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Direito CivilDireito Civil Professor Guido Cavalcanti Aula 1 • Desde o direito romano, a questão da propriedade se põe diante dos estudiosos do direito como das mais tormentosas, sem que se possa desde logo definir lineamentos imutáveis ou axiomas quaisquer. • Em primeiro lugar, vale referir que não apenas no Direito, como também na economia, na ciência política e na sociologia, as discussões em torno da função e do conceito de propriedade sempre tiveram maior vulto. • Havendo mesmo quem desejasse explicar a evolução histórico-econômica da sociedade humana como se fora uma história da propriedade sobre os bens de capital. A PROPRIEDADE EM SUA VISÃO TRADICIONAL December 18, 2013Tema da Apresentação 2 • Na consolidação de Teixeira de Freitas, já se lia no art. 884: “Consiste o dominio na livre faculdade de usar e dispor, das cousas e de as demandar por acções reaes”. • Ocorre que este desfiar sintético de poderes, conquanto verdade, não encerra a compreensão jurídica da propriedade nos dias atuais. • Inicialmente, podemos afirmar que a propriedade consiste no mais extenso direito real que um determinado ordenamento jurídico confere a um titular. Mas o que é propriedade? • é impossível formular um conceito uno e a-histórico de propriedade. December 18, 2013Tema da Apresentação 3 • Há muito o Título do Livro II do nosso Código Civil, “Direito das Coisas”, sofre severas críticas da doutrina contemporânea. ao procurar demonstrar que a expressão utilizada afigura-se restritiva e incompatível com a amplitude do próprio Livro. • Por outro lado, a palavra “coisas” denota apenas uma das espécies de “bens” (gênero) da vida. • Em face dessas ponderações, seria de boa índole que se corrigisse este lapso, conferindo ao Livro III a denominação adequada: “Da Posse e dos Direitos Reais. DO DIREITO DAS COISAS December 18, 2013Tema da Apresentação 4 • . Do que se deduz que o Direito das Coisas é o conjunto de normas que regulam as relações jurídicas entre os homens face às coisas, capazes de satisfazer as suas necessidades e suscetíveis de apropriação individual. • quando tais coisas forem úteis e raras e quando estabelecem relações jurídica. • As coisas insuscetíveis de apropriação, afastam a cupidez dos homens, tais como: as águas, o ar atmosférico, e a luz do sol etc. December 18, 2013Tema da Apresentação 5 • A noção de bem, é de uma utilidade, tanto econômica quanto não econômica. Deve ter um valor econômico ou axiológico. • Desse modo: amor, pátria e honra são exemplos de bens. Assim bens são espécies de coisas e o termo coisa é utilizado para aqueles bens que podem ser apropriados pelos homens • Todos os bens são coisas, mas nem todas as coisas são bens. DO BEM December 18, 2013Tema da Apresentação 6 • O direito real estabelece um vínculo entre o sujeito e a coisa, prevalecendo contra todos e conferindo uma prerrogativa de seqüela ao seu titular, o que o faz ser oponível contra todos. EFICÁCIA ERGA OMNES. • A evolução histórica- do Direito das Coisas comprova a sua importância frente ao complexo de normas reguladores desse poder do homem sob cujo regime reflete o poder e a forma de organização política e econômica da sociedade December 18, 2013Tema da Apresentação 7 • TÍTULO I • DA POSSE • CAPITULO I • DA POSSE E SUA CLASSIFICAÇÃO • Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercido, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. December 18, 2013Tema da Apresentação 8 • Assinala-se que o teor do dispositivo é, praticamente, o mesmo contido no art. 485 do CC de 1916, apenas com a acertada supressão da palavra “domínio”, tomando-se assim a redação mais técnica e correta. • tendo-se em conta que a expressão rechaçada é limitada aos bens corpóreos, enquanto a posse, como situação potestativa sócio-econômica de projeção no plano fatual do mundo jurídico nele, pode refletir-se, tendo por objetos bens semimateriais ou semi- incorpóreos. December 18, 2013Tema da Apresentação 9 • (energias elétrica, térmica, nuclear, gasosa e solar, ondas de transmissão de freqüência radiotelevisiva, linhas telefônicas (infovias). Por isso, a expressão poderes inerentes à propriedade” designa de maneira muito mais adequada o instituto em questão. • A posse é uma situação fática com carga potestativa que, em decorrência da relação sócioeconómica formada entre um bem e o sujeito, produz efeitos que se refletem no mundo jurídico. December 18, 2013Tema da Apresentação 10 • O seu primeiro e fundamental elemento é, portanto, o poder de fato, que importa na sujeição do bem à pessoa. • A posição de senhoria exterioriza-se através do exercício ou da possibilidade de exercício do poder, como desmembramento da propriedade ou outro direito real, no mundo fático. December 18, 2013Tema da Apresentação 11 • Sobre esta construção teórica alicerça-se a livre circulação de bens e serviços essencial para economia de mercado, que por sua vez, representada pela autonomia privada, é fundamental para realização dos negócios jurídicos. December 18, 2013Tema da Apresentação 12 Direito Civil A PROPRIEDADE EM SUA VISÃO TRADICIONAL DO DIREITO DAS COISAS DO BEM
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