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SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS – GOPP MANUAL BÁSICO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS Autores: TEN CEL BM LUIZ EMMANOEL PALENCIA BARBOSA QOC/83 MAJ BM JOSELITO PROTÁSSIO DA FONSECA QOC/88 MAJ BM ALEXANDRE DENIZ PEREIRA QOC/87 MAJ BM ANDRE LUIZ TEIXERA MORGADO QOC/91 MAJ BM CARLOS ALBERTO SIMAS JUNIOR QOC/92 TEN BM LUCIO MENEZES DA CONCEIÇAO JUNIOR QOC/96 TEN BM FABIO ANDRADE DOS SANTOS QOC/97 CBOPP 1 SUMARIO INTRODUÇÃO 04 PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS 05 • Definições 05 • desastres tecnológicos 06 • organograma e sistemas de trabalho 07 • seqüência operacional 09 • identificação 11 • zoneamento de área de trabalho 12 • isolamento 13 • descontaminação 13 • fluxograma operacional para acidentes envolvendo produtos perigosos 18 IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO 20 • painel de segurança: 20 • rótulos de risco: 23 • sistema de identificação de produtos perigosos para instalções fixas – diamante de homel 27 • documentos de porte obrigatório para o transporte rodoviário 30 • certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos a granel do veículo e do equipamento 30 • ficha de emergência 32 • envelope para o transporte 33 • documento fiscal 34 • guia de tráfego – ministério do exército 34 • autorização para o transporte de produto radioativo 35 • colocação de painéis de segurança e rótulos de risco para os transportes rodoviários 36 METEROROLOGIA 38 • definição 38 • introdução 38 • definição de meteorologia 38 • temperatura 38 • método de medida 38 • uso dos termômetros 39 • gradiente térmico vertical 39 • efeito do terreno 40 • ventos 41 RADIOATIVIDADE 45 • equilíbrio de forças no núcleo 45 • natureza das emissões 46 • decaimento radioativo 48 • proteção radiológica 48 • prevenção contra a radiação externa 49 • exposição de emergência 49 CBOPP 2 • unidades radiológicas 53 • riscos da contaminação interna 54 EXPLOSIVOS 55 • Definição: 55 • Propriedades dos explosivos 55 • Principais explosivos encontrados 56 • Cuidados especiais 57 TOXICOLOGIA 60 • Introdução 60 • Rota de exposições 60 • Fatores que influenciam a toxicologia 60 • Efeitos fisiologicos no organismo humano 63 • Princípios gerais 64 • Abordagem das vítimas 66 • Exame inicial 66 • Equipamento de transporte 69 • Seleção do metodo apropriado para transporte 69 • Procedimentos emergenciais básicos em vítimas contaminadas por substancias químicas 70 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 72 • capacete de segurança 72 • protetores auriculares 73 • protetores faciais 74 • óculos de segurança 74 • luvas de proteção química 74 • equipamentos de proteção respiratória 77 • roupas de proteção química 81 • classificação 81 • níveis de segurança 82 • resistência física 84 • botas de proteção química 84 EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS 86 • equipamentos de absorção 86 • equipamentos de vedação 89 • equipamentos de contenção 91 • equipamentos para transbordo 93 • ferramentas especiais antifaiscantes 94 • equipamentos de detecção 94 BIBLIOGRAFIAS 96 CBOPP 3 SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS – GOPP MANUAL BÁSICO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS INTRODUÇÃO: O desenvolvimento da sociedade humana levou ao aumento considerável da produção de bens e alimentos que necessitam de substâncias químicas para a sua produção. Estas substâncias, muitas vezes perigosas, são produzidas, transportadas e manipuladas cada vez em maior volume, acarretando acidentes que envolvem não apenas quem trabalha com elas, mas oferecendo perigo a sociedade e ao meio ambiente, podendo ser fatal a todos que forem atingidos, inclusive as equipes que vão atuar na emergência. A preocupação com as conseqüências de um acidente envolvendo produtos perigosos e a constatação de que seria necessário um amplo esforço para garantir a capacitação técnica e obter os equipamentos necessários para enfrentar este problema, levou um grupo de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro - CBMERJ a formar no ano de 1998 o Grupo de Trabalho com Produtos Perigosos – GTPP. Durante todo este período Grupo vem trabalhando na busca constante do conhecimento e também na formação de Oficias e Praças do CBMERJ e de outras instituições, inclusive de outros estados, visando a capacitação técnica e operacional para enfrentar os assim chamados ACIDENTES TECNOLÓGICOS. O Grupo atendeu a diversas emergências envolvendo produtos perigosos em Universidades, escolas, hospitais, residências, depósitos e principalmente em fábricas e rodovias, transformando sua denominação para Grupo de Operações com Produtos Perigosos, resultando em onze de novembro de 2003 na criação do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos – GOPP. Os Cursos de especialização nesta área obedecem aos padrões da Environmental Protection Agency – EPA (Agência de Proteção Ambiental – USA) e os procedimentos aplicados estão de acordo com o preconizado pela National Fire Protection Association – NFPA (Associação Nacional de Proteção contra o Fogo – USA). Este Manual é fruto deste trabalho e visa capacitar os alunos do curso específico para as operações com produtos perigosos a nível técnico. É parte integrante do Curso e sozinho não pode ser considerado como instrumento habilitador para capacitar seus leitores como técnicos no assunto, mas pode servir como elemento de consulta, sendo as informações aqui contidas obtidas de literaturas específicas e da experiência profissional de seus autores. CBOPP 4 PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS DEFINIÇÕES: • PRODUTO PERIGOSO: É toda substância de natureza química, radioativa ou biológica que pode estar nos estados: sólido, líquido ou gasoso e pode afetar de forma nociva, direta ou indiretamente, o patrimônio, os seres vivos ou o meio ambiente. • CARGA PERIGOSA: É toda carga mal acondicionada para transporte, oferecendo risco de acidente. Considera-se também quando o Produto Perigoso não é transportado dentro das condições legais de segurança. • ACIDENTE AMBIENTAL: Evento inesperado e indesejado que afeta direta ou indiretamente, a saúde e a segurança da população ou de outros seres vivos causando impactos agudos ao meio ambiente. • ACIDENTE TECNOLÓGICO: Evento inesperado e indesejável que envolve tecnologia desenvolvida pelo homem e tem a capacidade de afetar, direta ou indiretamente a saúde e a segurança dos trabalhadores, da população, ou causar impactos agudos ao meio ambiente. • CONTAMINANTE: Qualquer substância perigosa que esteja presente no meio ambiente ou em pessoas e/ou outros seres vivos e apresente riscos a saúde ou degradação do meio ambiente. • EQUIPE DE INTERVENÇÃO: Grupo de profissionais treinados e especializados, com a finalidade de entrar na área quente, a fim deconter o acidente ambiental, realizar salvamentos e minimizar os riscos potenciais. • EQUIPE DE DESCONTAMINAÇÃO: Grupo de profissionais treinados e especializados, com a finalidade de realizar descontaminação das equipes e materiais contaminados por substâncias perigosas oriundas da área quente. • EQUIPE DE SUPORTE: Grupo de profissionais treinados e especializados em diversas áreas (comunicações, logísticas, proteção respiratória, pessoal, emergências médicas e toxicologia, análises laboratoriais, meteorologia e operações de Defesa Civil) a fim de dar o apoio necessário para as operações de intervenção e descontaminação. CBOPP 5 DESASTRES TECNOLOGICOS Hoje a população sofre com grandes Problemas associados; crescimento demográfico e assentamentos humanos próximos a complexos industriais, Problemas esses que associados com o desenvolvimento tecnológico resultam em impactos ambientais. Existe também hoje, a imprevisibilidade dos desastres naturais decorrentes das alterações climáticas. Existe o incremento das modalidades e quantidades de desastres tecnológicos associado com o aumento do potencial de risco humano/produção Existem dificuldades de gestão operacional nas emergências tecnológicas e uma tendência cada vez maior de ocorrerem acidentes ampliados que, combinados com a falta de treinamento e consolidação prática dos Planos de Emergência, poderão trazer conseqüências ainda maiores e indesejáveis. a densidade populacional hoje vem aumentando de forma descontrolada causando assim os assentamentos em áreas de risco, expansão desordenada, desastres sociais e surgimento de megacidades, tudo isso devido ao fato das pessoas desejarem estar próximas de uma área mais desenvolvida, tornando mais fácil a sua busca por trabalho ou o deslocamento até o mesmo. Um desastre é dito como propenso a ocorrer quando um extremo evento coincide com uma situação vulnerável, sobrepujando a habilidade da sociedade para controlá-lo ou sobreviver às suas conseqüências. Os desastres podem ser súbitos ou lentos quanto a sua origem. Desastres de origem rápida como enchentes, incêndios e terremotos podem destruir a infraestrutura de um país, ou ainda seu comércio, indústria e/ou habitações deixando populações desabrigadas e causando uma ruptura na base de produção deste país. Grandes desastres não somente danificam o total de bens capitais, mas servem também de um limiar, os quais originam efeitos de longa duração sobre a economia. Desastres Tecnológicos Significativos: • 1966 – Explosão em refinaria – propano e butano – 21 mortos – França • 1970 – Explosão – GLP – 92 mortos – Japão • 1972 – Explosão de coqueria – propano – 21 mortos – EUA • 1972 – Explosão em refinaria – propano e butano – 38 mortos – Brasil • 1973 – Incêndio em tanque - GLP – 40 mortos – EUA • 1978 – Explosão – butano – 100 – México • 1978 – Explosão de gasoduto – gás natural – 100 – México • 1981 – Explosão – hidrocarbonos – 145 mortos – Venezuela • 1984 – Explosão em oleoduto – petróleo – 508 mortos – Brasil • 1984 – Explosão em plataforma de petróleo – 40 – Brasil • 1984 – Explosão de reservatório – GLP – 550 - México • 1984 – Vazamento – metal-isocianato – 2500 mortos - índia CBOPP 6 ORGANOGRAMA E SISTEMAS DE TRABALHO Em qualquer operação envolvendo produtos perigosos deve-se trabalhar com uma equipe especializada neste tipo de atendimento que exige de seus integrantes um treinamento voltado a essa atividade. Toda equipe deve tentar obedecer o melhor possível as funções abaixo representadas no organograma abaixo. AGENTE DE SEGURANÇA EQUIPE DE DESCONTAMINAÇÃO EQUIPE DE SUPORTE EQUIPE DE INTERVENÇÃO CHEFE DE INTERVENÇÃO AUXILIARES DE INTERVENÇÃO CHEFE DE DESCONTAMINAÇÃO AUXILIARES DE DESCONTAMINAÇÃO AJUDANTES DE DESCONTAMINAÇÃO CHEFE DE SUPORTE AUX. DE COMUNICAÇÕES AUX. DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA AUX. DE OPERAÇÕES DE DEFESA CIVIL AUX. DE ANÁLISES LABORATORIAIS AUX. DE EMERG. MÉDICAS AUX. DE METEOROLOGIA AUX. DE LOGÍSTICA COORDENADOR CBOPP 7 a) COORDENADOR: Responsável pelas ordens e decisões no local da ocorrência, coordenando as ações das equipes de emergência (intervenção / descontaminação / suporte). As decisões deverão ser apoiadas nas informações geradas pelo AGENTE DE SEGURANÇA, pois este detém toda a cronologia e informação de suporte no local. O Coordenador deverá ser sempre que possível, qualificado ou especializado na área de produtos perigosos ou gerência de desastres, podendo, porém, se ter nesta função, a autoridade local em defesa civil, já que esta é, legalmente, a autoridade competente para a atuação a nível municipal. Será o responsável pelas informações transmitidas para os órgãos de imprensa. b) AGENTE DE SEGURANÇA: Deverá ser, impreterivelmente, um profissional treinado e especializado de maior grau hierárquico no local de emergência, a fim de gerenciar todas as informações, procedimentos e necessidades das equipes envolvidas. Deverá deter todas as informações transmitidas pelos chefes de equipes, a fim de gerar subsídios para o Plano de Segurança de Área (PSA). Terá livre acesso entre as Zonas Quente, Morna e Fria, devendo para isso estar devidamente equipado. c) CHEFE DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá chefiar a intervenção, ou seja, os procedimentos na Zona Quente. d) AUXILIAR DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que ira auxiliar ao chefe da intervenção em seus procedimentos. e) CHEFE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá determinar: PROCESSO / MATERIAL E CONCENTRAÇÃO DOS MATERIAIS NEUTRALIZANTES / TÉCNICA EMPREGADA. Este profissional irá também determinar o local a ser estabelecido o CORREDOR DE DESCONTAMINAÇÃO, além de possíveis mudanças por agentes externos, como o vento ou variações de risco. Deverá acompanhar todo o processo de descontaminação primária e secundária, ou seja, aquela realizada no próprio local da ocorrência, assim como a incumbência de levar todo o material contaminado para empresa ou local a ser descontaminado e posteriormente devolvido a sua respectiva origem, ou destinar os materiais contaminados a um descarte adequado. Será responsável pela devolução dos materiais totalmente descontaminados a seus respectivos proprietários ou detentores da carga. f) AUXILIAR DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado que executará os procedimentos determinados pelo Chefe de Descontaminação. h) AJUDANTE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional encarregado de exercer a ligação das equipes descontaminadas e a Zona Fria. Serão responsáveis pelo auxílio na retiradas de botas, luvas, equipamentos de proteção respiratória e roupas de proteção. Serão responsáveis ainda, pela LAVAGEM DE CAMPO, nos casos necessários e determinados pelo Chefe da Descontaminação. i) CHEFE DE SUPORTE: Profissional treinado e especializado, que irá colher e gerenciar as informações, de forma generalizada, a fim de subsidiar ao AGENTE DE SEGURANÇA. j) AUXILIAR DE METEOROLOGIA: Responsável pelas informações meteorológicas como: direção e velocidade do vento, umidade do ar, possibilidade de chuvas, mapa de nuvens (fotos de satélites) e etc. Deverá passar informações de 20 em 20 min para o Chefe de Suporte. k) AUXILIAR DE COMUNICAÇÕES: Responsável pelas comunicações (via rádio ou telefonia móvel / celular) no local de emergência, transmissão e receptação de ordens, informações e necessidades com os órgãos e autoridades envolvidas. l) AUXILIAR DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Responsável pelo controle dos equipamentos de proteção respiratória,como cilindros, máscaras, filtros e etc. Deverá atentar para o tempo de duração dos cilindros utilizados, realizar todos os testes de segurança antes da utilização pelas equipes, providenciar a substituição e/ou recarga dos cilindros, além de todas as ações pertinentes ao uso de proteção respiratória. CBOPP 8 m) AUXILIAR DE OPERAÇÕES DE DEFESA CIVIL: Responsável pelas operações de defesa civil no local de emergência, ou seja, contatos com empresas e órgãos em sua área, a fim de, obtenção de recursos necessários a operação. Deverá ser esta função desempenhada, se possível, pelo chefe da subseção de defesa civil da OBM da área. n) AUXILIAR DE ANÁLISES LABORATORIAIS: Responsável pelo acolhimento da amostra do material e posterior análise em laboratórios de órgãos ou empresas especializadas, a fim de possibilitar a identificação do material ou produto, através de ensaios laboratoriais. o) AUXILIAR DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS E TOXICOLÓGICAS: Profissional da área médica responsável pelo atendimento no local de emergência. Será responsável pela aplicação dos “Kits Hazmat” específicos para os produtos envolvidos na ocorrência. Sua presença será obrigatória em casos de hemotóxicos, organofosforados e outros de risco iminente. p) AUXILIAR DE LOGÍSTICA: Responsável pelo controle de todo o pessoal envolvido e suas respectivas funções, além de todo o material empregado nas operações, com exceção dos equipamentos de proteção respiratória. Deverá preencher relatório padrão e remeter ao Chefe de Suporte ao final das operações, ou quando lhe solicitado. Deverá também providenciar e controlar o fornecimento das etapas de alimentação e líquidos para a manutenção das atividades no local de trabalho. SEQÜÊNCIA OPERACIONAL A seqüência operacional padrão em uma ocorrência envolvendo Produtos Perigosos será a seguinte: • identificação • isolamento • salvamento • contenção • descontaminação CBOPP 9 QUADRO DE DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÕES LEGAIS Ó R G Ã O S ATIVIDADES Co rp o de B om be iro s M ili ta r Po líc ia M ili ta r Po líc ia R od ov iá ria G ua rd a M un ic ip al – T râ ns ito Ó rg ão A m bi en ta l AB IQ U IM CN EN At er ro S an itá rio - Pr ef ei tu ra Tr an sp or ta do r IDENTIFICAÇÃO SI M N Ã O SI M SI M SI M SI M SI M N Ã O SI M ISOLAMENTO SI M SI M SI M SI M N Ã O N Ã O N Ã O N Ã O SI M SALVAMENTO SI M N Ã O N Ã O N Ã O N Ã O N Ã O N Ã O N Ã O N Ã O CONTENÇÃO SI M N Ã O N Ã O N Ã O SI M N Ã O SI M SI M SI M DESCONTAMINAÇÃO SI M N Ã O N Ã O N Ã O SI M N Ã O SI M N Ã O SI M Como pudemos observar no quadro anterior, os Corpos de Bombeiros Militares, são os únicos Órgãos responsáveis por todas as fases de atendimento, no que se refere a Produtos Perigosos, sendo ainda o único responsável diretamente pelas ações de Salvamento e Resgate de vítimas contaminadas ou decorrentes do acidente. CBOPP 10 IDENTIFICAÇÃO ¾ Painel de Segurança: Placa retangular de cor laranja com duas numerações na cor preta, conforme abaixo. NÚMERO DE RISCO Nº DA ONU ¾ Rótulo de Risco: Símbolo em forma de placa losangular, representando as diversas classes de risco. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS ¾ Diamante de homel: Áreas Industriais Maiores esclarecimentos serão prestados no item IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO (pag.20) AZUL VERMELHO AMARELO BRANCO CBOPP 11 ZONEAMENTO DE ÁREA DE TRABALHO Após a avaliação dos itens supracitados, o socorrista irá definir suas Zonas de Trabalho da seguinte forma: • Zona Quente ou Zona de Exclusão: Local onde está localizada a origem do acidente. Neste local o risco é iminente, devendo ser isolado, tendo somente o acesso as Equipes de Intervenção. • Zona Morna ou Zona de Redução de Contaminação: Local que servirá de ligação entre as Zonas Quente e Fria. Neste local será montado o Corredor de Descontaminação, tendo o acesso somente as Equipes de Descontaminação. • Zona Fria ou Zona de Suporte: Local externo ao acidente, onde o risco será mínimo ou inexistente. Nele deverão estar localizados todas as Equipes de Suporte, de Imprensa e de Apoio, como Defesa Civil Municipal e outros. Nesta será o o Posto de Comando, devendo estar a presença do Coordenador. Este zoneamento deverá seguir os seguintes fatores e parâmetros: • Direção e velocidade dos ventos. • Topografia do local. • Lençol freático e recursos hídricos da região. • População local. • Características do Material. • Previsões e condições meteorológicas. • Tempo previsto de trabalho. CORREDOR DE DESCONTAMINAÇÃO C além dos Órgãos também montad Z Z PO O ONA QUENTE ONA MORNA ZONA FRIA STO DE MANDO CBOPP 12 ISOLAMENTO O isolamento deverá ser inicialmente de 50 a 100 mts de raio em todas as direções, e posteriormente ser reavaliado para fins de segurança das equipes e população. Os fatores que irão influenciar no aumento ou diminuição do raio de isolamento inicial são: • Velocidade e direção do vento. • Aspectos meteorológicos. • Reatividade de produtos envolvidos. • Topografia e hidrografia da região. Baseado nos aspectos supracitados o isolamento será realizado conforme o esquema a seguir: Logo deverá ser adotado como referência, o Manual de Emergências da ABIQUIM, em sua tabela de isolamento (guia verde), a fim de se determinar o isolamento ideal, o qual deverá ser adotado, sempre que possível. DESCONTAMINAÇÃO É um processo que consiste na retirada física das substâncias impregnadas nos equipamentos de proteção individual, equipes de intervenção e vítimas, ou ainda da troca de sua natureza química perigosa (através de reações químicas) por outra de propriedades inócuas. Tipos de Descontaminação: A descontaminação poderá ser de natureza FÍSICA ou QUÍMICA. • Descontaminação Física: realizada através da retirada das partículas físicas em forma de sólidos ou poeiras, com o uso de uma escova ou vassoura de cerdas macias, a fim de reduzir a quantidade do material envolvido. • Descontaminação Química: realizada através de reações químicas com o uso de soluções pré-estabelecidas, denominadas A / B / C / D e E, realizando com isso a neutralização ou ainda a troca das propriedades perigosas por outras inócuas. Esse tipo de descontaminação não deve ser realizada diretamente sobre a vítima. CBOPP 13 Procedimentos para Descontaminação Existem 4 tipos de “Lay-Out” para montagem dos Corredores de Descontaminação. Modelo nº01 – BÁSICA - RISCO LEVE. ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO 1 Tambores e sacos plásticos. Dispensa de equipamentos. CBOPP 14 ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO 1 Tambores e sacos plásticos. Dispensa de equipamentos. 2 Piscina plástica, soluções, escovas de pêlo e bomba costal. Lavagem das botas de segurança e roupa. 3 Piscina plástica, soluções, escovas de pêloe bomba costal. Rinsagem das botas e roupa. * A partir da Estação nº03, o socorrista irá para a Estação nº. 04 (caso retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a Estação nº. 05 (caso seja substituído por outra equipe). 4 Cilindro reserva, fita adesiva, luvas e botas de reserva. Troca de cilindro de ar e retorno para a Zona Quente. 5 Sacos plásticos e banqueta. Remoção da bota de segurança. 6 Banqueta, cabides e lonas plásticas. Remoção da Roupa encapsulada e capacete. 7 Mesa. Retirada do EPR. 8 Sacos plásticos. Remoção da máscara facial. 9 Sacos plásticos. Remoção da vestimenta interna. 10 Água, sabão neutro, mesa, toalhas e roupão. Lavagem de campo 11 Uniforme reserva e mesa Troca de uniforme 2 4 3 5 6 7 1 8 9 10 11 2 Piscina plástica, soluções, escovas de pêlo e bomba costal. Lavage botas, en m e rinsagem das luvas e roupas capsuladas. 3 Sacos plásticos e banqueta. Remoção das botas e luvas externas. * A partir da Estação nº03, o socorrista irá para a Estação nº. 04 (caso retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a base nº. 05 (caso seja substituído por outra equipe) 4 Cilindro reserva, fita adesiva, luvas e botas de reserva. Troca de cilindro de ar e retorno para a Zona Quente. 5 Sacos plásticos e banqueta. Remoção internas e r das botas e luvas oupa encapsulada. 6 Sacos plásticos e banqueta. Retirada do EPR. 7 Água, sabão neutro, Lavamesa, toalhas e roupão. gem de campo. 2 4 3 5 6 1 7 Modelo nº02 – PADRÃO - RISCO MODERADO. Modelo nº03 – AVANÇADA - RISCO EXTREMO. 5 7 9 8 10 11 12 4 3 2 16 13 14 15 16 17 ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO 1 Tambores e sacos plásticos. Dispensa de equipamentos. 2 Piscina plástica, soluções, escovas de pêlo e bomba costal. Lavagem da cobertura das botas e luvas externas. 3 Piscina plástica, soluções, escovas de pêlo e bomba costal. Rinsagem da cobertura das botas e luvas externas. 4 Sacos plásticos. Remoção das fitas adesivas. 5 Sacos plásticos e banqueta. Remoção da cobertura das botas. 6 Sacos plásticos. Remoção das luvas externas. 7 Piscina plástica, soluções, escovas de pêlo e bomba costal. Lavagem das botas de segurança e roupa. 8 Piscina plástica, soluções, escovas de pêlo e bomba costal. Rinsagem das botas e roupa. * A partir da Estação nº08, o socorrista irá para a Estação nº. 09 (caso retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a base nº. 10 (caso seja substituído por outra equipe) 9 Cilindro reserva, fita adesiva, luvas e botas de reserva. Troca de cilindro de ar e retorno para a Zona Quente. 10 Sacos plásticos e banqueta. Remoção da bota de segurança. 11 Banqueta, cabides e lonas plásticas. Remoção da Roupa encapsulada e capacete. 12 Mesa. Retirada do EPR. 13 Bacia plástica, solução química, reserva de água e sacos plásticos. Retirada das luvas internas. 14 Sacos plásticos. Remoção da máscara facial. 15 Sacos plásticos. Remoção da vestimenta interna. 16 Água, sabão neutro, mesa, toalhas e roupão. Lavagem de campo 17 Uniforme reserva e mesa Troca de uniforme CBOPP 15 Descontaminações Especiais Para descontaminações de vítimas contaminadas por partículas radioativas, deverá ser aplicado um Kit especial, composto por dois envelopes. O envelope nº. 01 deverá ser utilizado nas extremidades do corpo do paciente (cabeça, mãos e pés), e o envelope nº.02 deverá ser empregado no restante do corpo. Método para aplicação: • Rasgue o envelope nº. 01 e aplique o lenço com solução descontaminante nas extremidades da vítima. • Recolha todo o material em uma caixa blindada, revestida por chumbo em caso de partículas Gama (γ). • Quebre os frascos do envelope nº. 02 e após rasgue o envelope aplicando o lenço com solução descontaminante no restante do corpo da vítima. • Recolha todo o material em uma caixa blindada, revestida por chumbo em caso de partículas Gama (γ). • Lembre-se dos princípios básicos para radioatividade: TEMPO – DISTÂNCIA E BLINDAGEM. • O Kit para descontaminação radioativa NÃO elimina a radiação exposta ao paciente, recolhendo apenas as partículas de sobre o corpo. • O Kit é composto de três envelopes nº.01 e três envelopes nº.02, acomodados em uma caixa própria com suporte para cinto. • O Kit nº. 01 possui uma pequena saliência em seu envelope na parte superior, a fim de facilitar a retirada da caixa e evitar confundir com o envelope nº. 02. KIT DE DESCONTAMINAÇÃO RADIOATIVA Soluções para Descontaminação Para produtos desconhecidos: SOLUÇÃO FÓRMULA APLICAÇÃO A 5% de carbonato de sódio + 5% de fosfato trisódico. Misturar 1,8 Kg de fosfato trisódico comercial para 37,85 litros de água. Materiais PH > 7 B 10% de hipoclorito de cálcio. Misturar 3,64 Kg para cada 37,85 litros de água. Materiais PH < 7 Rinsagem 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85 litros de água. A rinsagem é realizada após a neutralização CBOPP 16 Para os produtos incluídos nas nove classes de risco: SOLUÇÃO FÓRMULA A 5% de carbonato de sódio + 5% de fosfato trisódico. Misturar 1,8 Kg de fosfato trisódico comercial para 37,85 litros de água. B 10% de hipoclorito de cálcio.Misturar 3,64 Kg para cada 37,85 litros de água. C 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85 litros de água. D Solução diluída de ácido clorídrico. Misturar 0,47% litros de ácido clorídrico concentrado em 37,85 litros de água. E Solução concentrada de água e detergente. Misturar até formar uma pasta e aplicar com uma brocha ou pincel, após enxaguar com água em abundância. MATERIAIS SOLUÇÃO Ácidos inorgânicos e resíduos metálicos. A Metais pesados (mercúrio, chumbo, cádmio, etc.). B Pesticidas, organoclorados e dioxinas. B Cianetos, amoníacos, e outros resíduos inorgânicos não ácidos. B Solventes e compostos orgânicos. A Bifenílicos policlorados. A Resíduos oleosos e graxos não especificados. C Bases inorgânicas, resíduos alcalinos e cáusticos. D Materiais radioativos. E Materiais etológicos. A + B CBOPP 17 FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS PERIGOSOS (equipes especializadas) Entrada do aviso Comunicante consulta solicitante para identificar se existe pp envolvido Oficial de operações confirma e complementa as informações NÃO EXISTE PP Saída do Socorro Comu solicitante sobre proced vem ser adotados até a cheg . Procedimento padrão NÃO Existe produto perigoso Chegada ao local Reconhecimento Identificação primária do risco (pág20) SIM Isolamento do local (pág.13) Estabelecimento das áreas de risco (pág.12) Aplicação do Protocolo de Emergência com produto perigosos Identificação, contenção, redução e eliminação do risco se for possível Resgate, descontaminação e remoção das vítimas Acionamento dos órgãos de meio ambiente para descontaminação do locale descarte do material contaminado Identificação Contenção Redução Eliminação Recolhimento do material operacional adequadamente Retorno a Unidade e envio do material operacional para descontaminação Reunião posterior para análise da operação e desenvolvimento operacional secundária nicante orienta imentos que de ada do socorro CBOPP 18 FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS PERIGOSOS (equipes não especializadas) Entrada do aviso Comunicante suspeita da existencia pp envolvido no evento Oficial de operações confirma e complementa as informações Saída do Socorro Comunicante entra em contato com a unidade especializada deixando a mesma de “sobre aviso” e recebendo as informações de primeira resposta, orientando ao comandante de operações e solicitante sobre procedimentos que devem ser adotados até a chegada do socorro especializado. Isolamento do local até a chegada da equipe especializada(pág 13) Estabelecimento das áreas de risco (pág 12) Identificação, contenção, redução e eliminação do risco o que for possível s orrer riscos desnecessário sempre fazendo uso do EPR Existe produto perigoso Acionamento equipes espec NÃO Procedimento padrão Chegada ao local Reconhecimento Identificação primária do risco (pág.20) NÃO EXISTE PP Realizar o resgate de vítimas apenas em ultimo caso e evitar contato com o produto Se possível acionar os órgãos de meio ambiente para descontaminação do local e descarte do material contaminado Recolhimento do material operacional adequadamente Após a chegada da equipe especializada, servir como apoio a mesma Retorno a Unidade e envio do material operacional para a unidade especializada para descontaminação. Reunião posterior para análise da operação e desenvolvimento operacional das ializadas SIM em c s e CBOPP 19 IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO de Segura Retângulo de cor laranja que deve ser utilizado para o transporte rodoviário de produtos osos. Possuindo a parte inferior destinada ao número de identificação do produto (Número ONU) e a parte superior destinada ao número de risco. o ONU: É uma num ue nosso país segue no que peito aos n do constituído por quatro os, confor tério dos transportes, como exemplo: 1075 – GLP – gás liquefeito de petróleo; 1017 - CLORO; 1203 – combustíveis para motores, inclusive a gasolina. Número de risco: É constituí 1º algarismo) e os risc Notas: 1) Na ausên 2) No caso 3) A duplic exemplo: 30 - inflamáv 4) Quando isto é, existe mais de d 5) quando f a letra X no início do n TABELA 1 – X423 2257 668 1670 6 1 do por até três algarismos este número determina o risco principal ( eração estabelecida pelas as Nações Unidas em q úmeros que correspondem a cada produto, sen me a Portaria n. º 204, de 20/05/1997 do Minis diz res algarism Númer nça: perig Painel os secundários do produto (2º e/ou 3º algarismo). cia de risco subsidiário, deve ser colocado como segundo algarismo “zero”; de gás, nem sempre o primeiro algarismo significa o risco principal; ação ou triplicação dos algarismos significa uma intensificação do risco, por el; 33 - muito inflamável; 333 - altamente inflamável. o painel não apresentar número significa que a carga transportada é mista, ois produtos perigosos sendo transportados or expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser indicado com úmero. Painel de segurança que indica o transporte de vários produtos perigosos diferentes X - Proibido jogar água 423 - sólido que emana gases inflamáveis 2257 - POTÁSSIO 68 - Produto muito tóxico, corrosivo 670 - Perclorometil mercaptana CBOPP 20 SIGNIFICADO DO 1°ALGARISMO.(fig. 02) NÚMERO SIGNIFICADO 2 Gás 3 Líquido Inflamável 4 Sólido Inflamável 5 Substâncias Oxidantes ou Peróxidos Orgânicos 6 Substância Tóxica 7 Substância Radioativa 8 Substância Corrosiva TABELA 2 - SIGNIFICADO DO 2° E/OU 3° ALGARISMO.(fig. 03) NÚMERO SIGNIFICADO 0 Ausência de risco 1 Explosivo 2 Emana Gás 3 Inflamável 4 Fundido 5 Oxidante 6 Tóxico 7 Radioativo 8 Corrosivo 9 Perigo de reação violenta resultante da decomposição espontânea ou de polimerização. As combinações de números a seguir tem significado especial: 22, 323, 333, 362, X362, 382, X382, 423, 44, 462, 482, 539 e 90. RELAÇÃO DO CÓDIGO NUMÉRICO, e respectivos significados: 20 Gás inerte 22 Gás refrigerado 223 Gás inflamável refrigerado 225 Gás oxidante (favorece incêndios), refrigerado 23 Gás inflamável 236 Gás inflamável, tóxico 239 Gás inflamável, sujeito a violenta reação espontânea 25 Gás oxidante (favorece incêndios) 26 Gás tóxico 265 Gás tóxico, oxidante (favorece incêndios) 266 Gás muito tóxico CBOPP 21 268 Gás tóxico, corrosivo 286 Gás corrosivo, tóxico 30 Líquido inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), ou líquido sujeito a auto- aquecimento 323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis. 33 Líquido muito inflamável (PFg < 23°C (296K)) 333 Líquido pirofórico X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água 336 Líquido muito inflamável, tóxico 338 Líquido muito inflamável, corrosivo X338 Líquido muito inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água (*) 339 Líquido muito inflamável, sujeito a violenta reação espontânea 36 Líquido sujeito a auto-aquecimento, tóxico 362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis (*) 38 Líquido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo 382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis(*) 39 Líquido inflamável, sujeito a violenta reação espontânea 40 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto - aquecimento 423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis X423 Sólido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis (*) 44 Sólido inflamável, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido 446 Sólido inflamável, tóxico, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido 46 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, tóxico 462 Sólido tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 48 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo 482 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis 50 Produto oxidante (favorece incêndios) 539 Peróxido orgânico, inflamável 55 Produto muito oxidante (favorece incêndios) 556 Produto muito oxidante (favorece incêndios), tóxico 558 Produto muito oxidante (favorece incêndios), corrosivo 559 Produto muito oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea 56 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico 568 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico, corrosivo 58 Produto oxidante (favorece incêndios), corrosivo 59 Produto oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea 60 Produto tóxico ou nocivo 63 Produto tóxico ou nocivo, inflamável(PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)) 638 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), corrosivo CBOPP 22 639 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito a violenta reação espontânea 66 Produto muito tóxico 663 Produto muito tóxico, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K)) 68 Produto tóxico ou nocivo, corrosivo 69 Produto tóxico ou nocivo, sujeito a violenta reação espontânea 70 Material radioativo 72 Gás radioativo 723 Gás radioativo, inflamável 73 Líquido radioativo, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K)) 74 Sólido radioativo, inflamável 75 Material radioativo, oxidante 76 Material radioativo, tóxico 78 Material radioativo, corrosivo 80 Produto corrosivo X80 Produto corrosivo, que reage perigosamente com água (*) 83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K) X83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), que reage perigosamente com água (*) 839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K), sujeito a violenta reação espontânea X839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito a violenta reação espontânea, que reage perigosamente com água(*) 85 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios) 856 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios), tóxico 86 Produto corrosivo, tóxico 88 Produto muito corrosivo X88 Produto muito corrosivo, que reage perigosamente com água (*) 883 Produto muito corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)) 885 Produto muito corrosivo, oxidante (favorece incêndios) 886 Produto muito corrosivo, tóxico X886 Produto muito corrosivo, tóxico, que reage perigosamente com água(*) 89 Produto corrosivo, sujeito a violenta reação espontânea 90 Produtos perigosos diversos (*) Não usar água, exceto com a aprovação de um especialista. Rótulos de Risco: São elementos que representam símbolos e/ou expressões emolduradas, referentes à natureza, manuseio ou identificação do produto. O símbolo representa uma figura convencional, usada para exprimir graficamente um risco de forma rápida e fácil a sua identificação. Rótulos de Risco Principal: possuem o número e o nome da classe ou subclasse de risco, devem ser colocados no ângulo inferior da moldura do rótulo de risco. Rótulos de Risco Secundário: não possuem o número e o nome da classe ou subclasse de risco, possuindo somente os símbolos e as mesmas cores. CBOPP 23 Código de cores: Cores Sinificado Vermelho Inflamável/combustível Verde Gás não inflamavel Laranja Explosivo Amarelo Oxidante Azul Perigoso quando molhado Branco Veneno/tóxico Preto/branco Corrosivo Amarela/branco Radioativo Vermelho/branco Combustão expontânea Vermelho/branco listrado Sólido inflamável SIMBOLOS Classe 1 - EXPLOSIVOS 1.1 - Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa 1.2 - Substâncias e artefatos com risco de projeção 1.3 - Substâncias e artefatos com risco de predominante de fogo 1.4 - Substâncias e artefatos sem risco significativo 1.4S - Substâncias pouco sensíveis 1.5 - Substâncias muito insensível com risco de explosão em massa 1.6 - Substâncias extremamente insensível sem risco de explosão em massa CBOPP 24 CLASSE 2 - GASES Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis Subclasse 2.2 - Gases não inflamáveis, não tóxicos Subclasse 2.3 - Gases tóxicos Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS Classe 4 - SÓLIDOS Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea Subclasse 4.3 - Substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos CBOPP 25 Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes Subclasse 5.2 - Peróxidos Orgânicos Classe 6 - Tóxicos e infectantes Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS Classe 8 - CORROSIVOS CBOPP 26 Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS PARA INSTALÇÕES FIXAS – DIAMANTE DE HOMEL Devido à necessidade imediata de informação concernente a um produto perigoso, foram desenvolvidos dois sistemas de identificação de perigos. Ambos ajudam aqueles que participam de medidas de reação ante um acidente, a enfrentar um problema com produto perigoso com rapidez e segurança, e ambos foram concebidos por pessoas sem treinamento em química. O primeiro e um sistema que se usa nos Estados Unidos da América, sistema este desenvolvido pela Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios (National Fire Protection Association - “NFPA” 704 M) o qual se usa para tanques armazenagem e recipientes pequenos (instalações permanentes). O segundo sistema se usa para depósitos, tanques, vagões ferroviários, tambores, outros tipos de embalagens transportadas no comércio normais, dentro de um Estado ou entre Estados. O Ministério dos Transportes é o responsável por este sistema. Para seu uso são necessárias placas e etiquetas conforme Normas Brasileiras já vistas nas páginas anteriores. Neste capítulo desejamos dar conhecimento deste processo NFPA 704 M, que foi elaborado para instalações fixas, não sendo utilizados nos Transportes Rodoviários e Ferroviários. Não sendo de obrigatoriedade o uso em nosso País, mas atualmente tem se observado com certa freqüência o seu emprego principalmente em algumas Empresas do setor. SISTEMA DE IDENTIFICAÇAO DE PERIGOS NFPA 704 M CBOPP 27 Descrição: NFPA 704 M é um sistema normatizado (Estandardizado) que usa números e cores em um rótulo ou placa para definir os perigos básicos de um produto perigoso. A saúde, inflamabilidade e reatividade estão identificadas e classificados em uma escala de zero a quatro dependendo do grau de perigo que apresentem. As classificações de produtos químicos individuais podem ser encontradas na “Guia para Materiais Perigosos” da NFPA.Outras referências como “CHRIS” Volume 2 e os “Fundamentos de Higiene Industrial” do Conselho Nacional de Segurança contem classificações da NFPA para produtos químicos específicos. Tal informação pode ser útil não somente em emergências como também durante as atividades de remédio em longo prazo, quando se requer ampla informação. Resumo do Sistema de Classificação de Perigos 1. Perigos para a SAÚDE (AZUL) RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS 4 Materiais que em muito pouco tempo podem cansar a morte ou danos permanentes mesmo que a pessoa tenha recebido pronto atendimento médico. Acrilonitrila Bromo Paration 3 Materiais que em um curto espaço de tempo podem causar danos temporários ou residuais mesmo que a pessoa tenha recebido pronto atendimento médico. Anilina hidróxido de Sódio Ácido Sulfúrico 2 Materiais que pela exposição intensa ou continuada podem causar incapacitação temporária ou possíveis danos residuais a não ser que o paciente receba imediata atenção médica. Bromobenzeno Piridina Estireno 1 Materiais a cuja exposição causam irritação, porém somente leves lesões residuais, mesmo que a vítima não tenha recebido tratamento. Acetona Metanol 0 Materiais a cuja exposição em condições sob o fogo não oferecem perigo maior do que o de um material combustível comumCBOPP 28 2. Perigos de INFLAMAÇÃO (VERMELHO) RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS 4 Materiais que se vaporizam rapidamente ou completamente a pressão atmosférica e temperatura ambientes normais e se queimam facilmente no ar. 1,3-Butadieno Propano Óxido de Etileno 3 Líquidos e sólidos que podem se incendiar sob quase qualquer temperatura ambiente. Fósforo Acrinonitrila 2 Materiais que devem ser moderadamente aquecidos ou serem expostos a temperatura ambiente relativamente alta antes de que tenha lugar a ignição. 2-Buranona Querosene 1 Materiais que devem ser pré-aquecidos antes que a ignição tenha lugar. Sódio Fósforo Vermelho 0 Materiais que não ardem. 3. Perigos de REATIVIDADE (AMARELO) RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS 4 Materiais que por si só são capazes de detonar facilmente ou de ter uma decomposição explosiva ou reação a temperaturas e pressões normais. Peróxido de Benzoila Ácido Picrico 3 Materiais que por si só (1) são capazes de ter reação de detonação ou explosão porém requerem uma forte fonte de ignição, ou (2) devem ser aquecidos confinados antes do início ou (3) reacionam explosivamente com água. Diborano Óxido de Etileno 2-Nitro- Propadeno 2 Materiais que por si só (1) são normalmente instáveis e sofrem facilmente uma alteração química violenta porém não detonação ou (2) podem reacionar violentamente com a água ou (3) podem formar misturas potencialmente explosivas com água. Acetaldeido Potássio 1 Materiais que por si só são normalmente estáveis, porém eles podem (1) tornar-se instáveis a temperaturas elevadas ou (2) reagir com água com liberação de alguma energia, porém não violentamente. 0 Materiais que por si só são normalmente estáveis, inclusive quando exposto à fogo e que não reacionam com água. CBOPP 29 4. Especial (BRANCO) Este losângulo está destinado para informações especiais a respeito do produto. Por exemplo, podem indicar que o produto é RADIOATIVO mostrando o símbolo padronizado da radioatividade, ou usualmente REATIVO COM ÁGUA, mostrando um “W” grande com um traço diagonal cruzando. 3 2 1 DOCUMENTOS DE PO RIGATÓRIO PAR ANSPORTE RODOVIÁRIO: A) CERTIFICADO DE CAPACITA RA O TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS A GRANEL DO VEÍCUL EQUIPAMENTO 1. É expedido pelo INMETRO ou entida só pode ser exigido quando o veículo tra produtos fracionados acondicionados em 2. Compreende-se, como veículo: camin trator. 3. compreende-se como equipamento: ta vaso para gases. ÇÃO PA O E DO W de por ele cred nsportar produ embalagens es hão, semi-rebo nque de carga A O TR RTE OB enciada e, como o próprio nome indica, tos perigosos a granel e não no caso de peciais individuais. que, porta-contêiner, reboque, caminhão , contêiner-tanque, carroçaria a granel e CBOPP 30 4. Quando a carga estiver sendo transportada em veículo com reboque ou semi-reboque, tam sendo que deverá ser observado o prazo de vali 5. O ade do mesmo; arágrafo 3º e artigo 22 º parágrafo 2º do RTPP. porque o envolvimento em acidentes pode causar danos aos equipamentos que o podem ser vistos por simples observação. 7. Os grupos dos produtos regulamentados estão listados no verso do Certificado de Capacitação. bém haverá este documento da unidade tratora, dade para caracterizar infração. Certificado de capacitação deve ser vistoriado do seguinte modo: a) verificar a existência e a valid b) verificar se o número do equipamento é o mesmo que consta na placa de inspeção/identificação afixado no chassi ou no tanque e a validade da mesma em referência ao certificado (quando houver); c) verificar se o número do produto, datilografado nos campos próprios do certificado é compatível com o número ONU e o constante da Ficha de Emergência e da Nota Fiscal, sendo proibido transportar produtos não relacionados. 6. Conforme orientação do INMETRO, só deve ser aceita a primeira via original do certificado de capacitação. O Certificado de Capacitação será recolhido e encaminhado ao INMETRO quando o veículo se envolver em acidente ou apresentar vazamentos, caracterizando o mal estado de conservação, conforme o artigo 4º p Esta prática objetiva melhorar a regularidade no cumprimento das exigências do RTPP especialmente nã CBOPP 31 GÊNCIA , disponível risco, número ONU do produto, classe ou er, no campo 04, o nome apropriado para embarque do produto, previsto pela 06 deverá ser indicada a relação de equipamentos de proteção necessária apara o rão ser citados os riscos caso o produto esteja envolvido em um Se o produto for inflamável deverá ser meio ambiente, em relação ao ar, água e solo. Deve ser citada a possibilidade do A se , deverão ser citados os procedimentos em caso de emergênci No verso da ficha de emergência, somente poderá conter os telefones de emergência. B) FICHA DE EMER A ficha de emergência deverá ter, no campo 01, o nome, e telefone da empresa expedidora, bem como o telefone da equipe de emergência, que poderá ser própria ou contratada por 24 horas por dia. No campo 03 deverá apresentar o número de subclasse de risco, quando for o caso, e a descrição da classe ou subclasse de risco. Deverá hav Portaria n.º 204/97 do Ministério dos Transportes. No campo 05 deverá ser indicado o estado físico do produto a descrição dos riscos principal e subsidiário. No campo atendimento emergencial e, não deverão ser confundida com os equipamentos previstos para o transporte de produtos perigosos. Deverá ser citada a roupa, calçados, luvas e proteção respiratória. No campo 7.1, deve incêndio. Citar se as embalagens podem explodir, se poderá ocorrer o aumento da pressão interna e, conseqüentemente, a explosão das mesmas. citado o ponto de fulgor. No campo 7.2 deverão ser incluídos os riscos relacionados ‘a saúde, caso o produto seja inalado, ingerido, tenha contado com a pele e os olhos. Também devem ser citados, no campo 7.3, os danos que o produto pode causar caso tenha contato com o produto ser solúvel em água e se é mais pesado que o ar. guir, nos campos 8.1 a 8.6 a. CBOPP 32 Envelope impresso com as instruções e recomendações em casos de acidentes, indicando os números para emergência - NBR 7504 da ABNT. C) ENVELOPE PARA O TRANSPORTE CBOPP 33 igatório que descreve a mercadoria, seu acondicionamento, peso, valor, imposto se houver, nome e endereço do embarcador, nome e endereço do destinatário, condições de venda ou de transferência, meio de transporte e data de saída, próprio para o tipo de movimentação de bens. ermissão das autoridades de fiscalização do Ministério da Guerra, com exceção daqueles cuja categoria de controle os isenta da fiscalização de tráfego. A permissão para o tráfego será fornecida através de um documento único, de âmbito nacional, denominado“ Guia de Tráfego”. D) DOCUMENTO FISCAL Documento obrE) GUIA DE TRÁFEGO – MINISTÉRIO DO EXÉRCITO Os produtos controlados só poderão trafegar no interior do país depois de obtida a p CBOPP 34 F) AUTORIZAÇÃO PARA O TRANSPORTE DE PRODUTO RADIOATIVO O transporte a granel de materiais radiativos e o transporte destes materiais com atividades relevantes, devem ser autorizados pelo departamento de instalações e materiais nucleares da CNEN. Além da autorização, também deverão ser apresentados no ato da fiscalização: 1) Declaração do expedidor de Materiais Radiativos; 2) Ficha de Monitoração de Carga do Veículo Rodoviário. CBOPP 35 COLOCAÇÃO DE PAINÉIS DE SEGURANÇA E RÓTULOS DE RISCO PARA OS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS: 1 - Transporte à granel. A unidade de transporte deve portar: CARGA A GRANEL PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA 01 Produto 01 Risco - Nas duas laterais - Na traseira - Nas duas laterais com números do produto e dos riscos - Na frente e na traseira com números do produto e dos riscos Produtos Diferentes 01 Risco - Nas duas laterais, um em cada compartimento - Na traseira - Nas duas laterais, um em cada compartimento, com números do produto e dos riscos - Na frente e na traseira sem números Produtos Diferentes Riscos Diferentes - Nas duas laterais, um em cada compartimento - Na traseira, um em cada risco principal - Nas duas laterais, um em cada compartimento com números do produto e dos riscos - Na frente e na traseira sem números Vazio - Antes de lavar e descontaminar, continuar usando - Antes de lavar e descontaminar, continuar usando Vazio - Totalmente lavado e descontaminado, não usar - Totalmente lavado e descontaminado, não usar UM PRODUTO EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE PRODUTO COM RISCO SUBSIDIÁRIO PRODUTOS DIFERENTES – MESMO RISCO PRODUTOS DIFERENTES – RISCOS DIFERENTES CBOPP 36 2 - Transporte de carga embalada. A unidade de transporte deve portar: CARGA EMBALADA PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA 01 Produto 01 Risco - Nas duas laterais - Na traseira - Nas duas laterais com números do produto e dos riscos - Na frente e na traseira com números do produto e dos riscos Produtos Diferentes 01 Risco - Nas duas laterais - Na traseira - Nas duas laterais, sem números - Na frente e na traseira, sem números Produtos Diferentes Riscos Diferentes - Nas duas laterais, nenhum - Na traseira, nenhum - Nas duas laterais, sem números - Na frente e na traseira, sem números Vazio - Não pode ser utilizado - Não pode ser utilizado EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE PRODUTO SEM RISCO SUBSIDIÁRIO UM PRODUTO PRODUTOS DIFERENTES – MESMO RISCO PRODUTOS DIFERENTES – RISCOS DIFERENTES CBOPP 37 METEROROLOGIA DEFINIÇÂO Introdução O tempo é um fator que influencia, permanentemente, na vida do homem do meio ambiente e em todas as suas atividades. Entenda-se TEMPO como a síntese das condições meteorológicas reinantes em determinada localidade , observadas durante um espaço de tempo ou período suficientemente longo ou, como o meio ambiente que os seres vivos vivem com satisfação e conforto ou dificuldades e desconforto. Sem o conhecimento da meteorologia , é comprovadamente impossível o emprego de ações de resposta à emergências envolvendo produtos perigosos. Definição de Meteorologia A palavra METEOROLOGIA lembra, de imediato, a palavra METEORO, da qual atribui-se conceito errado. Não é incomum , designar-se uma estrela cadente ou meteorito de METEORO. Meteorologia é a ciência que estuda os fenômenos da natureza, que influenciam nas condições climáticas na superfîcie terrestre e atmosfera, ou seja, estuda os meteoros. Conceitualmente, METEORO, é qualquer fenômeno atmosférico. Existindo, portanto: meteoros aéreos(ventos,tornados, etc.); meteoros luminosos (arco-íris, halo, etc.); hidro- metoeoros( chuvas, neve,saraiva, etc.). METEOROLOGIA é a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos , ou de outra forma , é a Física da Atmosfera. TEMPERATURA Introdução A Temperatura é o estudo do aquecimento dos corpos ou, de sua energia cinética , entre moléculas. Para efeitos de CONTAMINAÇÃO QUÍMICA , definimos como a TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE , como a temperatura do solo no momento em que é atingido pelo agente químico perigoso. Esta temperatura , desempenha papel importante na determinação da persistência das contaminações líquidas e das concentrações de vapores acima dos líquidos . É importante ressaltar que a temperatura do ar , depende essencialmente da temperatura do solo a que ele se acha próximo. Método de Medida A temperatura normalmente é medida por meio de termômetros de mercúrio ou álcool, submetido a temperatura ambiente. Empregamos a escala centígrada , que é a oficial em nosso país , e eventualmente a Fahrenheit ou Kelvim, usada nos países de língua inglesa. C / 5 = ( F – 32 ) / 9 = R / 4 K = C + 273,16 CBOPP 38 Uso dos Termômetros a) MEDIDA DA TEMPERATURA DO AR Tomadas a 1,80 m da superfçicie. b) MEDIDA DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE Tomadas a 0,30 m do solo. GRADIENTE TÉRMICO VERTICAL Introdução O Gradiente Térmico Vertical é igual a diferença algébrica ( em ºC ) entre as temperaturas do ar ambiente compreendido entre 1,80 m e 0,30 m do solo . Nas previsões micro--meteorológicas , o GTV varia de 1 em 1 grau F ou 0,5 em 0,50C. São os seguintes tipos de GTV : a) CONDIÇÃO DE LAPSE Quando a temperatura varia inversamente com a altitude . Prevalecem nos dias ensolarados ou com pouquíssimas nuvens e ,por conseqüência propicia a turbulência térmica , gerado pelas correntes verticais . É condição de extrema dispersão de nuvens de contaminação de PP. Pode ocorrer variações na casa de –1ºC a – 3,5ºC , ou mesmo menos sobre massas grandes de água. A turbulência mecânica devido a ventos acima de 16 Km/h tende a produzir condições de instabilidade forte. b) CONDIÇÃO DE INVERSÃO Quando a temperatura varia diretamente com a altitude . Noites claras de céu limpo. Haverá um mínimo de correntes de convecção , logo , máximo de estabilidade .Não ultrapassando vento a velocidade de 8 Km/h , o gás ou fumaça tenderá a ser mais persistente no local da contaminação. Temos inversão com GTV entre + 1ºC e + 3,5ºC . c) CONDIÇÃO DE NEUTRA É a situação entre LAPSE e INVERSÃO . Também conhecida como condição de isotermia, não havendo situação de turbulência térmica. A diferença entre Lapse e Inversão é próxima de zero. Ocorre com céu muito encoberto . Estas fases de transição ocorrem, geralmente ao nascer do Sol e duas horas após e por do Sol e duas horas antes. Se a velocidade do vento não for grande , um vazamento de PP pode ser bastante persistente no local. CBOPP 39 ICMN-Inicio do crep.matutino nautico FCVN-Fim do crep. Vespertino nautico “-“ LAPSE “+” INVERSÃO “o“ NEUTRA 1800h FCVN 2h 0600h ICMN 2h + EFEITO DO TERRENO Introdução A quantidade de calor solar recebida por uma porção da superfície da Terra, depende, grandemente, da inclinação dessa superfície, de sua direção de exposição em relação ao Sol, da latitude e longitude e estação do ano. Efeitos do Terreno As variações de temperatura superficial são ma a) sobre as terras que sobre as águas; b) numsolo árido que num recoberto de v c) no terreno aberto que num revestido de d) nos solos escuros que nos claros ; e) nos solos de vegetação seca que nos de is elevadas : egetação; mato ; vegetação exuberante. CBOPP 40 VENTOS Introdução O estudo do vento é muito importante para as equipes especializadas em emergência com PP , posto que deverão: 1) saber em qualquer situação como está se deslocando o ar; 2) conhecer a influência da formação topográfica no fluxo de ar próximo a superfície; 3) analisar e avaliar a interferência de obstáculos (edificações, vegetação, continentalidade, etc.), no tocante à mudança de direção da corrente de ar; 4) Saber como se comportará o ar junto aos vales , colinas, e no interior da vegetação(floresta, bosque, arbustos, etc.); 5) Conhecer o comportamento do vento à superfície das águas; 6) Reconhecer os princípios que alteram os elementos dos ventos e como determinar sua direção. Faz parte do serviço meteorológico fornecer dados da direção e velocidade dos ventos as alturas de 1,80 m / 6,0 m / 9,0m / 150 m e 750m , de suma importância para operações envolvendo PP. Mecanismo Geral dos Ventos A diferença de tem ocasionando movimento da Outra força atuante n rotação da Terra. Desvia o intensidade quanto mais per Outro condicionador , Tipos de ventos a) VENTOS RE Alíseos e Contra-Alí por massas de ar mais fria quentes equatoriais que alc para as regiões temperadas. peratura do ar é faz com que surjam z s massas de ar. a formação dos ventos é a de FORÇA vento para a direita no HN e para a esque to estiver dos Pólos. é o contraste térmico entre Pólos e Equad GULARES OU CONSTANTES: seos : Os alíseos são massas de ar quentes e s das regiòes temperadas . Os contra-alíse ançam grandes altitudes se resfriam , torna OBS.: Ventos alíseos do HN sopram “NE-SO” . O Da mesma forma os c.alíseos no HN sopra Z. B. onas de diferentes pressões, DE CORIOLIS , devido a rda no HS , com tanto maior or. quatoriais sendo substituídas os são as massas de ar mais m-se mais densas deslizando s do HS sopram “SE-NO” . m “SO-NE” e no HS ,sopram “NO-SE”. Z. A. CBOPP 41 b) VENTOS PERIÓDICOS : Os mais conhecidos BRISAS e as MONÇÕES. Brisas correspondem as variações diárias de temperatura entre mar e continente . As Monções resulta da diferença de temperatura entre estações climáticas do ano ( chamados de VENTOS ESTACIONAIS ). Temos , como conseqüência , as monções de verão ou marítimas e as monções continentais ou de inverno. Nas regiões de monções há grande ocorrência de ciclones locais, os tornados ou furacões como os da África (HURRICANES na América Central e do Norte) e tufões como nos mares do oriente c) VENTOS LOCAIS: Dependem da condição geográfica característica do local ou de certas regiões. - Nas Américas : O PAMPEIRO que sopra na Argentina CONHECIDO NO Rio Grande do Sul como MINUANO, nos EEUA o CHINOOCK que sopra nas Montanhas Rochosas. - Na África : O SIMUM no Deserto do Saara prolongando-se até a Espanha, Itália e Grécia. - Na Europa : O MISTRAL do sul da França , o FOEHN nos Alpes ( características semelhantes ao CHINOOCK), o BORA nas proximidades do Mar Adriático. d) TURBULÊNCIA : O vento próximo à superfície sopra em rajadas , e não de forma contínua, alternando com períodos de calmaria. Decorre deste fato que temos a TURBULÊNCIA TÉRMICA ( correntes de convecção e advecção) e a MECÂNICA(irregularidade da superfície terrestre X velocidade do vento). Direção do Vento Convenciona-se DIREÇÃO DO VENTO , como sendo aquela de onde o vento sopra Em Meteorologia são utilizados determinadas terminologias , para caracterizar posições em relação aos ventos: a) BARLAVENTO : lado de onde sopra o vento ; b) SOTAVENTO : lado para onde o vento sopra ( VENTO A BAIXO ); c) CONTRA O VENTO : movimento em direção ao lado de onde sopra o vento; d) A FAVOR DO VENTO : movimento que acompanha a direção do vento; CBOPP 42 e) VENTO DIRETOR : indica o vento que conduzirá uma fumaça de contaminação ou vazamento de vapores ou partículas , regulando sua velocidade e direção ; Ainda em operações químicas usamos as expressões decorrentes : f) VENTO À BAIXO : direção do vento na qual , o corredor de descontaminação e PC-AV, encontram-se com o vento pelas costas e ” visualizando” o vento seguir em direção a área acidentada à frente afastando a contaminação . É A POSIÇÃO OBRIGATÓRIA DAS EQUIPES DE EMERGÊNCIA COM PP e deve ser sempre observada durante as operações o tempo todo, obrigando as equipes a alterarem suas posições conforme muda a direção do vento preservando sempre o VENTO À BAIXO. g) VENTO ÀCIMA : é o posicionamento de elevado risco para as equipes de PP e PC-AV, em que o vento avança na direção das equipes , passando antes pelo local do acidente , ou seja , carreando a contaminação para o PC-AV. Métodos de Avaliação da Direção e Velocidade do Vento A direção do vento pode ser avaliada por meio de birutas , colunas de fumaça, inclinação das plantações e ramos e por meio de aparelhos apropriados como : Anemômetros de Campanha , e o Catavento de Wild. A velocidade do vento é variável conforme a altitude , próximo ao solo devido a rugosidade o vento sofre efeito retardador. 1) Avaliação Ë possível avaliar , aproximadamente, a velocidade do vento por meio dos efeitos que causa , tais como fumaça, bandeirolas ou folhas. 2) A tabela de BEAUFORT : registra os valores da velocidade do vento (mph e Km/h), a seguir: CBOPP 43 TABELA BEAUFORT – ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DO VENTO Nº da esc. Beaufort Veloc. (mph) Veloc. (Km/h) Descrição Geral Indicação 0 Até 1 Até 2 Calmo A fumaça sobe verticalmente. 1 1 a 3 2 a 4 Aragem A direção do vento é mostrada p/ fumaça e não p/ ventoinha. 2 4 a 7 6 a 11 Brisa fraca O vento é sentido na face; as folhas balançam; a ventoinha move-se. 3 8 a 12 13 a 19 Brisa leve Folhas e ramos em movimento; bandeirola estende-se. 4 13 a 18 21 a 29 Brisa moderada Poeira,papel e pequenos ramos movimentam-se. 5 19 a 24 30 a 38 Brisa fresca Os arbustos oscilam. 6 25 a 31 40 a 50 Brisa forte Grandes ramos em movimento; assobíam os fios telegráficos 7 32 a 38 51 a 61 Vento moderado As árvores inclinam-se 8 39 a 46 62 a 74 Vento fresco Quebram-se os ramos das árvores; dificultada a progressão. 9 47 a 54 75 a 86 Vento forte Estragos nas estruturas leves, dificuldade nocaminhar. 10 55 a 63 87 a 101 Tufão Danos em grandes estruturas. 11 64 a 75 102 a 120 Tempestade Grandes danos; acontecimento raro 12 75 e acima 120 e à cima Ciclone Conseqüências imprevisíveis Mph = 1,6 Km /h 1 Nó = 1,8 Km/h Estimativa em Km/h utilizado pelo Exército Francês 2) Mensuração da velocidade Pode ser medida por meio dos seguintes aparelhos: a) CATAVENTO DE WILD ( seta do galo) b) ANEMÔMETRO ML-62-A ( roda com 8 palhetas ) c) ANEMÔMETRO DE FUESS ( 4 conchas captadoras de vento) d) ANEMÔMETRO DE CAMPANHA ( caixa com furos de diâmetros diferentes) CBOPP 44 RADIOATIVIDADE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Equilíbriode Forças no núcleo A ciência não foi capaz, ainda, de descrever, satisfatoriamente, as forças próton-próton; próton-nêutron; nêutron-nêutron. Sabe-se que são forças de pequeno alcance. Temos que, cargas de mesmo sinal se repelem eletrostaticamente e que, esta força de repulsão aumenta à medida que esta distância diminui, até que se chega a um limite que a descarga de energia transforma repulsão em atração. Supõe-se, então, que exista uma distância tal que as forças de atração e repulsão se equilibrem, surgindo daí, a situação de núcleo estável ou disposição estável. O nêutron tem importante papel nas forças que atuam no núcleo, colaborando para sua estabilidade. Outras partículas A título de simples informação, descreveremos outras partículas transitórias: BÁRION: Componente de uma classe de partículas elementares pesadas, que inclui híperons, nêutrons e prótons. FÓTON: Partículas de radiação eletromagnética (luz, raios-X ou raio gama). HÍPERON: Partículas elementar de vida curta, com massa maior do que a do próton e menor do que a de um dêuteron. LÉPTON: Partícula elementar leve (pouca massa). Especificamente, um elétron, um pósitron, um neutrino, um antineutrino, um muon (inéson mu) ou um anti-muon. MÉSON: Classe de partículas elementares com massas intermediárias a do elétron e a do próton e vida curta. Existem várias classes de mésons, como mésons-pi , mésons-mu, mésons-K . O conceito de méson foi criado por Jidek Yukawa, em 1937. MÉSON-K: O muon, partícula elementar classificada como LÉPTON, com massa 207 vezes maior do que a do elétron. MÉSON-PI : Partícula elementar. 270 vezes a de um elétron. NEUTRINO: Partícula elementar com massa ínfima e carga nula. Interage fracamente com a matéria, sendo de difícil detecção.É produzido em muitas reações nucleares, no decaimento beta, com alto poder de penetração. O neutrino oriundo do Sol geralmente atravessa a Terra. Radiações Os raios que surgem na região esverdeada da Ampola de Crookes, onde se dá a fluorescência no vidro, pela colisão dos raios catódicos, despertou no cientista Becquerel, extremo interesse, principalmente por que um filme envolto em papel negro era velado. Como não se sabia o por quê deste fenômeno, os cientistas a descrevem como “raios X”. Becquerel achou que as substâncias, quando fluorescentes, emitiam raios-X. Utilizou-se de diversas substâncias que eram fluorescentes, expondo-as à luz do Sol, descobrindo, então, que o sulfato duplo de potássio e uranila K2 UO2 (SO4)2 era o único que velava CBOPP 45 o filme protegido. E mesmo quando acidentalmente deixou o sal de urânio dentro de sua gaveta trancada, descobrira que a uranila, tinha a propriedade de decompor o sal de prata, do filme. Provou que não era a fluorescência a razão de ser da radiação. Mais tarde Marie Curie e Pierre Curie detectaram que o Urânio era o responsável pelas misteriosas emissões de raios. Não tardou, e descobriram que a radioatividade era semelhante à descoberta por Röentgen. Em pouco tempo (1898), o casal Curie descobriu outro material 400 vezes mais radioativo que o Urânio, era o Polônio. Logo descobriram outro muito mais radioativo que o Polônio, era o Rádio tão poderoso que é capaz de atravessar camadas de Chumbo. Natureza das Emissões Rádio Blindagem de Chumbo elétron pouca massa energia pura prótons α _ _ placa fotográfica + + + γ β 1- Radi ão alfa: P uco poder de enetração, posi e pesada ( barradas por folha de papel). 2- Radiação beta: De carga negativa, maior poder de alta velocidade atravessa alguns milímetros de aço. 3- Radiação gama: Ondas eletromagnéticas de curtíssi os raios x e de grande poder de penetração. Atravessam dezen A radiação gama interage com a matéria de 03 formas co a) EFEITO COMPTON: Um fóton gama colide elasti (choque de duas bolas de bilhar). O fóton gama resultante p com menos energia. tiva aç o p penetração que, mais leve, elétron de mo comprimento de onda, menor que as de cm de chumbo. mo: camente com um elétron de um átomo ossui trajetória diferente da original e CBOPP 46 b) EFEITO FOTO-ELÉTRICO: O fóton transmite toda sua energia a um elétron do átomo- alvo, que é ejetado de sua Órbita, grande parte da energia do fóton é revertida em cinética do elétron ejetado. O fóton gama desaparece. c) EFEITO DE PRODUÇÃO DE PARES : Quando um fóton gama de energia maior do que 1,02 Mev passa próximo de um núcleo pesado , poderá ser transformado em duas partículas , um elétron e um pósitron ( elétron positivo). Aniquila-se o fóton gama completamente. CBOPP 47 Decaimento Radioativo Ao emitir partículas alfa, beta ou radiação gama, o átomo instável perde energia. Este processo é chamado de decaimento radioativo. É significativo dizer que, para uma grande amostra de átomos, em média, uma dada fração de átomos decairá num certo tempo. Tal intervalo é o necessário para que metade dos átomos instáveis decaia. Este intervalo é conhecido como meia- vida de uma coleção de átomos. Uma espécie radioativa, sempre decai com a mesma razão, e, portanto, tem um mesmo valor para a meia-vida. Desde de que a atividade da amostra é proporcional ao nº de átomos instáveis presentes, a meia-vida, é também o tempo em que a atividade da amostra decrescerá, para a metade de seu valor inicial. Sendo N0, o nº de átomos instáveis iniciais de uma amostra, e após um tempo t = T1/2 , definido como sua meia vida , o nº de átomos presentes na amostra será de N0/2 . O alcance das meias-vidas vai de frações de segundos para alguns átomos instáveis produzidos em laboratório até bilhões de anos para alguns elementos radioativos naturais. Proteção Radiológica Visa minimizar se não evitar ao máximo os danos causados pela radiação ionizante aos que a utilizam ou ao público em geral. São regras de ouro. São definições que precedem as aplicação das regras: a) Exposição Ocupacional: É a do individuo que trabalha na área controlada; b) Área Controlada: É aquela em que as doses de radiação, recebidas pelos indivíduos, que nela trabalham, são controladas; c) Exposição de População: É a de um grande nº de pessoas expostas sem nenhum controle dos órgãos especializados (areia monazítica de Guarapari, por exemplo). Os Riscos das radiações podem ser divididos em 2 classes: I – RISCOS EXTERNOS (fontes externas ao corpo): Raios X, gama, beta e nêutrons. II – RISCOS INTERNOS (fontes internas ou introduzidas no organismo) CBOPP 48 Prevenção contra a radiação externa DISTÂNCIA: É o meio mais fácil de se aplicar, em defesa contra a radiação. BLINDAGEM: É deforma básica a alternativa para conter fótons gama e raios X. TEMPO: Quanto menor o tempo de exposição do indivíduo, menor será a dose por ele recebida. EXPOSIÇÃO DE EMERGÊNCIA Introdução A dosimetria das radiações visa justamente e a determinação da energia absorvida pelos sistemas expostos à radiação. Unidades de medida 1) ATIVIDADE: a) Curie (Ci) – É a medida da quantidade de radioatividade emitida por um radionuclídeo (nº de transformações nucleares que ocorrem num determinado intervalo de tempo) 1 Ci = 3,7. 1010 desint/seg ------ 1Ci = 3,7 . 1010 Bq ( 1 Bequerel = 1 desint/ Seg ) b) Contagem por Minuto (CPM) – Os raios e partículas lançados em todas as direções são detetados pelo aparelho que registra a porção da radiação vinda na direção do aparelho. Pode ser também em CPS. CBOPP
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