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Relatório de Estágio em Licenciatura em Matemática

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INTRODUÇÃO 
	O Estágio de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96). O estágio é extremamente necessário à formação profissional já que possibilita o confronto e aliança entre a teoria e a pratica à fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. O presente trabalho tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado I do curso de Licenciatura em Matemática – Universidade Estácio de Sá, da disciplina Estágio Supervisionado I, ministrada pelo professor Msc Dennis Sander, como cumprimento da exigência acima. 
O estágio foi realizado no Colégio Estadual Dr. José Marcelino de Souza situada na rua Clemente Caldas nº 16, uma instituição pública que atende prioritariamente pessoas oriundas da classe média-baixa com um quadro de 54 professores e atende as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio, 4 funcionários na parte da Gestão, 16 funcionários de apoio. Não possui um grêmio estudantil, mas existe uma política de um líder e vice-líder de sala eleito pelos próprios colegas em cada série.
O estágio começou no dia 21 de junho de 2016 e terminou no dia 25 de agosto de 2016, com um total de 185 horas/ aula em que 120 horas/ aula foram feitas de observação em sala de aula, 20 horas de planejamento, articulação e conselho de classe e 45 horas de trabalhos extraclasse incluindo a participação no projeto de feira de ciências. A observação e as principais atividades foram desenvolvidas com a professora Tamires, já as reuniões de conselho e articulação foram feitas com os professores da mesma área de atuação. As turmas em que foi realizado o estágio foram de 6º ano do ensino fundamental e tem uma média de 30 alunos por sala sendo um total de 154 alunos.
 Durante o estágio foram observados aspectos pedagógicos que envolvem o ensino da matemática. Pode-se perceber o empenho da professora na elaboração de aulas mais ativas e participativas, o uso de recursos didáticos como jogos e Datashow que modificam o aspecto da aula e os alunos se mostram mais entusiasmados com o conteúdo. Houve uma dificuldade no cumprimento do programa pois, ao assumir a regência é que se pode evidenciar a dificuldade já que existe uma distorção série/idade e uma falta de bagagem que deveria ter sido adquirida no ensino fundamental I.
Durante o estágio foi observado como prática predominante a prática sociocultural dos conteúdos já que a relação entre aluno-professor acontece de maneira horizontal, ocorrendo um processo de ensino-aprendizagem mútuo. A professora considera os aspectos que levam a apropriação de conhecimento com planejamento e reorganização das experiências para o aluno, fazendo com que o ensino passe do grupo para o indivíduo. Porém o processo de avaliação não pode ser enquadrado, pois uma para é feita a critério do professor, mas metade da pontuação é obtida através de uma avaliação interdisciplinar, com questões de áreas afins e de múltipla escolha , porém predominando um tipo de avaliação tradicionalista.
 	Foi constatado uma grande dificuldade de aprendizagem por parte de alguns alunos, principalmente de conhecimentos básico que deveriam ter sido assimilados no do ensino fundamental I. Na sala também existe crianças com deficiência auditiva e diagnosticadas com atraso mental. O que tornou o estágio ainda mais desafiador. As séries iniciais os problemas comportamentais dificultam o controle da sala de aula e é preciso buscar alternativas para tornar as aulas mais atraentes.
As relações dentro da escola seguem os parâmetros normais. Existe ainda dentro do ensino público muita dificuldade na relação professor-aluno, já que esse aluno traz consigo para a escola seus conflitos familiares por esse motivo existe o projeto chamado família na escola que busca uma parceria com os familiares do aluno para fortalecer as relações. Com a matemática a relação é um pouco complicada, já que muitos dizem que nunca vão compreender e não entendem para que serve, então buscar alternativas para tornar o ensino mais interessante se faz válido.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
O presente estágio de observação desenvolvido no Colégio Estadual Dr. José Marcelino de Souza no período de 21 de junho de 2016 com previsão de término para 25 de agosto de 2016, situada na rua Clemente Caldas nº 16 , na cidade de Nazaré-Bahia, apresenta-se como parte curricular da formação do licenciando em Matemática segundo leis Federais que regem o ensino Superior Brasileiro.
Aspecto físico, humano e material da escola 
A estrutura física da escola é muito confortável e toda adequada as exigências de acessibilidade. As salas de aula são bem amplas e iluminadas. A escola dispõe das seguintes modalidades de ensino: Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Técnico em Logística. Alunos regulamentes matriculados, perfazendo os turnos da manhã, tarde e noite.
Nesta instituição de ensino pode-se observar em sua estrutura física 22 salas de aula dividida em pavilhões bem arejados, uma biblioteca, uma sala de informática um auditório amplo e climatizado, uma quadra de esporte coberta, uma cozinha, depósito. Toda a estrutura respeita as leis de acessibilidade, contendo rampas de acesso, banheiro com barras de apoio e portas amplas para cadeirantes, sinalização interna em libras em braile.
Sobre os aspectos humanos pode-se relatar que possui 1 diretor eleito Aurelino Júnior com formação em Licenciatura em História, começou a trabalhar como funcionário púbico através de concurso. Possui um vice para cada turno, matutino Michele Oliveira como formação em História, no vespertino José Jorge com Formação em Geografia e no noturno Sueli Bandeira também Licenciada em Geografia todos eleitos pela comunidade escolar através de eleições diretas e todos com mais de 20 anos de serviço na educação e que trabalham em turno oposto ao do cargo que exercem regência de classe.
Ainda, este estágio de observação foi feito nas turmas de 6 º ano sob a supervisão da Professora Tamires que chegou a docência através de concurso de REDA e tem formação acadêmica em Pedagogia e Filosofia e atua como regente na disciplina matemática nos níveis fundamental e médio , já tem cinco anos de atuação na área e tem consciência da importância da sua participação na melhoria do ensino público e para isso participa diretamente de todos os projetos da comunidade escolar e aposta na eficácia do trabalho em equipe para o sucesso do processo do ensino aprendizagem. Sabe da importância da formação continuada e busca sempre que possível, cursos de formação e está realizando pós-graduação em Didática do ensino Superior. Porém não leciona a disciplina na qual tem formação, realidade muito comum nas escolas do interior da Bahia devido a dificuldade de encontrar profissionais com formação na áreas de Ciências Exatas.
Nesta instituição pode-se observar a utilização do livro Matemática e desafios de Iracema e Dulce.
O uso de TIC’S para ilustrar e contextualizar as aulas é constante, apesar da limitação dos recursos para o quantitativo de salas de aula. O uso do lúdico também é muito presente como metodologia para reforçar e tornar mais prazeroso o processo do ensino aprendizagem e assim construir um vínculo professor-aluno e aluno-professor.
Projeto Político Pedagógico
Sobre o PPP foi observado que fundamenta uma gestão participativa atendendo a aquisição de competência para os tempos atuais. Colocando o aluno como centro e razão da sobrevivência da comunidade escolar e surge como prioridade na ação educativa. No colégio estadual José Marcelino de Souza, a avaliação diagnostica é feita individualmente na primeira semana de aula por cada professor. Já as avaliações bimestrais são globais acontecem por área de conhecimento.
Tanto o Colegiado Escolar quanto os líderes de classe fazem as reuniões para as avaliações diagnósticas
A proposta pedagógica do COLÉGIO ESTADUAL DR. JOSÉ MARCELINO DE SOUZA tem como elemento norteador a ideia de que o homem da atualidadedeve estar preparado para enfrentar os obstáculos, as barreiras da vida de forma resiliente, garantindo a sua condição humana e respeitando a sua individualidade sem fugir da sua essência.
Para tanto, indispensável será que as atividades propostas sejam vinculadas às necessidades de os docentes aprenderem a conhecer, a fazer, a viver e a ser. Dessa forma, a educação será o caminho adequado para saciar as carências humanas, promovendo uma nova forma de caminhar e um novo horizonte que deverá ser atingido por todos aqueles que tiverem a coragem de ousar, ultrapassar os limites internos e externos e promoverem uma autorreflexão constante que resultará na formação do homem integral, responsável pelo seu desenvolvimento e corresponsável pelo desenvolvimento da humanidade.
O COLÉGIO ESTADUAL DR. JOSÉ MARCELINO DE SOUZA está situado na cidade de Nazaré, no Estado da Bahia, localidade que foi, durante as décadas de 30, 40, 50 e 60 um expoente da educação baiana. Aqui estavam situados três pontos educativos que abrigavam alunos oriundos de todas as cidades do Recôncavo. Nazaré contava, naquela época, com o Educandário de Nazaré, com o Aprendizado Clemente Caldas e com a Estrada de Ferro, grande propulsora da educação profissional na região.
A comunidade mundial, atualmente, está voltada para a valorização do ser, das suas potencialidades, habilidades e competências. Para tanto, conta com o avanço científico e tecnológico que vem contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos. Assim, cabe às instituições educacionais, ponto de encontro entre a filosofia mundial e as carências e reivindicações humanas, serem responsáveis pela orientação e formação dos cidadãos que comandaram as mudanças necessárias para que os indivíduos encontrem o caminho da auto realização, da autoestima e da consciência do seu papel como formador de um mundo mais justo e feliz. 
Assim, a partir de uma análise do passado educacional da cidade e do contexto mundial, é fundamental que se perceba a responsabilidade que tem o Colégio Dr. José Marcelino de Souza em ser um ponto de referência em um momento em que a globalização resgata os valores coletivos e proporciona uma reflexão sobre o papel dos aspectos individuais na formação da sociedade mundial.	
O COLÉGIO ESTADUAL DR. JOSÉ MARCELINO DE SOUZA parte do pressuposto de que o ser humano traz consigo elemento, competência, habilidades e talento que precisam ser despertados e desenvolvidos em prol de si mesmo e da comunidade em que está inserido. Assim, é fundamental a garantia de que o educando receberá todo respaldo de que necessita para alavancar o seu progresso.
Para que a proposta pedagógica do COLÉGIO ESTADUAL DR. JOSÉ MARCELINO DE SOUZA tenha um referencial teórico, serão adotados os princípios que norteiam a Pedagogia Progressista, seguindo os passos da linha Libertadora. Essa escolha deve-se ao fato de que a proposta desta Instituição é trabalhar com afinco na construção do caráter do ser, promovendo a aquisição de valores humanos indispensáveis à formação do cidadão que é agente da transformação social.
Assim, serão adotados métodos pedagógicos que incentivem o aluno a pensar, raciocinar e escolher o melhor caminho, levando em consideração os valores adquiridos, respeitando sempre a individualidade e os limites estabelecidos. Para tanto, os conteúdos deverão partir de “temas geradores” que serão selecionados a partir da realidade dos sujeitos envolvidos no processo educacional.
A escola como grupo social
 	Destacam-se, nesta escola que praticam a filosofia de que escola e comunidade são parceira na construção do conhecimento. Buscam parcerias com pais e responsáveis para reforçar a importância da família na escola e nos processos de ensino aprendizagem. A formação acadêmica e a formação continuada são estimuladas.
Atividades docentes e discentes
O professor deverá ser o “incentivador” para que o processo da aprendizagem aconteça. A aquisição do conhecimento deverá processar-se dentro do educando a partir das próprias experiências, gerando uma percepção crítica, compreensão e reflexão do aprendido que se transformará em apreendido a partir da auto avaliação e da ressignificação dos conteúdos de acordo com suas carências e necessidades. Portanto, educador e educando são sujeitos do ato do conhecimento. 
Outro aspecto importante é a avaliação do processo educacional. Cabe ao corpo pedagógico do Colégio estabelecer critérios de avaliação que não fiquem presos à análise do conteúdo, mas que contemple ações e atividades que elevem a autoestima do aluno, promovendo uma oportunidade de aprendiz
Em sala de aula observa-se uma metodologia dinâmica e sociocultural. Os professores utilizam o livro didático de forma complementar, mas não exclusiva no processo de ensino e aprendizagem. A escola possui biblioteca e sala de informática que auxiliam no enriquecimento e diversificação do ensino. Os livros são escolhidos e renovados periodicamente em conjunto. Infelizmente a escola ainda não possui laboratório de ciência que é um dos descontentamentos e limitações vivenciadas por algumas áreas de conhecimento. Existem nas escolas alguns aparelhos de Datashow, porem seu uso é muito limitado já que a quantidade de aparelhos disponíveis não consegue atender a demanda. Mas a o uso de jogos e a participação em projetos estruturantes auxiliam principalmente na união da comunidade escolar. Nesse período em que ocorreu o estágio aconteceu dois projetos em grande escala. O AVE, FACE e TAL, que consistiram na elaboração de poemas, músicas e quadros. E também ocorreu a feira de Ciência ambos projetos com o objetivo de estimular a leitura e interpretação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No estágio supervisionado I, as atividades foram desenvolvidas 6º ano do ensino fundamental. A turma era numerosa e barulhenta. Os alunos eram desinteressados e não se preocupavam em exercitar e estudar o conteúdo em casa, dificultando assim o processo de ensino- aprendizagem. Alguns deles estavam ali para estudar e outros iam apenas para conversar e bagunçar, aparentemente não queriam nada com a vida. Assim, o trabalho com essa turma foi mais delicado. Para tentar prender a atenção e despertar o interesse pelos alunos nas aulas, foram feitas dinâmicas e os conteúdos foram abordados de forma mais contextualizada no que diz respeito às práticas sociais. 
 Um grande obstáculo enfrentado nesta turma foi o de cumprir com o que estava previsto no plano de estágio. De um lado tinha que avançar nos conteúdos e cumprir o cronograma para que assim mais na frente o aluno não fosse prejudicado. Por outro lado, muitas vezes havia a necessidade de recuar, explicar várias vezes o mesmo conteúdo e rever assuntos que eles não lembravam mais, porque muitos não estavam conseguindo absorver e internalizar o conteúdo apresentado. 
O planejamento elaborado no início do estágio não foi desenvolvido sem que fossem necessárias algumas alterações, mas um ponto bastante negativo que vale a pena ressaltar: o baixo nível de aprendizado dos alunos nos assuntos das séries iniciais do Ensino fundamental II. O que ficou em evidência foi à dificuldade que os alunos apresentavam em relação as operações básicas com números racionais, inviabilizando uma fluidez no processo de ensino aprendizagem.
Conclui-se então que as aplicações das teorias de nada servem sem uma associação com a prática, e compete ao educando aplica-las da melhor maneira possível e sempre buscar uma formação continuada para renovação e fortalecimento de suas práticas pedagógicas.
4 REFERÊNCIAS 
BIANCHINI, Edwaldo – Matemática do 6º ano, São Paulo : Moderna, 2006.
GIOVANNI, José Rui E Giovanni Jr. – Matemática, Pensar e Descobrir, ¨6º ano – São Paulo 2010.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática . 5ed. Goiânia: Alternativa, 2004.
MORI , Iracema : Matemática ideias e desafios, 8ª ed. Revista atualizada- São Paulo: Saraiva. 2002

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