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CCJ0015-WL-C-PP-Aula-09-Guido Cavalcanti

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Direito Civil IV
Aquisição da Propriedade
Guido Cavalcanti
O Código Civil especificou a aquisição da propriedade imóvel em Usucapião, o registro do título e a acessão. 
Observe que o direito hereditário também é forma de aquisição, mas isso só é estudado no direito das sucessões.
Quanto à procedencia da aquisição, ela pode ser originária ou derivada. A primeira não há transmissão de um sujeito ao outro, como ocorre na acessão ou usucapião. É derivada quando resulta de alguma negociação.
Se é modo originário, a propriedade passa ao patrimônio livre de qualquer limitação ou vício. Se é derivada, ela passa com os mesmos atributos do dono anterior. 
A aquisição também pode ser a título singular, quando tem por objeto bens individualizado, ou a título universal, quando a transmissão recai num patrimônio. 
Usucapião
Também chamado de prescrição aquisitiva
Está fundada em uma utilidade pública, já que a negligência do proprietário se contrapõe à sua utilidade social.
Observe que a palavra aparece tradicionalmente no feminino, em função da palavra latina Capio (tomada) Usu (uso), mas não é absurdo também usar no gênero masculino.
Observe que a usucapião não corre para todos, já que não se verifica entre cônjuges, na constância do casamento, entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar, também não correndo contra os absolutamente incapazes. 
Espécies: 
Pode ser objeto tanto bens móveis quanto imóveis. Temos a extraordinária, ordinária e a especial ou constitucional. (esta ultima em rural e urbana). Ainda uma modalidade especial no estatuto indígena. 
Extraordinária:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Basta o ânimo de dono e a continuidade e tranquilidade da posse por quinze anos. 
Não necessita dejusto título nem de boa-fé. 
Observe que a usucapião segue para o novo proprietário com todos atributos da propriedade, como p.ex., servidão que há sobre a terra. 
Usucapião Ordinária
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
Usucapião espcial 
Rural
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Observe que para este assunto também utilizamos o Estatuto da Terra, da lei 6969/81 que possui uma regulamantação mais detalhada. 
Observe que aqui exigimos ocupação produtiva, devendo morar e trabalhar.
Nesse sentido, pessoas jurídicas não podem requerer essa modalidade de usucapião. O benefício é instituido em favor da família. 
Urbana
Constitui inovação trazido pela Constituição de 88. 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
Deve ser um imóvel urbano com construção. Não necessita de justo título ou boa fé. 
Observar que imóveis públicos não sofrem usucapião. 
Pode ser conferido ao homem ou a mulher, ou a ambos, independente do estado civil. 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
§ 1o  O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
§ 2o  (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
Em resumo, poderíamos observar que para o usucapião temos que ter:
Coisa hábil (res habilis) – coisa suscetível de usucapião. Observe que bens fora do comércio e bens públicos não sofrem usucapião. Obs. Observe que também não corre prescrição contra bens de incapazes. (não corre nem prescrição aquisitiva nem extintiva – art. 197 e 198)
Posse (possessio) – deve ter um ânimo de dono de um lado e uma atitude passiva do proprietário do outro. É aquele que tem o imóvel como seu sem oposição. Também deve ser contínua e initerrupta. 
Decurso de tempo (tempus)
Justo Título (titulus) – é todo ato formalmente adequado a transferir o domínio ou direito real de que trata, mas que deixa de produzir tal efeito em virtude de não ser o transmitente senhor da coisa. É aquele título que provoca uma crença de que se tornou dono. 
Boa-fé (fides) é a posse daquele que ignora o vício ou o obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa. Essa ignorância deve ser desculpável. Boa fé e justo título costumam estar atrelados, apesar de serem coisas diferentes. Inclusive o artigo 1.201, parágrafo único, corrobora tal ideia. 
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
Os três primeiros são indispensáveis e exigidos em todas as espécies de usucapião. O Justo título e a boa-fé somente são reclamados na usucapião ordinária.
Sempre lembrar que a ação de usucapião tem natureza meramente declaratória, pois na sentença, o julgador limita-se a declarar uma situação jurídica preexistente. 
A ação será proposta no foro do imóvel e deverão ser citados aquele em cujo o nome estiver registrado o imóvel ou certidão negativa da falta desse registro; os confinantes (mesmo que por edital) e intimados a fazenda pública, representantes do Estado e municípios. 
AQUISIÇÃO POR ACESSÃO
Acessão é, pois, modo de aquisição da propriedade, criado por lei, em virtude do auql tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário. 
Duas coisas que antes estavam separadas e agora uma se tornou acessório da outra. 
Observe que a lei confere ao proprietário desfalcado o percebimento de uma indenização.
A acessão pode dar-se pela formação de ilhar, aluvião, avulsão, abandono de álveo e plantaçoes 
Seção III
Da Aquisição por Acessão
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
I - por formação de ilhas;
II - por aluvião;
III - por avulsão;
IV - por abandono de álveo;
V - por plantações ou construções.
Ilhas
Observe que só interessam ao direito civil as ilhas e ilhotas surgidas nos rios não navegáveis, por pertencerem ao domínio particular, visto que as ilhas que por acaso surjam nosálveos das correntes públicas também públicas serão. 
As ilhas que se formam no meio do rio distribuem-se na proporção das testadas dos terrenos até a linha que dividir o álveo ou leito do rio em duas partes iguais. 
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
Aluvião
É o aumento insiesível que o rio anexa às terras, tão vagarosamete que seria impossível, em dado momento, apreciar a quantidade acrescida. 
Da Aluvião
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
Avulsão
Quando a força subita da corrente arranca uma parte considerável de um prédio, arrojando-a sobre outro. A avulsão dá-se não só pela força de corrente como ainda por qualquer força natural violenta. 
 
Da Avulsão
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
Alveo abandonado
Do Álveo Abandonado
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.

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