Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Simone Cucco CONTROLE DAS FUNÇÕES INVOLUNTÁRIAS REFLEXOS AUTONÔMICOS Ciências Morfofuncionais II CONTROLE DAS FUNÇÕES VOLUNTÁRIAS REFLEXOS SOMÁTICOS REVISANDO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO – RESPOSTA VOLUNTÁRIA - Único neurônio eferente – MOTOR SOMÁTICO - Ausência de sinapse ganglionar - NT liberado: ACETILCOLINA (ACh) - Órgão efetor – MUSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO - Receptor pós-sináptico : COLINÉRGICO NICOTÍNICO - Resposta desencadeada: PEPS CONTRAÇÃO MUSCULAR - ACETILCONINESTERASE CIRCUITO SENSORIO MOTOR SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO VIAS DO SISTEMA AUTÔNOMO Padrão bineuronal: neurônio pré-ganglionar com corpo celular no SNC e neurônio pós ganglionar com corpo celular no gânglio autonômico. Anatomia Básica do SNA Sistema parassimpático está conectado ao SNC através de: - efluxo dos pares cranianos (III, VII, IX e X) - efluxo sacral Em geral, os efluxos parassimpáticos situam-se em proximidade ou no interior do órgão alvo O efluxo simpático abandona o SNC nas raízes medulares toráxicas e lombares. Os gânglios simpáticos formam duas cadeias para vertebrais, além de alguns gânglios na linha média. O sistema nervoso entérico consiste em neurônios situados nos plexos intramurais do TGI. Recebe influxos dos sistemas simpático e parassimpático, mas pode atuar de modo independente no controle das funções motoras e secretoras do intestino. Fisiologia do Sistema Nervoso Autônomo O SNA controla: - musculatura lisa (visceral e vascular) - secreções exócrinas (e algumas endócrinas) - a freqüência cardíaca - alguns processos metabólicos ( utilização de glicose) As ações do sistema simpático e parassimpático são opostas em algumas situações - controle da freqüência cardíaca - músculo liso gastrointestinal As ações do sistema simpático e parassimpático NÃO são opostas em algumas situações - glândulas salivares - músculo ciliar A atividade simpática aumenta no estresse (comportamento de “luta-ou-fuga”) A atividade parassimpática predomina durante a saciedade e repouso. Ambos os sistemas exercem um controle fisiológico contínuo de órgãos específicos em condições normais. Funções Autonômicas NERVO VAGO Neurotransmissão do SNA Os neurotransmissores são ACh e NOR. Os neurônios ganglionares são colinérgicos. A transmissão ganglionar - receptores nicotínicos Os neurônios parassimpáticos pós- ganglionares são colinérgicos e atuam sobre receptores muscarínicos nos órgãos alvo. Os neurônios simpáticos pós- ganglionares são principalmente noradrenérgicos, embora alguns sejam colinérgicos (gland. sudoríparas) AGONISTAS ADRENÉRGICOS Adrenalina Noradrenalina Dopamina Dobutamina Rápido inicio de ação Breve duração de ação Não administradas por via oral Não atravessam a barreira hematoencefálica Adrenalina 1, 2, 1, 2 asma aguda, choque anafilático, anestésicos locais Noradrenalina 1, 2, 1, tratamento do choque 1 - excitatório 2 – inibitório TGI 1 – excitarório miocárdio 2 - inibitório Receptores Adrenérgicos Beta 2 Alfa 1 Alfa 2 Beta 1 -Vasoconstrição - resistência periférica - da PA -midríase -estímulo da contração do esfincter superior da bexiga - inibição da liberação de noradrenalina - inibição da liberação de insulina - taquicardia - da lipóllise - da contratilidade do miocárdio - vasodilatação - resistência periférica -broncodilatação - glicogenólise muscular e hep. - liberação do glucagon - relaxamento da musc. uterina Fibra colinérgica transportador de colina Receptores Muscarínicos Receptores M1(“neurais”), que produzem excitação lenta dos gânglios. Receptores M2 (“cardíacos”), que provocam redução da freqüência cardíaca e força de contração (principalmente dos átrios). Medeiam a inibição pré-sináptica. Receptores M3 (“glandular”), causam secreção, contração da musculatura lisa visceral e relaxamento vascular Todos os mACh são ativados pela Ach e bloqueados pela Atropina. Receptores Nicotínicos Diretamente acoplados a canais iônicos Medeiam a transmissão sináptica excitatória rápida Localizam-se na junção neuromuscular, nos gânglios autônomos e em vários locais do SNC Os nAchR musculares e neuronais diferem na sua estrutura molecular e farmacologia SIMPÁTICO X PARASSIMPÁTICO 1. Ponto de origem no SNC Tóraco-lombar Crânio-sacral 3. NT na sinapse alvo NOR (neur. Adrenérgicos) ACh (neu. Colinérgicos) 5. Tipos receptores cel. alvos e Nicotínicos e muscarínicos 2. Localização gânglios periféricos Ao longo das vértebras Sobre/próximo órgãos-alvo 4. Inativação do NT na sinapse Captação por difusão Degradação enzimática 6. Sinapse ganglionar ACh em receptor nicotínico ACh em receptor nicotínico AVALIAÇÃO DE SINAIS DE APOIO • Dilatadas ou Midríase – Falta de oxigênio no cérebro, choque, parada cardíaca, sangramento ou medicamento. • Contraídas ou Miose – Lesão no SNC e medicamentos ou drogas derivados de opiáceos • Assimétricas – Trauma craniano ou AVE Neurotransmissão do SNA Outros NT além da noradrenalina e acetilcolina : - óxido nítrico e VIP (parassimpático) - ATP e NPY (simpático). - 5 HT, GABA e dopamina A co-transmissão é um fenômeno geral. RESUMO DAS VIAS EFERENTES Neurotransmissores As substâncias que atuam aumentando a ação de neurotransmissores são denominadas agonistas; as que inibem são denominadas antagonistas. TB- bloqueia a ação do Ca++, e não há liberação do NT Ach – denervação funcional (pode durar atá seis meses – Espasticidade, hiperidrose, epasticidade facial, estrabismo Nicotina promove liberação de Ach e de Nor no SNC – aumenta PA, FC e vasoconstrição periferica. Tb aumenta a liberação de dopamina, serotonina e beta – endorfinas - prazer ACETILCOLINA (ACh) Os neurônios que secretam Ach e os receptores que se ligam a Ach são denominados colinérgicos. ACh é o NT junções neuromusculares. excitatória nos músculos esqueléticos No SNP ACh inibitória no músculo cardíaco. excitatória bexiga, pulmão, TGI No SNC ACh está envolvida em funções mentais complexas, como memória, atenção, sono e aprendizagem. MONOAMINAS São NT fabricados no neurônio a partir de um aminoácido simples e que se distribuem amplamente por todo o sistema nervoso. Principais NT monoaminas: adrenalina e noradrenalina, dopamina, serotonina, histamina. Adrenalina – é encontrada principalmente na periferia, sendo pequena sua quantidade no cérebro (Gazzaniga, 2005). Noradrenalina – é um NT usado pelo SNA, tálamo e hipotálamo, envolvida nos estados de atenção, excitação e vigilância. Os níveis mais baixos ocorrem durante o sono (Ekman, 2004). SEROTONINA 5-HT - Ação inibitória direta ou estimulandoo GABA Prof. Simone Cucco Regula : o humor o sono a atividade sexual o apetite, o rítmo circadiano funções neuroendócrinas temperatura corporal sensibilidade á dor atividade motora funções cognitivas agressão depressão Comportamentos de emoção Níveis baixos de serotonina (5-HT) estão associados a depressão e ao comportamento suicida (Ekman, 2004). AMINOÁCIDOS Os aa NT são representados pelo ácido Y-aminobutírico (GABA), Glicina (Gli), glutamato (Glu) e Aspartato. GABA e GLICINA – NT inibitórios no sistema nervoso. Esse último inibe membranas pós-sinápticas, no tronco cerebral e medula espinhal. A inibição de ambos impede uma atividade neural excessiva por hiperpolarizar as membranas neuronais pós-sinápticas. Dessa forma é de se prever que baixos níveis de NT inibitórios no cérebro poderiam desencadear crises convulsivas. drogas antiepilépticas são gabanérgicas GLUTAMATO – é um neurotransmissor excitatório primário do sistema nervoso, talvez o mais rápido do SNC Os receptores de glutamato agem no processo de aprendizagem e memória. Peptídios opióides endógenos: endorfinas, encefalinas e dinorfinas. Inibem neurônios do SNC envolvidos com processos algésicos. As endorfinas estão associadas ao humor eufórico, o que mostra como drogas, que imitam as endorfinas ao se unir a seus receptores, como heroína, morfina, produzem resposta agonista. AREAS DO CÉREBRO MAIS INFLUENCIADAS PELAS DROGAS Areas cerebrais envolvidas no controle das emoções, afeto, prazer, recompensa, impulsividade, cognição e vigilia ANESTESICOS Locais – bloqueio de canais de sódio Geral – analgesia, perda da consciência, relaxamento muscular, redução da atividade reflexa Mecanismo de ação Bloqueio físico por interações lipofílicas, ocluindo os canais de sódio das membranas O potencial de acão é dependente do influxo de sódio, ao não ocorrer não há propagação do sinal nervoso. Quanto menor diâmetro mais facilmente bloqueados, o que permite ajustar a dose de forma a não inativar os neurônios motores, mas apenas os sensitivos e os do sistema nervoso autônomo, já que os motores têm diâmetros consideravelmente maiores. A administração local concomitante de um vasoconstritor reduz os seus efeitos sistêmicos e potencia e prolonga os seus efeitos locais. BENZODIAZEPÍNICOS E BARBITÚRICOS* - sedação, hipnose, anestesia, anticonvulsivante, relaxante muscular. - (rivotril) Potencializam ou prolongam a ação do GABA (talidomida) * Maior depressão do SNC ANSIOLITICOS Usados tb para sedação a) Agonistas parciais do GABA (sonata) b) Agonistas parciais do 5HT1a – efeito ansiolitico depois de alguns dias (buspirona) c) Inibidores da recaptação da 5HT – (fluoxetina) d) Inibidores da recaptura do GABA – sindrome do pânico – (tiagabina) ANTIDEPRESSIVOS -depressão, ansiedade, transtorno bipolar Inibidor seletivo da recaptura da 5HT, de NOR, de Dopamina a) sais de litio - Modulação das atividades excitatórias e inibitórias – controle do humor b) inibidores da MAO – inibe a metabolização de NT aminas – c) Inibidores da recaptura de NOR, SER, DO. Compostos triciclicos – semelhante aos antipsicóticos fenotiazídicos - clorpromazina
Compartilhar