNA. Introdução Introdução • Por que a síntese proteica é rotineiramente chamada de “tradução”? - A sequência de bases no mRNA transcrito a partir da informação contida no DNA é “traduzida” em uma sequência de aminoácidos específica. O Código Genético O Código Genético • Que elementos participam dessa tradução? - O tRNA funciona como um adaptador, que “lê” a sequência de bases no mRNA e transfere o aminoácido correspondente para a cadeia polipeptídica. • Uma sequência de 3 bases no mRNA (códon) especifica um aminoácido; essa especificação ocorre por meio de um pareamento com bases complementares no tRNA (anticódon). Existe um tRNA específico para cada aminoácido. O Código Genético • A sequência de bases no mRNA é lida continuamente, sem paradas nem superposições; a pauta de leitura é definida pelo primeiro códon lido. O Código Genético O Código Genético • Alguns códons não especificam aminoácidos: - AUG: códon de iniciação; - UAA, UAG e UGA: códons de terminação. • Os códons são escritos na direção 5’ 3’; • 43 combinações diferentes; • O código genético é degenerado; • O código genético é universal. O Código Genético O Código Genético O Código Genético Ribossomos e tRNAs Ribossomos e tRNAs Ribossomos e tRNAs • Ativação do grupo COO- para facilitar a formação de uma ligação peptídica; • Estabelecimento de um elo entre o AA e a mensagem codificada no mRNA: ligação do AA ao seu tRNA correspondente aminoacil-tRNA sintetases; • Existe uma aminoacil-tRNA sintetase para cada AA a ser ligado no seu tRNA correspondente. A Síntese Proteica Etapa 1: Ativação dos aminoácidos • A interação entre a aminoacil-tRNA sintetase e o tRNA é referida como o 2º Código Genético, já que essa enzima deve ser capaz de reconhecer não apenas o seu AA específico, mas também o tRNA correspondente a esse AA. Esse é um ponto crítico para a fidelidade da síntese proteica a partir da informação contida no mRNA. • Os braços anticódon e aminoácido do tRNA devem estar envolvidos nesse reconhecimento. A Síntese Proteica • Formação de um aminoacil-tRNA: A Síntese Proteica • Direção da síntese proteica: aminoterminal carboxiterminal; • O códon AUG determina: - O códon de iniciação N-formilmetionina (fMet) - Metionina no meio da cadeia metionina (Met) • São requeridos dois tRNAs diferentes, um para cada caso: - tRNAfMet; - tRNAMet. A Síntese Proteica Etapa 2: Iniciação A Síntese Proteica • Formação do aminoacil-tRNA designado pelo códon de iniciação AUG (fMet-tRNAfMet): 1º passo 2º passo A Síntese Proteica • 1º passo da iniciação: - Interação da subunidade 30S do ribossomo com fatores de iniciação; - Posicionamento do códon de iniciação no sítio P: sequência de Shine- Dalgarno. A Síntese Proteica • 2º passo da iniciação: - Ligação do fMet- tRNAfMet no sítio P com auxílio de fator de iniciação IF-2 ligado a GTP. A Síntese Proteica • 3º passo da iniciação: - Formação do complexo de iniciação: ribossomo 70S, mRNA e fMet- tRNAfMet. A Síntese Proteica Etapa 3: Alongamento • 1º passo do alongamento: - Um outro aminoacil-tRNA ligado ao fator de alongamento Tu (EF-Tu) ligado a GTP chega ao complexo de iniciação; - EF-Tu é restaurado pelo fator de alongamento Ts (EF-Ts). A Síntese Proteica • 2º passo do alongamento: - Formação da ligação peptídica: fMet é transferido ao grupo amino do 2º AA; - Reação catalisada pela peptidil transferase (ribozima – rRNA 23S). A Síntese Proteica • 3º passo do alongamento: - Translocação do ribossomo: deslocamento em direção à extremidade 3’ do mRNA; - Esse movimento é realizado com o auxílio do fator de alongamento G (translocase) ligado a GTP; - São gastos 2 GTPs para cada AA adicionado. • Sinalização: códons de terminação no mRNA (UAA, UAG e UGA); • Fatores de liberação RF-1, RF-2 e RF-3: - Hidrólise da ligação peptidil-tRNA terminal; - Liberação do polipeptídio livre e do último tRNA do sítio P; - Dissociação das subunidades 30S e 50S do ribossomo. A Síntese Proteica Etapa 4: Terminação • Para ser biologicamente ativas, as proteínas devem adquirir uma conformação tridimensional particular – enovelamento; • A conformação tridimensional correta de uma proteína, que a torna funcional, muitas vezes depende de interações entre grupos intramoleculares adicionados após sua síntese – processamento pós-traducional. A Síntese Proteica Etapa 5: Enovelamento e Processamento • Remoção enzimática da porção N-terminal ou C-terminal; • Remoção de sequências sinalizadoras que dão o direcionamento da proteína; •Modificação de AAs individuais: fosforilação, carboxilação, metilação; • Ligação de carboidratos a cadeias laterais (glicosilação); • Adição de grupos prostéticos (biotina, heme etc); • Processamento proteolítico (ex.: enzimas digestivas ou envolvidas na coagulação); • Formação de pontes dissulfeto entre resíduos de Cys. A Síntese Proteica Sítio A Peptidil transferase (procariotos) Peptidil transferase (eucariotos) Erro de leitura e Iniciação Antibióticos X Síntese proteica Endereçamento de Proteínas Endereçamento de Proteínas
Compartilhar