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Universidade de Rio Verde; Discente: Bárbara C.S. de França; LIGA ACADÊMICA DE OFTALMOLOGIA- FAMERV ANATOMIA DO OLHO HUMANO: Introdução: O olho é uma esfera que mede cerca de 24mm de diâmetro antero-posterior, localiza-se na parte anterior da órbita e é formado por três camadas: externa, média e interna. O aparelho visual é composto por um conjunto sensorial constituído pelo olho, via óptica centros visuais e um conjunto não sensorial representado pelos vasos e nervos. A órbita, pálpebras, conjuntiva e o aparelho lacrimal são responsáveis pela proteção do olho, enquanto que os músculos oculomotores asseguram sua mobilidade. O olho está envolvido por músculos, gordura e tecido conjuntivo. Ligados a ele encontramos quatro músculos retos e dois oblíquos. Estes são inervados pelos nervos oculomotor (3º par - retos superior, inferior, medial e oblíquo inferior), troclear (4º par - oblíquo superior) e abducente (6º par - reto lateral), e entram através da fissura orbitária superior. O ramo oftálmico do trigêmeo (5º par), responsável pela inervação sensorial ocular e da face, entra na cavidade craniana também através desta fissura. O nervo óptico (2º par), que transmite os impulsos visuais, deixa a órbita através do forame óptico junto da artéria oftálmica e inervação simpática ocular. O globo ocular possui três camadas e cada uma possui subdivisões: A camada externa é composta pela córnea (parte transparente), pela esclera (parte opaca) e pela junção córneo escleral (limbo ou sulco). A média ou úvea é composta pela íris, que contém a abertura central a pupila; o corpo ciliar, responsável pela produção do humor aquoso e suporte do cristalino; e pela coroide ou camada vascular. As cavidades oculares são em número de três: a cavidade vítrea, a câmara posterior e a câmara anterior. A cavidade vítrea é a maior e é localizada posterior ao cristalino e adjacente à retina sensorial, a câmara posterior é a menor e compreende o espaço entre a íris e o cristalino, enquanto que a câmara anterior localiza-se entre a íris e a face posterior da córnea. O humor aquoso é formado pelos processos ciliares e circula através da pupila e do sistema trabeculado. Câmaras: Câmara anterior: Espaço entre a face posterior da córnea e a face anterior da íris.É preenchida pelo humor aquoso. Câmara posterior: É o espaço situado entre a porção posterior da íris; porção anterior do vítreo; cristalino ao centro e corpo ciliar lateralmente e a coróide. Preenchida pelo humor aquoso. Câmara Vítrea: É o espaço preenchido pelo humor vítreo. Humor Vítreo: É gelatinoso e transparente, não se renova durante toda a vida. É formado de 99% de água e 1% de colágeno e ácido hialurônico, É revestido externamente por uma membrana fina e transparente chamada HIALÓIDE. Camadas ou Túnicas: Camada externa: A camada externa ocular é composta pela esclera e pela córnea. A junção dessas contém o sistema trabeculado e o sistema de drenagem do humor aquoso, o canal de schlemm. A esclera é a camada protetora do olho, composta por fibras colágenas, é densa, branca, e contínua à córnea anteriormente e ao nervo óptico posteriormente. É coberta por uma camada vascular rica, a episclera, pela fascia bulbar e conjuntiva. A esclera possui três camadas: a episclera, o estroma e a lâmina fusca, e sua estrutura é semelhante a da córnea. Sua inervação é feita através dos nervos ciliares e a vascularização através das artérias ciliares (em número de quatro), veias ciliares e vorticosas. Na inserção do nervo óptico torna-se uma membrana fina e pontilhada como se fosse uma peneira chamada LÂMINA CRIVOSA (ponto mais fraco da esclera). A córnea é a parte transparente do olho, é avascular, e seu crescimento só é completo em humanos no sexto ano de vida. É composta pelo epitélio corneano (pavimentoso estratificado) e sua membrana basal, membrana de Bowman, estroma ou substância própria, membrana de Descemet e endotélio. Vascularização: a córnea é totalmente a vascular, sua vascularização provém dos vasos conjuntivais que se ramificam em torno do limbo. Sua lubrificação e oxigenação são feitas pelo humor aquoso e pela lágrima. Inervação: ramo oftálmico do nervo trigêmio o que lhe confere sua grande sensibilidade. A nutrição corneana é feita através das lágrimas, do humor aquoso. A córnea é avascular em sua parte central e o limbo é vascularizado por ramos das artérias ciliares anteriores. A inervação é feita pelo ramo oftálmico do trigêmeo e é somente sensorial. Conjuntiva: é uma membrana mucosa transparente e elástica que reveste a esclera externamente; a face interna das pálpebras e os fundos de sacos superior e inferior e termina onde inicia a córnea. É a primeira estrutura do olho a apresentar reação ao meio ambiente. Inervação: é inervada pelo n. trigêmio (V par) é menos sensível que a córnea. Camada média: A camada média ou úvea é composta pela coróide, corpo ciliar e íris, e é também denominada túnica vascular. Sua irrigação é feita através de duas artérias ciliares longas, várias ciliares anteriores e posteriores curtas. As artérias ciliares anteriores e posteriores longas formam na periferia da íris o círculo arterial maior da íris e vão nutrir o corpo ciliar. O sangue é drenado pelas veias vorticosas, ciliares posteriores e anteriores. A coróide é responsável pelo suprimento vascular do epitélio pigmentar da retina e da retina sensorial adjacente a ele. O corpo ciliar tem como função secretar o humor aquoso e contém a musculatura lisa responsável pela acomodação do cristalino. A íris envolve a pupila, abertura central que controla a entrada de luz no olho. Úvea: É um leito vascular que facilmente sofre reação inflamatória (UVEÍTES) ocasionando turbidez no vítreo com consequente diminuição da visão. Chamamos de UVEÍTE ANTERIOR quando temos uma irite; ciclite ou iridociclite; e UVEÍTE POSTERIOR quando temos uma coroidite; retinite ou retinocoroidite. Íris: É a estrutura do globo ocular responsável pela cor dos olhos. Funciona como se fosse uma cortina que contrai e descontrai conforme a intensidade de luz que penetra pela PUPILA (abertura central). Sua musculatura radial faz midríase e é inervada pelo simpático cervical enquanto sua musculatura circular faz miose e é inervada pelo III par parassimpático. Corpo ciliar: É o local onde a íris se insere sua forma é achatada e triangular. É formado pelo músculo ciliar que faz a acomodação visual e pelos processos ciliares que são pequenas massas arredondadas de tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sanguíneos que produzem o humor aquoso. Cristalino: É uma lente biconvexa, avascular, incolor e quase completamente transparente. Tem cerca de 4 mm de espessura e 9 mm de diâmetro.Seu poder de refração é de 15 dioptrias. Está suspenso atrás da íris pela ZÔNULA que o une ao corpo ciliar. Esta é composta de numerosas fibrilas que emergem da superfície do corpo ciliar e inserem-se no equador do cristalino. A única função do cristalino é focalizar os raios luminosos na retina através do relaxamento ou contração da sua cápsula elástica. Objetos distantes - o músculo ciliar relaxa-se esticando as fibras zonulares e reduzindo o diâmetro ântero-posterior do cristalino. Objetos próximos - há contração do músculo ciliar que relaxa a zônula deixando o cristalino mais abaulado. A interação fisiológica entre corpo ciliar, zônula e cristalino, que resulta na focalização de objetos próximos na retina é dita acomodação visual. Camada interna: A retina resulta da invaginação da vesícula óptica formando uma camada externa, o epitélio pigmentar da retina,e uma interna, a retina sensorial. A retina sensorial é formada por várias camadas (em número de dez), enquanto que o epitélio pigmentar, uma só. O epitélio pigmentar da retina é uma camada única de células que se estendem da margem do nervo óptico posteriormente até a ora serrata anteriormente, aonde se funde com a retina sensorial. A retina sensorial é composta por uma camada de células fotorreceptoras, cujos axônios fazem sinapse com células que transmitem o estímulo nervoso ao cérebro. Os cones e bastonetes, células fotossensíveis da retina, correspondem às terminações sensoriais do sistema nervoso. A retina central ou mácula lútea se extende nasalmente da fóvea central até o disco óptico. Nessa região, as células ganglionares possuem mais de uma camada de núcleos. A fóvea central é a área onde se encontram exclusivamente cones. A área mais profunda é a fovéola, que é nutrida somente pelos coriocapilares da coróide e não pelos da retina sensorial. Na retina periférica, as células fotorreceptoras são exclusivamente bastonetes e os segmentos dos cones são mais finos do que na retina central. A nutrição retiniana da parte externa é feita através dos coriocapilares da coróide, enquanto que a porção mais interna é feita pelos ramos da artéria central da retina, ramo da artéria oftálmica. As veias seguem a distribuição das artérias. Camadas de células: 1- Células fotossensíveis: Cones (5 a 7 milhões,situam-se mais na mácula e fóvea) nos dão a visão de detalhes; percepção das cores.Bastonetes (115 a 120 milhões, situam-se nas ouras partes da retina) nos dão a visão sob iluminação fraca e periférica. 2 – Células bipolares – unem os cones e os bastonetes às células ganglionares. 3 – Células ganglionares – seus longos axônios seguem através da camada de fibras nervosas da retina para o n. óptico. Camada de fibras nervosas: Nada mais são do que as fibras nervosas da retina que se juntam com os axônios das células gânglionares e formam o nervo óptico. Vascularização: A retina recebe o seu suprimento sanguíneo de 2 fontes: 1/3 externo pela coriocapilar e os 2/3 internos pelas ramificações da artéria central da retina. ÓRBITA OCULAR: A órbita é uma cavidade óssea em forma de pirâmide com quatro paredes (superior, medial, inferior e lateral). Teto: Defeitos no teto orbitário (ex.: neurofibromatose) podem resultar em pulsações visíveis do globo ocular, de origem cerebral. Parede nasal: Em decorrência da proximidade com os seios faciais, infecções, especialmente nos seios etmoidais e esfenoidais, podem erodir a parede óssea e envolver o conteúdo da cavidade orbitária. Assoalho: A placa orbital da maxila constitui a grande área central do assoalho, sendo a região onde fraturas (blowout) mais frequentemente ocorrem, podendo haver herniação do conteúdo orbital para o antro maxilar. Parede lateral: É a parte mais resistente da órbita, tendo importante função de proteção contra impactos. Ápice: É o portal de entrada para todos os nervos e vasos do olho, e o local de origem de todos os músculos. Irrigação: A principal artéria que supre a órbita e suas estruturas origina-se da artéria oftálmica, o primeiro grande ramo da parte intracraniana da artéria carótida interna. Outros ramos da artéria oftálmica incluem a artéria lacrimal, que supre a glândula lacrimal e a pálpebra superior; ramos musculares para os vários músculos da órbita; as artérias ciliares posteriores longas e curtas; as artérias palpebrais mediais para ambas as pálpebras; e as artérias supraorbitária e supratroclear. As artérias ciliares posteriores curtas suprem a coroide e partes do nervo óptico. As duas artérias ciliares posteriores longas suprem o corpo ciliar e se anastomosam entre si e com as artérias ciliares anteriores para formar o círculo arterial maior da íris. As artérias ciliares anteriores são derivadas dos ramos muscula res para os músculos retos. Elas suprem a parte anterior da esclera, a episclera, o limbo e a conjuntiva, além de contribuírem para o círculo arterial maior da íris. Os ramos mais anteriores da artéria oftálmica contribuem para a formação das arcadas arteriais das pálpebras, que se anastomosam com a circulação carotídea externa via artéria facial. A drenagem venosa da órbita é feita primordialmente pelas veias oftálmicas superior e inferior, nas quais drenam as veias vorticosas, as ciliares anteriores e a central da retina. As veias oftálmicas comunicam-se com o seio cavernoso via fissura orbitária superior e o plexo venoso pterigoide via fissura orbitária inferior. De início, a veia oftálmica superior é formada pelas veias supraorbitária e supratroclear e por um ramo da veia angular, todas drenando a pele da região periorbitária. Isso proporciona uma comunicação direta entre a pele da face e o seio cavernoso, formando assim a base da trombose potencialmente letal do seio cavernoso, secundária à infecção superficial da pele periorbitária. Globo Ocular: Conjuntiva: A conjuntiva é uma mucosa fina e transparente, que cobre a superfície posterior das pálpebras (a conjuntiva palpebral) e a anterior da esclera (conjuntiva bulbar). É contí nua com a pele da margem palpebral (uma junção mucocutânea) e com o epitélio da córnea no limbo. A conjuntiva palpebral fica na superfície posterior das pálpebras e adere firmemente ao tarso. Nas margens superior e inferior do tarso, ela se reflete posteriormente (nos fórnices superior e inferior) e cobre o tecido episcleral, transformando-se na conjuntiva bulbar. A conjuntiva bulbar adere frouxamente ao septo orbitário nos fórnices e tem muitas dobras (pregas), o que possibilita que o olho se movimente e a superfície conjuntival secretora aumente. (Os dutos da glândula lacrimal se abrem no fórnice temporal superior.) Exceto no limbo (onde a cápsula de Tenon e a conjuntiva estão fundidas por cerca de 3 mm), a conjuntiva bulbar está inserida frouxamente na cápsula de Tenon e na esclera subjacente. Uma prega mole, móvel e espessa da conjuntiva bulbar (a prega semilunar) está localizada no canto nasal e corresponde à membrana nictitante de alguns animais inferiores. Uma estrutura pequena, carnosa e epidermoide (a carúncula) está inserida superficialmente na parte interna da prega semilunar e é uma zona de transição, contendo tanto elementos cutâneos como mucosos. Suprimentos sanguíneo, linfático e nervoso: As artérias conjuntivais são derivadas das artérias ciliares anteriores e da palpebral, que se anastomosam livremente e junto com numerosas veias conjuntivais que em geral seguem o padrão artérial formam uma rede vascular conjuntival considerável. Os linfáticos conjuntivais estão dispostos em camadas superficiais e profundas, e unem-se com os das pálpebras para formar um plexo linfático rico. A conjuntiva recebe seu suprimento nervoso do primeiro ramo (oftálmico) do quinto nervo craniano, tendo um número relativa mente pequeno de fibras para a dor. Cápsula de Tenon (FÁSCIA BULBAR): A cápsula de Tenon é uma membrana fibrosa que envolve o globo ocular desde o limbo até o nervo óptico. Adjacente ao limbo, a conjuntiva, a cápsula de Tenon e a episclera estão fundidas. Mais posteriormente, a superfície interna da cápsula de Tenon fica contra a esclera e sua superfície externa está em contato com a gordura orbitária e outras estruturas situadas dentro do cone muscular extra ocular. No ponto em que a cápsula de Tenon é perfurada pelos tendões dos músculos extra oculares em sua passagem para inserir-se no globo ocular, envia uma reflexão tubular em torno de cada um desses músculos. Essas reflexõesfasciais tornam-se contínuas com a fáscia dos músculos, e as fáscias fundidas enviam expansões para as estruturas adjacentes e para os ossos orbitários. As expansões fasciais são bastante fortes e restringem a ação dos músculos extra oculares, sendo portanto conhecidas como ligamentos de detenção, que regulam a direção da ação dos músculos extra oculares e funcionam como suas origens funcionais. O segmento inferior da cápsulade Tenon é espesso e funde-se com a fáscia dos músculos reto e oblíquo inferiores, para formar o ligamento suspensor do globo ocular (ligamento de Lockwood), acima do qual fica o globo ocular. Córnea: A córnea é um tecido transparente, de tamanho e estrutura comparáveis aos do cristal de um relógio de pulso pequeno (Fig. 1.9), inserido na esclera no limbo, sendo a depressão circunferencial dessa junção conhecida como sulco escleral. De anterior para posterior, tem cinco camadas distintas: o epitélio (contínuo com o da conjuntiva bulbar), a camada de Bowman, o estroma, a membrana de Descemet e o endotélio. O epitélio tem cinco ou seis camadas de células. A camada de Bowman é uma camada acelular transparente, uma parte modificada do estroma. O estroma corneano é responsável por cerca de 90% da espessura da córnea, sendo composto por lamelas entrelaçadas de fibrilas de colágeno, que atravessam quase todo o diâmetro da córnea, paralelas à superfície corneana e, em virtude de seu tamanho e sua proximidade, são opticamente transparentes. As lamelas ficam dentro da substância fundamental composta por proteoglicanos hidratados em associação com ceratócitos que produzem o colágeno e a substância fundamental. A membrana de Descemet, que constitui a lâmina basal do endotélio da córnea, tem um aspecto homogêneo à microscopia óptica. O endotélio tem apenas uma camada de células, mas é responsável pela manutenção da turgescência essencial do estroma da córnea, além de ser bastante suscetível a lesões, bem como a perda de células com a idade. O reparo endotelial limita- se ao aumento e ao deslizamento das células existentes, com pequena capacidade de divisão celular. A falha na função endotelial resulta em edema da córnea. As fontes de nutrição da córnea são os vasos do limbo, o humor aquoso e a lágrima. A parte superficial da córnea também obtém a maior parte de seu oxigênio da atmosfera. Os nervos sensoriais da córnea estão ligados à primeira divisão (oftálmica) do quinto nervo craniano (trigêmeo). A transparência da córnea deve-se à sua estrutura uniforme, sua avascularidade e sua deturgescência. Trato uveal: É composto pela íris, pelo corpo ciliar e pela coroide. Íris: A íris é a extensão anterior do corpo ciliar. Apresenta uma superfície plana com uma abertura redonda central, a pupila. A íris fica em contiguidade com a superfície anterior do cristalino, separando a câmara anterior da posterior, ambas contendo humor aquoso. Dentro do estroma da íris estão os músculos esfíncter e dilatador. As duas camadas extremamente pigmentadas na superfície posterior da íris representam extensões anteriores da neurorretina e do epitélio pigmentado da retina (EPR). O suprimento sanguíneo para a íris vem do círculo maior da íris. O endotélio dos capilares da íris não é fenestrado. O suprimento de nervos sensoriais para a íris vem de fibras dos nervos ciliares. A íris controla a quantidade de luz que entra no olho. O tamanho da pupila é determinado principalmente por um e quilíbrio entre a constrição devida à atividade parassimpática transmitida via terceiro nervo craniano e à dilatação decorrente da atividade simpática. Corpo ciliar: O corpo ciliar um tanto triangular ao corte transversal, estende-se para a frente a partir da extremidade anterior da coroide para a raiz da íris. Consiste em uma zona anterior corrugada, a pars plicata (2 mm) e uma zona posterior achatada, a pars plana (4 mm). Os processos ciliares surgem da pars plicata, e são compostos principalmente por capilares e veias que fazem a drenagem por meio das veias vorticosas. Os capilares são grandes e fenestrados, de modo que deixam extravasar a fluoresceí na injetada por via intravenosa. Há duas camadas de epitélio ciliar: uma interna não-pigmentada, representando a extensão anterior da neurorretina, e uma externa pigmentada, que representa uma extensão do epitélio pigmentado da retina. Os processos ciliares e seu epitélio de revestimento são responsáveis pela formação do humor aquoso. O músculo ciliar é composto por uma combinação de fibras longitudinais, circulares e radiais. A função das fibras circulares consiste em contrair e relaxar as fibras zonulares, que se originam nos vales entre os processos ciliares. Isso altera a tensão na cápsula do cristalino, conferindo-lhe um foco variável para os objetos próximos e distantes no campo visual. As fibras longitudinais do músculo ciliar inserem-se na malha trabecular, influenciando o tamanho de seus poros. Os vasos sanguíneos que suprem o corpo ciliar são derivados do círculo maior da íris. O suprimento nervoso sensorial da íris é realizado via nervos ciliares. Coroide: A coroide é o segmento posterior do trato uveal, entre a retina e a esclera, é composta por três camadas de vasos sanguíneos: grandes, médios e pequenos. Quanto mais profundos os vasos da coroide, mais largo o seu lúmen. A parte interna dos vasos da coroide é conhecida como coriocapilar. O sangue dos vasos da coroide é drenado pelas quatro veias vorticosas, uma em cada um dos quatro quadrantes posteriores. A coroide é limitada internamente pela membrana de Bruch e externamente pela esclera. O espaço supracoroidal fica entre a coroide e a esclera. A coroide está fixada posteriormente às margens do nervo óptico. O agregado de vasos da coroide serve para nutrir a parte externa da retina subjacente. Cristalino: O cristalino é uma estrutura biconvexa, avascular, incolor e quase completamente transparente, suspensa atrás da íris pela zônula, que o conecta ao corpo ciliar. Anterior ao cristalino está o humor aquoso; posterior a ele, o vítreo. A cápsula do cristalino é uma membrana semipermeável (ligeira mente mais permeável que uma parede capilar), que permite a passagem de água e eletrólitos. O cristalino é mantido no lugar por um ligamento suspensor conhecido como zônula (zônula de Zinn), composta por numerosas fibrilas que surgem da superfície do corpo ciliar e se inserem no equador do cristalino. Não há fibras para a dor, vasos sanguíneos nem nervos no cristalino. Humor aquoso: O humor aquoso é produzido pelo corpo ciliar. Entra pela câmara posterior e passa através da pupila para a câmara anterior e então segue pela periferia na direção do ângulo da câmara anterior. Músculos extraoculares: Seis músculos extraoculares controlam os movimentos de cada olho: 4 retos, superior, medial, inferior e lateral; 2 oblíquos: superior e inferior. Fáscia: Todos os músculos extra oculares estão envoltos por uma fáscia. Perto dos pontos de inserção desses músculos, a fáscia é contínua com a cápsula de Tenon, e as condensações fasciais com as estruturas orbitárias adjacentes (ligamentos de detenção) funcionam como as origens funcionais dos músculos extra oculares. Suprimento nervoso: O nervo oculomotor (III) inerva os músculos retos medial, inferior e superior, além do oblíquo inferior. O nervo abducente (VI) inerva o músculo reto lateral, e o nervo troclear (IV) inerva o músculo oblíquo superior. Irrigação: O suprimento sanguíneo para os músculos extraoculares é derivado dos ramos musculares da artéria oftálmica. Os músculosreto lateral e oblíquo inferior também são supridos por meio de ramos das artérias lacrimal e infraorbitária, respectiva mente. Nervo óptico: Constituído por cerca de 1 milhão de axônios das células ganglionares da retina, emerge nasalmente ao polo posterior do olho, atingindo a cavidade craniana através do canal óptico. Une-se ao nervo óptico contralateral formando, após curto trajeto intracraniano, o quiasma óptico. Cerca de 80% de sua composição é de fibras visuais, que fazem sinapse com o corpo geniculado lateral, terminando no córtex visual primário do lobo occipital. Os 20% restantes são de fibras pupilares que seguem caminho pretectal. Suprimento sanguíneo: A camada superficial da papila recebe sangue dos ramos das arteríolas retinianas. Na região da lâmina crivosa, que compreende os segmentos pré- laminar, laminar e retrolaminar do nervo óptico, o suprimento arterial vem das artérias ciliares posteriores curtas. A parte anterior intraorbitária do nervo óptico recebe parte do sangue de ramos da artéria central da retina. O restante do nervo intraorbitário, bem como os segmentos intracanalicular e intracraniano, são supridos por uma rede de vasos da pia-máter derivados dos vários ramos da artéria oftálmica e outros ramos das carótidas internas. Sistema Lacrimal: O ponto lacrimal é formado por pequenas aberturas com aproximadamente 0,3mm de diâmetro que se localizam na borda de cada pálpebra. O ponto chamado de Superior tem cerca de 6mm temporalmente ao ângulo medial e o inferior é discretamente mais temporal do que o superior. Os canalículos são constituídos de pequenos segmentos verticais (2mm) que se iniciam nos pontos lacrimais e por seguimentos horizontais (8mm) se esvaziam no saco lacrimal. Os canalículos superiores e inferiores se esvaziam em um canalículo comum (seio de Maier) que se abre na parede lateral do saco lacrimal. Uma pequena prega de mucosa (válvula de Rosenmüller) fecha a entrada do canalículo comum evitando assim o refluxo de lágrimas do saco para o canalículo. O chamado saco lacrimal é uma estrutura cística revestida por epitélio colunar (10mm de comprimento) situada entre as cristas lacrimais anterior e posterior. O tendão medial do canto passa em frente do saco, e o diafragma lacrimal e o músculo de Horner (a extremidade profunda do músculo pré-társico) passam por trás do saco. E o ducto nasolacrimal é um tubo de orientação vertical (12mm de comprimento) que liga o saco à mucosa do nariz abaixo da concha nasal inferior via ósteo nasal (meato nasal inferior). Na junção do ducto com a fossa nasal pode ser encontrada uma dobra mucosa (Válvula de Hasner). Suprimento sanguíneo: O suprimento sanguíneo da glândula lacrimal é derivado da artéria lacrimal. A veia que drena a glândula anastomosa-se à veia oftálmica. Drenagem Linfática: A drenagem linfática anastomosa-se aos linfáticos conjuntivais para drenar nos linfonodos pré- auriculares. Inervação: A inervação para a glândula lacrimal é feita pelo nervo lacrimal (sensitivo), um segmento do primeiro ramo do trigêmeo, pelo nervo petroso superficial maior (secretor), que vem do núcleo salivar superior, e por nervos simpáticos que acompanham a artéria e o nervo lacrimais. REFERÊNCIAS: Principios da ofaltmologia: Anatimo-Histologia Funcional do olho, Silva. J.V, Ferreira, B.F.A, Pinto. H.S.R. http://www.compuland.com.br/anatomia/olho.htm Anatomia e embriologia do olho 1- Paul Riordan-Eva, FRCS, FRCO.
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