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a dança é arte, é conhecimento, cultura e vida

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E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
Friedrich Nietzsche
	
	A dança, arte de movimentar o corpo em certo ritmo, é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se tanto pelos movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). 
Ela pode existir como expressão artística ou como forma de divertimento. Enquanto arte, a dança se expressa por meio dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público. Sendo fundamental e considerada uma das mais antigas formas de expressão, como nos relata Strazzacappa (2001) existe desde os tempos do homem primitivo, isto está constatado pelas pinturas encontradas nas cavernas.
A dança é arte, uma arte que expressa emoção, concentração, espontaneidade, imaginação, entre outros aspectos relevantes a comunicação e interpretação do ser humano. É uma forma de expressão única em cada indivíduo, cada um a vê e a prática de forma individual, mas interagindo com o outro.
Todos sabem que nosso país é multicultural, rico em multiplicidade crenças, cultura, ritmos variados e as mais diversas artes, e toda essa mistura resulta como marco principal da nossa cultura, a diversidade cultural. Sabendo disso, porque não utilizar dessa diversidade como processo pedagógico educacional?
Utilizar os mais diversos ritmos na escola, por exemplo, é uma forma diferente de trabalhar o desempenho, as habilidades, a participação efetiva, o interesse do aluno pelo o que ali se ensina, traz um novo olhar, reflexões e mudanças, além do prazer em aprender de forma dinâmica: dançando, cantando e etc.
Trabalhar a dança na sala de aula, ou no âmbito geral da escola, além de ajudar no desenvolvimento físico/cognitivo, contribui na socialização, no respeito a outros ritmos, a outros costumes e tradições, bem como a aproximação e valorização de diversas identidades. Segundo Vargas (2009) O trabalho corporal não poderá ser tratado na escola como um estudo isolado, mas deverá ser integrado à cultura, ao cotidiano e à sociedade na qual vivemos .(Vargas 2009 p.45). Dessa forma, percebemos a importância essencial da cultura do movimento na escola, 
[...]Exercitando a dança nos aspectos sensorial, perceptivo e motor, inclusive a vivência de processos expressivos, estabelecendo relações tanto na fantasia como na realidade, facilitando o conhecimento da imagem corporal de forma integrada, permite-nos estabelecer equilíbrio pessoal. (Vargas 2009 p.47).
Ou seja, o aluno, conhece a si mesmo, e desenvolve-se nos mais diversos aspectos humanos, e o interessante é que pode aprender brincando, de maneira divertida e lúdica, o que ajuda a amenizar as tensões que o processo de ensino/aprendizagem traz consigo. 
A dança também é agente de aprimoramento das funções motoras como: coordenação, equilíbrio, flexibilidade, resistência, agilidade e elasticidade...Cremos que a educação pela a dança poderá ajudar alunos e alunas, para que apliquem estas experiências adquiridas nestas diversas abordagens em outras circunstâncias da vida. (VARGAS, 2009, p.59).
A dança compreende coordenação motora, ritmo e também equilíbrio, por isso afirma SILVA (2010):
Na opinião dos professores, a dança como benefício para a vida dos alunos está relacionada à “expressão corporal”, “coordenação motora” e “socialização”. Também entendem que a dança não está muito presente ou presente em datas comemorativas, havendo reconhecimento por todos de que a dança está relacionada às datas festivas, semanas folclóricas, festas juninas (SILVA 2010 p.42).
	Assim, coordenação motora seria a capacidade de usar de forma mais eficiente os músculos esqueléticos, resultando em uma ação maior e mais eficiente. Esse tipo de movimento e de coordenação permite que as crianças e também os adultos, dominem o corpo mediante o espaço, controlando todos os seus movimentos, desde os mais simples e vagaroso até mesmo os mais rudes e rápidos. 
Elemento central nas habilidades básicas está à coordenação motora que pode ser definida como a ativação de várias partes do corpo para a produção de movimentos que apresentam relação entre si, executados numa determinada ordem, amplitude e velocidade. PELLEGRINI; BUENO; ALLEONI; MOTTA (2010, p. 180).
	O ritmo também faz parte da coordenação motora e consequentemente de todo os movimentos realizados no momento da dança, é aquilo que se move e que flui de acordo com o momento e o som.	Equilíbrio é um momento harmônico, em que a mente está em sintonia e sincronia com o corpo e na dança o equilíbrio é fundamental, tendo assim, o domínio de si e a sustentação. 
Alguns trabalhos que agregaram o treinamento resistido aos treinos de equilíbrio, potência ou função tiveram bons resultados, assim como o treino de equilíbrio isolado. A posição e a estabilidade durante o treinamento parecem influenciar o ganho de equilíbrio, uma vez que os exercícios realizados em pé demandam uma ativação contínua dos músculos antigravitacionais, podendo produzir melhores efeitos. ARAÚJO; FLÓ; MUCHALE (2010, p.279).
	Percebe-se que o equilíbrio é uma funcionalidade para toda e qualquer atividade física e não poderia ser diferente na dança, que envolve todo o corpo e também os movimentos.
A partir dessa compreensão de dança, é que se traz aqui a importância de seu ensino nas escolas, pois a mesma segundo Strazzacappa (2001, p. 43) vem no ambiente escolar “como propiciadora de expressão da criança por meio do movimento, de descoberta do corpo expressivo (dança dita ‘educativa’), uma forma então de ajuda ao professor no processo de descoberta pelo qual o aluno passa. Sabemos que é comum ver na escola professores reclamando porque a criança se movimenta ‘’demais’’, já não basta ter que passar uma aula inteira sentadas e muitas vezes desconfortavelmente, é aplicando a ‘’Lei do Não Movimento”, “ Não saia dai! Não se mexa! Fiquem Quietos!” “Comportem-se’’. Isso acaba por reprimir a criança, pois é uma ação ‘‘pedagógica’’ que não considera o seu movimento como parte de seu desenvolvimento intelectual, cognitivo, social e psicológico, e como forma variada ou meios que a criança se utiliza para expressar sua liberdade e autoconhecimento.
Sendo assim, de acordo com Vargas (2009),
Desenvolvimento implica movimento, dinamismo. Não podemos fomentar na escola a imobilidade, ensinar as crianças para que permaneçam quietas, bem comportadas e contidas, ou seja, menos incômodas possíveis. A educação deve encontrar espaços na escola para o cultivo da arte do movimento, buscando o desenvolvimento de seus alunos e alunas, sem deter-se nos aspectos intelectuais em detrimento dos aspectos físicos. (p.48).
A dança traz inúmeros conceitos e definições, e tem o objetivo como já discutido acima, sobretudo, de fazer com que a criança se relacione de uma forma mais descontraída com o meio e expresse sua própria maneira. No entanto muitas vezes sua finalidade é distorcida pela forma de ensino e é apresentada a sociedade, principalmente na escola, de maneira errônea. Para que isso não ocorra uma das coisas que se pode fazer é que o professor tenha uma boa formação sobre o que é dança e, a transmita de forma correta e não de um “dançar por dançar”, mostrando assim seu real significado.
Enfim, trabalhar a dança como arte, como atividade pedagógica na escola, é de fato algo rico em conhecimento e, sobretudo desenvolvimento, é algo satisfatório que influência em diversas áreas de formação, rompe com a rotina rotineira ao qual a escola está acostumada, vem como estimulante do aprendizado, da criatividade, habilidades, estimula o pensar, o agir... Isso fomenta em situação, ou melhor dizendo, em um processo educativo, a formação integrada, a educação integrada a arte que por sua vez produz ou motiva a sensibilidade, a conscientização de si mesmo, do outro e de tudo a sua volta, bem como a comunicação, concentração, a curiosidade, a exploração, a interação e o bom relacionamento social.Portanto, a dança na escola faz-se essencial pois, ela “é capaz de ser mediadora no processo de construção de um ser humano mais sensível, crítico, criativo e autônomo”. (VARGAS, 2009, p.52).
	
REFERÊNCIA:
VARGAS, Lisete Arnizaut Machado de. Escola em dança: movimento, expressão e arte. Porto Alegre: Mediação, 2009. (2. ed. ver. e atual.) p. 43-59
STRAZZACAPPA, Márcia. Dançando na chuva... e no chão de cimento. In: Ferreira Sueli (org).O ensino das artes: construindo caminhos- Campinas, SP: Papirus, 2001.
PELLEGRINI, S. S. N; BUENO, F. C. R; ALLEONI, B. N; MOTTA, A. I. Desenvolvendo a coordenação motora no ensino fundamental (p.178 – 191).
SILVA, Jessica Pistori. A Dança no contexto da cultura escolar: olhares de professores e alunos de uma escola pública do ensino fundamental. 2010. 57 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.
ARAÚJO, M. L. M; FLÓ, C. M; MUCHALE, S. M. Efeitos dos exercícios resistidos sobre o equilíbrio e a funcionalidade de idosos saudáveis: artigo de atualização. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.3, p.277- 283, jul/set. 2010.
SCARPATO, Marta Thiago (2001). “ Dança educativa: Um fato nas escolas de São Paulo”. Cadernos Cedes, nº 53. Campinas: Unicamp, p.59.

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