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CCJ0015-WL-D-AMMA-09-Perda da Propriedade & Propriedade Fiduciária

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DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
Aula 9- Perda da Propriedade. 
Propriedade Fiduciária
Conteúdo Programático desta aula
 Compreender as formas de perda da 
propriedade;
 Compreender a estrutura da 
propriedade fiduciária.
Modos de Perda da Propriedade
Art. 1.275. Além das causas 
consideradas neste Código, perde-se a 
propriedade:
I - por alienação;
II - pela renúncia;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação.
A) Alienação
É um negócio jurídico, gratuito ou 
oneroso, que causa a transferência de 
direito próprio sobre bem móvel ou 
imóvel a outrem.
O termo alienação deve ser reservado 
apenas às transmissões voluntárias, 
provenientes de negócio jurídico 
bilateral.
A perda da propriedade pela alienação 
sempre estará subordinada à tradição, 
no caso de bens móveis e ao registro
do título aquisitivo, quando versar 
sobre bens imóveis.
B) Renúncia
É o negócio jurídico unilateral pelo 
qual o proprietário declara formal 
e explicitamente o propósito de 
despojar-se do direito de 
propriedade. Na renúncia nada se 
transmite a ninguém, 
simplesmente o titular abdica do 
direito real, que nesse instante se 
converte em res nullius 
A renúncia é negócio jurídico que deve ser 
interpretado restritivamente. Por esse motivo, 
a lei não admite renúncia tácita, sobretudo 
quando se tratar de bens imóveis, devendo, 
nesse caso, o ato ser registrado no Cartório de 
Registro de Imóveis. 
Os bens móveis podem, em tese, ser renunciados. 
Todavia, a formalidade exigida pela renúncia 
impede que na prática essa modalidade de 
perda da propriedade seja comum à 
propriedade mobiliária.
C) Abandono
O abandono também implica em 
perda da propriedade por ato 
voluntário do seu titular, com a 
diferença que, nesse caso, o 
aninus de abandonar a coisa é 
presumido pela cessação dos atos 
de posse.
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário 
abandonar, com a intenção de não mais o conservar em 
seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de 
outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e 
passar, três anos depois, à propriedade do Município ou 
à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas 
circunscrições.
§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas 
mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como 
bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da 
União, onde quer que ele se localize.
§ 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se 
refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, 
deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
A doutrina aponta a inconstitucionalidade desse 
dispositivo, alegando afronta direta ao devido 
processo legal (art. 5º, LIV, CR/88) na fixação 
de presunção absoluta de abandono.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de 
seus bens sem o devido processo legal;”
D) Perecimento.
Perecimento material ou real: destruição da 
coisa.
Perecimento jurídico: a coisa continua a 
existir, mas uma situação jurídica 
superveniente faz com que se torne impossível 
o exercício do direito pelo seu titular. A 
doutrina diverge quanto a reconhecer o 
perecimento jurídico como modalidade de 
perda da propriedade. 
E) Desapropriação.
A desapropriação é estudada no 
Direito Administrativo, tendo o 
Código Civil limitado-se a indicá-
la como forma de perda da 
propriedade.
Propriedade Fiduciária
Art. 1.361. Considera-se 
fiduciária a propriedade 
resolúvel de coisa móvel 
infungível que o devedor, 
com escopo de garantia, 
transfere ao credor.
§ 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro 
do contrato, celebrado por instrumento público ou 
particular, que lhe serve de título, no Registro de 
Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em 
se tratando de veículos, na repartição competente para 
o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado 
de registro.
§ 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o 
desdobramento da posse, tornando-se o devedor 
possuidor direto da coisa.
§ 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo 
devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a 
transferência da propriedade fiduciária.
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à 
propriedade fiduciária, conterá:
I - o total da dívida, ou sua estimativa;
II - o prazo, ou a época do pagamento;
III - a taxa de juros, se houver;
IV - a descrição da coisa objeto da transferência, 
com os elementos indispensáveis à sua 
identificação.
OBS:
O credor fiduciário converte-se automaticamente 
em proprietário, tendo no valor do bem dado 
em garantia o eventual numerário para 
satisfazer-se na hipótese de inadimplemento 
do débito pelo devedor fiduciante.
São características da propriedade fiduciária:
a) resolubilidade (condição: adimplemento do contrato);
b) transmissão da propriedade ao credor do negócio 
fiduciário;
c) transmissão da posse indireta ao credor fiduciário, 
através de constituto possessório;
d) permanência do devedor fiduciante como possuidor 
direto;
e) o bem objeto da propriedade fiduciária é utilizado 
como garantia ao adimplemento do negócio fiduciário;
f) devolução da propriedade e da posse indireta (traditio 
brevi manu) ao devedor uma vez adimplida a obrigação 
principal.
Elementos:
Sujeitos: Fiduciário: credor 
que recebe a propriedade e 
a posse indireta do bem.
Fiduciante: devedor que 
entrega a propriedade do 
bem e guarda para si a posse 
direta.
Objeto: bem móvel 
infungível. Há possibilidade 
de propriedade fiduciária 
incidente em bem imóvel na 
hipótese da alienação 
fiduciária da Lei 9.154/97. 
STJ Súmula nº 28 - Alienação Fiduciária em 
Garantia - Patrimônio do Devedor
O contrato de alienação fiduciária em 
garantia pode ter por objeto bem que já 
integrava o patrimônio do devedor.
Requisitos do contrato:
- Descrição da dívida;
- Prazo de pagamento
- Taxa de juros, se houver 
- Descrição do objeto.
É necessário o registro do título (trata-se, 
portanto, de negócio formal).
Obs: É inválida cláusula que autoriza o credor a 
ficar com o bem no caso de inadimplemento.
Direitos e Deveres. Conseqüências do 
Inadimplemento do Contrato.
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, 
a suas expensas e risco, pode usar a coisa 
segundo sua destinação, sendo obrigado, como 
depositário:
I - a empregar na guarda da coisa a diligência 
exigida por sua natureza;
II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for 
paga no vencimento.
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor 
obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a 
coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de 
seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o 
saldo, se houver, ao devedor.
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário 
fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a 
dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do 
credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento 
da dívida, após o vencimento desta.
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não 
bastar para o pagamento da dívida e das despesas de 
cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante
Obs: aplicação da 
teoria do 
adimplemento 
substancial na 
propriedade 
fiduciária.
Caso concreto 1
O Banco X celebrou, em 2003, contrato de mútuo, de 
duração de 72 meses, com Danilo, tendo por garantia 
fiduciária um automóvel. No contratohavia menção 
sobre a existência de taxa de juros, mas não 
especificava o valor da taxa. Danilo transferiu a posse o 
veículo, sem o consentimento do Banco (aliás, sem 
qualquer comunicação ao Banco), em 2005, a Thais, 
que deixou de adimplir com as parcelas do contrato de 
mútuo em 2008. Como o Banco permaneceu inerte na 
cobrança, Thais, na intenção de desonerar o bem junto 
ao DETRAN e finalmente adquirir a propriedade, 
ajuizou ação de usucapião, alegando estar na posse 
mansa e pacífica do automóvel há 5 anos.
Nesse caso, responda JUSTIFICADA E 
FUNDAMENTADAMENTE:
A) Aplica-se a esse contrato a limitação dos juros relativas 
aos arts. 406 e 591, CC?
B) Thais poderá usucapir o automóvel?
C) Qual a ação cabível para que o Banco recupere o bem?
Questão objetiva 1
Assinale a alternativa correta:
a) De acordo com o código civil, o abandono de 
propriedade imóvel não pode ser presumido.
b) A renúncia de bens imóveis pode ser tácita e não 
comporta interpretação ampliativa.
c) A chamada renúncia translativa de propriedade não é 
admitida no direito brasileiro.
d) A alienação é sempre negócio oneroso que implica na 
transferência da propriedade a outrem.
Gabarito: alternativa C.

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