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Direito Internacional Privado Arquivo 2

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PROF. DANIEL MARTINS VAZ
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
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Direito Internacional Privado Uniforme
Significado – conjunto de regras jurídicas idênticas e designativas do Direito aplicável, com vigência em mais de um Estado
Instrumento jurídico característico – tratado internacional (predominância de tratados multilaterais)
Antecedentes históricos – século XIX
Objetivo - criar um sistema de normas de Direito Internacional Privado com cariz universal
Na contemporaneidade, muitos autores consideram este propósito utópico
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Instituto de Direito Internacional 
Fundado em 1873
Conquistou o Prêmio Nobel da Paz em 1904
Associação científica, cujo intuito consiste em favorecer o estudo e o progresso do Direito Internacional Público e do Direito Internacional Privado
A intenção da organização é reunir membros que representem cada país do mundo
O endereço da sede muda conforme a origem do Secretário-Geral da organização
As suas resoluções têm sido de grande relevância no plano do Direito Internacional Privado
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Conferência de Direito Internacional Privado de Haia
Criada em 1893
Trata-se de uma organização intergovernamental de caráter global
Tornou-se permanente em 1955, após a entrada em vigor do seu estatuto
As atividades da Conferência são coordenadas por uma Secretaria multinacional – Escritório Permanente – com sede em Haia
Reúne-se, em princípio, a cada quatro anos em Sessão Plenária (Sessão Diplomática Ordinária) para negociar e adotar as Convenções e para decidir sobre seus trabalhos futuros
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As Convenções são preparadas por Comissões Especiais ou por grupos de trabalho que se reúnem várias vezes ao ano, geralmente no Palácio da Paz da Haia
Tem como objetivo central a uniformização do Direito Internacional Privado
O Brasil ratificou o Estatuto da Conferência de Haia, de 31 de outubro de 1951, em 23 de novembro de 2001
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Convenções que receberam maior número de ratificações tratam dos seguintes temas: • Supressão da exigência de legalização; • Citação e notificação no estrangeiro; • Obtenção de provas no estrangeiro; • Acesso à justiça; • Subtração internacional de menores; • Adoção internacional; • Conflitos de leis relacionados à forma das disposições testamentárias; • Obrigações alimentares; • Reconhecimento de divórcios.
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Outras matérias tratadas recentemente em Convenções:
Competência Internacional;
Lei Aplicável ao Reconhecimento, Execução e Cooperação em Matéria de Responsabilidade Parental e de Medidas de Proteção às Crianças;
Proteção Internacional de Adultos;
Lei Aplicável a certos direitos sobre os títulos possuídos por meio de um intermediário;
Foro de Eleição.
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Temáticas em discussão na atualidade:
Comércio eletrônico;
Conflitos de competência;
Cooperação judiciária e administrativa em matéria de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente; 
Questões de Direito Internacional Privado relacionadas à união estável;
Lei aplicável à concorrência desleal.
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Estatuto da Conferência da Haia de Direito Internacional Privado
 Artigo 1
A Conferência da Haia tem como objetivo trabalhar para a unificação progressiva das regras de direito internacional privado.
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 Artigo 2
São Membros da Conferência da Haia de Direito Internacional Privado os Estados que participaram de uma ou várias das sessões da Conferência e que aceitem o presente Estatuto.
Poderão tornar-se Membros quaisquer outros Estados cuja participação tenha importância jurídica para os trabalhos da Conferência. A admissão de novos Membros será decidida pelos Governos dos Estados participantes, por propostas de um ou vários dentre eles, por maioria dos votos expressos, num prazo de seis meses contados da data em que essa proposta for submetida aos Governos.
A admissão tornar-se-á definitiva pela aceitação do presente Estatuto pelo Estado interessado.
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UNIDROIT
Trata-se do Institut International pour l`unification Du Droit Privé (UNIDROIT)
Tem sede em Roma
Foi criado em 1926 como órgão auxiliar da Sociedade das Nações, tendo sido objeto de reformulação em 1940
O seu objetivo consiste em estudar os meios de harmonizar e de coordenar o direito privado entre os Estados
Visa também preparar gradualmente a adoção de uma legislação de Direito Privado uniforme 
O Instituto está aberto para a uniformização do direito material e esforça-se por apenas recorrer, ocasionalmente, a regras de conflitos de leis, nos textos de legislação uniforme
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ESTATUTO ORGÂNICO DO INSTITUTO INTERNACIONAL PARA A UNIFICAÇÃO DO DIREITO PRIVADO
 Artigo I
O Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado tem como objetivo estudar as formas de harmonizar e de coordenar o direito privado entre Estados ou grupos de Estados e preparar gradualmente a adoção, pelos diversos Estados, de uma legislação de direito privado uniforme.
Para este fim o Instituto:
a) prepara projetos de leis ou de convenções visando a estabelecer um direito interno uniforme;
b) prepara projetos de acordos com vistas a facilitar as relações internacionais em matéria de direito privado;
c) empreende estudos de direito comparado nas matérias de direito privado;
d) interessa-se pelas iniciativas já adotadas em todas estas áreas por outras instituições, com as quais ele pode,
se necessário, manter contato;
e) organiza conferências e publica estudos que considere dignos de ter ampla difusão.
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Comissão de Direito Internacional da ONU
Foi estabelecida pela Assembleia Geral em 1948
Surgiu com a missão de dar seguimento ao desenvolvimento progressivo e à codificação do Direito Internacional, de acordo com o artigo 13(1)(a) da Carta das Nações Unidas
Trata-se de um corpo jurídico especializado
A sua tarefa consiste em preparar projetos de convenções sobre temas que ainda não tenham sido regulamentados pela legislação internacional
Visa codificar as regras do Direito Internacional nos campos onde já existe uma prática do Estado
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Direito Uniforme Substantivo
Traduz-se na elaboração de normas substantivas ou materiais, diretamente aplicáveis a uma relação jurídica de Direito Privado com conexão internacional
Estas normas prescindem, em princípio, a aplicação da norma de Direito Internacional Privado
As normas, específicas e com aplicação imediata, direcionam-se a resolver a questão jurídica de forma direta
Tem tido particular destaque no plano do Direito do Comércio Internacional
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Direito Comunitário
Assume papel de destaque, pois visa harmonizar o Direito Internacional Privado dos Estados-membros, mediante a promulgação de diretivas
As normas uniformes encontram-se em vigor, que têm como fonte jurídica o regulamento, diretamente aplicável aos seus Estados-membros
Destaca-se a Convenção de Roma, de 19 de junho de 1980, sobre a Lei Aplicável às Obrigações Contratuais
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Direito Processual Civil Internacional no plano do Mercosul
Significativos progressos plano do Direito Processual Civil Internacional
Destacam-se: 
O Protocolo de Cooperação e Assistência Jurisdicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa de Las Peñas, de 27 de junho de 1992;
O Protocolo de Buenos Aires, de 5 de agosto de 1994, sobre Jurisdição Internacional em Matéria Contratual;
O Protocolo de Ouro Preto de 16 de dezembro de 1994, de Medidas Cautelares; 
O Protocolo de San Luis de 25 de junho de 1996, sobre Matéria de Responsabilidade Civil emergente de Acidentes de Trânsito.
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Fontes do Direito Internacional Privado
Fontes:
Lei;
Tratados;
Doutrina;
Jurisprudência;
Costumes.
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Lei
É a principal fonte do Direito Internacional Privado no Brasil, tal como na maioria dos países do mundo
Na Constituição Federal de 1988 encontram-se postulados referentes a estrangeiros
nos artigos 5°, 12, 14 e 22, bem como sobre extradição e sobre homologação de sentença estrangeira no artigo 102, I, g e artigo 105, I, i. 
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No Código Tributário Nacional (artigos 98 e 100), Código de Processo Civil (artigos 88 e 337) e no Código Civil de 2002 existem dispositivos de Direito Internacional Privado
A principal fonte normativa de Direito Internacional Privado é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, nos seus artigos 7° a 19º
O Estatuto do Estrangeiro (Lei n° 6.815/80, atualizada pela Lei n° 6.964/81) também pode ser citado a este título 
O Código Bustamante
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Tratados
Apesar de não se constituir como a principal fonte da disciplina é uma fonte jurídica significativa para o Direito Internacional Privado brasileiro
É o Direito Internacional Privado uniforme e para o Direito uniforme substantivo ou material
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Doutrina
Trata-se de uma fonte de Direito importantíssima ao nível da solução de conflitos de leis no espaço, quando se verifica omissão da lei e não existe tratado
Tem lugar quando se vai buscar a obra dos tratadistas, mormente o juiz que visa encontrar a solução do conflito que lhe cabe julgar
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Jurisprudência
As decisões relativas a litígios que ocorrem com frequência ensejam valiosos precedentes para o julgador
Verifica-se desde uma natural semelhança decisória dos casos, até porque muitos conflitos se repetem
A importância da jurisprudência em França é enorme, designadamente da Corte de Cassação, o mais alto tribunal francês recursal
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Direito Costumeiro
A doutrina reconhece o costume como fonte de Direito Internacional Privado, tanto interna quanto internacionalmente
No Brasil, o Direito consuetudinário só se aplica na falta ou na omissão, em conformidade com a Lei de Introdução às normas de Direito Brasileiro

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