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(20161010174054)7ª aula Das Pessoas Jurídicas 10.10.2016

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PESSOA JURÍDICA 
DIREITO CIVIL INTERATIVO 
 
• Vídeo 
 
• https://globoplay.globo.com/v/5351473/ 
 
• Reportagem 
 
• http://www.conjur.com.br/2016-fev-
20/estado-nao-punir-indio-foi-condenado-
tribo 
 
2 
PESSOA X PERSONALIDADE 
• Personalidade é a possibilidade de ser titular 
de direitos subjetivos. 
 
• Pessoa é quem tem esse atributo. 
 
• Pessoa é poder ser titular do direito. É poder 
estar no pólo de uma relação jurídica. 
 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• Pessoas jurídicas são entidades a que a lei 
empresta personalidade, capacitando-as a serem 
sujeitos de direitos e obrigações. 
• A existência da pessoa jurídica decorre da 
necessidade - ou conveniência - do indivíduo 
de unir esforços para a realização de objetivos 
comuns, inatingíveis individualmente. 
• Principal Característica 
– Atua na vida jurídica com personalidade diversa da 
dos indivíduos que a compõem. 
(CC, art. 20) 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• CONCEITO: 
 
 “Conjunto de pessoas ou de bens, dotado de 
personalidade jurídica própria e constituído na 
forma da lei, para consecução de fins comuns.” 
 
(GONÇALVES, Carlos Roberto. 2014, p. 216) 
PESSOA JURIDICA 
• A Pessoa jurídica pode ser considerada a soma de esforços humanos 
ou patrimoniais, tendente a uma finalidade lícita, específica e 
constituída na forma da lei. 
 
O fato de possuir CNPJ não pressupõe a existência de uma pessoa 
jurídica. O que pressupõe a existência da pessoa jurídica é o seu registro 
(art. 45do CC). 
 
• A pessoa jurídica não se confunde com os seus membros, sendo essa 
regra inerente à própria concepção da pessoa jurídica 
 
– Associações – não tem fins lucrativos – o ato constitutivo é o estatuto; 
– Sociedades – Simples ou Empresárias- O ato constitutivo é o contrato 
Social; 
– Fundações – o ato constitutivo é a escritura pública ou testamento. 
 
7 
ASPECTOS GERAIS 
• Cada país adota uma denominação 
– Na França e Suiça: “Pessoa Moral” 
– Em Portugal: “Pessoa Coletiva” 
– No Brasil, na Alemanha, na Espanha e na 
Itália: “Pessoa Jurídica” 
8 
• Várias teorias procuram explicar esse 
fenômeno. 
• Um grupo de pessoas passa a constituir unidade 
orgânica, ou seja, com: 
– Individualidade própria reconhecida pelo Estado e 
distinção das pessoas que o compõem 
• Há 2 grupos teóricos: 
– Da ficção 
– Da realidade 
NATUREZA JURÍDICA 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• Teorias relativas à natureza jurídica da PJ 
• Teoria da Ficção – a PJ é criação da lei, sem 
existência real. 
 
• Teoria da Realidade – a PJ tem existência 
própria 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• Teorias relativas à natureza jurídica da PJ 
 
• TEORIA DA FICÇÃO 
• Ficção legal (Savigny): A PJ é criação 
artificial da lei. Não passa de mero conceito, 
abstração. 
 
• Ficção doutrinária: A PJ não tem existência 
real, apenas intelectual. Mera ficção criada 
pela doutrina. 
Pessoa Jurídica 11 
• Não são aceitas 
• A crítica que se lhes faz é que o Estado é 
uma pessoa jurídica 
• Dizer-se que o Estado é uma ficção é o 
mesmo que dizer que o Direito, que dele 
emana, também o é 
NATUREZA JURÍDICA 
TEORIAS DA FICÇÃO 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 
 
 TEORIAS DA REALIDADE 
 
• A PJ tem existência própria e real 
 
Pessoa Jurídica 13 
• Opõem-se às teorias da ficção 
• Se subdividem em: 
– Teoria da realidade objetiva 
– Teoria da realidade técnica 
– Teoria da realidade jurídica 
NATUREZA JURÍDICA 
TEORIAS DA REALIDADE 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• Teoria da realidade objetiva ou orgânica: 
 
 A PJ decorre da vontade, tem vida própria, 
capaz de tornar-se sujeito de direito, real e 
verdadeiro. 
 
• Teoria da realidade jurídica: 
 
 A PJ é uma organização social destinada a um 
ofício ou serviço. É criada a partir das relações 
sociais e não da vontade humana. 
 
Pessoa Jurídica 15 
• Pessoa jurídica é uma realidade sociológica, 
de seres com vida própria, que nascem por 
imposição das forças sociais 
• Crítica: os grupos sociais não têm vida 
própria, personalidade, que é uma 
característica do ser humano 
NATUREZA JURÍDICA 
Teoria da realidade objetiva 
TEORIAS DA REALIDADE 
Pessoa Jurídica 16 
• Entendem seus adeptos, especialmente 
Ihering, que a personificação dos grupos 
sociais é um expediente de ordem técnica 
• É a forma pela qual o Direito encontra para 
reconhecer a existência de grupos de pessoas 
que se unem em prol de um mesmo fim 
Teoria da realidade técnica 
NATUREZA JURÍDICA 
TEORIAS DA REALIDADE 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• Teoria da realidade técnica 
 
 Entende que a atribuição de personalidade à 
PJ é expediente de ordem técnica, que o 
Estado utiliza para reconhecer a existência 
de grupos de indivíduos que se unem na 
busca de fins determinados. 
Pessoa Jurídica 18 
• Assemelha-se à da realidade objetiva 
• Considera as pessoas jurídicas como 
organizações sociais destinadas a um serviço 
ou ofício, e por isso personificadas 
• Nada esclarece sobre as sociedades que se 
organizam sem a finalidade de prestar um 
serviço ou de preencher um ofício 
Teoria da realidade jurídica 
NATUREZA JURÍDICA 
TEORIAS DA REALIDADE 
• Nome comercial: o nome civil das pessoas jurídicas 
 
Segundo lições de Cristiano Chaves de Farias: “Nome comercial é o 
critério de identificação da pessoa jurídica ou do comerciante 
individual, podendo se consubstanciar através de firma comercial ou 
denominação social.” (Direito Civil – Teoria Geral, 2011, p. 268) 
 
Francisco Amaral preleciona que: “firma ou razão comercial é o nome 
sob o qual o comerciante ou a sociedade que exerce o comércio e 
assina-se nos atos a eles referentes”. E então conclui: “exemplo de 
firma – M. Santos & Cia Ltda.; exemplo de denominação – Petrobrás”. 
(Direito Civil – Introdução, p. 273) 
 
A pessoa jurídica pode assumir uma marca de fantasia (ou nome de 
fantasia), dizendo respeito à expressão pela qual é conhecida (ex: 
Pepsi; Coca - cola etc.) 
Pessoa Jurídica 19 
• A proteção do nome comercial e da marca (assim como a tutela do 
nome de domínio na internet, que também conta com a tutela legal) é 
relativa, abrangendo a área empresarial em que atua o titular, não se 
podendo impedir que empresas que atuam em outros ramos do 
mercado se valham do mesmo nome. Todas as formas de 
identificação da pessoa jurídica encontram-se protegidas por lei, 
gozando de tutela preventiva e repressiva, inclusive com fulcro na 
LEI N.º 9.279/1996 – Propriedade Industrial. 
 
• Segundo o art. 126 da Lei federal n.º 9.279/1996 a marca 
notoriamente conhecida em seu ramo de atividade “goza de proteção 
especial, independentemente de estar previamente depositada ou 
registrada no Brasil, consolidando hipótese típica de concretização 
do princípio da confiança. Assim, se um nome comercial vem sendo 
utilizado notoriamente, inclusive com a sua respectiva marca, outro 
não poderá registrá-lo, em razão da consolidação ocorrida no seio 
social. 
Pessoa Jurídica 20 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
Requisitos para constituição da PJ 
 
• Vontade humana criadora 
• Elaboração de ato constitutivo 
• Registro do ato constitutivo no órgão 
competente 
• Liceidade de seu objetivo 
Pessoa Jurídica 22 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
• Vontade humana criadora 
(intenção de criar uma entidade distinta de 
seus membros) 
• Observância das condições legais 
(instrumento particular ou público, registro e 
autorizaçãodo Governo) 
Pessoa Jurídica 23 
• Liceidade dos seus objetivos 
• objetivos ilícitos ou nocivos 
constituem causa de extinção da 
pessoa jurídica 
• Cf. CC, art. 21, III 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
Pessoa Jurídica 24 
• A vontade humana materializa-se no ato de 
constituição, que se denomina: 
– Estatuto, em se tratando de associações (sem 
fins lucrativos) 
– Contrato social, em se tratando de sociedades, 
civis ou mercantis 
– Escritura pública ou testamento, em se 
tratando de fundações (CC, art. 24) 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
Pessoa Jurídica 25 
• O ato constitutivo deve ser levado a registro, 
para que comece, então, a existência legal da 
pessoa jurídica de direito privado (CC, art. 18) 
• Antes do registro, a pessoa jurídica não passa 
de uma mera “sociedade de fato” 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
Pessoa Jurídica 26 
• O nascituro possui personalidade garantida 
ao nascer com vida 
• Ao contrário, a pessoa jurídica só adquire 
personalidade caso tenha seu ato 
constitutivo registrado 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
Pessoa Jurídica 27 
• O registro do contrato social de uma 
sociedade comercial faz-se na Junta 
Comercial 
• Estatutos e atos constitutivos das demais 
pessoas jurídicas são registrados no 
Cartório de Registro Civil das Pessoas 
jurídicas 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
(LRP, arts. 114 e s.) 
Pessoa Jurídica 28 
• Já as sociedades civis de advogados só 
podem ser registradas na OAB 
(EAOAB, arts. 15, § 1o, e 16, § 3o ) 
 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
Pessoa Jurídica 29 
• Algumas pessoas jurídicas precisam, ainda, 
de autorização do governo 
(CC, art. 20, § 1o) 
– Seguradoras 
– Montepios 
 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
– Caixas econômicas 
– Administradoras de consórcios 
Pessoa Jurídica 30 
• Prescreve o art. 20, § 2 o, do Código Civil 
que as sociedades de fato: 
– “não poderão acionar a seus membros, nem a 
terceiros; mas estes poderão responsabilizá-las 
por todos os seus atos” 
• Não tinham, portanto, legitimação ativa, só 
passiva. 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
SOCIEDADES DE FATO 
Pessoa Jurídica 31 
• Mas essa situação foi modificada pelo art. 
12, VII, do Código de Processo Civil 
– Este prevê a representação em juízo, ativa e 
passivamente das sociedades sem personalidade 
jurídica 
– Destinado à pessoa a quem couber a 
administração dos seus bens 
REQUISITOS PARA A SUA 
CONSTITUIÇÃO 
SOCIEDADES DE FATO 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito 
público, interno ou externo, e de direito 
privado. 
Pessoa Jurídica 33 
 
Pessoa Jurídica 34 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público 
interno: 
• I— a União; 
• II — os Estados, o Distrito Federal e os 
Territórios; 
• III — os Municípios; 
• IV — as autarquias; 
• V — as demais entidades de caráter público 
criadas por lei. 
 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• Parágrafo único. Salvo disposição em 
contrário, as pessoas jurídicas de direito 
público, a que se 
 tenha dado estrutura de direito privado, 
regem-se, no que couber, quanto ao seu 
funcionamento, 
 pelas normas deste Código. 
 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• ART. 43. As pessoas jurídicas de direito 
público interno são civilmente responsáveis 
por atos dos seus agentes que nessa qualidade 
causem danos a terceiros, ressalvado direito 
regressivo contra os causadores do dano, se 
houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
 
Teoria da responsabilidade objetiva do Estado** 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• ART. 44. São pessoas jurídicas de direito 
privado: 
• I— as associações; 
• II — as sociedades; 
• III — as fundações. 
• IV – as organizações religiosas 
• V – os partidos políticos 
• VI – as empresas individuais de 
responsabilidade limitada. 
 
 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 
• COMEÇO DA PESSOA JURÍDICA 
 
• ART. 45. Começa a existência legal das 
pessoas jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo 
registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, 
averbando-se no registro todas as alterações 
por que passar o ato constitutivo. 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
• O Registro da PJ 
 
• Tem natureza constitutiva 
• Estende-se a todos os campos do direito (a 
proteção aos direitos de personalidade 
estende-se à PJ – tem direito ao nome, à boa 
reputação, à propriedade, etc) 
Pessoa Jurídica 41 
• Quanto à nacionalidade, divide-se em 
nacional e estrangeira 
• Quanto à estrutura interna, pode ser: 
– Corporação (universitas personarum: conjunto 
ou reunião de pessoas) 
– Fundação (universitas bonorum: reunião de 
bens) 
CLASSIFICAÇÃO 
Pessoa Jurídica 42 
• Dividem-se em: 
– Associações: sem fins lucrativos, mas religiosos, 
morais, desportivos ou recreativos (clubes) 
– Sociedades 
• Civis: com fim econômico, visam o lucro. Não possui 
por atividade principal o comércio. 
• Comerciais (mercantis): Também visam o lucro, 
porém pela prática habitual de atos comerciais 
Corporações 
ESTRUTURA INTERNA 
CLASSIFICAÇÃO 
Pessoa Jurídica 43 
• Constituem um acervo de bens, que recebe 
personalidade para a realização de fins 
determinados 
• Compõem-se de dois elementos: 
– Patrimônio 
– Fim (estabelecido pelo instituidor e não 
lucrativo) 
Fundações 
ESTRUTURA INTERNA 
CLASSIFICAÇÃO 
Pessoa Jurídica 44 
• São sempre civis 
• A sua formação passa por quatro fases: 
– Ato de dotação ou de instituição 
– Elaboração dos estatutos 
– Aprovação dos estatutos 
– Registro 
Fundações 
ESTRUTURA INTERNA 
CLASSIFICAÇÃO 
Pessoa Jurídica 45 
• Quanto à função (ou à órbita de sua 
atuação), as pessoas jurídicas dividem-se 
em: 
– De Direito Público 
– De Direito Privado 
CLASSIFICAÇÃO 
Pessoa Jurídica 46 
• Externo: as diversas Nações, inclusive a 
Santa Sé, e organismos internacionais, como 
a ONU, a OEA, a UNESCO, a FAO 
• Interno: 
– Administração direta: União, Estados, Distrito 
Federal, Municípios (CC, art. 14) 
– Administração indireta: autarquias, fundações 
públicas 
De Direito Público 
FUNÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO 
Pessoa Jurídica 47 
• São elas: 
– Corporações: associações, sociedades civis e 
comerciais, partidos políticos, sindicatos 
– Fundações particulares (CC, art 16; CLT, art 
511; CF, art. 8o ) 
– Empresas públicas e sociedades de economia mista 
sujeitam-se ao regime próprio das empresas 
privadas (CF, art. 173, § 1 o) 
De Direito Privado 
FUNÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO 
Pessoa Jurídica 48 
DESPERSONALIZAÇÃO 
• Prescreve o art. 20 do Código Civil que as 
pessoas jurídicas têm a existência distinta da 
dos seus membros 
• Essa regra, entretanto, tem sido mal utilizada 
por pessoas desonestas para prejudicar 
terceiros 
• Utilizam-se da pessoa jurídica como uma 
espécie de “capa” a fim de ocultar negócios 
escusos 
Pessoa Jurídica 49 
DESPERSONALIZAÇÃO 
• A reação a esses abusos ocorreu no mundo 
todo, dando origem à teoria da 
despersonalização da pessoa jurídica 
• Permite tal teoria, que o juiz: 
– Em casos de fraude e má-fé, desconsidere a regra 
do art. 20 e os efeitos da autonomia da pessoa 
jurídica em relação à dos sócios 
– Assim, atingindo e vinculando os bens particulares 
destes à satisfação das dívidas da sociedadePessoa Jurídica 50 
DESPERSONALIZAÇÃO 
• Como no Brasil não existia lei que 
expressamente autorizasse tal teoria, aplicava-
se analogamente o art. 135 do C. Tributário: 
– Responsabiliza pessoalmente diretores, gerentes 
ou representantes de pessoas jurídicas de direito 
privado 
– Aplicando obrigações tributárias resultantes de 
atos praticados com “excesso de poderes ou 
infração de lei, contrato social ou estatutos” 
Pessoa Jurídica 51 
DESPERSONALIZAÇÃO 
• Atualmente, o Código de defesa do 
Consumidor, no art. 28 e seus parágrafos, 
desconsidera a personalidade da sociedade 
• Casos: 
– Abuso de direito, excesso de poder, infração da lei 
– Ato ilícito, violação dos estatutos ou contrato social 
– Falência, insolvência, má administração 
– Obstáculo ao ressarcimento de prejuízos ao 
consumidor 
Pessoa Jurídica 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
• O art. 1.522 do Código Civil diz que as pessoas jurídicas de 
direito privado respondem pelos atos de seus prepostos. 
• Requisitos: Conduta; Nexo Causal; Dano e Culpa. 
• Mas se refere às que exercerem exploração industrial 
• Inicialmente, só eram enquadradas as pessoas jurídicas com 
fins lucrativos 
 
• Responsabilidade civil por dano ambiental: discussões 
acerca das teorias do Risco Criado e do Risco Integral. 
• Eriton Vieira/Marcio Piló 
Pessoa Jurídica 53 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
• Hoje, entretanto, em virtude da grande 
preocupação com as vítimas irressarcidas, 
não se admite mais tal entendimento 
• Tenham ou não fins lucrativos, as pessoas 
jurídicas de direito privado respondem 
civilmente pelos atos de seus prepostos 
Pessoa Jurídica 54 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
• A responsabilidade civil das pessoas 
jurídicas de direito público passou por 
diversas fases: 
– A da irresponsabilidade do Estado 
– A fase civilista 
– A fase publicista 
FASES 
Pessoa Jurídica 55 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
• A fase da irresponsabilidade do Estado 
– Pode ser representada pela frase universalmente 
conhecida: “The King do not wrong” 
FASES 
Pessoa Jurídica 56 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
• A fase civilista 
– Pode ser representada pelo art. 15 do Código 
Civil 
– Responsabiliza civilmente representantes que 
causem danos a terceiros 
– Nesta fase, a vítima tinha o ônus de provar 
culpa ou dolo do funcionário 
– Assegurou-se ao Estado ação regressiva contra 
este último 
FASES 
Pessoa Jurídica 57 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
• A fase publicista I 
– Inicia-se a partir da Constituição Federal de 1946 
– Responsabilidade objetiva, mas no risco 
administrativo e não no integral, onde o Estado 
responde em qualquer instância 
– A vítima não tem mais o ônus de provar o dolo ou 
culpa do funcionário 
– Admite-se a inversão do ônus da prova 
FASES 
Pessoa Jurídica 58 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
• A fase publicista II 
– Em caso de culpa concorrente da vítima, a 
indenização será reduzida pela metade 
– Alguns autores, por engano, afirmam que as 
nossas Constituições adotaram a teoria do risco 
integral (v.g. W.B. Monteiro, M.H. Diniz) 
– Mas apenas um engano, já que admitem que o 
Estado pode provar culpa exclusiva da vítima, 
caso fortuito ou força maior para não indenizar 
FASES 
Pessoa Jurídica 59 
EXTINÇÃO 
• Termina a existência da pessoa jurídica 
pelas seguintes causas (CC, art. 21): 
– Convencional: por deliberação de seus 
membros, conforme quorum previsto nos 
estatutos ou na lei 
– Legal: em razão de motivo determinante na lei 
- art. 1.399, CC 
Pessoa Jurídica 60 
EXTINÇÃO 
– Administrativa: quando as pessoas jurídicas 
dependem de aprovação ou autorização do Poder 
Público e praticam atos nocivos ou contrários 
– Natural: resulta da morte de seus membros, se 
não ficou estabelecido que prosseguirá com os 
herdeiros 
– Judicial: há casos de dissolução previstos em lei 
ou no estatuto e a sociedade continua a existir, 
obrigando um dos sócios a ingressar em juízo 
TÍTULO II 
DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
• I - a União; 
• II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
• III - os Municípios; 
• IV - as autarquias; 
• IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) 
• V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, 
regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código. 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público. 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem 
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
• I - as associações; 
• II - as sociedades; 
• III - as fundações. 
• IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
• V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
• VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder 
público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 
10.825, de 22.12.2003) 
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial 
deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 
• Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, 
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que 
passar o ato constitutivo. 
• Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato 
respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
• Art. 46. O registro declarará: 
• I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
• II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
• III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
• IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
• V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
• VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
• Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
• Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato 
constitutivo dispuser de modo diverso. 
• Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refereeste artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou 
forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
• Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á 
administrador provisório. 
• Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o 
juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
• Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de 
liquidação, até que esta se conclua. 
• § 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução. 
• § 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado. 
• § 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 
• Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
62

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