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Direito Processual Civil II

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Direito Processual Civil II 
Professor Castro Filho 
E-mail: castrofilho.o@gmail.com 
 
Obs: Se vier em todas as aulas terá 2 pontos. Se faltar uma aula terá 1 ponto. Se faltar mais de duas aulas não vai ter ponto 
algum. Serão 3 provas. 
Vai ter um seminário em grupos de 4 a 6 pessoas. Pela participação de cada aluno pode dar até 3 pontos. 
 
Processo - é um conjunto de atos que tem por fim solucionar a lide (conflitos de interesse). 
Lide – é um conflito de interesses qualificado (caracterizado) por uma pretensão resistida ou insatisfeita. Se há uma 
pretensão resistida á um choque de interesses (dois desejos). Dessa diferenciação surgem duas modalidades de 
procedimento: jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária. 
Procedimento – Conjunto de atos também coordenados entre si que tem por finalidade a satisfação de um interesse 
privado através _____. É o rito, a forma de realização do processo. 
Pretensão – é o desejo de submeter o interesse de outrem aos seus próprios interesses. 
 
Litisconsórcio – pluralidades de partes. Quando a mais de uma parte interessada em uma solução jurídica num mesmo 
sentido. Pode ter pluralidades de autores e um réu (ativo); singularidade de autor e uma pluralidade de réus (passivo); 
ou tem uma pluralidade de autores e réus (misto). Classificação que pode ser quanto a posição – ativo, passivo ou 
misto. Quanto ao momento de sua formação – pode ser inicial ou posterior incidental (é aquele que já incide em algo 
que já existe). 
 
Fazer pesquisa sobre litisconsórcio (do pólo ativo). 
 
Aula 2 – 09/08/12 
(14:30min) 
Litisconsórcio – É a pluralidade de partes num ou em ambos os pólos da relação processuais. Consórcio em litígio. 
Partes  Pessoa física ou jurídica que se sinta titular de um direito, e que para buscar a sua concretização haja 
necessidade haja a propositura de uma demanda de discuti-lo em juízo. Quem procura a justiça atrás de um direito 
substancial é parte autora e está no pólo ativo da relação processual. Já aquela pessoa na qual se propõem a demanda 
esperando a compreensão desse direito é a parte ré (pólo passivo). 
Obs: Se for um processo de execução a nomenclatura é exequente e executado. Se for um processo cautelar será 
requerente e requerido. 
 
Classificação: 
 Quanto à posição: 
Ativo – se há uma pluralidade de partes no pólo ativo (autores); 
Passivo – se há uma pluralidade de partes no pólo passivo (réus); 
Misto – quando há uma pluralidade de partes no pólo ativo e passivo (autores e réus). 
 
 Quanto ao momento: 
Inicial – o consórcio que já nasce feito. Já há uma pluralidade de partes. 
Incidental (ou posterior) – ocorre depois de proposta a demanda. 
Obs: Quando é que se considera proposta a demanda? Quando a petição inicial é despachada (quando a Vara for 
de um único juízo); quando se tratar de Vara com vários juízos haverá uma distribuição pela ordem de chegada e 
a partir da sua distribuição da petição inicial e ai está proposta a sua demanda. 
Art. 263. Considera‑se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou simplesmente 
distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos 
mencionados no artigo 219 depois que for validamente citado. 
Obs II: O professor discorda, pois acha que nasce a demanda a partir do momento em que é registrado a petição 
inicial no protocolo do fórum, antes mesmo do juízo avaliar o documento. 
 
Espécies: 
1. Necessário – não pode ser voluntariamente. 
Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz 
tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da 
citação de todos os litisconsortes no processo. 
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do 
prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo. 
Obs: O litisconsórcio será legal quando estiver já na lei, quando houver uma disposição legal determinando que 
todos sejam citados, se não houver essa disposição legal, ou pela natureza da relação jurídica. De acordo com a 
relação jurídica, com o bem jurídico, de acordo com o objeto pedido havendo mais de um interessado se a 
sentença atingir a todos então o litisconsórcio será necessário. 
2. Facultativo – é estabelecido para vontade das partes. 
Art. 46 - Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, 
quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o 
prazo para resposta, que recomeça na intimação da decisão. 
Obs: Se não tiver na lei (princípio da relação jurídica) da solução do litígio não houver risco / prejuízo, ele será 
facultativo. Cita se quiser. 
 
Obs: Quando se trata de litisconsórcio necessário se o processo prossegue deixando alguém a margem, à sentença não 
será válida nem em relação aqueles que estiveram presentes. Será ineficaz para todos. Anula-se tudo e volta para o ponto 
inicial, onde dever-se-ia chamar aquele para integrar a lide. 
 
Nota: Em ambas as espécies, pode ser: 
1. Unitário (ou especial) – a sentença é igual para todos. Ex: marido e mulher nas ações reais (ação que envolve 
propriedade de coisas). 
2. Simples (ou comum) – a sentença pode ser diferente para cada um dos envolvidos, levando em conta o direito 
material de cada um. Ex: a divisão de uma fazenda, entre várias pessoas. 
Obs: há muitos litisconsórcios necessários que não são unitários. 
 
Casos legais – são enumerados no artigo 46. 
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
Ex: marido e mulher – seria um litisconsórcio necessário; várias pessoas são proprietárias de uma fazenda a 
reivindicação poderá ser feita por todos ou por ______, se o pedido for julgado improcedente, àqueles que não 
participarem não sofreriam consequências, porque seria um litisconsórcio facultativo. 
II – os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; 
Ex: ação derivada de ato ilícito praticada pelo preposto: um motorista da empresa causa um dano a alguém no 
transito (a ação pode ser proposta contra o empregado; dono; ou contra os dois) é um tipo de litisconsórcio 
facultativo. 
III – entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; 
Ex: pelo objeto – ação de despejo contra inquilinos no mesmo prédio (litisconsórcio facultativo); causa de pedir – 
acidente de carro envolver vários veículos, mas o causador é um só. Quem sofreu a primeira batida poderá 
acionar o primeiro que bateu como o último, ou todos eles. 
IV – ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. 
Ex: o governo do DF inventasse de criar um imposto ou taxa em determinadas quadras. Todos os moradores 
teriam uma afinidade com relação a essa taxa. Poderão em litisconsórcio ativo entrar com uma ação contra o 
GDF, ou em separado. (litisconsórcio facultativo) 
 
Intervenção de terceiros 
Dá-se quando alguém, não sendo parte na causa, voluntariamente ou não ingressa no processo. 
– Tem a facultativa (só nos casos previstos em lei) ou a compulsória. 
 
Classificação – atende a dois critérios: 
1. Quanto à finalidade: 
a) ad coadinvandium – (para coadjuvar / auxiliar) qualificação quanto a finalidade. 
b) ad excludendium – aquela que visa excluir uma ou ambas as partes da relação inicial. 
 
2. Quanto à origem: 
a) Espontânea - surge de iniciativa própria para aquele que está requerendo. 
b) Provocada - 
 
 
Casuística – os casos estão catalogados no CPC entre os artigos50 e 80. 
São eles: 
1. Assistência: Dá-se quando, tem interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes intervém a 
um terceiro no processo para prestar colaboração. O assistente não defende direito pessoal dele e sim do assistido. 
(é muito utilizada) – Art. 50 até o 55. 
Obs: Assistência não é figura do litisconsórcio. Na assistência litisconsorcial o assistente é parte, já na assistência 
simples ele não é parte. É só um auxiliar da parte e não vem para defender direito pessoais, mas para defender 
direitos pessoais do assistido. 
Pressupostos: 
1. Existência de lide pendente; (pendente entre outras pessoas) 
2. Interesse jurídico do assistente, não se confunde com interesse econômico, filosófico e religioso, pois nenhum 
desses interesses não geram direito a assistência. 
Obs: para se conseguir distinguir um interesse jurídico de um econômico, é necessário verificar se o bem 
submetido a juízo se é sobre ele que gira o interesse do terceiro, ou se o interesse do terceiro nada tem haver com 
esse bem jurídico. Ex: usucapião – é um interesse econômico o imóvel e não jurídico. 
 
Nota: A assistência pode ser simples ou qualificada (litisconsorcial). 
Importante: tem lugar em qualquer tipo de procedimento, menos no processo de execução. 
 
Aula 3 – 16/08/12 
 
2. Oposição – Visa excluir autor e réu (não é substituição). Pode ser proposta no processo de conhecimento ou de 
execução. Não é admissível se comportáveis embargos de terceiro. (Art. 56 ao art. 61) 
- é uma ação de um terceiro solicitando a exclusão tanto do autor como do réu, e nesses casos só é possível a 
propositura dessa ação, quando já há uma ação pendente também de julgamento, envolvendo outras duas partes e 
com um terceiro que pretenda no todo ou em parte que a coisa ou direito objeto do litígio não pertença a nenhuma 
daquelas partes e sim a ele. Essa modalidade é cabível em qualquer procedimento, desde que seja em processo de 
conhecimento e até mesmo na execução, não é confortável o processo cautelar por exemplo. E também não é 
confortável se há a possibilidade de entrar com uma ação embargos de terceiro. Se for comportado esse tipo de 
ação de embargo de terceiros será incabível a oposição. 
Obs: Terminada a audiência e já lhe proferida a sentença a quem entenda que ainda possa admitir a oposição, mas 
há sérias restrições contra isso. 
Uma particularidade na ação de oposição é que o processo principal este que ainda não foi concluído a audiência, 
poderá se suspenso por até 90 dias, para que se instrua o procedimento agora com essa intervenção de terceiros 
(oposição), para que depois o juiz possa julgar ambas em uma mesma sentença, julgando primeiro a de oposição, 
para depois dá a sentença no processo principal, mas isso dentro da mesma peça. 
Outra particularidade: é admitido nos casos de oposição que a citação nas pessoas dos próprios advogados (autor 
e réu), e não as partes pessoalmente. 
Ex: A está litigando a propriedade de um imóvel (lote) contra B. Um tem esse imóvel registrado em seu nome e 
outro entrou com uma ação anulatória dessa escritura, dizendo que o imóvel pertence a ele. Surge um terceiro 
dizendo que o imóvel não pertence nem a A, nem a B e que pertence a ele. (Obs: não é uma intervenção comum). 
 
3. Nomeação à autoria – É um incidente no qual o mero detentor deve indicar aquele que é proprietário ou 
possuidor da coisa litigiosa, com o fim de lhe transferir a condição de réu. Pode ocorrer, também, nas ações de 
indenização quando o réu causador do dano afirma ter praticado o ato por ordem ou instrução de terceiro. (Art. 62 
até art. 69). 
Obs: Detentor é aquele que tem a coisa em seu poder. Aparenta a ser um possuidor, mas não é o dono. Já o 
possuidor é aquele que possui a coisa em seu próprio nome. 
Ex: Uma casa de praia, onde uma parte do seu terreno extrapola a sua demarcação e começa a invadir o terreno do 
vizinho, que tem um caseiro (detentor) que toma conta dessa casa, e o vizinho entra com uma ação contra o 
caseiro por pensando que ele é o proprietário do imóvel. O caseiro deve indicar a essa autor quem deve responder, 
uma vez que ele é apenas um cuidador (caseiro). Se ele não fizer isso e no final o juiz julgar procedente, o 
verdadeiro dono vai entrar com uma ação para desconstituir essa decisão, porque ele não foi citado no processo e 
contra quem julgou não tem validade. 
Notas: 
1) A nomeação à autoria não é simples faculdade, é um dever, que se descumprido, pode gerar perdas e danos; 
2) A recusa deve ser expressa; 
3) Não aceita a indicação pelo nomeado, reabre-se o prazo para defesa (15 dias). 
 
4. Denunciação da lide – é o chamamento de terceiro (denunciado) para responder pela garantia do negócio 
jurídico, caso saia o denunciado (quem denuncia) vencido ao final. Os casos estão enumerados no art. 70. 
Obs: é a mais importante e mais recorrente. 
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: 
I – ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa 
exercer o direito que da evicção lhe resulta; 
II – ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, 
do credor pignoratício (é aquele que da um bem móvel em garantia de uma dívida. Ex: pessoa que coloca algo em 
penhor), do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; 
III – àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a 
demanda. 
Finalidades: 
1) Garantia pela evicção; (é a perda de uma coisa que tinha sido adquirida antes por força de uma decisão judicial. A 
pessoa adquire algo e esse algo se transforma em objeto de um processo o juiz julga e a pessoa perde por força 
dessa sentença). 
2) Resguardar o possuidor direito de prejuízo, por ações propostas contra ele por fato do possuidor indireto; (Ex: 
casos de locação – o locator é o possuidor (direto), mas ele não está na posse de imóvel que é o locatário 
(indireto)) 
3) Garantir ao sucumbente, em ação regressiva, o ressarcimento dos prejuízos; 
 
Ex: A compra uma fazenda de B. Passado algum tempo C entra com uma ação contra A. Qual a pretensão de C? Anular 
essa escritura de compra e venda de B para A. Porque houve uma falsificação de escritura anos a trás. Provando os fatos 
C poderá anular as escrituras e cancelar o registro que dava a propriedade a B. Quando A é acionado, ele poderá acionar 
B denunciando à lide, para B venha com ele reforçar a defesa para ver se não perde a causa. A caso perca poderá acionar 
regressivamente B para recuperar o prejuízo. 
 
Obs: Se a pessoa não fizer a denunciação da lide no prazo da contestação, perde a oportunidade de fazê-la. Se não houver 
denunciado não haverá denunciação da lide. 
 
Legitimação – pode ser tanto do réu como do autor da ação principal. Aceita a denunciação, denunciante, denunciado 
prosseguirem na condição de litisconsortes. 
 
5. Chamamento ao processo – é um incidente pelo qual o devedor demandado chama para integrar a lide os 
coobrigados pela dívida. 
Finalidade: é permitir a condenação também dos demais devedores, e fornecer ao devedor / demandado um título 
executivo que possa garantir depois contra os outros comunicados ressarcir a parte excedente do valor. 
Casos de admissibilidade – estão no art. 77 do CPC. 
Art. 77. É admissível o chamamento ao processo: 
I – do devedor, na ação em que o fiador for réu; 
II – dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; 
III – de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida 
comum. 
Obs: 
1) Só se aplica na solidariedade civil; não na cambiária. (Ex: Aval– é ação de execução) 
2) É comportável apenas no processo de conhecimento de procedimento ordinário ou especial. Não se aplica ao 
sumário. 
Ex: A propõem uma ação contra B, viando o recebimento de uma dívida que não é dele e sim de um terceiro (fiador) que 
ele garantiu. Ao invés de A propor a demanda contra o devedor e já sabendo que ele não tem nenhum bem e não pode 
pagar, pode diretamente propor a ação contra o fiador? Pode. Se que o fiador não era uno e sim existiam dois fiadores. 
Assim pode se chamar, um dos fiadores, os dois fiadores, ou se houverem mais todos. Se propuser só contra um devedor e 
houver mais de um esse terá que pagar caso perca e entrará com ação regressiva contra os demais fiadores para receber o 
restante da dívida. 
 
Obs: Os únicos que são obrigados a integração de terceiros será a nomeação e denunciação. Os outros são.... (Gabriela) 
 
 
Aula 4 – 23/08/12 – (Humberto Teodoro Júnior - Volume I) 
 
Ato Processual – é uma manifestação da vontade de um dos sujeitos do processo (autor, juiz e réu), com o fim de criar, 
modificar ou extinguir a relação processual. (Libeman / Vicente Greco Filho) 
Obs: o processo é a matéria de direito público e vincula os três sujeitos principais autor, juiz e réu, que são os sujeitos 
primários do processo. Nenhum processo existe se tiver ausente um desses três sujeitos. 
Diferença entre ato jurídico e fato jurídico? Fato processual é todo acontecimento natural com a influência no processo; 
Ato processual é toda atividade humana, que produz efeitos também no processo. 
Ex: A prova é um ato processual, pois é um ato de vontade, um ato humano. Ex II: Fato processual a morte do autor. 
Classificação quanto aos fins: 
 Atos de constituição – é aquele ato que tem por fim constituir a relação jurídica ou aperfeiçoar a relação jurídica. 
Ex: a petição inicial; a citação. 
 Atos de conservação – são poucos na ordem processual civil. Ex: poderia ser aquele ato do juiz qu repele a 
extinção do processo. Imagine que o réu por uma causa qualquer requeira ao juiz extinção do processo. Se o juiz 
acolher estará praticando um ato de extinção, mas se negar estará praticando um ato de conservação. 
 Atos de desenvolvimento – são atos que tem como finalidade dar desenvolvimento futuro ao processo, são as 
informações, designações de data, revisão da própria audiência etc. Ex: intimação; citação. 
 Atos de modificação – são atos que vão modificar a estrutura subjetiva do processo. Ex: citação de litisconsórcio, 
pois quando cita o litisconsorte está alterando subjetivamente a relação processual; habilitação de herdeiro; ou 
habilitação de terceiros. 
 Atos de extinção (Atos de cessação da relação processual) - tem por fim colocar fim ao processo / extingui-lo, 
através de uma sentença. A sentença é um ato de extinção. Ex: renuncia ao processo; desistência da ação – esses 
atos só produzem efeitos com a sentença ao juiz. 
 
Forma dos atos – é regulada por alguns princípios: 
1) Principio da liberdade das formas – que todos os atos podem ser praticados de forma livre se não houver 
nenhuma exigência legal. 
2) Principio da instrumentalidade – as formas são estabelecidas como os meios para se atingir as finalidades. Esse 
principio ele nos autoriza a prática de atos de outra forma. Mesmo quando o código estabelece uma forma sobre 
credibilidade, praticando um ato de outro modo, mas se alcançar os seus objetivos sem prejuízo o ato será válido, 
mesmo praticado contrariamente. (representa a idéia de instrumentar eficaz do processo). 
3) Principio da documentação – os atos processuais são documentados por escrito. Mesmo os atos que são 
expressos oralmente são documentados nos autos de uma determinada foram. Esse principio é muito importante, 
pois para que o juiz julgue a causa, só poderá fazê-lo com base naquilo que está nos autos. 
Principio da simplicidade : essa documentação pode ser feits de forma simplificada / concisa. 
4) Principio da publicidade – os atos processuais devem ser públicos em regra. Ela tem algumas exceções como 
atos que envolvam interesse de família. 
Nota: é obrigatório o uso do vernáculo. (todos os atos praticados estejam em língua portuguesa). 
 
Classificação dos atos quanto sua origem – de acordo com critérios subjetivos, são considerados: 
 Atos das partes – parte: quem tem interesse/desejo. Proponente ou ré – físico ou jurídico. Ex: Litisconsorte é 
parte. 
 Atos do juiz 
 Atos do escrivão ou chefe de secretaria. 
 
Atos das partes: 
1) Atos de obtenção (ou postulatórios): pedidos em geral do autor, resposta do réu etc. (Visam a obtenção de algo). 
 Atos de petição 
 Atos de afirmação (atos reais) – não implicam em uma postulação, mas em uma ação, em um agir. Ex: exibição 
de documentos; pagamento de custas; prestação de caução. São atos de importância e imprescindíveis no 
processo que não implicam propriamente dito em um pedir ou um requerimento. 
 Atos de prova (Atos de Instrução / Probatórios) – são aqueles que têm por fim demonstrar ao juiz a verdade dos 
fatos alegados pelas partes. 
 
2) Atos dispositivos ou de causa-ação: (aqueles que dependem da disposição das partes ou de uma das partes). 
 Atos de submissão - dão idéia de submissão ou implicam em uma submissão. Ex: quando uma parte se submete 
expressa ou tacitamente a vontade da outra. O reconhecimento da procedência de pedido. Nada impede que o réu 
diga que o pedido do autor seja procedente. Os atos de submissão quase sempre se ligam a vontade do réu. 
 Atos de desistência – implicam na desistência do processo ou na renuncia do direito. Já os atos de desistência se 
ligam a parte autora, mas nada implica que podem ser feitas pelo réu. 
 Atos de transação (atos contratuais) – atos bilaterais. São atos bilaterais acordados pelas partes. São produtos da 
vontade das partes. Quando as partes a distância fazem um acordo. 
 
Atos do Juiz – Podem ser decisórios e não decisórios – o juiz está em duas espécies de poder: a solução da lide; a 
presidência com o procedimento, pois preside todos os atos do processo e par que ele possa exercer esses poderes ele terá 
que praticar atos. 
1) Atos decisórios: 
a) Despachado – são atos que visam a movimentação do processo. São atos de mero expediente. 
b) Decisões interlocutórias – ela apenas resolve uma questão incidental e o processo continua. (o ato em si é capaz 
de provocar algum prejuízo a qualquer das partes? – se sim não é despacho é decisão interlocutória, se não causar 
prejuízo é mero despacho. Se a decisão embora aparente for interlocutória for para decidir uma questão incidental 
do processo e gerar a sua extinção não será decisão interlocutória e sim sentença. 
c) Sentença – sempre colocará fim ao processo/procedimento, depois que ela transita em julgado. Pode ser: 
Terminativa (é aquela que põe um fim ao processo sem solução do mérito) ou Definitiva (é aquela que põe fim ao 
processo com solução do mérito) 
Obs: As decisões interlocutórias podem ser fundamentadas apenas de forma concisa, já a sentença não. Qual a 
diferença entre a decisão interlocutória e a sentença? Essa decisão do juiz é capaz de extinguir o processo? Sim 
então é sentença, se não seria decisão interlocutória. 
 
2) Atos não decisórios – são aqueles de natureza administrativa. Ex: presidência da audiência o juiz está praticando 
um ato não decisório, só que dentro desse ato não decisório, muitos atos decisórios poderão ser praticados. São 
decisões que não tem efeito no processo em si. 
 
Atos do escrivão ou secretário: 
 Atos de documentação – destinam a registrar por escrito as declarações de vontade das partes e de todos que 
tenham participação nos autos do processo. Ex: o registro de petição inicial. 
 Atos de comunicação – são indispensáveispara que o sujeito do processo tome conhecimento do que está 
acontecendo ao longo do procedimento. Citação e intimação. 
 Atos de movimentação – são os atos que implicam na movimentação dos autos do processo. 
 
Nota: Os vocábulos auto e autos tem significados diferentes: 
Auto: é um termo que documenta uma atividade do juiz ou sem auxiliar; 
Autos: são o conjunto de atos e termos do processo. 
 
Diferença entre notificação e intimação: 
Notificação: é feita a alguém para fazer ou deixar de fazer alguma coisa. 
Intimação: é feita a alguém para cientificar de alguma coisa. Para dar ciência de alguma coisa. 
 
Aula 5 – 30/08/12 
 
Os atos de comunicação vem em função do chamado intercambio processual. Todos os atos do processo devem ser 
cientificados (citação). Os agentes da comunicação processual podem ser o escrivão, o secretário do juiz, o oficial de 
justiça, o correio, a imprensa oficial, a imprensa extra-oficial e também em alguns casos por meios eletrônicos. A forma 
dos atos de comunicação ela pode ser de forma real (quando o ato é feito na pessoa do destinatário) ou de forma 
presumida (quando é realizada de outro modo. Ex: citação por hora certa ou edital). 
 
Atos fora da Comarca – Em regra, são praticados por: 
1. Carta de Ordem: oriunda de autoridade judiciária superior (geralmente tribunal) a um juiz inferior (1º grau). 
Não pode ser descumprida; Obs: o tribunal não manda carta rogatória. Não pode ser descumprida. 
2. Carta Rogatória (pedir): dirigida ou recebida de autoridade judiciária estrangeira (Com a EC 45 passou a ser por 
competência do presidente do STJ); Obs: só com os países no qual o Brasil tem convênio/tratado. 
3. Carta Precatória: é a carta utilizada nos demais casos, por juízes nacionais de igual grau. (é a mais utilizada). 
Obs: de uma instância inferior para uma instância superior se faz através de um pedido. 
Obs II: Toda a carta em regra tem caráter itinerante – ela poderá ser apresentada a outro juízo que não o destinatário em 
situações que as justifiquem. 
 
Art. 230. Nas comarcas contíguas (comarcas que se confrontam), de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma 
região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas. 
 
Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo‑a com despacho motivado: 
I (inciso) – quando não estiver revestida dos requisitos legais; 
II – quando carecer de competência, em razão da matéria ou da hierarquia; 
III – quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade. 
 
Requisitos – são os do art. 202. 
Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória: 
I – a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato; 
II – o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado; 
III – a menção do ato processual, que lhe constitui o objeto; 
IV – o encerramento com a assinatura do juiz. 
 
Citação: é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fins de se defender. (Art. 203) A sua falta pode causar 
prejuízo ao citado, modificando todos os atos do processo inclusive a sentença. Citação nula não produz efeito processual. 
Destinatário da citação – é o réu ou o interessado pessoalmente. Ex: o litisconsórcio ativo é interessado. Se o citando for 
incapaz? Menor de 16 anos é absolutamente incapaz (não pode ser citado pessoalmente e os representantes legais que 
serão citados – pai, mãe etc); maior de 16 anos e menor de 18 anos é relativamente incapaz (tem que ver que o representa 
ou o assiste para ser citado o representante legal e ambos terão que assinar). A entrega da citação pode ser feita das 06:00 
as 20:00 horas nos dias úteis ou finais se semana/feriados, dependendo das circunstâncias, mas autorizado pelo juízo. 
Importante: Salvo para evitar perecimento do direito, não pode ser feita: 
1) A quem estiver assistindo a atos de culto religioso. 
2) Ao cônjuge ou a parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na colateral, me segundo grau, no dia do 
falecimento e nos sete dias subseqüentes. 
3) Aos noivos, nos três primeiros dias de bodas. 
4) Aos doentes, enquanto grave seu estado. 
 
Modos de realização da citação: 
1) Oficial de Justiça: 
a) Pessoalmente – nem sempre o oficial consegue encontrar o réu (citando), e algumas vezes o oficial não encontra e 
tem razões para desconfiar que réu está se ocultando. Se ele encontra o réu faz a citação, entregando a contra fé e 
explicando. Com isso é aberto o prazo para resposta. Se, entretanto procura o réu no local no qual ele deveria se 
encontrar e não o encontra por diversas vezes, ai o oficial poderá fazê-la através da citação por hora certa. 
b) Com hora certa – dois requisitos: natureza objetiva - ida três vezes ao local que deveria se fazer a citação; de 
natureza subjetiva – suspeita das veracidades das informações. Ai confirmando esses requisitos poderá fazer através de 
hora certa. A princípio procura-se o citando, caso não o encontre cita a pessoa na qual falou no dia anterior, pois o 
recado já teria sido dado que naquela hora o oficial de justiça estaria lá para entregar a citação e não estando a citação 
será deixada com a pessoa que deverá passar a informação a real pessoa. Faz-se uma certidão circunstanciada 
descrevendo os dias e horas na qual foi na residência da pessoa entregar a citação e descrevendo as razões pela qual a 
pessoa estava se ocultando, mencionar detalhando o nome, endereço etc da pessoa que recebeu a citação. Se o escrivão 
não encaminhar a carta de citação com hora marcada ela não se aperfeiçoa. É imprescindível e que seja feita com AR. 
Se o réu não comparece transforma-se em ato de cientificação presumida (não real). 
 
2) Correio – nos casos mencionados em lei; (art. 222) – Carta missiva (não é carta precatória) com aviso de recebimento 
(ARNP). 
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: 
a) nas ações de estado; (é da pessoa – estado de casado; estado de pai; estado de filho – envolvem família) 
b) quando for ré pessoa incapaz; (incapacidade pode ser por idade ou interdição do juiz) 
c) quando for ré pessoa de direito público; (Estado) 
d) nos processos de execução; 
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; 
f) quando o autor a requerer de outra forma. (em uma petição inicial que se faça a citação por oficial de justiça, etc) 
Obs: Hoje já está sendo permitido que as correspondências sejam entregues aos não destinatários como, por exemplo, os 
condomínios. 
 
Aula 6 – 06/09/12 
 
3) Edital: – só tem em casos específicos. (Art. 231 - Far‑se‑a a citação por edital:) 
I - Quando desconhecido ou incerto o réu; (É possível ter réu não conhecido? Sim em algumas situações. Pode ser 
que haja um interessado que não conheça. O proponente da ação as vezes solicita a ação e nem sempre ele conhece 
todos que serão os interessados e ele quem deve indicar quem deve ser citado. Ex: ações de uso usucapião – deve ser 
citado o dono do terreno e outros possíveis interessados desconhecidos, que poderão ser réus ou não.) 
II - Quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontra o réu; (Duas modalidades de 
inacessibilidade: Uma jurídica e outra física. Ex. de inacessibilidade jurídica de uma pessoa que não more no Brasil e 
esse pais não tenha convenio para cumprimento de carta rogatória. Nesse caso pode-se fazer por edital. ) 
III - Nos demais casos expressos em lei. 
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória. 
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também 
pelo rádio, se na comarca houver emissorade radiodifusão. 
 
Art. 232. São requisitos da citação por edital: 
I – a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos I e II do artigo antecedente; 
(quando o autor pede a citação ele deve indicar o paradeiro do réu e procurado pelo oficial de justiça e não encontrado 
o mesmo expedira uma certidão que não foi encontrado e não soube notícia do seu paradeiro. Se não há como 
localizá-los vai certificar disso ouvindo a parte autora e por certo vai autorizar que o faça por edital). 
II – a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão; 
III – a publicação do edital no prazo máximo de quinze dias (a partir do dia em que veio aos autos a informação da 
necessidade da citação), uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver; (se faz 
necessário que a citação por edital seja publicada pela imprensa oficial e se na comarca local tiver jornal, que também 
se publique nesse jornal duas vezes e uma vez no oficial. Publicado o edital pela primeira vez com prazo superior a 
vinte dia, poder-se alegar a nulidade. Quase sempre esse prazo não é respeitado.) 
IV – a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre vinte e sessenta dias, correndo da data da primeira 
publicação; 
V – a advertência (sobre a conseqüência da revelia – falta de contestação no prazo legal) a que se refere o artigo 285, 
segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis. 
§ 1o Juntar‑se‑a aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o no II deste artigo. 
§ 2o A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da Assistência 
Judiciária. 
Obs: os exemplares do jornal devem ser juntado aos autos do processo. Nos casos de réu pobre contentas-se a justiça a 
publicação uma vez no Diário da Justiça. A necessidade de juntar o jornal ao processo não é para fins de contagem de 
prazo, mas para fins comprobatórios. Comprovando nos autos que a citação se fez consoante os mandamentos devidos. 
Quais seriam as conseqüências da afirmação falsa do autor se ele tem ciência aonde está o réu? A citação será nula e ele 
poderá ser multado de acordo com a lei. Agora se a falsidade for do oficial de justiça ele responderá por isso. 
 
Efeitos da citação válida: 
a) Torna prevento do juízo; (quer dizer que o juiz tomou conhecimento de uma causa, que por ventura venha ter 
outras causas conexas àquela ele fica com a competência estendida também para os outros processos) 
b) Induz litispendência; (litispendência significa lide pendente – conflito de interesses pendente de uma solução 
jurisdicional. Para que haja litispendência é necessário que hajam duas ações, que reunião as mesmas partes e que 
tenha o mesmo objeto jurídico e se fundamentem dos mesmo fatos. O que o juiz deve fazer em uma situação dessas 
extinguir o segundo processo, sendo que um único processo é o bastante para alcançar os objetivos que é a 
resolução da lide.) 
c) Faz litigiosa a coisa; (não pode o litigante alterar o bem objeto de litígio, concretizada a citação o bem a coisa deve 
ser conservado no estado em que se encontra. Quem estiver na posse da coisa litigiosa tem que mante-la, não 
podendo vender, alugar, emprestar, aliená-la e vende-la, sob pena de cometer um atentado ou fraude a execução.) 
d) Constitui o devedor em mora; (mora é a demora. A partir do momento em que uma pessoa é citada se ele for 
condenado ele está em débito e retrotrai a data da citação. Temos duas modalidades de mora: Mora ex re (mora por 
um direito) e a mora ex persona (mora pessoal). A mora ex re é aquela que foi acordada no contrato - Mora por 
inadimplência na data do vencimento. 
e) Interrompe a prescrição. (e também a própria decadência, mas há uma teoria na qual a decadência não se 
interrompe apenas se suspende.) 
 
Intimação – é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo para que faça ou deixe de fazer 
alguma coisa. (art. 234) - Atos do processo: só a citação e a intimação. 
Os objetivos da citação: dar ciência de um ato ou termo processual e convocar a parte ou mesmo uma terceira pessoa a 
fazer ou abster-se de fazer alguma coisa. 
 
Modo de realização – pode ser feita: 
a) pelo escrivão; (nada impede que o advogado comparecendo ao cartório e um ato a ser comunicado o escrivão o 
intime). 
b) pelo oficial de justiça; (é o mais utilizado, principalmente em provocação de partes ou de testemunhas.) 
c) pelo juiz em audiência; (quando o juiz profere a sentença na audiência ele já cientifica as partes. Presentes os 
advogados das partes abrem-se os prazos para recursos.) 
d) por publicação na imprensa; 
e) por meio eletrônico. (a regulação não está no CPC) 
 
Nota: Nas capitais, só é feita pelo órgão oficial. (isso só para cientificar e geralmente são para os advogados tomarem 
ciência de alguma decisão do juiz ou do tribunal e ai sim abre-se a contagem de prazo) 
Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram‑se feitas as intimações pela só 
publicação dos atos no órgão oficial. 
§ 1o É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, 
suficientes para sua identificação. 
§ 2o A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente. 
 
Importante: os representantes do MP da Fazenda Pública e da União devem ser intimados pessoalmente. 
Obs: Aplicam-se à intimação as regras da citação. (nada impede que se faca uma intimação por hora certa ou por edital) 
 
Tempo e lugar dos atos processuais - Art. 172. Os atos processuais realizar‑se‑ao em dias úteis, das seis às vinte horas. 
(em regra não se realizam atos processuais em feriados e finais de semana) 
 
Tempo: dias úteis, entre 06:00 e 20:00hrs, com exceção dos atos urgentes (citação, penhora etc), como tal reconhecidos 
pelo juiz. 
§ 1o Serão, todavia, concluídos depois das vinte horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência 
ou causar grave dano. 
§ 2o A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar‑se em 
domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no artigo 5o, inciso 
XI, da Constituição Federal. 
§ 3o Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser apresentada no 
protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização judiciária local. 
 
Lugar dos atos: 
 Art. 176. Os atos processuais realizam‑se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar‑se em outro lugar, em 
razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. 
 
 Gabinete 
JUIZ Fórum 
 Sala de audiência 
Obs: em regra são praticados na sede do juízo / comarca, e os atos do juiz são praticados no fórum em seu gabinete, mas 
também em outro lugar como na sala de audiência. 
 
 Cartório 
ESCRIVÃO 
 Sala de audiência (com o juiz) 
 
Nota: Por exceção, podem realizar-se fora do fórum em razão de: 
 Deferência; (Casos por razões especiais a pessoa tem o direito de escolher o dia e o horário. Ex: Governador de 
Estado, Presidente etc. O juiz é quem se desloca até essas autoridades.) 
 Interesse da justiça; (em certos casos há necessidade do juiz ter que se descolar para realizar atos. Ex: uma 
inspeção judicial) 
 Obstáculo devidamente reconhecido. (Ex: inquirição de uma testemunha enfermo que não pode se deslocar até o 
fórum.) 
 
Aula 07 – 13/09/12 
 
Prazos Processuais (Art. 177 – 192) – muito importante essa matéria. 
Obs: PPF  Prazo – Prova – Fundamentação 
 
Conceito – Prazo é o espaço de tempoem que o ato processual pode ou deve ser praticado. 
 
Destinatários dos prazos: 
1) Juiz 
2) Escrivão ou cheque de secretaria 
3) Partes 
 
Classificação: 
Quanto a origem: 
 Legal – é o que está na lei. Obs:Todos os prazos legais são peremptórios. Ex: prazo para dar a resposta para contestar 
no procedimento ordinário é de 15 dias. 
 Judicial – marcado pelo juiz. Ex: audiência de tentativa de conciliação. Obs: Se o juiz não marcar o prazo e não 
estiver na lei, será de 5 dias. 
Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de cinco dias o prazo para a prática de ato 
processual a cargo da parte. 
 Convencional – é o prazo que as partes podem convencionar e marcar. 
 Misto – casos raros. Ex: prazo para citação do edital, a lei diz que o juiz pode marcar um prazo de 20 a 60 dias. A lei 
estabelece os parâmetros de 20 a 60 dias. Não e legal nem judicial, porque depende tanto do juiz como da lei. 
 
Quanto à natureza: 
 Dilatórios – são aqueles prazos que não estão na lei e que admitem alteração pelo juiz. Para alterar o prazo tem 
determinadas exigências na lei: requerimento para dilatação do prazo seja apresentado antes de vencido do prazo, a 
menos que se prove uma ocorrência especial superior à vontade da parte; motivo deve ser legítimo; o juiz se sinta 
autorizado realmente a fazê-lo. 
 Peremptórios – é a regra todo prazo. Prazo peremptório é o prazo extintivo. Extinguir o direito da prática do ato. São 
os prazos que geram preclusão (perda da faculdade de se praticar um determinado ato). 
 
Curso dos prazos – em regra é continuo, mas em alguns casos o prazo pode ser suspenso. Ex: férias forenses dos 
tribunais; recesso natalino da justiça federal. Qualquer obstáculo intransponível pode implicar na suspensão do processo 
como a morte ou a perda da capacidade processual. Por convenção das partes no máximo por 6 meses. 
Obs: Fora desses casos a regra é que todo prazo é contínuo. 
 
Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados. 
Art. 179. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que lhe sobejar recomeçará a correr do primeiro 
dia útil seguinte ao termo das férias. 
Art. 180. Suspende‑se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do 
artigo 265, I e III ; casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação. 
Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia 
se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo. 
§ 1o O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação. 
§ 2o As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação. 
Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz 
poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de sessenta dias. 
Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de 
prazos. 
 
Contagem dos prazos – regra básica: exclui-se o dia do começo e se inclui o do vencimento. 
Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar‑se‑ao os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do 
vencimento. 
§ 1o Considera‑se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: 
I – for determinado o fechamento do fórum; 
II – o expediente forense for encerrado antes da hora normal. 
§ 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (artigo 240 e parágrafo único). 
 
Importante: a contagem do prazo só se inicia e termina em dia útil. 
Obs: A contagem do prazo só se inicia após a documentação nos autos da realização do ato. 
 
Regras à fixação do dia do começo nas citações e nas intimações. 
1) Citação ou intimação pessoal com hora certa ou via postal: juntada aos autos documentados ou do AR devidamente 
cumprido. 
2) Se feita pro carta (ordem ou precatória) juntada aos autos da carta. 
3) Quanto feita por edital: o prazo se inicia a partir do termo final do prazo marcado pelo juiz. Tem um prazo misto. O 
prazo aqui não é da juntada do edital nos autos do processo não, aqui o prazo irá se abrir no primeiro dia útil após o dia 
estabelecido no prazo. 
 
Notas: Se várias forem os réus o prazo se inicia após a juntada do último mandado ou AR juntado aos autos. 
Se houver litisconsórcio com advogados diferentes, o prazo para manifestar nos autos se conta em dobro. Obs: se for do 
mesmo escritório não da o prazo em dobro. 
Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser‑lhes‑ao contados em dobro os prazos para 
contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. 
Nas intimações pela imprensa, o prazo se abre no primeiro dia útil após a publicação. 
 
Prazo para o juiz: 
a) Despachos  02 dias; 
b) Decisões interlocutórias (não resolve questão de mérito só processual) e Sentença (decidir o mérito ou extinguir o 
processo)  10 dias; 
Art. 189. O juiz proferirá: 
I – os despachos de expediente, no prazo de dois dias; 
II – as decisões, no prazo de dez dias. 
Art. 187. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos 
que este Código lhe assina. 
Obs: Se um juiz proferir um prazo fora do prazo o ato será válido. 
 
Prazo para o escrivão: 
a) Para conclusão (encaminhamentos dos autos para o juiz dar um despacho ou decisão)  24 horas; 
b) Para execução de outros atos  48 horas; 
Obs: Os prazos contatos em dias, não se incluem o dia do começo, só começa a contar o dia seguinte. Já os prazos em 
horas são contados de minuto a minuto. 
Art. 190. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de vinte e quatro horas e executar os atos 
processuais no prazo de quarenta e oito horas, contados: 
I – da data em que houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei; 
II – da data em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz. 
 
Prazos para MP, Fazenda, Autarquias e Fundações: 
a) Em quádruplo para contestar; 
b) Em dobro para recorrer; 
Art. 188. Computar-se-a em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda 
Pública ou o Ministério Público. 
 
Obs: Na assistência judiciária os prazos são contados em dobro para o defensor público.

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