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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá , Relatório IX EXPERIÊNCIA FARADAY-LENZ Engenharia Civil – Turma 222 Camila Federice -151321991 Gabriela Araújo -151323046 Helena Ramos -151323569 Jaqueline Crepaldi -151321957 Guaratinguetá- SP 16/05/2016 INTRODUÇÃO Este relatório baseia-se na Lei de Faraday-Lenz que ilustra o comportamento de corrente por indução magnética. Sabe-se que o campo magnético de um ímã, ao atravessar uma bobina gera nela uma força eletromotriz (fem) dada por: ε = −dψ/dt , que é o negativo da derivada temporal do fluxo magnético. O fluxo magnético ψ0 refere-se à relação entre o campo magnético Bi gerado por um ímã e a área Ai de sua secção transversal. ψ0 = BiAi Ao atravessar uma bobina, cuja densidade de espiras é n (número N de espiras por comprimento H total), este fluxo é dado por: ψ = nLψ0 , sendo L o comprimento do ímã cilíndrico. Neste experimento, porém, é necessário considerarmos ainda a trajetória do ímã ao atravessar a bobina, que cai de uma altura z. Enquanto entra, a fem é dada por: ε = − ∆ψ/∆t εe = − nLψ0/(L/v) = −nψ0v , v=√2gz Quando o ímã está totalmente dentro da bobina, o fluxo é constante, ou seja, ∆ψ=0. Enquanto sai, a fem é dada por: εs = + nLψ0/(L/v) = +nψ0v , v=√2g(z+H) Dessa maneira, podemos aferir que a fem tem amplitude nLψ0 e sinais opostos, como mostra a figura a seguir. Para determinar o campo magnético Bi do ímã, é necessário manipularmos a equação εe = (NBA/H)√ 2gz elevando ambos os membros ao quadrado: ε2= 2g(𝑁𝐵𝐴/𝐻)2𝑧, em que 2g𝑁𝐵𝐴/𝐻)2 é o coeficiente angular. Através do método dos mínimos quadrados, o coeficiente é encontrado e, por fim, tem-se o valor de B. MATERIAIS UTILIZADOS Osciloscópio Paquímetro Régua Tubo acrílico vertical Imãs Bobina PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para a realização do experimento inicialmente foi medida a distância entre o ponto de queda do imã e o centro da bobina (z). Então, utilizou-se o tubo de acrílico para guiar o imã até o ponto, e em seguida ele foi liberado em queda livre. Feito isso, foi obtido através do osciloscópio, que estava conectado à bobina, o valor da fem Ɛ (para facilitar a visualização dos picos da fem no osciloscópio, foi utilizado uma câmera para filmagem do experimento). O procedimento foi realizado 7 vezes, variando apenas a distância z, sendo que para cada uma delas o imã foi liberado duas vezes, utilizando assim um valor médio para os cálculos. ANÁLISE DE DADOS Dados coletados: z(m) Ɛ ₁ (v) Ɛ ₂(v) Ɛ médio(v) Ɛ ² (v²) 1,45 2,4 2,6 2,5 6,25 1,25 2,2 2,4 2,3 5,29 1,05 2 2 2 4 0,85 1,7 1,7 1,7 2,89 0,65 1,6 1,7 1,65 2,72 0,45 1,4 1,5 1,45 2,10 0,25 0,5 0,5 0,5 0,25 Fórmula utilizada: Ɛ 2 = (𝑁𝐵𝐴)² 𝑔 𝑍 𝐻² Onde (𝑁𝐵𝐴)2𝑔 𝐻² é o coeficiente angular da reta do gráfico Ɛ ² x Z , e através delas podemos calcular o campo magnético do imã, utilizando MMQ. N= numero de espiras = 6000 H=altura da bobina = 62,80 mm g= aceleração da gravidade = 9,8 m/s² A = área do imã, com φ sendo o diâmetro = 4,2 mm Calculo do MMQ: ∑x*a + n*b = ∑y ∑x²*a + ∑x*b = ∑xy a * 23,5 + 7* b = 5,95 a * 103,3 + b* 23,5 = 24,53 𝑏 = 5,95 − 23,5 ∗ 𝑎 7 a= 0,1866, o coeficiente angular da reta b= 0,226, o coeficiente linear da reta Então (𝑁𝐵𝐴)2𝑔 𝐻² = 𝑎 𝐵2 = 𝑎 𝐻2 𝑁2𝐴2𝑔 , com A = π(φ/2)² Substituindo os valores temos que B=0,1 T CONCLUSÃO Durante a realização do experimento, houve dificuldade para visualizar os picos da fem Ɛ no osciloscópio, devido a rapidez com que era mostrado. Dessa forma, para facilitar e aumentar a precisão da visualização, foi utilizado uma câmera de filmagem. Através dos valores obtidos foi calculado o valor do campo magnético do imã, sendo esse valor coerente com o valor lido na teoria. Com isso, percebe-se que mesmo sendo um experimento que exige muita atenção para leitura do osciloscópio, ele é totalmente adequado e eficiente. BIBLIOGRAFIA Física Para Cientistas e Engenheiros, Paul A. Tipler, volume 2, 4ª edição, 1999, Nova York, EUA. Física Conceitual, Paul G. Hewitt, 9ª edição, Editora Bookman. Guia de laboratório D. Halliday e R. Resnick, Fundamentos de Física 3, 4ª edição, editora LTC.
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