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ESTUDO DE CONSTITUCIONAL I

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ESTUDO DE CONSTITUCIONAL I
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
É também denominado de poder genuíno, ou poder de 1º grau, ou poder inaugural. É aquele capaz de estabelecer uma nova ordem constitucional, isto é de dar uma conformação nova ao Estado, rompendo com a ordem constitucional anterior. Ele é inicial, ilimitado, superior, incondicionado e soberano, não tem vinculação jurídica e deriva de uma questão política de um fato social. O poder constituinte original pode ser:
PCO Histórico: é aquele capaz de editar a primeira constituição do Estado, isto é, de estruturar pela primeira vez o Estado. 
PCO Revolucionário: é todo aquele posterior ao histórico, que rompem com a ordem constitucional ( política e jurídica) anterior e instauram uma nova. Ela é sempre viva e surge de tempos em tempos como grande clamor popular.
PODER CONSTITUINTE DERIVADO
O poder constituinte derivado tem natureza jurídica, é condicionado e conseqüentemente tem limites. O PCD é um poder que se subordina as determinações do Poder Const. Originário estabeleceu, e está vinculado à Constituição. Manifesta-se em três espécies:
1-Poder Constituinte Derivado Reformador
2-Poder Constituinte Derivado Revisor
3-Poder Constituinte Derivado Decorrente 
PCD REFORMADOR: Diz respeito às alterações, reformas (emendas) do texto constitucional. ( A Constituição já possui 67 emendas).
Como vai se dar o exercício deste poder constituinte reformador?As regras estão no artº 60 da CF, que estabelece 5 condições, limites para as alterações do texto da constituição.1- Quem pode propor emenda? A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 1-Deverá ter um terço dos membros da Câmara e do Senado. 2- Pelo Presidente da República. 3-Mais da metade das Assembléias legislativas das unidades da Federação, pela maioria relativa de seus membros. Mais a iniciativa popular de lei (povo).Soberania popular.
2-Quando podemos fazer emendas? Apenas em momentos de normalidade institucional. Art. 60 §1º “A constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio”.
3-Como vamos fazer uma emenda? Isto diz respeito ao processo Legislativo, a nossa constituição é rígida, por isso se caracteriza por processo legislativo mais solene, mais difícil. Art. 60 §2º “A proposta será discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quinto(3\5) dos votos dos respectivos membros”.
4- O que pode ou não ser objeto de emenda constitucional? Diz respeito a matéria. Estabelece as Cláusulas pétreas. Art.60 §4º “Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – A forma federativa de Estado; II – O voto direto, secreto, universal e periódico; III – A separação dos Poderes; IV – Os direitos e garantias individuais.
Art.60 §5º “A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”. (A sessão se dá de seis e seis meses).
PCD REVISOR: Diz respeito a revisão da constituição, emendas de revisão que está no Art.3º do ADCT. “A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral”. A nossa constituição já foi revisada 6 vezes em 1994, e não poderá mais ser revisada. O PCD Revisor também tem natureza jurídica, é condicionado e tem limitações. Há de alertar para os limites à revisão constitucional, isto pode levar a um golpe de Estado. O PCD Revisor é também condicionado e limitado.
PCD DECORRENTE:
É condicionado e limitado. O PCD Decorrente serve para que as unidades federativas do Brasil, os Estados, elaborem suas respectivas constituições, então, diz respeito à feitura das constituições pelos Estados membros.
Art.º 25 – Os estados serão regidos pelas respectivas constituições, e que devem observar, respeitar os princípios constitucionais. Os Estados tem autogoverno e auto organização, isto significa, que os estados governam-se a si próprio, e tem poder legislativo, judiciário e executivo próprios. Os estados possuem recursos próprios, podem arrecadar impostos. 
As constituições dos estados não podem ultrapassar, agredir os princípios da constituição da república. Ex. o Art.º 19, diz que nós temos um estado laico. Assim o estado não poderia determinar qual religião deveria ser seguido.
Onde encontramos as possibilidades dos estados efetuarem suas constituições? No ART.º 11 do ADCT, que os estados a partir de um ano da promulgação da constituição federal de 88, deveriam elaborar suas próprias constituições, respeitando e obedecendo aos princípios da constituição de 1988. Os deputados dos estados ao se reunirem em Assembléia para elaborarem as constituições, exerceram poder constituinte.
A questão seguinte é, e o Distrito Federal, Municípios e Territórios, têm também a manifestação do Poder Constituinte Derivado?
O Distrito Federal é uma mistura de estado e município. O DF não tem Assembléia Legislativa, não tem câmara de vereadores, ele tem Câmara Legislativa. Os deputados distritais fazem às vezes de vereador. O DF não tem constituição tem Lei Orgânica.O ART.º 32 Caput CF A Lei Orgânica
Os Municípios tem prefeito, câmara de vereadores (poder legislativo) tem Lei Orgânica (diferente da Lei Orgânica do DF), não tem constituição. O ART.º 32- Caput CF: A Lei Orgânica do Distrito Federal deve observar aos princípios da Constituição Federal. Os municípios são regidos pela Lei Orgânica e está no ART.º 29 CF, Os municípios reger-se á por Lei Orgânica, votada em dois turnos, aprovado por 2\3 dos membros, observados os princípios estabelecidos na Constituição dos respectivos Estados. E no ART.º 11 ADCT, parágrafo único, diz que a Lei Orgânica dos Municípios deverá ser elaborada pela Câmara Municipal no prazo de 6 meses após a promulgação da Constituição Estadual, em 2 turnos de discussão e votação, respeitando os princípios da Constituição do Estado e na Constituição Federal. Para os Municípios nós temos primeiros que obedecer aos princípios da Constituição Estadual e no 2º momento aos princípios da Constituição Federal, então a manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente vale para os Estados Membros e para o Distrito Federal. Para os Municípios nós não temos a manifestação do PCD Decorrente.
Os Territórios estão ART.º 33 CF, hoje não temos mais territórios no Brasil. Território não é Estado, Município e nem Distrito Federal, Território é uma Autarquia Federal e sua regulação se dá através de Leis Federais, portanto território não tem manifestação de nenhuma de Poder Constituinte derivado Decorrente.
PCD DIFUSO:
O que é Mutação Constitucional? 
Quem faz alterações no texto constitucional é apenas o Legislador, Congresso Nacional. Pode-se alterar o sentido do texto da constituição (através de Emendas Constitucionais), devido às possibilidades de interpretação do texto, mas não a mudança do texto em si.
Qual o teor da crítica feita ao trecho do voto vista do ex-ministro Eros Graus (STF), com relação a sua proposta de alteração ao disposto no inciso X do Art.52 da CF? 
Trata-se de uma crítica quanto ao poder judiciário (STJ) na sua forma ativista de interpretar a constituição, é quando o poder judiciário extrapola na sua interpretação, e estaria arbritando o que compete apenas ao poder legislativo, ou seja, elaborar, aprovar e alterar a constituição através de emendas constitucionais. Isto é inconstitucional e seria uma usurpação do poderlegislativo. O que o ex-ministro Eros Graus quer dizer é que o STF, em sua decisão, por si só teria força normativa bastante para suspender a execução da lei declarada inconstitucional e que senado federal deveria publicar a decisão do supremo. Diante de tal desenho é perceptível uma mudança de paradigmas.
Sua decisão gera efeitos inter partes e ex tunc [4]. O efeito erga omnes somente é adquirido após comunicação ao Senado Federal. Este, com fundamento no art. 52, X, da CF/88, suspende a execução, no todo ou em parte, da lei declarada inconstitucional. Sem a participação do Senado Federal não há como ampliar os efeitos da decisão no controle difuso, em sede de recurso extraordinário.
É inegável a expansão do Poder Judiciário. Ao espraiar-se por todo o país, garante o exercício de direitos fundamentais ao povo brasileiro. 
A NOVA CONSTITUIÇÃO E A ORDEM JURÍDICA VIGENTE:
1- Recepção: Significa a adequação da legislação infraconstitucional em relação à nova constitucional de 88. A legislação infraconstitucional só vai ser recepcionada pela nova CF, se estiver de acordo com a mesma. Ex: Código penal, Código Civil foram recepcionado como lei ordinária. O código Tributário foi recepcionado como lei complementar. 
2 – Revogação: Os dispositivos infraconstitucionais que já existiam antes da nova constituição que não estavam de acordo com o novo texto da Const. são revogados. A revogação é tácita.
3 – Represtinação: Significa que uma Lei que foi revogada, ela vai ressuscitar, porém na nossa constituição de l988, o poder constituinte não previu a represtinação de forma expressa em seu texto.
4 – Desconstitucionalização: É algo que desconstitucionalizou, uma norma que era constitucional, na vigência do novo texto deixa de ser norma constitucional e passa a integrar a legislação infraconstitucional. Uma norma constitucional que perdeu a patente. A desconstitucionalização não é prevista também na CF\88.
5 – Recepção material de normas constitucionais: A nova constituição de 88 recepciona normas da constituição anterior como normas constitucionais. A nossa constituição previu a recepção material de normas constitucionais de 1967. Isto está no caput do ART.º 34 do ADCT. O sistema de direito Tributário prevista na const. de 67 continuaria valendo depois da promulgação da CF \88 pelo prazo de 5 meses, para que entrasse em vigor as matérias novas do sistema tributário previstas na CF\88.
6 – Inconstitucionalidades supervenientes: Superveniente = depois. Inconstitucionalidade superveniente é quando se verifica depois da vigência daquela constituição, que determinada lei é inconstitucional.
Uma lei anterior que ofende a constituição vigente é caso de revogação (é revogado, por isso não cabe dizer que é inconstitucional).
7 – Direito adquirido em face da nova ordem constitucional: Art.5º inciso 36 da CF\88 – A Lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Ato jurídico perfeito é aquele que não depende mais de nenhum termo ou condição e que foi completamente implementado. 
Direito adquirido é o direito em que ainda não superou o termo ou condição para que ele se tornasse um ato jurídico perfeito. A nova regra já está incorporada há sua condição.
Coisa Julgada é a decisão de um tribunal e que não cabe mais nenhum tipo de recurso. É uma decisão que transitou em julgado. A lei não pode retroagir.
Nós poderíamos invocar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada em face do novo texto constitucional? Não, o novo texto constitucional é originário de um novo poder constituinte, poder superior, inicial, soberano, incondicionado e ilimitado. 
APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Normas Constitucionais de Eficácia Plena: são normas que tem toda sua normatividade constituinte, plenitude de sua normatividade e que supre todos os seus efeitos essenciais e não necessitam de nenhuma outra complementação. São também auto-aplacáveis.
Ex: ART.2º CF: São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Normas Constitucionais de Eficácia Contida: são normas que demanda de uma complementação, uma integração normativa no âmbito infraconstitucional. Até que esta complementação surja à norma tem eficácia plena. A legislação integradora infraconstitucional quando surge, ela surgem para conter os efeitos, as eficácias da normativa constitucional. Quando surge o cumprimento há uma restrição dos efeitos. 
Ex: ART.5º §XIII: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelece. 
Quando o dispositivo constitucional nos remete a outra lei, nós estamos falando de uma complementação, e enquanto não surge o novo complemento à aplicabilidade da norma ela é plena, com o surgimento da legislação integradora que vai estabelecer os requisitos e qualificações da profissão, nós vamos ter uma restrição dos efeitos da norma constitucional. Ex: A regulamentação da profissão do Prof. de Educação Física. (antes não se exigia o curso superior do profissional). Outro exemplo é o direito a propriedade. A propriedade deve atender a sua função social.
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada: elas demandam de uma complementação, e enquanto não surgem a lei complementadora elas não são aplicáveis, não são auto aplicáveis porque elas demandam uma integração no âmbito infraconstitucional. Temos duas categorias de normas
**Normas Constitucionais de princípios institutivo ou organizativo: diz respeitos a organização do Estado. 
Ex: ART.18 §2º: Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Se não tiver uma lei complementar ela não vai ter a plenitude de sua eficácia, como vou reintegrar um território se eu não tenho uma lei que diz como fazer? Então, demanda-se um complemento. A Administração pública só pode fazer o que estiver estabelecido em lei.
**Normas Constitucionais de princípios programáticos: são normas que estabelece uma meta, um objetivo que tem uma ligação com os fins sociais da constituição (lembrando que estamos inseridos num moderno constitucionalismo sociais, de implementações de políticas sociais, que visa o princípios da dignidade humana). Art.227, Art.218, Art.215
Ex: ART. 196: A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A – Direitos fundamentais: Politicidade e Juridicidade (relação entre política e direito)
A origem dos direitos fundamentais surge, decorrem da política. Na Revolução Francesa a reivindicação era por igualdade. R.Francesa, a Constituição do EUA e a Revolução Gloriosa são movimentos emancipatório que inauguram uma nova organização política. Os direitos relacionados à liberdade, igualdade, propriedade são direitos que são frutos de movimentos políticos, e estas conquistas vão se sedimentar em textos com conotação jurídicos. Os textos importantes que temos em relação a estes movimentos são; a declaração de independente da colônia da Virgínia e em seguidas as outras colônias, e, por conseguinte a Constituição dos EUA de 1787; a declaração universal dos direitos do homem do cidadão da França 1789 e as Constituições sucessivas da França. Em fim, o que se percebe é que existe uma ligação muito forte entre a política, e cristalização em textos jurídicos destas conquistas de direitos fundamentais.
**Objeção de Consciência: É um direito fundamental que significa a recusa ao cumprimento de determinada norma em razão de motivos, argumentos, e consciência pessoais filosóficas, religiosos e políticos que são contrárias as normas, isto em função a garantias constitucionais da liberdade de convicção, de consciência.
Para o surgimento dos direitos fundamentais há a necessidade de três elementosessenciais:
**A figura do Estado (moderno): Aquele que atua como empresa. Que monopoliza de forma bem sucedida e legitima o uso da violência da coerção física e coação. O Estado dotado de Soberania, imperativo.
**Individuo: O sujeito solipcista ( individualista, egoísta) da modernidade, que é livre, igual e proprietário, sujeito de direito, que detém personalidade jurídica que se opõem aos outros e ao próprio Estado.
**Os textos Constitucionais: As idéias políticas emancipatórias são sedimentadas, cristalizadas nos textos constitucionais.
Gerações dos direitos fundamentais
Direitos de 1ª geração: Constitucionalismo liberal. Também chamados de direitos azuis, que são basicamente direitos relativos à liberdade, contra o arbítrio do Estado, direitos relacionados à liberdade religiosa, ao devido processo legal, liberdade de imprensa, convicção política, religiosa e filosófica, princípio da legalidade.
Direitos de 2ª geração: Constitucionalismo social. São direitos relativos à igualdade, e estes direitos se caracterizam pela prestação positiva do Estado. São o Estado providente que tem o dever de prestar serviços públicos, garantias políticas, de emprego, renda etc.
Direitos de 3ª geração: Constitucionalismo contemporâneo (Estado democrático de direito), relativos às idéias de solidariedade, dignidade humana, relacionadas às questões coletivas, que são protegidos em esferas coletiva, defesa ambientais, do patrimônio Público. 
Direitos de 4ª geração: relacionados à bioengenharia, a cibernética e a informática.
Relação entre direitos fundamentais e direitos humanos: significam a mesma coisa?
Alguns autores dizem que DF é sinônimo de DH, e outros vão dizer que os DF são DH que são positivados em determinados Estados.
Os direitos humanos têm uma pretensão de serem direitos universais, os direitos fundamentais não.
A idéia de direitos humanos significa a aplicação dos direito segundo critérios de pretensão de universalidade. Nós temos que construir um discurso adequado que situe os direitos humanos na centralidade do sistema jurídico (Habermans). Habermans acha que é possível a universalização dos direitos humanos e propõe alguns caminhos; inserir a economia tem na pauta de universalização dos direitos humanos, questões políticas, culturais e religiosos também tem pretensões de universalização.
Ponto importante: A primeira constituição brasileira que previu mandado de segurança e ação popular foi a constituição de 1934, é tida também como a primeira constituição de matriz social.
Relevância da internacionalização dos DH: depois dos campos de concentração os direitos fundamentais não seriam a mesma coisa. O Estado de exceção era legítimo na constituição alemã de Waimar de 1919. Os alemães tinham mais direitos que os judeus, ciganos, homossexuais.
Importante para prova: Ocorrências importantes com relação aos Direitos Humanos. 
1º - Rica produção normativa (pactos internacionais, tratados e convenções)
2º - Crescentes interesses de organizações internacionais nestes assuntos de DH – Ex. A missionária Dorathe
3º - Mecanismos internacionais de fiscalizações e controle. Ex. Conselho de Segurança da ONU, embargos econômicos.
4º - Grandes produções doutrinárias. Várias pessoas estudando sobre DH.
Consequências das ocorrências com relação aos direitos humanos:
1º Aumento da titularidade (mais pessoas poderiam reinvidicar DF
2º Possibilidade da responsabilização dos Estados;
3º Forte politização destes direitos.
Os tratados internacionais referentes a direitos humanos ou não, têm que ter sido incorporado no ordenamento jurídico brasileiro. Há duas regras para incorporação:
1º - O presidente assina o tratado, posteriormente é submetido a apreciação do Congresso Nacional, se aceito é feito um decreto legislativo, e depois é feito um decreto presidencial, daí passa a ser incorporado ao Ord,Jur.
2º Só vale para os tratados e convenções internacionais relacionados aos Direitos Humanos, que forem recepcionados como critérios de emendas.
Ponto importante: Estes tratados internacionais quando recepcionados pela nossa constituição, são tratados como lei comum, lei ordinária. E que compete ao STJ pode analisar a constitucionalidade do tratado e a legalidade do tratado. Mais traz um problema em questão aos direitos humanos, por exemplo, a constituição dispõe a prisão por depositário infiel e por pensão alimentícia, porém, ao tratado de pacto de São José da Costa Rica não estabelece a prisão de depositário infiel. Os tratados internacionais são supra legais, estão acima da legislação comum, mas abaixo da constituição.
Convenção de Roma: tratado sobre direito humano, que instituiu o tribunal penal internacional para tratar sobre crimes de lesa humanidade. O STJ julgou inconstitucional parte do tratado que fala sobre extradição de condenados a prisão perpétua, pois a nossa const. Prevê que o brasileiro nato nunca poderá ser extraditado e o naturalizado só em crime internacional de entorpecentes.
QUEM TEM TITULARIDADE, QUEM PODE INVOCAR OS DIREITOS FUNDAMENTAIS?
Aos brasileiros, natos e naturalizados, e aos estrangeiros residentes e em trânsitos. Direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. As pessoas jurídicas podem titularizam direitos fundamentais, mas este direito tem que ser compatíveis com a natureza da p.juridica.
E os estrangeiros que não são residentes e que nem moram no Brasil, eles também poderiam titularizar direitos fundamentais. Decisão do STF de 2008 que trata da concessão de Habeas Corpus, Caso do Russo Boris Berezowski.
Características dos Direitos Fundamentais:
Historicidade: Os direitos fundamentais não são um dado, eles são um construído à medida que a própria história demanda. Ex. Revolução Francesa entre outro decorrente de lutas políticas.
Relatividade: Os direitos fundamentais não são absolutos, há de se verificar a situação concreta, porque eventualmente existe choque (conflito) entre os direitos fundamentais.Ex. Transfusão de sangue em pessoas da religião testemunha de Jeová, há um choque entre o direito a vida garantido na constituição e a fé professada pelo seguidor. Ex. Caso Sigfrid Ewanger ( brasileiro processado por crime de racismo) em seu livro de conteúdo nazista alegava a liberdade de expressão de suas convicções políticas e ideológicas. A liberdade de expressão não pressupõe uma salvaguarda para dizer o que quiser, há limites.
Inalienalibilidade: Dimensão Subjetiva dos direitos fundamentais, todos nós enquanto sujeitos têm direitos fundamentais, diz respeito a cada um de nós. Dimensão Objetiva, os direitos fundamentais têm um significado importante para a organização social e política. Ex. eu posso doar meu rim, mas não vender.
Perguntas feitas em sala de aula para revisar a matéria de direitos fundamentais.
1ª) Qual a relação dos direitos fundamentais com a política?
R: Os direitos fundamentais decorrem da política através de movimentos emancipatórios que vão se consolidando nos momentos históricos, como por exemplo, a Revolução Francesa, a independência da Colônia da Virgínia no EUA, a constituição social mexicana, de Waimar etc.
2ª) Com relação aos direitos humanos, há algo novo a ser dito sobre eles neste tempos?
R: Sim, ainda vemos grandes ofensas aos direitos humanos. Os assuntos direitos humanos tem maior dimensão a partir das atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Surgem várias doutrinas, os Estados nacionais incorporam novos discursos a respeito de direitos humanos. Ex Problemas em Rhuanda, no Timor Leste, Fome generalizada no Mundo, A primavera árabe, problemas na líbia, Guerra ao Terror dos EUA etc.
3ª) Estabeleça uma relação entre direitos humanos e direitos fundamentais, estes são expressões sinônimas?
R: Há duas vertentes teóricas: a primeira Alexandre Moraes diz que os direitos fundamentais seriam os direitos humanos positivados em textos jurídicos nos Estados Nacionais. Nestes casos diriam que são expressões sinônimas. Na segunda visão, os direitos humanos são direitos que tem uma pretensão universal, e queos direitos fundamentais não têm esta pretensão universal, mas existe uma relação muito estreita entre eles, existem vários direitos fundamentais que também são direitos humanos.
4ª) Quem titulariza direitos fundamentais?
R: Pessoas jurídicas, desde que seja compatível com a sua natureza jurídica. Ex. a Pj não tem direito de locomoção, por isso, elas não podem ser pacientes em Habeas Corpus, só podem ser impetrantes. Não tem direito a vida, tem direito a existência. Pessoas Naturais são: brasileiros natos, naturalizados, os estrangeiros residentes, em trânsito e os que nem estão no Brasil mais que possam ser atingidos pela lei nacional, e que poderia desfrutar de direitos humanos. ( Ex. Caso Boris Berezowski.)
5ª) O que são direitos fundamentais?
R: São aqueles, que são fundamentais para uma dada ordem jurídica, política e social, são fundamentais para um determinado Estado. Os que estão na constituição e são protegidos pelas cláusulas pétras.
6ª) Pessoa jurídica pode ser paciente em Habeas Corpus?
R: Não, pode ser paciente de Habeas Corpus, apenas impetrante.
7ª) Qual a constituição brasileira que trouxe o mandado de segurança de ação popular?
R: A Constituição de 1934.
8ª) Qual o teor da crítica à teorias das gerações de direito de Noberto Bobbio?
R: A crítica é a seguinte, quando se fala das gerações de direito, tem se a impressão que há uma seqüência na formação deste direito, e não é assim que acontecem, os DF vão acontecer de forma conjunta. Ex. a constituição de 1891, é de matriz liberal da 1ª geração de DF, a de 1988 tem direito sociais, coletivos, políticos.
9ª) No que diz respeito a eficácia horizontal dos DF, aponte como isto é resolvido na Alemanha, nos EUA e no Brasil?
R: Caso Luti (na Alemanha) discussão sobre ato ilícito, sobre direitos civis (C|C Art.186). Os alemães entendem que os direitos fundamentais só se aplicam nas relações entre os particulares. Nos EUA, os direitos fundamentais só se aplicam quando está presente o Estado, ou seja, uma relação de verticalidade, eles não reconheciam a horizontalidade dos DF (entre particulares, que só ocorrem quando um particular exerce uma função pública). No Brasil aplica-se de forma eficácia e imediata os DF, Art.5º.
10ª) São os Direitos fundamentais disponíveis? Explique.
R: Em regra os DF são indisponíveis, lembrando que os DF têm uma dimensão Subjetiva, mas também uma dimensão Objetiva (pretensão coletiva). Há exceção? Sim, o direito de propriedade, nós podemos dispor de nossa propriedade, mas não a totalidade.

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