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CCJ0015-WL-D-AMMA-03-Efeitos da Posse

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DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
Aula 3- Efeitos da Posse
Conteúdo Programático desta aula
 Estudar os efeitos da posse quanto aos 
frutos e as benfeitorias;
 Compreender, material e 
processualmente, as ações possessórias. 
Dentre os efeitos da
posse, destacam-se:
a) percepção de frutos;
b) indenização e
retenção por
benfeitorias;
c) indenização por
prejuízos sofridos;
d) defesa da posse
(interditos
possessórios);
e) usucapião.
A) Direito aos Frutos
Frutos são bens acessórios 
que quando utilizados não 
esgotam a fonte, ou seja, 
possuem reposição 
automática.
Classificação: Frutos quanto à origem:
Frutos naturais: Aqueles que surgem e se renovam 
pela própria força. 
Frutos industriais: Aqueles que surgem e se 
renovam pela atuação do homem. 
Frutos civis: São os rendimentos que os bens 
produzem em razão da sua utilização por 
outrem que não o proprietário. 
Frutos quanto ao estado em que se encontram:
Frutos pendentes: Aqueles que ainda não foram 
colhidos ou retirados, ou seja, que ainda 
encontram-se presos à coisa.
Frutos percipiendos: Aqueles que deveriam ser, 
mas ainda não foram colhidos.
Frutos percebidos ou colhidos: Aqueles que já 
foram colhidos ou retirados, ou seja, já foram 
separados da coisa.
Possuidor de Boa-Fé
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé 
tem direito, enquanto ela durar, 
aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos 
pendentes ao tempo em que cessar 
a boa-fé devem ser restituídos, 
depois de deduzidas as despesas 
da produção e custeio; devem ser 
também restituídos os frutos 
colhidos com antecipação.
Possuidor de Má-Fé
Art. 1.216. O possuidor de 
má-fé responde por todos os 
frutos colhidos e percebidos, 
bem como pelos que, por 
culpa sua, deixou de 
perceber, desde o momento 
em que se constituiu de má-
fé; tem direito às despesas 
da produção e custeio.
B) Direito às benfeitorias
São acréscimos ou 
melhoramentos, 
realizados pela atuação 
do homem, em coisa já 
existente.
Classificação:
Benfeitorias necessárias: Art. 96- §3º São necessárias as 
que têm por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore.
Benfeitorias úteis: Art. 96- § 2º São úteis as que 
aumentam ou facilitam o uso do bem. 
Benfeitorias voluptuárias: Art. 96- § 1o São voluptuárias 
as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou 
sejam de elevado valor.
Possuidor de Boa-Fé
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé 
tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, 
bem como, quanto às voluptuárias, 
se não lhe forem pagas, a levantá-
las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá 
exercer o direito de retenção pelo 
valor das benfeitorias necessárias 
e úteis.
OBS: DIREITO DO LOCATÁRIO Lei nº 8.245
Art. 35. Salvo expressa disposição contratual em 
contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo 
locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem 
como as úteis, desde que autorizadas, serão 
indenizáveis e permitem o exercício do direito de 
retenção.
Art. 36. As benfeitorias voluptuárias não serão 
indenizáveis, podendo ser levantadas pelo locatário, 
finda a locação, desde que sua retirada não afete a 
estrutura e a substância do imóvel.
STF Súmula nº 158
Salvo estipulação contratual averbada no 
registro imobiliário, não responde o 
adquirente pelas benfeitorias do 
locatário.
Possuidor de Má-Fé
Art. 1.220. Ao possuidor de 
má-fé serão ressarcidas 
somente as benfeitorias 
necessárias; não lhe assiste o 
direito de retenção pela 
importância destas, nem o 
de levantar as voluptuárias.
Obs: Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a 
indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, 
tem o direito de optar entre o seu valor atual e 
o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará 
pelo valor atual.
Obs: as benfeitorias são compensadas com os 
danos.
Enunciado n° 81, I Jornada de Direito Civil: O 
direito de retenção previsto no CC 1219, 
decorrente da realização de benfeitorias 
necessárias e úteis, também se aplica às 
acessões (construções e plantações) nas 
mesmas circunstâncias.
C) Interditos Possessórios
Art. 1.210. O possuidor tem 
direito a ser mantido na 
posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e 
segurado de violência 
iminente, se tiver justo 
receio de ser molestado.
Os meios utilizados devem ser proporcionais à agressão, 
assim, o excesso poderá levar à indenização.
Legítima defesa: Cabível no caso de turbação (quando há 
ameaça grave, concreta e eminente ao direito de 
posse. O possuidor está na iminência de perder a 
posse).
Quando o possuidor é turbado no exercício de sua posse, 
poderá manter-se por sua própria força (sem a 
utilização do Judiciário ou da Polícia), contanto que o 
faça logo.
Desforço imediato: Cabível no caso de esbulho (quando há 
perda da posse, através de meios violento, clandestino 
ou com abuso de confiança).
Quando o possuidor é esbulhado, poderá restituir-se por 
sua própria força (sem a utilização do Judiciário ou da 
Polícia), contanto que o faça logo.
Art. 12012(...)
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se 
ou restituir-se por sua própria força, contanto que o 
faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não 
podem ir além do indispensável à manutenção, ou 
restituição da posse.
§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a 
alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a 
coisa.
Ação de Manutenção da Posse
Art. 926. O possuidor 
tem direito a ser 
mantido na posse em 
caso de turbação(...)
Ação de Reintegração de Posse
Art. 926. O possuidor 
tem direito a ser 
mantido na posse em 
caso de turbação e 
reintegrado no de 
esbulho.
Interdito Proibitório
Art. 932. O possuidor direto ou 
indireto, que tenha justo receio de 
ser molestado na posse, poderá 
impetrar ao juiz que o segure da 
turbação ou esbulho iminente, 
mediante mandado proibitório, em 
que se comine ao réu determinada 
pena pecuniária, caso transgrida o 
preceito.
Características da Ações Possessórias:
1- Liminar (art. 924 c/c art. 928, CPC): possibilidade de 
concessão de liminar em caso de posse nova. 
Obs: antecipação de tutela (art. 273, CPC) → 1ª corrente 
(majoritária): a antecipação de tutela de mérito não 
pode ser concedida em caso de posse velha, pois ela 
seria uma forma de burlar a impossibilidade de 
concessão de liminar. 
2ª corrente: pode haver a concessão de antecipação de 
tutela em caso de posse velha, pois esta é baseada em 
verossimilhança, que é uma prova mais cabal da 
existência do direito. Esta corrente, apesar de 
minoritária, está crescendo.
2) Duplicidade (art. 922, CPC): possibilidade de se fazer 
pedido contraposto, sem necessidade de reconvenção. 
Na própria contestação, o réu pode fazer o pedido. 
3) Fungibilidade (art. 920, CPC): Existe uma celeridade 
na dinâmica, portanto poderá ser julgado mesmo que a 
ação não seja a adequada. 
4) Cumulatividade (art. 921, CPC): você pode cumular 
oitros pedidos: ação indenizatória; multas diárias 
previstas no caso de novo esbulho ou turbação; 
devolução no mesmo estado anterior.
Obs: 
Ação de Imissão na Posse → Ação Ordinária, de rito 
comum (serão utilizadas regras gerais do CPC). 
Quando se tem prova da propriedade, mas não chegou a 
ser possuidor. 
O objetivo desta ação é que o proprietário seja imitido na 
posse. Além de proprietário, ter a posse. Não é ação 
possessória.
Condições das Ações Possessórias: 
- Possibilidade jurídica do pedido;
- Interesse de agir;
- Legitimidade.
ExercíciosSemana 3
Caso concreto 01
Jorge teve seu imóvel invadido, sem violência, por Pedro 
em 2008, que passou a praticar atos de poder sobre a 
coisa abertamente e sem oposição alguma. Em janeiro 
de 2011, Jorge decide ajuizar ação possessória contra 
Pedro, combinada com reparação de perdas e danos.
Considerando os dados acima, responda JUSTIFICADA E 
FUNDAMENTADAMENTE:
a) Qual ação é a mais adequada para o caso? Caso a ação 
manejada seja outra, isso obstará a obtenção de tutela 
judicial?
b) Que despesas poderá Pedro compensar com as 
eventuais perdas e danos?
Questão objetiva 01
(Ministério Público/SP – 83°) De acordo com o que 
estabelece o art. 1.200 do Código Civil, é justa a posse 
que não for violenta, clandestina ou precária. E nos 
termos do art. 1.201 do mesmo diploma, está dito que 
é de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício ou o 
obstáculo que impede a aquisição da coisa. Diante de 
tais enunciados:
(A) quem pacificamente ingressar em terreno de outrem, 
sem ter a preocupação de ocultar a invasão, estará 
praticando esbulho, apesar de sua conduta não se 
identificar com nenhum dos três vícios referidos no art. 
1.200 do Código Civil.
(B) presume-se ser possuidor de boa-fé quem, de forma 
não violenta, obtiver e apresentar justo título para 
transferir o domínio ou posse, não se admitindo prova 
em contrário em nenhuma hipótese.
(C) a boa-fé mostra-se como sendo circunstância 
essencial para o uso das ações possessórias, 
mesmo que a posse seja justa, e o possuidor de 
má-fé não tem ação para se proteger de 
eventual ataque à sua posse.
(D) obtida a posse por meio clandestino, será 
injusta em relação ao legítimo possuidor e 
injusta também no que toca a um eventual 
terceiro que não tenha posse alguma.
(E) caso venha a ser produzida em juízo prova 
visando a mudança do caráter primitivo da 
posse, esta não perderá aquele caráter com 
que foi adquirida, ainda que alguém que tendo 
a posse injusta do bem obtido por meio de 
violência, venha a adquiri-lo posteriormente 
por meio de escritura de compra e venda.
Questão objetiva 02
Marque a alternativa CORRETA:
(A) Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á 
provisoriamente qualquer uma delas, independente de quem tenha 
a coisa.
(B) Os rendimentos reputam-se colhidos no momento em que forem 
separados do capital.
(C) O possuidor de má-fé não tem direito aos frutos colhidos, nem a 
ser restituído pelas despesas.
(D) Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias 
necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância 
destas, nem o de levantar as voluptuárias.
(E) O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor 
de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu 
custo; ao possuidor de boa-fé indenizará sempre pelo valor de 
custo.

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