Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Cálculo I - Gabarito da 1a Avaliação - 20 de janeiro de 2017 1. Calcule os limites, caso existam: a) (1 ponto) lim h→0 1 (x+ h)2 − 1 x2 h Solução: Com alguma manipulação algébrica temos: L = lim h→0 1 (x+ h)2 − 1 x2 h = lim h→0 x2 − (x+ h)2 (x+ h)2x2 h = lim h→0 x2 − (x2 + 2xh+ h2) h(x+ h)2x2 = lim h→0 x2 − x2 − 2xh− h2 h(x+ h)2x2 = lim h→0 −2xh− h2 h(x+ h)2x2 = lim h→0 −2x− h (x+ h)2x2 = −2x x2x2 = − 2 x3 b) (1 ponto) lim x→2 x− 2 x2 − 4x+ 4 Solução: Com alguma manipulação algébrica temos: L = lim x→2 x− 2 x2 − 4x+ 4 = lim x→2 x− 2 (x− 2)2 = lim x→2 1 x− 2 Como em x0 = 2, 1 x− 2 torna-se ilimitada, temos que calcular os limites laterais em x0 = 2: Fazendo a mudança de variável no limite x = 2 − h2, o limite à esquerda x → 2− é equivalente a h→ 0. L− = lim x→2− 1 x− 2 = lim h→0 1 2− h2 − 2 = lim h→0 1 −h2 = − lim h→0 1 h2 = −∞ Fazendo a mudança de variável no limite x = 2 + h2, o limite à direita x → 2+ é equivalente a h→ 0. L+ = lim x→2+ 1 x− 2 = lim h→0 1 2 + h2 − 2 = lim h→0 1 h2 = +∞ c) (1 ponto) lim t→−∞ √ t6 − t+ t3 Solução: Com alguma manipulação algébrica, mudando a variável de limite z = −t, t = −z, temos t→ −∞ é equivalente a z → +∞, logo: L = lim t→−∞( √ t6 − t+ t3) = lim z→+∞( √ (−z)6 − (−z) + (−z)3) = lim z→+∞( √ z6 + z − z3) = lim z→+∞( √ z6 + z − √ z6) Para eliminar a diferença das raízes quadradas usaremos o conjugado: L = lim z→+∞(( √ z6 + z − √ z6) √ z6 + z + √ z6√ z6 + z + √ z6 = lim z→+∞ z6 + z − z6√ z6 + z + √ z6 = lim z→+∞ z√ z6 + z + √ z6 Dividindo o numerador e o denominador por z temos: L = lim z→+∞ 1√ z6 + z + √ z6 z = lim z→+∞ 1√ z6 + z z2 + √ z6 z2 = lim z→+∞ 1√ z4 + 1 z + z2 Usando as propriedades do limite e o fato de que lim z→+∞ (√ z4 + 1 z + z2 ) = +∞ temos que: L = lim t→−∞( √ t6 − t+ t3) = lim z→+∞ 1√ z4 + 1 z + z2 = 0 d) (1 ponto) lim x→0 x2 cos ( 1 x ) . Solução: Como −1 ≤ cos ( 1 x ) ≤ +1. Multiplicando a desigualdade por x2. Como x2 > 0, x 6= 0 a desigualdade não é alterada. Daí, temos: −x2 ≤ x2 cos ( 1 x ) ≤ x2 Passando o limite x→ 0 na desigualdade temos: lim x→0 −x2 ≤ lim x→0 x2 cos ( 1 x ) ≤ lim x→0 x2 Como lim x→0 −x2 = 0 e displaystyle limx→0 x2 = 0 do Teorema do Confronto temos: lim x→0 x2 cos ( 1 x ) = 0 2. (2 pontos) Determine os valores de x para os quais a função f(x) = x 4 − 1 x− 1 , se x < 1 ex−1 + 3, se x ≥ 1 é contínua. Solução: Como x4 − 1 e x − 1 (funções polinomiais) são contínuas em todo R então x4 − 1 x− 1 é contínua em R − {1}. Em particular em para todo x < 1. Por outro lado a ex (função exponencial), e−1 e 3 (funções constante) são contínuas em todo R e das propriedades das funções contínuas soma e produto de funções contínuas são contínuas temos que: ex−1 + 3 = e−1ex + 3 é também uma função contínua em todo R. Resta portanto verificar a continuidade no ponto x0 = 1, onde f(1) = e1−1 + 3 = 4. A saber: L− = lim x→1− f(x) = lim x→1 x<1 f(x) = lim x→1 x4 − 1 x− 1 Como xn − an = (x− a)(xn−1 + xn−2a+ · · ·+ xan−2 + an−1). Para n = 4 e a = 1 temos: x4 − 1 = (x− 1)(x3 + x2 + x+ 1) logo: L− = lim x→1 (x− 1)(x3 + x2 + x+ 1) x− 1 = lim x→1 (x3 + x2 + x+ 1) = 4 Por outro lado, L+ = lim x→1+ f(x) = lim x→1 x>1 f(x) = lim x→1 (ex−1 + 3 = e1−1 + 3 = 4 Logo, como lim x→1− f(x) = lim x→1+ = f(1), f(x) também é contínua em x0 = 1. 3. (2 pontos) Use o Teorema do Valor Intermediário para mostrar que a equação senx = x2 − 10 possui solução. Solução: Definindo f(x) = sen(x)−x2+10, temos que os zeros desta função real contínua corresponde à solução da equação acima. Note que f(0) = sen(0) − 02 + 10 = 10 > 0 e como sen(x) ≤ 1, sen(x) + 10 < 11, ∀x ∈ R, para x = 4 temos: f(4) = sen(4) + 10− 42 < 11 − 16 = −5 < 0. Portanto, segue do Teorema do Valor Intermediário que existe c ∈ (0, 4) satisfazendo f(c) = 0. 4. (a) (1 ponto) Encontre f ′(x) para f(x) = x3 − 3. Solução: Da definição temos: f ′(x) def= lim h→0 f(x+ h)− f(x) h = lim h→0 (x+ h)3 − 3− (x3 − 3) h = lim h→0 x3 + 3x2h+ 3xh2 + h3 − 3− x3 + 3 h = lim h→0 3x2h+ 3xh2 + h3 h = lim h→0 (3x2 + 3xh+ h2) = 3x2 (b) (1 ponto) Encontre a equação da reta tangente à curva y = x3 − 3 no ponto (1,−2). Solução: A equação da reta tangente à curva y = f(x) no ponto x = a é dado por: y = f ′(a)(x− a) + f(a) Logo a equação da reta tangente à y = x3 − 3 no ponto (1,−2), usando o item acima f ′(1) = 3.12 = 3, é dada por: y = 3(x− 1)− 2 Ou simplificando y = 3x− 5.
Compartilhar