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Manual Básico de Operações com Produtos Perigosos (1)

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SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL 
 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS – GOPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL BÁSICO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS 
PERIGOSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autores: 
TEN CEL BM LUIZ EMMANOEL PALENCIA BARBOSA QOC/83 
MAJ BM JOSELITO PROTÁSSIO DA FONSECA QOC/88 
MAJ BM ALEXANDRE DENIZ PEREIRA QOC/87 
MAJ BM ANDRE LUIZ TEIXERA MORGADO QOC/91 
MAJ BM CARLOS ALBERTO SIMAS JUNIOR QOC/92 
TEN BM LUCIO MENEZES DA CONCEIÇAO JUNIOR QOC/96 
TEN BM FABIO ANDRADE DOS SANTOS QOC/97 
 
 
 
 
 
CBOPP 1
SUMARIO 
INTRODUÇÃO 04 
PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS 05 
• Definições 05 
• desastres tecnológicos 06 
• organograma e sistemas de trabalho 07 
• seqüência operacional 09 
• identificação 11 
• zoneamento de área de trabalho 12 
• isolamento 13 
• descontaminação 13 
• fluxograma operacional para acidentes envolvendo produtos perigosos 18 
IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO 20 
• painel de segurança: 20 
• rótulos de risco: 23 
• sistema de identificação de produtos perigosos para instalções fixas – diamante de 
homel 27 
• documentos de porte obrigatório para o transporte rodoviário 30 
• certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos a granel do 
veículo e do equipamento 30 
• ficha de emergência 32 
• envelope para o transporte 33 
• documento fiscal 34 
• guia de tráfego – ministério do exército 34 
• autorização para o transporte de produto radioativo 35 
• colocação de painéis de segurança e rótulos de risco para os transportes rodoviários 36 
METEROROLOGIA 38 
• definição 38 
• introdução 38 
• definição de meteorologia 38 
• temperatura 38 
• método de medida 38 
• uso dos termômetros 39 
• gradiente térmico vertical 39 
• efeito do terreno 40 
• ventos 41 
RADIOATIVIDADE 45 
• equilíbrio de forças no núcleo 45 
• natureza das emissões 46 
• decaimento radioativo 48 
• proteção radiológica 48 
• prevenção contra a radiação externa 49 
• exposição de emergência 49 
CBOPP 2
• unidades radiológicas 53 
• riscos da contaminação interna 54 
EXPLOSIVOS 55 
• Definição: 55 
• Propriedades dos explosivos 55 
• Principais explosivos encontrados 56 
• Cuidados especiais 57 
TOXICOLOGIA 60 
• Introdução 60 
• Rota de exposições 60 
• Fatores que influenciam a toxicologia 60 
• Efeitos fisiologicos no organismo humano 63 
• Princípios gerais 64 
• Abordagem das vítimas 66 
• Exame inicial 66 
• Equipamento de transporte 69 
• Seleção do metodo apropriado para transporte 69 
• Procedimentos emergenciais básicos em vítimas contaminadas por substancias químicas 70 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 72 
• capacete de segurança 72 
• protetores auriculares 73 
• protetores faciais 74 
• óculos de segurança 74 
• luvas de proteção química 74 
• equipamentos de proteção respiratória 77 
• roupas de proteção química 81 
• classificação 81 
• níveis de segurança 82 
• resistência física 84 
• botas de proteção química 84 
EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS 86 
• equipamentos de absorção 86 
• equipamentos de vedação 89 
• equipamentos de contenção 91 
• equipamentos para transbordo 93 
• ferramentas especiais antifaiscantes 94 
• equipamentos de detecção 94 
BIBLIOGRAFIAS 96 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 3
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL 
 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS – GOPP 
 
MANUAL BÁSICO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS 
PERIGOSOS 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 O desenvolvimento da sociedade humana levou ao aumento considerável da produção de 
bens e alimentos que necessitam de substâncias químicas para a sua produção. Estas substâncias, 
muitas vezes perigosas, são produzidas, transportadas e manipuladas cada vez em maior volume, 
acarretando acidentes que envolvem não apenas quem trabalha com elas, mas oferecendo perigo a 
sociedade e ao meio ambiente, podendo ser fatal a todos que forem atingidos, inclusive as equipes 
que vão atuar na emergência. 
 
A preocupação com as conseqüências de um acidente envolvendo produtos perigosos e a 
constatação de que seria necessário um amplo esforço para garantir a capacitação técnica e obter os 
equipamentos necessários para enfrentar este problema, levou um grupo de Oficiais do Corpo de 
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro - CBMERJ a formar no ano de 1998 o Grupo de 
Trabalho com Produtos Perigosos – GTPP. 
 
Durante todo este período Grupo vem trabalhando na busca constante do conhecimento e 
também na formação de Oficias e Praças do CBMERJ e de outras instituições, inclusive de outros 
estados, visando a capacitação técnica e operacional para enfrentar os assim chamados 
ACIDENTES TECNOLÓGICOS. 
 
O Grupo atendeu a diversas emergências envolvendo produtos perigosos em Universidades, 
escolas, hospitais, residências, depósitos e principalmente em fábricas e rodovias, transformando 
sua denominação para Grupo de Operações com Produtos Perigosos, resultando em onze de 
novembro de 2003 na criação do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos – GOPP. 
 
Os Cursos de especialização nesta área obedecem aos padrões da Environmental Protection 
Agency – EPA (Agência de Proteção Ambiental – USA) e os procedimentos aplicados estão de 
acordo com o preconizado pela National Fire Protection Association – NFPA (Associação Nacional 
de Proteção contra o Fogo – USA). 
 
Este Manual é fruto deste trabalho e visa capacitar os alunos do curso específico para as operações 
com produtos perigosos a nível técnico. É parte integrante do Curso e sozinho não pode ser 
considerado como instrumento habilitador para capacitar seus leitores como técnicos no assunto, 
mas pode servir como elemento de consulta, sendo as informações aqui contidas obtidas de 
literaturas específicas e da experiência profissional de seus autores. 
CBOPP 4
 
PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
DEFINIÇÕES: 
 
• PRODUTO PERIGOSO: É toda substância de natureza química, radioativa ou biológica 
que pode estar nos estados: sólido, líquido ou gasoso e pode afetar de forma nociva, direta 
ou indiretamente, o patrimônio, os seres vivos ou o meio ambiente. 
 
• CARGA PERIGOSA: É toda carga mal acondicionada para transporte, oferecendo risco de 
acidente. Considera-se também quando o Produto Perigoso não é transportado dentro das 
condições legais de segurança. 
 
• ACIDENTE AMBIENTAL: Evento inesperado e indesejado que afeta direta ou 
indiretamente, a saúde e a segurança da população ou de outros seres vivos causando 
impactos agudos ao meio ambiente. 
 
• ACIDENTE TECNOLÓGICO: Evento inesperado e indesejável que envolve tecnologia 
desenvolvida pelo homem e tem a capacidade de afetar, direta ou indiretamente a saúde e a 
segurança dos trabalhadores, da população, ou causar impactos agudos ao meio ambiente. 
 
• CONTAMINANTE: Qualquer substância perigosa que esteja presente no meio ambiente ou 
em pessoas e/ou outros seres vivos e apresente riscos a saúde ou degradação do meio 
ambiente. 
 
• EQUIPE DE INTERVENÇÃO: Grupo de profissionais treinados e especializados, com a 
finalidade de entrar na área quente, a fim deconter o acidente ambiental, realizar 
salvamentos e minimizar os riscos potenciais. 
 
• EQUIPE DE DESCONTAMINAÇÃO: Grupo de profissionais treinados e especializados, 
com a finalidade de realizar descontaminação das equipes e materiais contaminados por 
substâncias perigosas oriundas da área quente. 
 
• EQUIPE DE SUPORTE: Grupo de profissionais treinados e especializados em diversas 
áreas (comunicações, logísticas, proteção respiratória, pessoal, emergências médicas e 
toxicologia, análises laboratoriais, meteorologia e operações de Defesa Civil) a fim de dar o 
apoio necessário para as operações de intervenção e descontaminação. 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 5
DESASTRES TECNOLOGICOS 
 
Hoje a população sofre com grandes Problemas associados; crescimento demográfico e 
assentamentos humanos próximos a complexos industriais, Problemas esses que associados com o 
desenvolvimento tecnológico resultam em impactos ambientais. 
Existe também hoje, a imprevisibilidade dos desastres naturais decorrentes das alterações 
climáticas. 
Existe o incremento das modalidades e quantidades de desastres tecnológicos associado com 
o aumento do potencial de risco humano/produção 
Existem dificuldades de gestão operacional nas emergências tecnológicas e uma tendência 
cada vez maior de ocorrerem acidentes ampliados que, combinados com a falta de treinamento e 
consolidação prática dos Planos de Emergência, poderão trazer conseqüências ainda maiores e 
indesejáveis. 
a densidade populacional hoje vem aumentando de forma descontrolada causando assim os 
assentamentos em áreas de risco, expansão desordenada, desastres sociais e surgimento de 
megacidades, tudo isso devido ao fato das pessoas desejarem estar próximas de uma área mais 
desenvolvida, tornando mais fácil a sua busca por trabalho ou o deslocamento até o mesmo. 
Um desastre é dito como propenso a ocorrer quando um extremo evento coincide com uma 
situação vulnerável, sobrepujando a habilidade da sociedade para controlá-lo ou sobreviver às suas 
conseqüências. 
Os desastres podem ser súbitos ou lentos quanto a sua origem. Desastres de origem rápida 
como enchentes, incêndios e terremotos podem destruir a infraestrutura de um país, ou ainda seu 
comércio, indústria e/ou habitações deixando populações desabrigadas e causando uma ruptura na 
base de produção deste país. 
Grandes desastres não somente danificam o total de bens capitais, mas servem também de 
um limiar, os quais originam efeitos de longa duração sobre a economia. 
 
Desastres Tecnológicos Significativos: 
• 1966 – Explosão em refinaria – propano e butano – 21 mortos – França 
• 1970 – Explosão – GLP – 92 mortos – Japão 
• 1972 – Explosão de coqueria – propano – 21 mortos – EUA 
• 1972 – Explosão em refinaria – propano e butano – 38 mortos – Brasil 
• 1973 – Incêndio em tanque - GLP – 40 mortos – EUA 
• 1978 – Explosão – butano – 100 – México 
• 1978 – Explosão de gasoduto – gás natural – 100 – México 
• 1981 – Explosão – hidrocarbonos – 145 mortos – Venezuela 
• 1984 – Explosão em oleoduto – petróleo – 508 mortos – Brasil 
• 1984 – Explosão em plataforma de petróleo – 40 – Brasil 
• 1984 – Explosão de reservatório – GLP – 550 - México 
• 1984 – Vazamento – metal-isocianato – 2500 mortos - índia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 6
ORGANOGRAMA E SISTEMAS DE TRABALHO 
 
Em qualquer operação envolvendo produtos perigosos deve-se trabalhar com uma equipe 
especializada neste tipo de atendimento que exige de seus integrantes um treinamento voltado a essa 
atividade. Toda equipe deve tentar obedecer o melhor possível as funções abaixo representadas no 
organograma abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTE DE 
SEGURANÇA 
EQUIPE DE 
DESCONTAMINAÇÃO 
EQUIPE DE SUPORTE EQUIPE DE 
INTERVENÇÃO 
CHEFE DE 
INTERVENÇÃO 
AUXILIARES DE 
INTERVENÇÃO 
CHEFE DE 
DESCONTAMINAÇÃO 
AUXILIARES DE 
DESCONTAMINAÇÃO 
AJUDANTES DE 
DESCONTAMINAÇÃO 
CHEFE DE SUPORTE 
AUX. DE 
COMUNICAÇÕES 
AUX. DE PROTEÇÃO 
RESPIRATÓRIA 
AUX. DE OPERAÇÕES 
DE DEFESA CIVIL 
AUX. DE ANÁLISES 
LABORATORIAIS 
AUX. DE EMERG. 
MÉDICAS 
AUX. DE 
METEOROLOGIA 
AUX. DE LOGÍSTICA 
COORDENADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 7
a) COORDENADOR: Responsável pelas ordens e decisões no local da ocorrência, 
coordenando as ações das equipes de emergência (intervenção / descontaminação / suporte). As 
decisões deverão ser apoiadas nas informações geradas pelo AGENTE DE SEGURANÇA, pois 
este detém toda a cronologia e informação de suporte no local. O Coordenador deverá ser sempre 
que possível, qualificado ou especializado na área de produtos perigosos ou gerência de desastres, 
podendo, porém, se ter nesta função, a autoridade local em defesa civil, já que esta é, legalmente, a 
autoridade competente para a atuação a nível municipal. Será o responsável pelas informações 
transmitidas para os órgãos de imprensa. 
b) AGENTE DE SEGURANÇA: Deverá ser, impreterivelmente, um profissional 
treinado e especializado de maior grau hierárquico no local de emergência, a fim de gerenciar todas 
as informações, procedimentos e necessidades das equipes envolvidas. Deverá deter todas as 
informações transmitidas pelos chefes de equipes, a fim de gerar subsídios para o Plano de 
Segurança de Área (PSA). Terá livre acesso entre as Zonas Quente, Morna e Fria, devendo para isso 
estar devidamente equipado. 
c) CHEFE DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá chefiar a 
intervenção, ou seja, os procedimentos na Zona Quente. 
d) AUXILIAR DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que ira 
auxiliar ao chefe da intervenção em seus procedimentos. 
e) CHEFE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá 
determinar: PROCESSO / MATERIAL E CONCENTRAÇÃO DOS MATERIAIS 
NEUTRALIZANTES / TÉCNICA EMPREGADA. Este profissional irá também determinar o local 
a ser estabelecido o CORREDOR DE DESCONTAMINAÇÃO, além de possíveis mudanças por 
agentes externos, como o vento ou variações de risco. Deverá acompanhar todo o processo de 
descontaminação primária e secundária, ou seja, aquela realizada no próprio local da ocorrência, 
assim como a incumbência de levar todo o material contaminado para empresa ou local a ser 
descontaminado e posteriormente devolvido a sua respectiva origem, ou destinar os materiais 
contaminados a um descarte adequado. Será responsável pela devolução dos materiais totalmente 
descontaminados a seus respectivos proprietários ou detentores da carga. 
f) AUXILIAR DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado que executará os 
procedimentos determinados pelo Chefe de Descontaminação. 
h) AJUDANTE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional encarregado de exercer a 
ligação das equipes descontaminadas e a Zona Fria. Serão responsáveis pelo auxílio na retiradas de 
botas, luvas, equipamentos de proteção respiratória e roupas de proteção. Serão responsáveis ainda, 
pela LAVAGEM DE CAMPO, nos casos necessários e determinados pelo Chefe da 
Descontaminação. 
i) CHEFE DE SUPORTE: Profissional treinado e especializado, que irá colher e 
gerenciar as informações, de forma generalizada, a fim de subsidiar ao AGENTE DE 
SEGURANÇA. 
j) AUXILIAR DE METEOROLOGIA: Responsável pelas informações meteorológicas 
como: direção e velocidade do vento, umidade do ar, possibilidade de chuvas, mapa de nuvens 
(fotos de satélites) e etc. Deverá passar informações de 20 em 20 min para o Chefe de Suporte. 
k) AUXILIAR DE COMUNICAÇÕES: Responsável pelas comunicações (via rádio ou 
telefonia móvel / celular) no local de emergência, transmissão e receptação de ordens, informações 
e necessidades com os órgãos e autoridades envolvidas. 
l) AUXILIAR DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Responsável pelo controle dos 
equipamentos de proteção respiratória,como cilindros, máscaras, filtros e etc. Deverá atentar para o 
tempo de duração dos cilindros utilizados, realizar todos os testes de segurança antes da utilização 
pelas equipes, providenciar a substituição e/ou recarga dos cilindros, além de todas as ações 
pertinentes ao uso de proteção respiratória. 
CBOPP 8
m) AUXILIAR DE OPERAÇÕES DE DEFESA CIVIL: Responsável pelas operações 
de defesa civil no local de emergência, ou seja, contatos com empresas e órgãos em sua área, a fim 
de, obtenção de recursos necessários a operação. Deverá ser esta função desempenhada, se possível, 
pelo chefe da subseção de defesa civil da OBM da área. 
n) AUXILIAR DE ANÁLISES LABORATORIAIS: Responsável pelo acolhimento da 
amostra do material e posterior análise em laboratórios de órgãos ou empresas especializadas, a fim 
de possibilitar a identificação do material ou produto, através de ensaios laboratoriais. 
o) AUXILIAR DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS E TOXICOLÓGICAS: Profissional da 
área médica responsável pelo atendimento no local de emergência. Será responsável pela aplicação 
dos “Kits Hazmat” específicos para os produtos envolvidos na ocorrência. Sua presença será 
obrigatória em casos de hemotóxicos, organofosforados e outros de risco iminente. 
p) AUXILIAR DE LOGÍSTICA: Responsável pelo controle de todo o pessoal 
envolvido e suas respectivas funções, além de todo o material empregado nas operações, com 
exceção dos equipamentos de proteção respiratória. Deverá preencher relatório padrão e remeter ao 
Chefe de Suporte ao final das operações, ou quando lhe solicitado. Deverá também providenciar e 
controlar o fornecimento das etapas de alimentação e líquidos para a manutenção das atividades no 
local de trabalho. 
 
 
 
SEQÜÊNCIA OPERACIONAL 
 A seqüência operacional padrão em uma ocorrência envolvendo Produtos Perigosos será a 
seguinte: 
• identificação 
• isolamento 
• salvamento 
• contenção 
• descontaminação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 9
QUADRO DE DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÕES LEGAIS 
 
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ATIVIDADES 
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IDENTIFICAÇÃO SI
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DESCONTAMINAÇÃO SI
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Como pudemos observar no quadro anterior, os Corpos de Bombeiros Militares, são os 
únicos Órgãos responsáveis por todas as fases de atendimento, no que se refere a Produtos 
Perigosos, sendo ainda o único responsável diretamente pelas ações de Salvamento e Resgate de 
vítimas contaminadas ou decorrentes do acidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 10
IDENTIFICAÇÃO 
 
¾ Painel de Segurança: Placa retangular de cor laranja com duas numerações na cor preta, 
conforme abaixo. 
 
 
 
 
 
 
NÚMERO DE RISCO 
Nº DA ONU 
¾ Rótulo de Risco: Símbolo em forma de placa losangular, representando as diversas classes 
de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
LÍQUIDOS 
INFLAMÁVEIS 
¾ Diamante de homel: Áreas Industriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maiores esclarecimentos serão prestados no item IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO 
PERIGOSO (pag.20) 
 
 
 
 
AZUL VERMELHO 
AMARELO 
BRANCO 
CBOPP 11
 
ZONEAMENTO DE ÁREA DE TRABALHO 
 
 Após a avaliação dos itens supracitados, o socorrista irá definir suas Zonas de 
Trabalho da seguinte forma: 
 
• Zona Quente ou Zona de Exclusão: Local onde está localizada a origem do acidente. Neste 
local o risco é iminente, devendo ser isolado, tendo somente o acesso as Equipes de 
Intervenção. 
• Zona Morna ou Zona de Redução de Contaminação: Local que servirá de ligação entre as 
Zonas Quente e Fria. Neste local será montado o Corredor de Descontaminação, tendo o 
acesso somente as Equipes de Descontaminação. 
• Zona Fria ou Zona de Suporte: Local externo ao acidente, onde o risco será mínimo ou 
inexistente. Nele deverão estar localizados todas as Equipes de Suporte, de 
Imprensa e de Apoio, como Defesa Civil Municipal e outros. Nesta será o o 
Posto de Comando, devendo estar a presença do Coordenador. 
Este zoneamento deverá seguir os seguintes fatores e parâmetros: 
• Direção e velocidade dos ventos. 
• Topografia do local. 
• Lençol freático e recursos hídricos da região. 
• População local. 
• Características do Material. 
• Previsões e condições meteorológicas. 
• Tempo previsto de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORREDOR DE 
DESCONTAMINAÇÃO 
C
além dos Órgãos
 também montad
Z
Z
PO
O
ONA QUENTE
ONA MORNA
ZONA FRIA
STO DE 
MANDO 
CBOPP 12
ISOLAMENTO 
 
 O isolamento deverá ser inicialmente de 50 a 100 mts de raio em todas as direções, e 
posteriormente ser reavaliado para fins de segurança das equipes e população. Os fatores que irão 
influenciar no aumento ou diminuição do raio de isolamento inicial são: 
• Velocidade e direção do vento. 
• Aspectos meteorológicos. 
• Reatividade de produtos envolvidos. 
• Topografia e hidrografia da região. 
 
Baseado nos aspectos supracitados o isolamento será realizado conforme o esquema a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo deverá ser adotado como referência, o Manual de Emergências da ABIQUIM, em sua 
tabela de isolamento (guia verde), a fim de se determinar o isolamento ideal, o qual deverá ser 
adotado, sempre que possível. 
 
DESCONTAMINAÇÃO 
 
 É um processo que consiste na retirada física das substâncias impregnadas nos equipamentos 
de proteção individual, equipes de intervenção e vítimas, ou ainda da troca de sua natureza química 
perigosa (através de reações químicas) por outra de propriedades inócuas. 
 
 Tipos de Descontaminação: A descontaminação poderá ser de natureza FÍSICA ou QUÍMICA. 
 
• Descontaminação Física: realizada através da retirada das partículas físicas em forma de 
sólidos ou poeiras, com o uso de uma escova ou vassoura de cerdas macias, a fim de reduzir 
a quantidade do material envolvido. 
 
• Descontaminação Química: realizada através de reações químicas com o uso de soluções 
pré-estabelecidas, denominadas A / B / C / D e E, realizando com isso a neutralização ou 
ainda a troca das propriedades perigosas por outras inócuas. Esse tipo de descontaminação 
não deve ser realizada diretamente sobre a vítima. 
 
 
 
CBOPP 13
 
Procedimentos para Descontaminação 
 Existem 4 tipos de “Lay-Out” para montagem dos Corredores de Descontaminação. 
Modelo nº01 – BÁSICA - RISCO LEVE. 
 
 
 ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO 
1 Tambores e sacos plásticos. Dispensa de equipamentos. 
CBOPP 14
ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO 
1 Tambores e sacos plásticos. 
Dispensa de equipamentos. 
2 
Piscina plástica, soluções, 
escovas de pêlo e bomba 
costal. 
Lavagem das botas de 
segurança e roupa. 
3 
Piscina plástica, soluções, 
escovas de pêloe bomba 
costal. 
Rinsagem das botas e roupa. 
* A partir da Estação nº03, o socorrista irá para a Estação nº. 04 (caso 
retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a Estação nº. 
05 (caso seja substituído por outra equipe). 
4 
Cilindro reserva, fita 
adesiva, luvas e botas de 
reserva. 
Troca de cilindro de ar e 
retorno para a Zona Quente. 
5 Sacos plásticos e banqueta. Remoção da bota de segurança. 
6 Banqueta, cabides e lonas plásticas. 
Remoção da Roupa 
encapsulada e capacete. 
7 Mesa. Retirada do EPR. 
8 Sacos plásticos. Remoção da máscara facial. 
9 Sacos plásticos. Remoção da vestimenta interna. 
10 Água, sabão neutro, mesa, toalhas e roupão. 
Lavagem de campo 
11 Uniforme reserva e mesa Troca de uniforme 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
4 3 
5 
6 
7 
1 
8 
9 
10 
11 
2 
Piscina plástica, 
soluções, escovas de 
pêlo e bomba costal. 
Lavage
botas,
en
m e rinsagem das 
 luvas e roupas 
capsuladas. 
3 Sacos plásticos e banqueta. 
Remoção das botas e luvas 
externas. 
* A partir da Estação nº03, o socorrista irá para a Estação nº. 04 
(caso retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a 
base nº. 05 (caso seja substituído por outra equipe) 
4 
Cilindro reserva, fita 
adesiva, luvas e botas de 
reserva. 
Troca de cilindro de ar e 
retorno para a Zona Quente. 
5 Sacos plásticos e banqueta. 
Remoção
internas e r
 das botas e luvas 
oupa encapsulada.
6 Sacos plásticos e banqueta. Retirada do EPR. 
7 Água, sabão neutro, Lavamesa, toalhas e roupão. gem de campo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
4 3 
5 
6 
1 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo nº02 – PADRÃO - RISCO MODERADO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo nº03 – AVANÇADA - RISCO EXTREMO. 
 
 
 
 5 
7 
9 8 
10 
11 
12 
4 3 2 16 
13 
14 
15 
16 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO 
1 Tambores e sacos plásticos. 
Dispensa de equipamentos. 
2 
Piscina plástica, soluções, 
escovas de pêlo e bomba 
costal. 
Lavagem da cobertura das 
botas e luvas externas. 
3 
Piscina plástica, soluções, 
escovas de pêlo e bomba 
costal. 
Rinsagem da cobertura das 
botas e luvas externas. 
4 Sacos plásticos. Remoção das fitas adesivas. 
5 Sacos plásticos e banqueta. Remoção da cobertura das botas. 
6 Sacos plásticos. Remoção das luvas externas. 
7 
Piscina plástica, soluções, 
escovas de pêlo e bomba 
costal. 
Lavagem das botas de 
segurança e roupa. 
8 
Piscina plástica, soluções, 
escovas de pêlo e bomba 
costal. 
Rinsagem das botas e roupa. 
* A partir da Estação nº08, o socorrista irá para a Estação nº. 09 
(caso retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a 
base nº. 10 (caso seja substituído por outra equipe) 
9 
Cilindro reserva, fita 
adesiva, luvas e botas de 
reserva. 
Troca de cilindro de ar e 
retorno para a Zona Quente. 
10 Sacos plásticos e banqueta. Remoção da bota de segurança. 
11 Banqueta, cabides e lonas plásticas. 
Remoção da Roupa 
encapsulada e capacete. 
12 Mesa. Retirada do EPR. 
13 
Bacia plástica, solução 
química, reserva de água e 
sacos plásticos. 
Retirada das luvas internas. 
14 Sacos plásticos. Remoção da máscara facial. 
15 Sacos plásticos. Remoção da vestimenta interna. 
16 Água, sabão neutro, mesa, toalhas e roupão. 
Lavagem de campo 
17 Uniforme reserva e mesa Troca de uniforme 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 15
 
 Descontaminações Especiais 
 
 Para descontaminações de vítimas contaminadas por partículas radioativas, deverá ser 
aplicado um Kit especial, composto por dois envelopes. O envelope nº. 01 deverá ser utilizado nas 
extremidades do corpo do paciente (cabeça, mãos e pés), e o envelope nº.02 deverá ser empregado 
no restante do corpo. 
 Método para aplicação: 
• Rasgue o envelope nº. 01 e aplique o lenço com solução descontaminante nas extremidades 
da vítima. 
• Recolha todo o material em uma caixa blindada, revestida por chumbo em caso de partículas 
Gama (γ). 
• Quebre os frascos do envelope nº. 02 e após rasgue o envelope aplicando o lenço com 
solução descontaminante no restante do corpo da vítima. 
• Recolha todo o material em uma caixa blindada, revestida por chumbo em caso de partículas 
Gama (γ). 
• Lembre-se dos princípios básicos para radioatividade: TEMPO – DISTÂNCIA E 
BLINDAGEM. 
• O Kit para descontaminação radioativa NÃO elimina a radiação exposta ao paciente, 
recolhendo apenas as partículas de sobre o corpo. 
• O Kit é composto de três envelopes nº.01 e três envelopes nº.02, acomodados em uma caixa 
própria com suporte para cinto. 
• O Kit nº. 01 possui uma pequena saliência em seu envelope na parte superior, a fim de 
facilitar a retirada da caixa e evitar confundir com o 
envelope nº. 02. 
 
 
 
 
 
 
KIT DE DESCONTAMINAÇÃO RADIOATIVA 
 
 
 
 Soluções para Descontaminação 
 
 Para produtos desconhecidos: 
 
SOLUÇÃO FÓRMULA APLICAÇÃO 
A 
5% de carbonato de sódio + 5% de fosfato trisódico. 
Misturar 1,8 Kg de fosfato trisódico comercial para 37,85 
litros de água. 
Materiais PH > 7 
B 10% de hipoclorito de cálcio. Misturar 3,64 Kg para cada 37,85 litros de água. Materiais PH < 7 
Rinsagem 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85 litros de água. 
A rinsagem é realizada 
após a neutralização 
 
CBOPP 16
 
 Para os produtos incluídos nas nove classes de risco: 
 
SOLUÇÃO FÓRMULA 
A 5% de carbonato de sódio + 5% de fosfato trisódico. Misturar 1,8 Kg de fosfato trisódico comercial para 37,85 litros de água. 
B 10% de hipoclorito de cálcio.Misturar 3,64 Kg para cada 37,85 litros de água. 
C 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85 litros de água. 
D Solução diluída de ácido clorídrico. Misturar 0,47% litros de ácido clorídrico concentrado em 37,85 litros de água. 
E Solução concentrada de água e detergente. Misturar até formar uma pasta e aplicar com uma brocha ou pincel, após enxaguar com água em abundância. 
 
 
MATERIAIS SOLUÇÃO 
Ácidos inorgânicos e resíduos metálicos. A 
Metais pesados (mercúrio, chumbo, cádmio, etc.). B 
Pesticidas, organoclorados e dioxinas. B 
Cianetos, amoníacos, e outros resíduos inorgânicos não ácidos. B 
Solventes e compostos orgânicos. A 
Bifenílicos policlorados. A 
Resíduos oleosos e graxos não especificados. C 
Bases inorgânicas, resíduos alcalinos e cáusticos. D 
Materiais radioativos. E 
Materiais etológicos. A + B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 17
 
FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS 
PERIGOSOS (equipes especializadas) 
 
 
 
 Entrada do aviso
 
Comunicante consulta 
solicitante para identificar se 
existe pp envolvido 
 
 
 
 
Oficial de operações confirma e 
complementa as informações 
NÃO 
EXISTE PP 
 
 
Saída do Socorro 
Comu solicitante sobre 
proced vem ser adotados até 
a cheg . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento 
padrão 
NÃO Existe produto perigoso 
Chegada ao local 
 Reconhecimento 
Identificação primária do risco (pág20) 
SIM 
Isolamento do 
local (pág.13) 
Estabelecimento das 
áreas de risco (pág.12)
Aplicação do Protocolo de 
Emergência com produto 
perigosos 
Identificação, 
contenção, redução e 
eliminação do risco 
se for possível 
Resgate, descontaminação e 
remoção das vítimas 
Acionamento dos órgãos de meio 
ambiente para descontaminação 
do locale descarte do material 
contaminado 
Identificação 
Contenção 
Redução 
Eliminação 
Recolhimento do 
material operacional 
adequadamente 
Retorno a Unidade e envio 
do material operacional 
para descontaminação 
 
Reunião posterior para 
análise da operação e 
desenvolvimento 
operacional 
secundária
nicante orienta 
imentos que de
ada do socorro
CBOPP 18
FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS 
PERIGOSOS (equipes não especializadas) 
 
 
 
 Entrada do aviso
 
Comunicante suspeita da 
existencia pp envolvido no 
evento 
 
 
 
 
Oficial de operações confirma e 
complementa as informações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saída do Socorro 
Comunicante entra em contato com a unidade 
especializada deixando a mesma de “sobre aviso” 
e recebendo as informações de primeira resposta, 
orientando ao comandante de operações e 
solicitante sobre procedimentos que devem ser 
adotados até a chegada do socorro especializado. 
Isolamento do local até a 
chegada da equipe 
especializada(pág 13) 
Estabelecimento das 
áreas de risco (pág 12)
Identificação, contenção, 
redução e eliminação do risco o 
que for possível s orrer 
riscos desnecessário sempre 
fazendo uso do EPR
Existe produto perigoso 
Acionamento
equipes espec NÃO 
Procedimento 
padrão 
Chegada ao local 
 Reconhecimento 
Identificação primária do risco (pág.20) 
NÃO 
EXISTE PP 
 
 
 
 
Realizar o resgate de 
vítimas apenas em ultimo 
caso e evitar contato com o 
produto 
Se possível acionar os órgãos de 
meio ambiente para 
descontaminação do local e 
descarte do material contaminado
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recolhimento do 
material operacional 
adequadamente 
Após a chegada da 
equipe especializada, 
servir como apoio a 
mesma 
Retorno a Unidade e envio 
do material operacional 
para a unidade 
especializada para 
descontaminação. 
Reunião posterior para 
análise da operação e 
desenvolvimento 
operacional 
 
 das 
ializadas SIM 
em c
s e 
 
 
CBOPP 19
IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO 
 
 de Segura
Retângulo de cor laranja que deve ser utilizado para o transporte rodoviário de produtos 
osos. Possuindo a parte inferior destinada ao número de identificação do produto (Número 
ONU) e a parte superior destinada ao número de risco. 
 
o ONU: 
 
É uma num ue nosso país segue no que 
peito aos n do constituído por quatro 
os, confor tério dos transportes, como 
exemplo: 1075 – GLP – gás liquefeito de petróleo; 1017 - CLORO; 1203 – combustíveis para 
motores, inclusive a gasolina. 
 
Número de risco: 
 
É constituí 1º 
algarismo) e os risc
 
Notas: 
1) Na ausên
2) No caso 
3) A duplic
exemplo: 30 - inflamáv
4) Quando 
isto é, existe mais de d
5) quando f
a letra X no início do n
 
 
 
 
 
TABELA 1 – 
 
 
 
 
 
 
 
X423 
2257 
 
 
 
 
 
668 
1670 
6
1
do por até três algarismos este número determina o risco principal (
eração estabelecida pelas as Nações Unidas em q
úmeros que correspondem a cada produto, sen
me a Portaria n. º 204, de 20/05/1997 do Minis
diz res
algarism
Númer
nça: 
 
perig
Painel
 
os secundários do produto (2º e/ou 3º algarismo). 
cia de risco subsidiário, deve ser colocado como segundo algarismo “zero”; 
de gás, nem sempre o primeiro algarismo significa o risco principal; 
ação ou triplicação dos algarismos significa uma intensificação do risco, por 
el; 33 - muito inflamável; 333 - altamente inflamável. 
o painel não apresentar número significa que a carga transportada é mista, 
ois produtos perigosos sendo transportados 
or expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser indicado com 
úmero. 
Painel de segurança que indica o transporte 
de vários produtos perigosos diferentes
X - Proibido jogar água 
 423 - sólido que emana gases 
inflamáveis 
2257 - POTÁSSIO 
68 - Produto muito tóxico, corrosivo 
670 - Perclorometil mercaptana 
CBOPP 20
SIGNIFICADO DO 1°ALGARISMO.(fig. 02) 
 
NÚMERO SIGNIFICADO 
2 Gás 
3 Líquido Inflamável 
4 Sólido Inflamável 
5 Substâncias Oxidantes ou Peróxidos 
Orgânicos 
6 Substância Tóxica 
7 Substância Radioativa 
8 Substância Corrosiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 2 - SIGNIFICADO DO 2° E/OU 3° ALGARISMO.(fig. 03) 
 
 NÚMERO SIGNIFICADO 
0 Ausência de risco 
1 Explosivo 
2 Emana Gás 
3 Inflamável 
4 Fundido 
5 Oxidante 
6 Tóxico 
7 Radioativo 
8 Corrosivo 
9 Perigo de reação violenta resultante da 
decomposição espontânea ou de 
polimerização. 
 
As combinações de números a seguir tem significado especial: 22, 323, 333, 362, X362, 
382, X382, 423, 44, 462, 482, 539 e 90. 
 
RELAÇÃO DO CÓDIGO NUMÉRICO, e respectivos significados: 
 
20 Gás inerte 
22 Gás refrigerado 
223 Gás inflamável refrigerado 
225 Gás oxidante (favorece incêndios), refrigerado 
23 Gás inflamável 
236 Gás inflamável, tóxico 
239 Gás inflamável, sujeito a violenta reação espontânea 
25 Gás oxidante (favorece incêndios) 
26 Gás tóxico 
265 Gás tóxico, oxidante (favorece incêndios) 
266 Gás muito tóxico 
CBOPP 21
268 Gás tóxico, corrosivo 
286 Gás corrosivo, tóxico 
30 Líquido inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), ou líquido sujeito a auto-
aquecimento 
323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 
X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases 
inflamáveis. 
33 Líquido muito inflamável (PFg < 23°C (296K)) 
333 Líquido pirofórico 
X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água 
336 Líquido muito inflamável, tóxico 
338 Líquido muito inflamável, corrosivo 
X338 Líquido muito inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água (*) 
339 Líquido muito inflamável, sujeito a violenta reação espontânea 
36 Líquido sujeito a auto-aquecimento, tóxico 
362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 
X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases 
inflamáveis (*) 
38 Líquido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo 
382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 
 X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água, 
desprendendo gases inflamáveis(*) 
39 Líquido inflamável, sujeito a violenta reação espontânea 
40 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto - aquecimento 
423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 
X423 Sólido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases 
inflamáveis (*) 
44 Sólido inflamável, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido 
446 Sólido inflamável, tóxico, que a uma temperatura elevada se encontra em estado 
fundido 
46 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, tóxico 
462 Sólido tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 
48 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo 
482 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 
50 Produto oxidante (favorece incêndios) 
539 Peróxido orgânico, inflamável 
55 Produto muito oxidante (favorece incêndios) 
556 Produto muito oxidante (favorece incêndios), tóxico 
558 Produto muito oxidante (favorece incêndios), corrosivo 
559 Produto muito oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea 
56 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico 
568 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico, corrosivo 
58 Produto oxidante (favorece incêndios), corrosivo 
59 Produto oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea 
60 Produto tóxico ou nocivo 
63 Produto tóxico ou nocivo, inflamável(PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)) 
638 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), 
corrosivo 
CBOPP 22
639 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito a 
violenta reação espontânea 
66 Produto muito tóxico 
663 Produto muito tóxico, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K)) 
68 Produto tóxico ou nocivo, corrosivo 
69 Produto tóxico ou nocivo, sujeito a violenta reação espontânea 
70 Material radioativo 
72 Gás radioativo 
723 Gás radioativo, inflamável 
73 Líquido radioativo, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K)) 
74 Sólido radioativo, inflamável 
75 Material radioativo, oxidante 
76 Material radioativo, tóxico 
78 Material radioativo, corrosivo 
80 Produto corrosivo 
X80 Produto corrosivo, que reage perigosamente com água (*) 
83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K) 
X83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), que reage 
perigosamente com água (*) 
839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K), sujeito a 
violenta reação espontânea 
X839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito 
a violenta reação espontânea, que reage perigosamente com água(*) 
85 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios) 
856 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios), tóxico 
86 Produto corrosivo, tóxico 
88 Produto muito corrosivo 
X88 Produto muito corrosivo, que reage perigosamente com água (*) 
883 Produto muito corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)) 
885 Produto muito corrosivo, oxidante (favorece incêndios) 
886 Produto muito corrosivo, tóxico 
X886 Produto muito corrosivo, tóxico, que reage perigosamente com água(*) 
89 Produto corrosivo, sujeito a violenta reação espontânea 
90 Produtos perigosos diversos 
(*) Não usar água, exceto com a aprovação de um especialista. 
 
Rótulos de Risco: 
 
 São elementos que representam símbolos e/ou expressões emolduradas, referentes à 
natureza, manuseio ou identificação do produto. O símbolo representa uma figura convencional, 
usada para exprimir graficamente um risco de forma rápida e fácil a sua identificação. 
 
 Rótulos de Risco Principal: possuem o número e o nome da classe ou subclasse de risco, 
devem ser colocados no ângulo inferior da moldura do rótulo de risco. 
 
 Rótulos de Risco Secundário: não possuem o número e o nome da classe ou subclasse de 
risco, possuindo somente os símbolos e as mesmas cores. 
 
 
CBOPP 23
Código de cores: 
 
Cores Sinificado 
Vermelho Inflamável/combustível 
Verde Gás não inflamavel 
Laranja Explosivo 
Amarelo Oxidante 
Azul Perigoso quando molhado 
Branco Veneno/tóxico 
Preto/branco Corrosivo 
Amarela/branco Radioativo 
Vermelho/branco Combustão expontânea 
Vermelho/branco listrado Sólido inflamável 
 
SIMBOLOS 
 
Classe 1 - EXPLOSIVOS 
 
 
 
 
1.1 - Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa 
1.2 - Substâncias e artefatos com risco de projeção 
1.3 - Substâncias e artefatos com risco de predominante de fogo 
1.4 - Substâncias e artefatos sem risco significativo 
1.4S - Substâncias pouco sensíveis 
1.5 - Substâncias muito insensível com risco de explosão em massa 
1.6 - Substâncias extremamente insensível sem risco de explosão em massa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 24
CLASSE 2 - GASES 
 
 
 
 
 
Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis 
Subclasse 2.2 - Gases não inflamáveis, não tóxicos 
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos 
 
Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS 
 
 
 
Classe 4 - SÓLIDOS 
 
 
 
Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis 
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea 
Subclasse 4.3 - Substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis 
Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos 
CBOPP 25
 
 
 
Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes 
Subclasse 5.2 - Peróxidos Orgânicos 
 
Classe 6 - Tóxicos e infectantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas 
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes 
 
Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS 
 
 
 
 
 
Classe 8 - CORROSIVOS 
CBOPP 26
 
 
 
Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS 
 
 
 
SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS PARA INSTALÇÕES 
FIXAS – DIAMANTE DE HOMEL 
 
 
 Devido à necessidade imediata de informação concernente a um produto perigoso, foram 
desenvolvidos dois sistemas de identificação de perigos. Ambos ajudam aqueles que participam 
de medidas de reação ante um acidente, a enfrentar um problema com produto perigoso com 
rapidez e segurança, e ambos foram concebidos por pessoas sem treinamento em química. 
O primeiro e um sistema que se usa nos Estados Unidos da América, sistema este 
desenvolvido pela Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios (National Fire Protection 
Association - “NFPA” 704 M) o qual se usa para tanques armazenagem e recipientes pequenos 
(instalações permanentes). 
O segundo sistema se usa para depósitos, tanques, vagões ferroviários, tambores, outros 
tipos de embalagens transportadas no comércio normais, dentro de um Estado ou entre Estados. 
O Ministério dos Transportes é o responsável por este sistema. Para seu uso são necessárias 
placas e etiquetas conforme Normas Brasileiras já vistas nas páginas anteriores. 
Neste capítulo desejamos dar conhecimento deste processo NFPA 704 M, que foi 
elaborado para instalações fixas, não sendo utilizados nos Transportes Rodoviários e 
Ferroviários. Não sendo de obrigatoriedade o uso em nosso País, mas atualmente tem se 
observado com certa freqüência o seu emprego principalmente em algumas Empresas do setor. 
 
 
SISTEMA DE IDENTIFICAÇAO DE PERIGOS NFPA 704 M 
CBOPP 27
 
 Descrição: NFPA 704 M é um sistema normatizado (Estandardizado) que usa números e 
cores em um rótulo ou placa para definir os perigos básicos de um produto perigoso. A saúde, 
inflamabilidade e reatividade estão identificadas e classificados em uma escala de zero a quatro 
dependendo do grau de perigo que apresentem. 
 
 As classificações de produtos químicos individuais podem ser encontradas na “Guia 
para Materiais Perigosos” da NFPA.Outras referências como “CHRIS” Volume 2 e os 
“Fundamentos de Higiene Industrial” do Conselho Nacional de Segurança contem classificações 
da NFPA para produtos químicos específicos. Tal informação pode ser útil não somente em 
emergências como também durante as atividades de remédio em longo prazo, quando se requer 
ampla informação. 
 
 
Resumo do Sistema de Classificação de Perigos 
 
1. Perigos para a SAÚDE (AZUL) 
 
RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS 
4 Materiais que em muito pouco tempo podem cansar a morte 
ou danos permanentes mesmo que a pessoa tenha recebido 
pronto atendimento médico. 
Acrilonitrila 
Bromo 
Paration 
3 Materiais que em um curto espaço de tempo podem causar 
danos temporários ou residuais mesmo que a pessoa tenha 
recebido pronto atendimento médico. 
Anilina 
hidróxido 
de Sódio 
Ácido Sulfúrico 
2 Materiais que pela exposição intensa ou continuada podem 
causar incapacitação temporária ou possíveis danos residuais a 
não ser que o paciente receba imediata atenção médica. 
Bromobenzeno 
Piridina 
Estireno 
1 Materiais a cuja exposição causam irritação, porém somente 
leves lesões residuais, mesmo que a vítima não tenha recebido 
tratamento. 
Acetona 
Metanol 
0 Materiais a cuja exposição em condições sob o fogo não 
oferecem perigo maior do que o de um material combustível 
comumCBOPP 28
2. Perigos de INFLAMAÇÃO (VERMELHO) 
 
RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS 
4 Materiais que se vaporizam rapidamente ou completamente 
a pressão atmosférica e temperatura ambientes normais e se 
queimam facilmente no ar. 
1,3-Butadieno 
Propano 
Óxido de Etileno
3 Líquidos e sólidos que podem se incendiar sob quase 
qualquer temperatura ambiente. 
Fósforo 
Acrinonitrila 
2 Materiais que devem ser moderadamente aquecidos ou 
serem expostos a temperatura ambiente relativamente alta antes 
de que tenha lugar a ignição. 
2-Buranona 
Querosene 
1 Materiais que devem ser pré-aquecidos antes que a ignição 
tenha lugar. 
Sódio 
Fósforo 
Vermelho 
0 Materiais que não ardem. 
 
 
3. Perigos de REATIVIDADE (AMARELO) 
 
RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS 
4 Materiais que por si só são capazes de detonar facilmente 
ou de ter uma decomposição explosiva ou reação a 
temperaturas e pressões normais. 
Peróxido de 
Benzoila 
Ácido Picrico 
3 Materiais que por si só (1) são capazes de ter reação de 
detonação ou explosão porém requerem uma forte fonte de 
ignição, ou (2) devem ser aquecidos confinados antes do início 
ou (3) reacionam explosivamente com água. 
Diborano 
Óxido de 
Etileno 
2-Nitro- 
Propadeno 
2 Materiais que por si só (1) são normalmente instáveis e 
sofrem facilmente uma alteração química violenta porém não 
detonação ou (2) podem reacionar violentamente com a água ou 
(3) podem formar misturas potencialmente explosivas com 
água. 
Acetaldeido 
Potássio 
1 Materiais que por si só são normalmente estáveis, porém 
eles podem (1) tornar-se instáveis a temperaturas elevadas ou 
(2) reagir com água com liberação de alguma energia, porém 
não violentamente. 
 
0 Materiais que por si só são normalmente estáveis, 
inclusive quando exposto à fogo e que não reacionam com 
água. 
 
 
 
 
CBOPP 29
 
4. Especial (BRANCO) 
 
 Este losângulo está destinado para informações especiais a respeito do produto. Por 
exemplo, podem indicar que o produto é RADIOATIVO mostrando o símbolo padronizado da 
radioatividade, ou usualmente REATIVO COM ÁGUA, mostrando um “W” grande com um 
traço diagonal cruzando. 
 
 
 
3
2 1
 
 
 
DOCUMENTOS DE PO RIGATÓRIO PAR ANSPORTE RODOVIÁRIO: 
 
 
A) CERTIFICADO DE CAPACITA RA O TRANSPORTE DE PRODUTOS 
PERIGOSOS A GRANEL DO VEÍCUL EQUIPAMENTO 
 
1. É expedido pelo INMETRO ou entida
só pode ser exigido quando o veículo tra
produtos fracionados acondicionados em
2. Compreende-se, como veículo: camin
trator. 
3. compreende-se como equipamento: ta
vaso para gases. 
ÇÃO PA
O E DO 
W
de por ele cred
nsportar produ
 embalagens es
hão, semi-rebo
nque de carga
A O TR
RTE OB
enciada e, como o próprio nome indica, 
tos perigosos a granel e não no caso de 
peciais individuais. 
que, porta-contêiner, reboque, caminhão 
, contêiner-tanque, carroçaria a granel e 
CBOPP 30
4. Quando a carga estiver sendo transportada em veículo com reboque ou semi-reboque, 
tam sendo que deverá ser observado o prazo de 
vali
5. O
ade do mesmo; 
arágrafo 3º e artigo 22 º parágrafo 2º do RTPP. 
 porque o envolvimento em acidentes pode causar danos aos equipamentos que 
o podem ser vistos por simples observação. 
7. Os grupos dos produtos regulamentados estão listados no verso do Certificado de 
Capacitação. 
 
 
bém haverá este documento da unidade tratora, 
dade para caracterizar infração. 
 Certificado de capacitação deve ser vistoriado do seguinte modo: 
a) verificar a existência e a valid
b) verificar se o número do equipamento é o mesmo que consta na placa de 
inspeção/identificação afixado no chassi ou no tanque e a validade da mesma em referência 
ao certificado (quando houver); 
c) verificar se o número do produto, datilografado nos campos próprios do certificado é 
compatível com o número ONU e o constante da Ficha de Emergência e da Nota Fiscal, 
sendo proibido transportar produtos não relacionados. 
6. Conforme orientação do INMETRO, só deve ser aceita a primeira via original do certificado 
de capacitação. O Certificado de Capacitação será recolhido e encaminhado ao INMETRO 
quando o veículo se envolver em acidente ou apresentar vazamentos, caracterizando o mal 
estado de conservação, conforme o artigo 4º p
Esta prática objetiva melhorar a regularidade no cumprimento das exigências do RTPP 
especialmente
nã
 
 
 
CBOPP 31
 
 
GÊNCIA 
, disponível 
 risco, número ONU do produto, classe ou 
er, no campo 04, o nome apropriado para embarque do produto, previsto pela 
 06 deverá ser indicada a relação de equipamentos de proteção necessária apara o 
rão ser citados os riscos caso o produto esteja envolvido em um 
Se o produto for inflamável deverá ser 
 meio ambiente, em relação ao ar, água e solo. Deve ser citada a possibilidade do 
 A se , deverão ser citados os procedimentos em caso de 
emergênci
 No verso da ficha de emergência, somente poderá conter os telefones de emergência. 
 
 
 
 
 
 
B) FICHA DE EMER
 A ficha de emergência deverá ter, no campo 01, o nome, e telefone da empresa expedidora, 
bem como o telefone da equipe de emergência, que poderá ser própria ou contratada
por 24 horas por dia. 
 No campo 03 deverá apresentar o número de
subclasse de risco, quando for o caso, e a descrição da classe ou subclasse de risco. 
 Deverá hav
Portaria n.º 204/97 do Ministério dos Transportes. 
 No campo 05 deverá ser indicado o estado físico do produto a descrição dos riscos principal 
e subsidiário. 
 No campo
atendimento emergencial e, não deverão ser confundida com os equipamentos previstos para o 
transporte de produtos perigosos. Deverá ser citada a roupa, calçados, luvas e proteção 
respiratória. 
 No campo 7.1, deve
incêndio. Citar se as embalagens podem explodir, se poderá ocorrer o aumento da pressão 
interna e, conseqüentemente, a explosão das mesmas. 
citado o ponto de fulgor. 
 No campo 7.2 deverão ser incluídos os riscos relacionados ‘a saúde, caso o produto seja 
inalado, ingerido, tenha contado com a pele e os olhos. 
 Também devem ser citados, no campo 7.3, os danos que o produto pode causar caso tenha 
contato com o
produto ser solúvel em água e se é mais pesado que o ar. 
guir, nos campos 8.1 a 8.6
a. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 32
 
 
 
 Envelope impresso com as instruções e recomendações em casos de acidentes, 
indicando os números para emergência - NBR 7504 da ABNT. 
 
 
C) ENVELOPE PARA O TRANSPORTE 
 
 
 
CBOPP 33
 
 
 
igatório que descreve a mercadoria, seu acondicionamento, peso, 
valor, imposto se houver, nome e endereço do embarcador, nome e endereço do destinatário, 
condições de venda ou de transferência, meio de transporte e data de saída, próprio para o tipo 
de movimentação de bens. 
 
 
 
 
 
ermissão das autoridades de fiscalização do Ministério da Guerra, com exceção daqueles cuja 
categoria de controle os isenta da fiscalização de tráfego. A permissão para o tráfego será 
fornecida através de um documento único, de âmbito nacional, denominado“ Guia de Tráfego”. 
 
 
D) DOCUMENTO FISCAL 
 
 Documento obrE) GUIA DE TRÁFEGO – MINISTÉRIO DO EXÉRCITO 
 Os produtos controlados só poderão trafegar no interior do país depois de obtida a 
p
CBOPP 34
 
 
 
F) AUTORIZAÇÃO PARA O TRANSPORTE DE PRODUTO RADIOATIVO 
 
 O transporte a granel de materiais radiativos e o transporte destes materiais com 
atividades relevantes, devem ser autorizados pelo departamento de instalações e materiais 
nucleares da CNEN. Além da autorização, também deverão ser apresentados no ato da 
fiscalização: 1) Declaração do expedidor de Materiais Radiativos; 2) Ficha de Monitoração de 
Carga do Veículo Rodoviário. 
 
 
CBOPP 35
COLOCAÇÃO DE PAINÉIS DE SEGURANÇA E RÓTULOS DE RISCO PARA OS 
TRANSPORTES RODOVIÁRIOS: 
 
 
 1 - Transporte à granel. 
 
 A unidade de transporte deve portar: 
 
CARGA A GRANEL 
PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA 
01 Produto 
01 Risco 
- Nas duas laterais 
- Na traseira 
- Nas duas laterais com números do 
produto e dos riscos 
- Na frente e na traseira com números 
do produto e dos riscos 
Produtos Diferentes 
01 Risco 
- Nas duas laterais, um em 
cada compartimento 
- Na traseira 
- Nas duas laterais, um em cada 
compartimento, com números do 
produto e dos riscos 
- Na frente e na traseira sem números 
Produtos Diferentes 
Riscos Diferentes 
- Nas duas laterais, um em 
cada compartimento 
- Na traseira, um em cada 
risco principal 
- Nas duas laterais, um em cada 
compartimento com números do 
produto e dos riscos 
- Na frente e na traseira sem números 
Vazio - Antes de lavar e 
descontaminar, continuar 
usando 
- Antes de lavar e descontaminar, 
continuar usando 
Vazio - Totalmente lavado e 
descontaminado, não usar 
- Totalmente lavado e 
descontaminado, não usar 
 
 
 
 
 
 UM PRODUTO EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE 
PRODUTO COM RISCO SUBSIDIÁRIO 
 
 
 
 
 
PRODUTOS DIFERENTES – MESMO RISCO 
 
 
 
 
 
 
PRODUTOS DIFERENTES – RISCOS DIFERENTES 
 
CBOPP 36
2 - Transporte de carga embalada. 
 A unidade de transporte deve portar: 
 
CARGA EMBALADA 
PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA 
01 Produto 
01 Risco 
- Nas duas laterais 
- Na traseira 
- Nas duas laterais com números do 
produto e dos riscos 
- Na frente e na traseira com números 
do produto e dos riscos 
Produtos Diferentes 
01 Risco 
- Nas duas laterais 
- Na traseira 
- Nas duas laterais, sem números 
- Na frente e na traseira, sem números 
Produtos Diferentes 
Riscos Diferentes 
- Nas duas laterais, 
nenhum 
- Na traseira, nenhum 
- Nas duas laterais, sem números 
- Na frente e na traseira, sem números 
Vazio - Não pode ser utilizado - Não pode ser utilizado 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE 
PRODUTO SEM RISCO SUBSIDIÁRIO 
 UM PRODUTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUTOS DIFERENTES – MESMO RISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUTOS DIFERENTES – RISCOS DIFERENTES 
 
 
CBOPP 37
METEROROLOGIA 
 
DEFINIÇÂO 
 
Introdução 
O tempo é um fator que influencia, permanentemente, na vida do homem do meio ambiente e 
em todas as suas atividades. 
Entenda-se TEMPO como a síntese das condições meteorológicas reinantes em determinada 
localidade , observadas durante um espaço de tempo ou período suficientemente longo ou, como o 
meio ambiente que os seres vivos vivem com satisfação e conforto ou dificuldades e desconforto. 
Sem o conhecimento da meteorologia , é comprovadamente impossível o emprego de ações de 
resposta à emergências envolvendo produtos perigosos. 
 
Definição de Meteorologia 
 
A palavra METEOROLOGIA lembra, de imediato, a palavra METEORO, da qual atribui-se 
conceito errado. Não é incomum , designar-se uma estrela cadente ou meteorito de METEORO. 
Meteorologia é a ciência que estuda os fenômenos da natureza, que influenciam nas 
condições climáticas na superfîcie terrestre e atmosfera, ou seja, estuda os meteoros. 
Conceitualmente, METEORO, é qualquer fenômeno atmosférico. Existindo, portanto: 
meteoros aéreos(ventos,tornados, etc.); meteoros luminosos (arco-íris, halo, etc.); hidro-
metoeoros( chuvas, neve,saraiva, etc.). 
METEOROLOGIA é a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos , ou de outra 
forma , é a Física da Atmosfera. 
 
 
TEMPERATURA 
 
Introdução 
A Temperatura é o estudo do aquecimento dos corpos ou, de sua energia cinética , entre 
moléculas. 
Para efeitos de CONTAMINAÇÃO QUÍMICA , definimos como a TEMPERATURA DA 
SUPERFÍCIE , como a temperatura do solo no momento em que é atingido pelo agente químico 
perigoso. 
Esta temperatura , desempenha papel importante na determinação da persistência das 
contaminações líquidas e das concentrações de vapores acima dos líquidos . 
É importante ressaltar que a temperatura do ar , depende essencialmente da temperatura do 
solo a que ele se acha próximo. 
 
Método de Medida 
A temperatura normalmente é medida por meio de termômetros de mercúrio ou álcool, 
submetido a temperatura ambiente. 
Empregamos a escala centígrada , que é a oficial em nosso país , e eventualmente a Fahrenheit 
ou Kelvim, usada nos países de língua inglesa. 
 
C / 5 = ( F – 32 ) / 9 = R / 4 K = C + 273,16 
CBOPP 38
Uso dos Termômetros 
 
a) MEDIDA DA TEMPERATURA DO AR 
Tomadas a 1,80 m da superfçicie. 
b) MEDIDA DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE 
Tomadas a 0,30 m do solo. 
 
GRADIENTE TÉRMICO VERTICAL 
 
Introdução 
 
O Gradiente Térmico Vertical é igual a diferença algébrica ( em ºC ) entre as temperaturas 
do ar ambiente compreendido entre 1,80 m e 0,30 m do solo . 
Nas previsões micro--meteorológicas , o GTV varia de 1 em 1 grau F ou 0,5 em 0,50C. 
 
São os seguintes tipos de GTV : 
 
a) CONDIÇÃO DE LAPSE 
 Quando a temperatura varia inversamente com a altitude . Prevalecem nos dias ensolarados 
ou com pouquíssimas nuvens e ,por conseqüência propicia a turbulência térmica , gerado pelas 
correntes verticais . É condição de extrema dispersão de nuvens de contaminação de PP. Pode 
ocorrer variações na casa de –1ºC a – 3,5ºC , ou mesmo menos sobre massas grandes de água. A 
turbulência mecânica devido a ventos acima de 16 Km/h tende a produzir condições de 
instabilidade forte. 
b) CONDIÇÃO DE INVERSÃO 
Quando a temperatura varia diretamente com a altitude . Noites claras de céu limpo. Haverá 
um mínimo de correntes de convecção , logo , máximo de estabilidade .Não ultrapassando vento a 
velocidade de 8 Km/h , o gás ou fumaça tenderá a ser mais persistente no local da contaminação. 
Temos inversão com GTV entre + 1ºC e + 3,5ºC . 
c) CONDIÇÃO DE NEUTRA 
 É a situação entre LAPSE e INVERSÃO . Também conhecida como condição de isotermia, 
não havendo situação de turbulência térmica. A diferença entre Lapse e Inversão é próxima de zero. 
Ocorre com céu muito encoberto . Estas fases de transição ocorrem, geralmente ao nascer do Sol e 
duas horas após e por do Sol e duas horas antes. Se a velocidade do vento não for grande , um 
vazamento de PP pode ser bastante persistente no local. 
 
CBOPP 39
ICMN-Inicio do 
crep.matutino 
nautico 
 
FCVN-Fim do 
crep. Vespertino 
nautico 
 
“-“ LAPSE 
 
“+” INVERSÃO
 
“o“ NEUTRA 
1800h 
FCVN 
2h
0600h 
ICMN 
2h
 
 
 
 
+
 
 
 
 
EFEITO DO TERRENO 
 
 
Introdução 
 
A quantidade de calor solar recebida por uma porção da superfície da Terra, depende, 
grandemente, da inclinação dessa superfície, de sua direção de exposição em relação ao Sol, da 
latitude e longitude e estação do ano. 
 
Efeitos do Terreno 
 
As variações de temperatura superficial são ma
a) sobre as terras que sobre as águas; 
b) numsolo árido que num recoberto de v
c) no terreno aberto que num revestido de
d) nos solos escuros que nos claros ; 
e) nos solos de vegetação seca que nos de
 
 
 
 
is elevadas : 
egetação; 
 mato ; 
 vegetação exuberante. 
CBOPP 40
VENTOS 
 
 
Introdução 
 
O estudo do vento é muito importante para as equipes especializadas em emergência com PP , 
posto que deverão: 
1) saber em qualquer situação como está se deslocando o ar; 
2) conhecer a influência da formação topográfica no fluxo de ar próximo a superfície; 
3) analisar e avaliar a interferência de obstáculos (edificações, vegetação, 
continentalidade, etc.), no tocante à mudança de direção da corrente de ar; 
4) Saber como se comportará o ar junto aos vales , colinas, e no interior da 
vegetação(floresta, bosque, arbustos, etc.); 
5) Conhecer o comportamento do vento à superfície das águas; 
6) Reconhecer os princípios que alteram os elementos dos ventos e como determinar 
sua direção. 
Faz parte do serviço meteorológico fornecer dados da direção e velocidade dos ventos as 
alturas de 1,80 m / 6,0 m / 9,0m / 150 m e 750m , de suma importância para operações envolvendo 
PP. 
 
Mecanismo Geral dos Ventos 
 
A diferença de tem
ocasionando movimento da
 
 
 
 
 
 
 
Outra força atuante n
rotação da Terra. Desvia o 
intensidade quanto mais per
Outro condicionador ,
 
Tipos de ventos 
 
a) VENTOS RE
Alíseos e Contra-Alí
por massas de ar mais fria
quentes equatoriais que alc
para as regiões temperadas.
 
 
 
 
 
peratura do ar é faz com que surjam z
s massas de ar. 
a formação dos ventos é a de FORÇA 
vento para a direita no HN e para a esque
to estiver dos Pólos. 
 é o contraste térmico entre Pólos e Equad
GULARES OU CONSTANTES: 
seos : Os alíseos são massas de ar quentes e
s das regiòes temperadas . Os contra-alíse
ançam grandes altitudes se resfriam , torna
 
OBS.: Ventos alíseos do HN sopram “NE-SO” . O
 Da mesma forma os c.alíseos no HN sopra
Z. B. 
onas de diferentes pressões, 
DE CORIOLIS , devido a 
rda no HS , com tanto maior 
or. 
quatoriais sendo substituídas 
os são as massas de ar mais 
m-se mais densas deslizando 
s do HS sopram “SE-NO” . 
m “SO-NE” e no HS ,sopram “NO-SE”. 
Z. A. 
CBOPP 41
 
b) VENTOS PERIÓDICOS : 
Os mais conhecidos BRISAS e as MONÇÕES. 
Brisas correspondem as variações diárias de temperatura entre mar e continente . As Monções 
resulta da diferença de temperatura entre estações climáticas do ano ( chamados de VENTOS 
ESTACIONAIS ). 
 
Temos , como conseqüência , as monções de verão ou marítimas e as monções continentais 
ou de inverno. 
Nas regiões de monções há grande ocorrência de ciclones locais, os tornados ou furacões 
como os da África (HURRICANES na América Central e do Norte) e tufões como nos mares do 
oriente 
 
c) VENTOS LOCAIS: 
Dependem da condição geográfica característica do local ou de certas regiões. 
- Nas Américas : O PAMPEIRO que sopra na Argentina CONHECIDO NO Rio Grande do 
Sul como MINUANO, nos EEUA o CHINOOCK que sopra nas Montanhas Rochosas. 
- Na África : O SIMUM no Deserto do Saara prolongando-se até a Espanha, Itália e Grécia. 
- Na Europa : O MISTRAL do sul da França , o FOEHN nos Alpes ( características 
semelhantes ao CHINOOCK), o BORA nas proximidades do Mar Adriático. 
 
d) TURBULÊNCIA : 
O vento próximo à superfície sopra em rajadas , e não de forma contínua, alternando com 
períodos de calmaria. 
Decorre deste fato que temos a TURBULÊNCIA TÉRMICA ( correntes de convecção e 
advecção) e a MECÂNICA(irregularidade da superfície terrestre X velocidade do vento). 
 
Direção do Vento 
 
Convenciona-se DIREÇÃO DO VENTO , como sendo aquela de onde o vento sopra 
Em Meteorologia são utilizados determinadas terminologias , para caracterizar posições em 
relação aos ventos: 
 
a) BARLAVENTO : lado de onde sopra o vento ; 
 
b) SOTAVENTO : lado para onde o vento sopra ( VENTO A BAIXO ); 
 
 
c) CONTRA O VENTO : movimento em direção ao lado de onde sopra o vento; 
 
d) A FAVOR DO VENTO : movimento que acompanha a direção do vento; 
CBOPP 42
 
e) VENTO DIRETOR : indica o vento que conduzirá uma fumaça de contaminação ou 
vazamento de vapores ou partículas , regulando sua velocidade e direção ; 
Ainda em operações químicas usamos as expressões decorrentes : 
 
f) VENTO À BAIXO : direção do vento na qual , o corredor de descontaminação e PC-AV, 
encontram-se com o vento pelas costas e ” visualizando” o vento seguir em direção a área 
acidentada à frente afastando a contaminação . É A POSIÇÃO OBRIGATÓRIA DAS EQUIPES 
DE EMERGÊNCIA COM PP e deve ser sempre observada durante as operações o tempo todo, 
obrigando as equipes a alterarem suas posições conforme muda a direção do vento preservando 
sempre o VENTO À BAIXO. 
 
g) VENTO ÀCIMA : é o posicionamento de elevado risco para as equipes de PP e PC-AV, 
em que o vento avança na direção das equipes , passando antes pelo local do acidente , ou seja , 
carreando a contaminação para o PC-AV. 
 
Métodos de Avaliação da Direção e Velocidade do Vento 
 
A direção do vento pode ser avaliada por meio de birutas , colunas de fumaça, inclinação das 
plantações e ramos e por meio de aparelhos apropriados como : Anemômetros de Campanha , e o 
Catavento de Wild. 
A velocidade do vento é variável conforme a altitude , próximo ao solo devido a rugosidade o 
vento sofre efeito retardador. 
 
1) Avaliação 
Ë possível avaliar , aproximadamente, a velocidade do vento por meio dos efeitos que causa , 
tais como fumaça, bandeirolas ou folhas. 
 
2) A tabela de BEAUFORT : registra os valores da velocidade do vento (mph e Km/h), a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBOPP 43
TABELA BEAUFORT – ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DO VENTO 
 
Nº da esc. 
Beaufort 
Veloc. 
(mph) 
Veloc. 
(Km/h) 
Descrição 
Geral 
 
Indicação 
 
0 
 
Até 1 
 
Até 2 
 
Calmo 
 
A fumaça sobe verticalmente. 
 
1 
 
1 a 3 
 
2 a 4 
 
Aragem 
A direção do vento é mostrada p/ 
fumaça e não p/ ventoinha. 
 
2 
 
4 a 7 
 
6 a 11 
 
Brisa fraca 
O vento é sentido na face; as folhas 
balançam; a ventoinha move-se. 
3 
8 a 12 
 
13 a 19 
 
Brisa leve 
Folhas e ramos em movimento; 
bandeirola estende-se. 
 
4 
 
13 a 18 
 
21 a 29 
Brisa 
moderada 
Poeira,papel e pequenos ramos 
movimentam-se. 
 
5 
 
19 a 24 
 
30 a 38 
Brisa fresca 
Os arbustos oscilam. 
 
6 
 
25 a 31 
 
40 a 50 
 
Brisa forte 
Grandes ramos em movimento; 
assobíam os fios telegráficos 
 
7 
 
32 a 38 
 
51 a 61 
Vento 
moderado 
 
As árvores inclinam-se 
 
8 
 
39 a 46 
 
62 a 74 
Vento fresco Quebram-se os ramos das árvores; 
dificultada a progressão. 
 
9 
 
47 a 54 
 
75 a 86 
Vento forte Estragos nas estruturas leves, 
dificuldade nocaminhar. 
 
10 
 
55 a 63 
 
87 a 101 
 
Tufão 
 
Danos em grandes estruturas. 
 
11 
 
64 a 75 
 
102 a 120 
 
Tempestade 
Grandes danos; acontecimento 
raro 
 
12 
75 e 
acima 
120 e à 
cima 
 
Ciclone 
 
Conseqüências imprevisíveis 
Mph = 1,6 Km /h 1 Nó = 1,8 Km/h Estimativa em 
Km/h utilizado pelo Exército Francês 
 
 
 
 
2) Mensuração da velocidade 
 
Pode ser medida por meio dos seguintes aparelhos: 
a) CATAVENTO DE WILD ( seta do galo) 
b) ANEMÔMETRO ML-62-A ( roda com 8 palhetas ) 
c) ANEMÔMETRO DE FUESS ( 4 conchas captadoras de vento) 
d) ANEMÔMETRO DE CAMPANHA ( caixa com furos de diâmetros diferentes) 
 
 
 
CBOPP 44
RADIOATIVIDADE 
 
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 
 
Equilíbriode Forças no núcleo 
 
A ciência não foi capaz, ainda, de descrever, satisfatoriamente, as forças próton-próton; 
próton-nêutron; nêutron-nêutron. Sabe-se que são forças de pequeno alcance. Temos que, cargas de 
mesmo sinal se repelem eletrostaticamente e que, esta força de repulsão aumenta à medida que esta 
distância diminui, até que se chega a um limite que a descarga de energia transforma repulsão em 
atração. Supõe-se, então, que exista uma distância tal que as forças de atração e repulsão se 
equilibrem, surgindo daí, a situação de núcleo estável ou disposição estável. 
O nêutron tem importante papel nas forças que atuam no núcleo, colaborando para sua 
estabilidade. 
 
Outras partículas 
A título de simples informação, descreveremos outras partículas transitórias: 
BÁRION: Componente de uma classe de partículas elementares pesadas, que inclui híperons, 
nêutrons e prótons. 
FÓTON: Partículas de radiação eletromagnética (luz, raios-X ou raio gama). 
HÍPERON: Partículas elementar de vida curta, com massa maior do que a do próton e menor 
do que a de um dêuteron. 
LÉPTON: Partícula elementar leve (pouca massa). Especificamente, um elétron, um pósitron, 
um neutrino, um antineutrino, um muon (inéson mu) ou um anti-muon. 
MÉSON: Classe de partículas elementares com massas intermediárias a do elétron e a do 
próton e vida curta. Existem várias classes de mésons, como mésons-pi , mésons-mu, mésons-K . O 
conceito de méson foi criado por Jidek Yukawa, em 1937. 
MÉSON-K: O muon, partícula elementar classificada como LÉPTON, com massa 207 vezes 
maior do que a do elétron. 
MÉSON-PI : Partícula elementar. 270 vezes a de um elétron. 
NEUTRINO: Partícula elementar com massa ínfima e carga nula. Interage fracamente com a 
matéria, sendo de difícil detecção.É produzido em muitas reações nucleares, no decaimento beta, 
com alto poder de penetração. O neutrino oriundo do Sol geralmente atravessa a Terra. 
 Radiações 
Os raios que surgem na região esverdeada da Ampola de Crookes, onde se dá a fluorescência 
no vidro, pela colisão dos raios catódicos, despertou no cientista Becquerel, extremo interesse, 
principalmente por que um filme envolto em papel negro era velado. Como não se sabia o por quê 
deste fenômeno, os cientistas a descrevem como “raios X”. Becquerel achou que as substâncias, 
quando fluorescentes, emitiam raios-X. 
Utilizou-se de diversas substâncias que eram fluorescentes, expondo-as à luz do Sol, 
descobrindo, então, que o sulfato duplo de potássio e uranila K2 UO2 (SO4)2 era o único que velava 
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o filme protegido. E mesmo quando acidentalmente deixou o sal de urânio dentro de sua gaveta 
trancada, descobrira que a uranila, tinha a propriedade de decompor o sal de prata, do filme. 
Provou que não era a fluorescência a razão de ser da radiação. Mais tarde Marie Curie e Pierre 
Curie detectaram que o Urânio era o responsável pelas misteriosas emissões de raios. 
Não tardou, e descobriram que a radioatividade era semelhante à descoberta por Röentgen. 
Em pouco tempo (1898), o casal Curie descobriu outro material 400 vezes mais radioativo que 
o Urânio, era o Polônio. Logo descobriram outro muito mais radioativo que o Polônio, era o Rádio 
tão poderoso que é capaz de atravessar camadas de Chumbo. 
 
 Natureza das Emissões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rádio 
Blindagem de 
Chumbo 
elétron pouca 
massa 
energia pura prótons 
α 
_ 
_ 
placa 
fotográfica + 
+ 
+
γ
β
 
 
 
 1- Radi ão alfa: P uco poder de enetração, posi e pesada ( barradas por folha de 
papel). 
 
2- Radiação beta: De carga negativa, maior poder de 
alta velocidade atravessa alguns milímetros de aço. 
 
3- Radiação gama: Ondas eletromagnéticas de curtíssi
os raios x e de grande poder de penetração. Atravessam dezen
A radiação gama interage com a matéria de 03 formas co
 
a) EFEITO COMPTON: Um fóton gama colide elasti
(choque de duas bolas de bilhar). O fóton gama resultante p
com menos energia. 
 
tiva
aç
 o
 p
penetração que, mais leve, elétron de 
mo comprimento de onda, menor que 
as de cm de chumbo. 
mo: 
camente com um elétron de um átomo 
ossui trajetória diferente da original e 
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b) EFEITO FOTO-ELÉTRICO: O fóton transmite toda sua energia a um elétron do átomo-
alvo, que é ejetado de sua 
 
Órbita, grande parte da energia do fóton é revertida em cinética do elétron ejetado. O fóton 
gama desaparece. 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) EFEITO DE PRODUÇÃO DE PARES : Quando um fóton gama de energia maior do que 
1,02 Mev passa próximo de um núcleo pesado , poderá ser transformado em duas partículas , um 
elétron e um pósitron ( elétron positivo). Aniquila-se o fóton gama completamente. 
 
 
 
 
 
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Decaimento Radioativo 
 
Ao emitir partículas alfa, beta ou radiação gama, o átomo instável perde energia. Este 
processo é chamado de decaimento radioativo. É significativo dizer que, para uma grande amostra 
de átomos, em média, uma dada fração de átomos decairá num certo tempo. Tal intervalo é o 
necessário para que metade dos átomos instáveis decaia. Este intervalo é conhecido como meia-
vida de uma coleção de átomos. Uma espécie radioativa, sempre decai com a mesma razão, e, 
portanto, tem um mesmo valor para a meia-vida. 
Desde de que a atividade da amostra é proporcional ao nº de átomos instáveis presentes, a 
meia-vida, é também o tempo em que a atividade da amostra decrescerá, para a metade de seu valor 
inicial. 
Sendo N0, o nº de átomos instáveis iniciais de uma amostra, e após um tempo t = T1/2 , 
definido como sua meia vida , o nº de átomos presentes na amostra será de N0/2 . 
O alcance das meias-vidas vai de frações de segundos para alguns átomos instáveis 
produzidos em laboratório até bilhões de anos para alguns elementos radioativos naturais. 
 
Proteção Radiológica 
 
Visa minimizar se não evitar ao máximo os danos causados pela radiação ionizante aos que a 
utilizam ou ao público em geral. São regras de ouro. 
São definições que precedem as aplicação das regras: 
a) Exposição Ocupacional: É a do individuo que trabalha na área controlada; 
b) Área Controlada: É aquela em que as doses de radiação, recebidas pelos indivíduos, que 
nela trabalham, são controladas; 
c) Exposição de População: É a de um grande nº de pessoas expostas sem nenhum controle 
dos órgãos especializados (areia monazítica de Guarapari, por exemplo). 
 
Os Riscos das radiações podem ser divididos em 2 classes: 
I – RISCOS EXTERNOS (fontes externas ao corpo): Raios X, gama, beta e nêutrons. 
II – RISCOS INTERNOS (fontes internas ou introduzidas no organismo) 
 
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Prevenção contra a radiação externa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTÂNCIA: É o meio mais fácil de se aplicar, em defesa contra a radiação. 
 
BLINDAGEM: É deforma básica a alternativa para conter fótons gama e raios X. 
 
TEMPO: Quanto menor o tempo de exposição do indivíduo, menor será a dose por ele 
recebida. 
 
 
EXPOSIÇÃO DE EMERGÊNCIA 
 
Introdução 
 
A dosimetria das radiações visa justamente e a determinação da energia absorvida pelos 
sistemas expostos à radiação. 
 
Unidades de medida 
 
1) ATIVIDADE: 
 
a) Curie (Ci) – É a medida da quantidade de radioatividade emitida por um radionuclídeo 
(nº de transformações nucleares que ocorrem num determinado intervalo de tempo) 
 
1 Ci = 3,7. 1010 desint/seg ------ 1Ci = 3,7 . 1010 Bq ( 1 Bequerel = 1 desint/ Seg ) 
 
 
b) Contagem por Minuto (CPM) – Os raios e partículas lançados em todas as direções 
são detetados pelo aparelho que registra a porção da radiação vinda na direção do aparelho. Pode 
ser também em CPS. 
 
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